Dakota Tanner
No dia seguinte

Eu acordei e não estava no hotel em que estou hospedada, e sim em um quarto incrível que dava pra ouvir um pouco das ondas do mar.

Ontem foi uma noite bem diferente que já tive.

— A princesa acordou. — Ouço a voz do Ash do meu lado e senti a sua mão pegar na minha, entrelaçando os seus dedos. — Dormiu bem, Dak?

— Melhor do que nunca. — Digo sentindo o meu corpo um pouco dormente e os lábios do mesmo sobre a minha cabeça. — Eu nunca imaginei estar aqui um dia.

— Você nunca veio pra cá?

— Em Hamptons? Jamais. Mas eu gostei muito daqui, sabe? É bem tranquilo e a praia é muito bonita.

— Não tão bonita como você. — Respondeu acariciando o meu cabelo. — Principalmente te ouvir falando sobre as estrelas que estávamos observando. Você simplesmente decorou o nome de alguns e já sabe qual é apenas olhando pro céu, isso é incrível. Você é incrível.

— Obrigada. — Me sento na cama e ajeito o moletom que é dele. — Tem como me levar de volta? Tenho um vôo pra pegar de noite.

— Claro que posso. — Sorriu. — Vamos curtir a praia enquanto ainda há tempo.

— Okay então. — Sorri de volta e me levantei para andar até a sacada e ver o horizonte.

Parece um lugar ideal, um lugar dos sonhos.

— Se você pudesse moraria aqui, né? — Ash perguntou bem atrás de mim.

Mas seria bem melhor com o cara dos meus sonhos.

— Obviamente sim. — Ri fracamente. — É tão tranquilo e eu passaria o dia dentro daquela água com certeza.

— Você quer ir daqui a pouco?

— Ash… eu acho melhor voltar para o hotel logo, talvez eu tenha algo a fazer, entende?

— Claro que eu entendo, você ainda não está de férias. Eu te levo de volta para a civilização depois do café da manhã. Fique a vontade, Dakota. — O moreno sorriu e saiu do quarto.

Eu não sei se chateei ele, mas alguma coisa na consciência falava para eu voltar. Será que aconteceu alguma coisa lá? Ou é só o meu nervosismo de está na casa de praia do Ashton depois de sair com ele?

Depois que fiquei pronta e comi a refeição com o ator, ele me levou de volta pra New York e me deixou na porta do hotel. Sentimos alguns flashes no nosso lado, então ele se despediu de mim com um abraço e foi embora com a sua moto.

Assim que entrei no meu quarto e estava prestes à ir trocar de roupa, ouço a porta bater algumas vezes. Pelo olho mágico era a secretária da Beyoncé.

— Oi, precisa de mim? — Perguntei com um sorriso para a mesma que ficou me encarando seriamente.

— Dakota, eu quero te avisar uma só única vez de que você só pode sair com a autorização da minha parte ou da minha chefe. Lembre-se de que você não trabalha mais para os seus cinco amigos.

— Ninguém me avisou sobre essa tal autorização e eu não deixei de trabalhar com os rapazes.

— Agora você sabe e não cometa mais uma vez esse erro até o fim do contrato, okay?

— Okay…

— Fique pronta às três horas da tarde que vamos pegar vôo para New Orleans onde vamos apresentar amanhã. E nada de namoradinhos…

— Que namoradinhos?!

— Eu vi você com o Kutcher lá na rua se abraçando. Pelo visto alguém da sua categoria se supera rápido com qualquer traição. — Ela sorriu e foi embora sem falar mais nada.

Ela acha que é quem pra falar assim comigo?! E caramba, foi só um abraço no que iria dar?

Assim que chegamos no aeroporto, uma parte dos paparazzis estavam em cima da cantora, mas outra parte estava em cima de mim perguntando sobre o meu suposto caso com o Ashton. Eu não falei nada e entramos na plataforma para entrarmos no avião.

Mas quando chegamos no hotel em New Orleans…

— Você não percebe que a sua vida pessoal tá interferindo na carreira da Beyoncé?! — A secretária entrou no meu quarto sem a minha autorização. Sorte dela que eu estava decente. — A maioria daqueles parasitas estavam mais preocupados contigo do que com ela!

— E a culpa é minha por acaso?! Eu não tenho nada a fazer pra eles se afastarem e não quero ofuscar ela!

— É claro que você tem algo a fazer, Dakota! Desmente ou conte logo os seus atos para eles!

— Olha, é a minha vida e eu lido com os meus problemas do meu jeito. E falar nada é o jeito, porque eu não fiz nada de errado! Só estão em cima de mim porque estou aparecendo em público, não entendeu ou quer que eu desenhe?!

A mesma foi embora calada com a cabeça erguida. Não vejo o dia dessas férias começarem pra eu relaxar bem longe daqui.

Depois do show, recebi uma ligação e atendi sem ver quem era.

— Alô? — Digo esperando alguma coisa. — Olha, se for trote, acho bom desligar…

— Dakota. — Tudo em mim parou ao ouvir essa voz. — Dakota, como está indo a sua turnê?

— Eu… eu vou bem. — Sinto umas lágrimas involuntárias se acumularem em meus olhos. — E você?

— Eu vou indo. Eu soube do tal show em Las Vegas e a Judy me convidou e tudo, mas…

— Você não vai, não é?

— Disso eu não tenho certeza, mas acho que você não iria querer me ver já que… tá saindo com o Ashton Kutcher ultimamente.

— Só foi uma vez e somos amigos apenas. Por que está preocupado com isso, Nick?

— Eu não estou preocupado, eu só estou vendo que você tá indo bem e ele está se tornando a sua companhia. Ele é legal, gente boa. Aliás, eu também vou indo bem.

— Tô feliz por você… por estar com a Cora.

— Dakota, eu sei que você não vai acreditar, mas… eu não estou com a Cora. Descobri que é melhor ficar sozinho. — Riu fracamente. — Sabe, poderíamos ficar amigos se quiser. Estou disponível pra te ajudar.

— Eu também acho isso. Mas não sei se vai dar certo.

— Por que não?

— Porque… — Ouço a porta bater e pelo jeito era a Tina. — Porque eu ainda amo você, Nick.

— Desculpe, está cortando a ligação. Pode repetir? — De fato, estava falhando a ligação, a voz dele ficou baixa.

— Porque eu… ando muito ocupada, entende? Eu nunca mais falei com o resto do pessoal.

— Ah, tudo bem então. Quando puder, pode me ligar. É o mesmo número de sempre. Até outra hora.

— Até, Nick. — Desliguei o celular e respirei fundo.

— Dakota, cê morreu? — Era a Tina mesmo.

Nick Carter

ELA AINDA ME AMA!

Se ela ainda me ama, ela deve ter me perdoado ou espera ouvir a minha explicação. A minha esperança ressuscitou só de ouvir isso e as chances de ter ela de volta aumentou mais ainda. Ou eu só estou me iludindo?

Ah sei lá, só de ouvir essa voz dela falando isso melhorou a minha semana. Agora ela parecia cansada. Brian e Judy me falaram que ela não parecia bem, espero que não esteja ficando doente ou que talvez o pessoal esteja explorando ela, senão vão se ver comigo.

Com os dias se passando, eu e o Alex ficamos melhorando o plano — no que resultou entrando mais uma pessoa pra me ajudar —, então veio na minha cabeça de não ir junto com o pessoal, pra ela achar que eu não fui e quando menos pensar… boom! Lá estou eu na frente dela dizendo tudo o que eu sinto. O medo que eu tenho é de que posso travar e só ficar olhando pra cara dela com um certo pânico.

Se Deus quiser, vai dar tudo certo.

Dakota Tanner

Estamos em Los Angeles novamente e hoje teremos dois shows para apresentar: aqui e em Malibu. As minhas vitaminas acabaram e só estou na base do café ou energético para ficar acordada por mais tempo. E a maquiagem ajuda muito também, pra encobrir as minhas olheiras.

— Hey Dak, olha quem veio nos ver. — Ouço a voz da Tina e vejo a Ally com o seu cabelo curto e na cor natural.

— Finalmente você apareceu! — Eu a abracei apertado e a loira retribuiu na mesma intensidade. — Veio assistir o show?

— Com certeza, eu não perderia ver vocês duas por nada. — Ela sorriu olhando pra mim. — Vocês não querem ir tomar alguma coisa?

— Ally… é… no dia de apresentação não saímos, nem antes, nem depois. — Explico para a mesma que ficou sem entender.

— Por que?

— Porque a Dakota saiu com o Kutcher depois de um show e descobriram. Aí estamos proibidas de sair do hotel, só se for para entrar no ônibus na hora de se apresentar. — Tina concluiu e Ally já fez uma cara indignada.

— Mas que absurdo! Tem a vida de vocês e só pode dedicar ao trabalho?! Ainda bem que vocês estão perto das férias e podem se demitir.

— Pois é, eu não aguento mais essa exploração. — Digo passando as mãos sobre os meus cabelos.

— Dak, já pensou em mudar o visual de novo? — Ally pegou no cabelo roxo e ficou observando. — Você combina mais com um loiro, por causa dos seus olhos.

— Eu tô horrível, não é? — Ri fracamente.

— Você tá péssima. — Ela respondeu e nós três gargalhamos. — Como ainda é de manhã, vamos fugir para o salão de beleza, almoçamos e vocês voltam pra cá como nada tivesse acontecido. Como sempre fizemos.

Eu e Tina nos olhamos sorrindo; fomos pegar as nossas coisas e saímos disfarçadas do hotel, caminhando até o centro da cidade.

O salão que a Ally nos levou, o serviço era maravilhoso. Fazia tempo que eu não via o meu cabelo brilhando desse jeito e nesse tom de loiro, combinou muito comigo.

— Senhorita Tanner, você anda se alimentando de forma saudável? — A cabeleireira perguntou tirando a roupa do salão de mim.

— Bem, como eu não tenho tanto tempo, só como comida de microondas.

— O seu cabelo precisa de nutrientes do lado interno de seu corpo, senhorita. Ele tá refletindo a sua saúde e você deve cuidar dela.

— Eu sei. — Assenti. — Eu vou procurar uma consulta médica ou um nutricionista. Obrigada pelo serviço.

— Disponha, senhorita Tanner. — A mesma sorriu. — Volte sempre.

Sorri de volta e saímos do salão, a caminho para algum restaurante almoçar. Mas como estava cheio e haviam pessoas que não tiravam olhos de mim, decidimos pedir para viagem e voltar para o hotel.

Quando saímos, algumas pessoas na rua ficaram me seguindo e me chamando até entrarmos no hotel e dar de cara com os patrões.

— Dakota, esse é o segundo aviso. — Um deles afirmaram. — Daqui a duas horas o ônibus sai.

— Okay, desculpa. — Respondi andando até o elevador.

— Tina, não nos decepcione.

— Isso não vai mais acontecer, prometo.

Ally foi calada olhando de cara fechada para os mesmos e entramos no elevador, depois entramos no quarto da Tina.

— Ai se eu tivesse trabalhando com vocês, eles iriam me ouvir! — Ally revoltada disse de boca cheia do seu almoço.

— E seríamos demitidas que nem foi com a lerda da… com a Elena. — Tina respondeu. — E mais educação, garota! Falando de boca cheia.

— Quer que eu vomite pra você comer que nem filhote de passarinho?!

— Essa nojeira de vocês duas não acabam não? — Digo e ambas começaram a rir. — Pelo visto muita coisa não mudou.

— É a nossa piada interna, okay?!

— Ah, daquela vez que a Tina disse pra você engolir pra ela.

— A Lucy estaria repreendendo a gente e a Ju rindo como sempre. — Ally falou e ficamos rindo. — Não espero o dia oito de janeiro chegar pra nós cinco ter o nosso momento.

— Eu também. — Sorri timidamente, pegando a minha salada.

Nick Carter

Eu mal liguei a televisão e estava no canal da fofoca. E já estava a cara da Dakota e está loira, está mais linda. Mas assim que aumentei o volume da televisão:

— “Será que a Dakota Tanner sente falta do seu querido ex-namorado? O mesmo tom de loiro do Carter não me parece uma coincidência.”

— Claro que ela sente falta de mim, ela disse que me ama! — Respondi a apresentadora sorrindo.

— “Mas não foi só isso Zoe, assim que ela e suas amigas voltaram para o hotel, algumas pessoas viram ela recebendo bronca do seu chefe. E essas pessoas que viram, nos disseram ter ouvido ele dizer à ela que era a "segunda vez" e a mesma pediu desculpas. Então, será que estamos vendo uma exploração de trabalho com uma das melhores dançarinas do país?”

— Ah, eles vão se ver comigo em Las Vegas.

Mais tarde, tentei ligar para ela mas estava fora de área ou desligado. Então, eu liguei para a Ally.

— Fala aí cabelo de cuia, alguma novidade do plano?

— Nada por enquanto, Ally. Eu vi no programa de fofoca que o chefe dela e da Tina deu uma bronca por terem saído.

— Cara, cê nem faz ideia de como eu tô irritada com isso! Eu tava lá junto e ele ficou falando para as duas não fazerem isso de novo. Faltou quase nada pra voar em cima dele! A gente só foi para o salão e depois compramos um almoço na volta e eles ficaram desse jeito com elas duas!

— Desde do início eu não tava achando legal esse contrato de dois anos da Dakota, tá pior do que com os outros trabalhos que ela fez.

— Ela e Tina me falaram que querem sair já. Dak também disse que além disso, a secretária da Beyoncé tá no pé dela porque saiu com o Kutcher. E ela só fala com a cantora nos ensaios e não é muita coisa.

— Se a Beyoncé soubesse, iria resolver isso.

— Com certeza, amigo! Alguém tem que contar pra ela. — Isso deu um estalo na minha mente. Eu tive uma ideia. — Nick, tás aí ainda?

— Tô, eu tô! Eu estava pensando em como contar pra ela e já tô imaginando como vai ser.

— Maligno, eu quero saber.

— Acho melhor eu elaborar pra depois contar. Espero que dê certo.

— Eu também. Mesmo que eu não saiba ainda. — Respondeu e riu fracamente. — Bem, os portões abriram, eu tô indo assistir o show.

— Okay, divirta-se e caso você vê a Dak de novo, diga a ela que eu quero conversar.

— Eu vou tentar, porque depois que terminar aqui, ela vai para Malibu apresentar o segundo show.

— Tudo bem se não conseguir. Até a próxima, Ally.

— Tchau, Nico.

Ela vem pra cá?! Ué, mas a reforma ainda não acabou ou é para um segundo show?

Se for, eu tenho que ir falar com a Beyoncé sobre o que está acontecendo, também tentar falar com a Dak.

Já no começo da noite, dei uma volta de carro pelos arredores pra vê se tinha alguma aglomeração e não foi difícil encontrar a fila que dobrava a esquina para assitir o show. Coloquei um boné e saí do carro, andando até os guardas.

— Boa tarde, o senhor pode me informar se ainda tem ingressos disponíveis?

— Tudo esgotado. — Droga.

— É que eu sou parente de uma das dançarinas da Beyoncé e ela não me mandou o ingresso e nem avisou aos funcionários de que eu iria visitá-la, sabe? Mas como você que não vai deixar, eu volto pra casa…

— Está com os seus documentos?

Fiquei procurando e nada, deixei lá no carro. Merda.

— Eu deixei no carro…

— Eu já ouvi essa desculpa esfarrapada milhões de vezes, você não vai ver ninguém nesta noite.

— Mas é quase urgente, senhor! Por favor, tem haver com o irmão da gente que está muito doente. E antes de eu sair, ela não atendeu o telefone então vim pessoalmente pra avisar sobre o estado do nosso irmãozinho.

— Vai pra casa, rapaz. — Agora que eu percebi que ele nem olhou pra minha cara, então eu fiquei parado. — Você quer ser chutado, não é?

— Você não faria isso comigo. — Sorri.

— Tá achando que é quem, seu… — Tirei o meu boné e sorri para o mesmo.

Gritaria das meninas em três, dois, um…

— AI MEU DEUS É O NICK CARTER! — A gritaria foi até o rabo da fila.

— Vai me deixar entrar? — Falei percebendo que a primeira da fila estava pegando impulso para pular em cima de mim.

— É por aqui…

— Se divirtam no show, meninas! — Aceno pra elas e a gritaria aumentou assim que eu entrei na casa de shows.

Fui andando até os camarins e estava lá o nome das meninas, mas eu não iria entrar assim. Eu tenho que falar com a Beyoncé antes que ela sobe para o palco.

Parei na porta do camarim e bati com uma certa hesitação, mas a porta se abriu e era ela, que alívio.

— Olá, eu…

— Olha seu embuste se você veio aqui pra falar com a Dakota, acho melhor ir embora…

— Eu tenho que conversar com você, é algo sério.

— Como eu vou saber se é sério mesmo? — Ela cruzou os braços e olhei para os lados.

— É sobre as dançarinas e uma amiga me contou, a mídia tá falando, então… eu queria saber de você se é verdade ou não. Eu vim aqui só pra saber disso e não pra ver a Dakota.

— Pode entrar.

Assim que ela fechou a porta, eu comecei a contar sobre essa fofoca e a mesma deu a maior atenção. Quando eu terminei de falar tudo o que eu sabia, Knowles andava para os lados, pensativa. Então, ela falou:

— Elas deixaram de falar comigo. — Disse se sentando em uma cadeira. — E eu perguntei para o meu empresário e ele disse que as meninas queriam só conversas profissionais para não me afetar. E quando chegamos em New Orleans, ouvi a Grace, minha secretária, reclamar com a Dakota sobre os paparazzis. Não entendi muito bem, mas… ela disse para a Dak que estava me ofuscando por causa da situação dela.

— E ela não tem esse tipo de intenção. — Soltei um suspiro e olhei para a mesma. — Beyoncé, você sabe o que aconteceu entre nós e ela não merecia isso, eram para estar em cima de mim.

— Só estão em cima dela por causa do Ashton Kutcher. A história do vocês dois não é mais o assunto do dia. E pelo visto, você assume a culpa.

— É toda minha, eu não sei o que deu em mim. E quando a Cora apareceu, eu fiquei confuso e acabou acontecendo o mal entendido e só foi piorando pra mim. A Dakota não merece nada disso, ela é uma pessoa muito especial e…

— Você a ama. — Sorri sem graça depois de ouvir isso. — Olha Nick, a Dakota não é mais a mesma pessoa de quando a conheci. Ela tá mais focada no trabalho e anda muito pálida, exausta. Já mandei várias vezes para ela descansar e ela continua. Tenho medo que ela passe mal no meio do show.

— Por acaso você mandou diretamente pra ela?

— Não… por que?

— Porque alguém deve ter dito pra ela fazer o contrário. Ela já pode estar… doente. Não deixe ela subir no palco hoje a noite, por favor? — Me levanto.

— Vou fazer isso, Nick. Não vai ficar para o show e falar com ela?

— Eu não sei, vim de última hora.

— Vai falar com ela. — A morena sorriu. — Você tá preocupado com a Dak, o que custa? Eu sei que ela quer ver você também e… me desculpa por ter te chamado de embuste mais cedo.

— Tudo bem, já me chamaram dos piores nomes. — Sorri fracamente. — Eu vou falar com a Dakota então.

— Fique com isso, vai te ajudar a entrar aqui de novo.

— Obrigado. — Peguei o crachá e saí de seu camarim.

Eu ouvi a risada da Tina e a voz da Dakota. Acho que tô parecendo um idiota parado no meio do corredor, ouvindo ela. Então a coragem veio e fui até a porta que estava entreaberta. A Tina estava em outro lugar, pois Dakota está sozinha com o Ashton e estavam se beijando. Tirei o crachá e joguei no chão, indo embora para casa.

Ela mentiu pra mim.