Capítulo 8
Edgar soltou outro suspiro contente enquanto olhava para as fotos. Ele estava deitado em seu sofá vestido uma bermuda folgada e uma blusa surrada. Era terça-feira e estava de folga, apenas relaxando. Tinha passado três dias do seu aniversário e ontem havia cuidado de Simon à tarde. Aquele menino sabia encher a sua vida de alegria.
Seu dedo deslizava pela tela do Smartphone para passar as fotos e admirá-las. As fotos estavam boas, mostrando o quanto tinha sido divertida a festa. Tirando a parte de Erik, o seu dia tinha sido perfeito. Por sorte, a sua raiva por causa daquele imbecil durou pouco.
Edgar parou na foto que mais gostava. Era justamente dos três: ele, Casper e Simon.
O jovem de olhos claros e de pele jambo sorriu e arrastou o dedo indicado pela imagem. As vezes, ele ficava aterrorizado pela forma tão rápida que aqueles dois entraram em sua vida, porém também sentia-se vivo por tê-los por perto. Apenas precisava esconder muito bem os sentimentos românticos que cresciam em prol a Casper.
Edgar fechou o aplicativo de imagem e moveu-se no sofá, deitando de lado e deixando o celular cair ao seu lado.
— Hn! Preciso fazer algo produtivo. — murmurou. — Talvez escrever? Estou quase terminando a história. — disse animado. Adorava quando a inspiração fluir com naturalidade. Poderia dizer que seus vizinhos eram seu pé de coelho da sorte.
Edgar forçou-se a sentar no sofá, todavia, antes que levantasse e fosse buscar seu notebook para trabalhar, o seu celular começou a tocar.
Ele arqueou uma das sobrancelhas em indagação. Não esperava ligação de ninguém. Considerando que falou com seus pais mais cedo, amigas estavam trabalhando, Simon não tinha celular e Casper trabalhando, Edgar ficou confuso com quem poderia estar lhe ligando.
Pegou o celular e olhou para o identificador de chamada. O número era desconhecido. Ficou olhando por alguns segundos. Temia atender e ouvir a voz de Erik. Não! Era impossível. Havia mudado de número e pouca pessoa o tinha agora.
Ainda que com medo, decidiu atender, pois poderia ser de alguma empresa que havia deixado o seu currículo.
— Alô!? — sua voz saiu incerta.
— Senhor Smith? — uma mulher perguntou do outro lado da linha.
— Sim?!
-— Aqui é Donna da pré-escola. O senhor está na lista de contato do estudante Simon. Tentamos falar com Senhor Suller! Mas não atende... — disse a mulher.
Edgar endireitou as costas. Seu coração acelerou os batimentos. A ideia de algo ter acontecido com Simon fez seu peito doer.
— Ele está bem? O que aconteceu? — ele exigiu.
— Ele está bem. Simon caiu enquanto brincava no Recreio. Acabou machucando o braço. Ele foi levado para hospital acompanhado da professora. — disse Donna.
Edgar levantou do sofá e passou a andar pela sala. — Qual hospital? — Edgar perguntou.
— Memorial Anatomy. Tentamos falar com Senhor Casper Suller, mas sem retorno. — disse. — Tem o contato da irmã dele... Mas não está no país...
— Eu vou. Irei ligar para Casper... Mas vou para o hospital. Obrigado por ligar.
— S-sim.
Edgar finalizou a ligação e apressou-se para seu quarto. Sem importar o tipo de roupa, ele vestiu. Tudo que queria era chegar ao hospital. Imaginar Simon com dor e sozinho naquele lugar.
Sabia que Casper estaria em reunião pela manhã. Ele tinha dito, já que era o dia de Edgar ir buscar Simon na escola. Entretanto era estranho Casper não atender o celular, o homem nunca desligava por causa do filho.
Edgar terminou de arrumar, pegou a carteira e as chaves de casa antes de sair. Sem importa se gastaria muito, ele tomou um táxi, apenas queria chegar logo.
Quando está com pressa, parece que as coisas davam mais errado. Ele demorou quase 15 minutos para conseguir um táxi. Assim que entrou no veículo, selecionou o número de Casper.
— Atende Adônis! Adônis! — Edgar disse repetitivamente. Ele nem percebeu que usou o apelido que usava em seus momentos íntimos para o seu vizinho.
Ele continuou tentando, mas Casper não atendia. Isso aumentou o desespero de Edgar.
— O Senhor pode ir mais rápido? — Edgar pediu.
— Não posso desrespeitar as leis de trânsito. — disse o taxista.
Quando finalmente chegou o hospital, pagou o taxista e saiu correndo para o prédio em sua frente.
Entrou correndo e quase caindo.
— Senhor, não corra! — disse um dos seguranças.
Edgar ignorou e continuou até a recepção. — Oi, estou aqui por Simon.
— Seu nome?
— Edgar Jackson Smith! — ele disse. Não aguentou e começou a roer as unhas da mão esquerda.
— Um momento! Sabe o sobrenome do paciente? — enfermeira, uma mulher em torno de 40 anos com baixa estatura e cabelos pretos penteados em coque frouxo.
— Simon Suller! — disse.
A mulher digitou algumas coisas no computador. — Quarto 509, terceiro andar! — informou.
Edgar acenou agradecido e retornou a correr, somente para recebe outro grito para que parasse de correr no hospital. — Desculpa... — gritou. Não aguentou esperar pelo elevador e subiu pelos lances de escada.
Ele parou diante da porta 509 e suspirou fundo, mas antes que entrasse uma mulher vestida de jaleco branco o parou.
— Senhor?
— Oi, eu sou Edgar Jackson Smith. Vim ver Simon!
— Ah sim! É o que da criança? — a médica disse.
— Eu sou a babá dele. O pai não atendeu e a escola me solicitou que viesse. Como ele está? — Edgar perguntou. Queria que a mulher fosse mais rápida, pois queria ver Simon.
— Ele torceu o pulso, por sorte não quebrou. Ficará com o braço imobilizado por algumas semanas. No mais, ele está bem! — disse a médica.
Edgar acenou. Estava aliado por saber que não era nada grave, mas ainda penalizado, considerando que Simon devia estar assustado e com dor.
— Obrigado... — disse Edgar despedindo-se da médica e girando a maçaneta da porta. Ao entrar no quarto, seu coração deu um salto. Sorriu levemente para a visão pequena de Simon deitado na cama hospitalar.
Aproximou da cama e sentou em sua borda. Estendeu a mão e acariciou os fios negros. Simon dormia tranquilamente com a cabeça tombada para o lado. — Vai ficar tudo bem! — murmurou. Sentia finalmente o seu corpo se acalmar agora que estava com Simon, em saber que ele estava bem.
Edgar pegou o celular e digitou uma mensagem rápida para Casper. Voltou sua atenção para Simon e ficou observando o garotinho, seu peito que subia e descia. Temia tirar os olhos e que Simon sumisse.
Não reparou no tempo que passou, apenas concentrou-se em Simon. Ele se assustou quando ouviu o ranger da porta. Inicialmente considerou que fosse enfermeira ou médico, mas seu peito apertou ao ver Casper. Endireitou o corpo e levantou da cama, afastando um pouco para dar espaço para que o pai da criança colocasse junto ao leito.
Os olhos de Casper eram aflitos. Ele estendeu o braço e acariciou os cabelos lisos do filho com cuidado.
— Meu menino... — disse com angústia.
— Ele vai ficar bem... Terá um gesso algumas semanas. — Edgar disse.
— Eu... Conversei com o médico... — Casper disse sem nunca tirar os olhos do filho. — Eu sinto muito por ter demorado vir. Meu celular estava descarregado e a secretária não me deu recado até que a reunião acabou! — disse com tom de culpa.
— Está tudo bem! — Edgar disse.
— Não queria envolvê-lo! Eu sei...
— Eu fiquei preocupado. Ainda bem que deixou meu contato na escola. — disse Edgar. — O médico disse quando...
— Posso levá-lo já! Ele disse que a hospitalização apenas até que chegasse. Por sorte, foi somente o braço. — Casper disse.
— Vou pegar com a enfermeira as roupas dele. — disse Edgar e saiu do quarto. Ele não demorou muito para retornar, e ajudou a Casper a vestir a criança adormecida.
Eles deixaram o hospital com Casper levando o filho. Edgar o ajudou destrancar o carro para que ele entrasse com o filho no colo, enquanto o jovem levou a responsabilidade de dirigir.
O caminho para casa foi feito em silêncio, talvez por culpa da preocupação que ainda pairava sobre ambos os adultos. Ao chegaram ao prédio, Edgar ajudou novamente e seguiram para casa. Ele abriu apartamento do filho e segurou a porta para que entrasse.
Somente após colocar a criança adormecida no conforto da sua cama, Casper retornou a sala.
— Quer café? — O belo homem ofereceu.
— Água! — Edgar disse.
Casper os guiou para a cozinha e entregou ao vizinho uma garrafa de água mineral. — Obrigado por me ajudar! Se não fosse... Deus! Sinto-me um pai inútil. Eu devia ter carregado o celular.
— Ei, não tinha como sabe que isso aconteceria! — Edgar disse aproximando-se de Casper e apertando a mão no ombro do cara. Pode sentir o calor da sua pele, mesmo que por cima da blusa.
— Obrigado... Sei que não é sua responsabilidade...
— Ei! Aquele menino já me capturou! Não foi nenhum sacrifício... Na verdade, fico feliz em puder ajudar. — Edgar disse.
Casper inclinou para frente e depositou a testa no ombro de Edgar, soltando um suspiro. — Quer jantar?
— Pizza?!
— Sim!
— Eu vou pedir, porque não vai tomar um banho? — Edgar sugeriu, mas internamente completou as falas 'Comigo'.
— Claro! — Casper disse endireitando o corpo e seguindo para seu próprio quarto. Iria ser rápido, pois queria estar disponível acaso Simon acordasse.
-oo0oo-
A água batia em seu corpo e os músculos instantaneamente relaxaram, o que resultava soltar pequenos suspiros. A sensação do líquido transparente na sua pele o fazia ficar confortável e desejava ficar debaixo do chuveiro por várias horas, mas a preocupação o rondando não deixava ficar ali por muito tempo, porém seria como um pequeno minuto de meditação.
Distraído, ele observou a água passear pelo seu corpo, vendo onde iria parar até ir para o chão do Box. Poderia dizer que tinha um corpo razoável para um cara perto dos trinta, principalmente quando não tinha tempo de ir para a academia. Os seus braços e peito, além de suas coxas faziam ser aquele cara estereótipo musculoso, o que a resultava em que a maioria das mulheres e homens para paquerá-lo, o que não gostava da maioria das vezes, pois não queria chamar atenção só por ser bonito, mas também por sua personalidade e características, até os defeitos contava. Mas, quem não gostava de ter alguém o paquerando?
Aquele pensamento o fizera rir, contudo, logo a sua expressão se aprofundou. Ele desligou a água do chuveiro. Ao sair do Box, Casper se colocou em frente do espelho do banheiro e observou os seus olhos cinzas estavam tristes e sua expressão não era uma das melhores, confirmando que ainda estava abatido e angustiado.
Aquela situação era algo normal, pois se tratava do seu querido filho e qualquer coisa que se relacionasse a algo ruim para Simon, o fazia ficar doente de preocupação. Estava ainda mal por não ter estado para ele assim que ligaram, entretanto não podia fazer muita coisa, ainda bem que eles tinham o Edgar, o seu vizinho e por ordem do destino, o babá do seu filho.
Edgar veio do nada e se tornou parte da sua vida, uma parte importante. O jovem negro era uma pessoa boa, amigável e divertido, além de lindo. Seria mentira se dissesse que não achava o atraente, oh, Edgar era completamente lindo e o deixava fascinado. A sua pele negra, os seus olhos claros, seus lábios fartos e o seu corpo definido, o fazia pensar coisas para maiores de 18 anos.
Casper abriu um pequeno sorriso de lado, todavia, logo o desfez e saiu do quarto.
Não demorou muito e ele saiu do quarto e foi diretamente para o quarto de Simon, viu que a porta estava entreaberta, com cuidado, Casper visualizou Edgar sentado na beirada da cama. O lindo rapaz de cor de jambo olhava para seu filho com carinho e preocupação.
— Hey. — Casper murmurou. Edgar olhou rapidamente para si e acenou. — Ele acordou? — indagou se aproximando.
— Não. Vim aqui para ver se ele podia precisar de algo, mas ainda continua dormindo como um anjinho. E ah, já pedi pizza, espero que goste de calabresa com queijo e bacon.
Casper sorriu. — Não se preocupe. Obrigado novamente por estar aqui.
— Não se preocupe. — Edgar o imitou, o que ajudou a aliviar o clima, pois fizera rir. — Mas sério, o Simon sem querer acabou entrando em minha vida, meu coração de uma maneira única e percebi isso quando ligaram para mim dizendo que ele tinha se ferido, foi horrível, fiquei desesperado, imagina você.
— Ser pai é difícil, mas é a melhor coisa do mundo, ver o meu menino se ferir é como quebrar o meu coração, mas graças a Deus ele está bem, agora só espero que ele acorde para poder abraçá-lo e o encher de beijos.
— Eu também.
Os dois se entreolharam e juntos desviaram o olhar para o pequeno na cama.
Simon estava encolhido e dormia tranquilamente, o seu braço com o punho engessado estava por cima das cobertas e o seu semblante era calmo e sereno, o que acalentava o coração dos dois adultos. Aquele clima logo foi quebrado ao escutaram batidas vinda da porta de entrada.
Edgar se levantou e apontou para a porta. — É o cara da pizza, vou atender e ajeitar as coisas, quando tiver tudo pronto, te chamo.
— Ok. — Casper assentiu.
Mas antes de poder sair, Edgar se inclinou e beijou a testa de Simon. — Fique bem. — ele sussurrou. Casper escutou e sorriu, o editor observou o jovem sair do quarto e em seguida a sua atenção foi para o seu filho, mas para a sua surpresa, acabou encontrando um Simon completamente sonolento olhando para ele.
O seu coração acelerou. — Simon? Oh meu pequeno.
— Papai? O que aconteceu? — bocejou. — O meu braço... o que é isso?
— Hey bebê. Cuidado. — Casper impediu o filho de se levantar e com zelo ele o ajeitou. — Isso é um gesso, você terá que ficar com ele por algumas semanas. Simon, como foi isso? Dói quando move?
Simon esfregou os olhos com a outra mão e olhou manhoso para o pai. — Eu caí do escorregador, não dói muito, é estranho.
— Logo você se acostumar. Você está com fome? O Edgar está aqui. — e na mesma hora a atenção de Simon foi tomada.
— O tio Ed? Onde?
Casper acabou rindo. — Vou acabar achando que você vai me trocar por ele.
— Não. — Simon exclamou. — Nunca vou te trocar, você é o meu papai do meu coração. — e o editor se derreteu pelo carinho do filho. — Edgar é como um tio, um amigo, gosto dele, muitão. Estou com fome.
— Oh meu lindão. — Casper não aguentou e abraçou fortemente o seu filho, o encheu de beijos, o que fez relaxar completamente.
Ter Simon em seus braços era a melhor coisa do mundo, o seu filho era o seu bem mais precioso.
— Ahh! Papai! — exclamou a criança rindo. Casper continuou a beijar o rosto do seu Simon.
— Não vou te soltar. Nem reclame. Eu te amo. — E assim ele continuou e até o seu sorriso se abriu ainda mais ao ver Simon retribuindo os beijos. A criança o beijou na testa e na bochecha. Ver a carinha alegre e risonha do seu menino era a fantástico. — Vamos comer? Temos pizza para o jantar.
— E sorvete?
O editor revirou os olhos, mas assentiu. — Ok, você pode. Vamos?
— Braço? — pediu manhoso.
— Você não acha que já está bem grandinho, não?
— Você diz que sou o seu bebê. — Casper jurou que Simon imitou perfeitamente os olhos pidões do Gato de Botas de Shrek, o que fez ceder. — Ok, só desta vez. Vamos!
Com o pequeno Simon nos seus braços, ele deixou o quarto e foi na direção da sala, que por sua vez estava vazia, o que fez ir para a cozinha, ao adentrar o ambiente, o pequeno Simon gritou o nome de Edgar, mas não se mexeu para sair dos seus braços, parecia que estava muito confortável ali e não queria sair.
Edgar estava de costas e mexia em alguma coisa na mesa, do seu lado tinha duas caixas de pizza e pelo grito repentino de Simon, o jovem negro acabou levando um susto e quase que derrubava o as coisas que estava em cima da mesa, porém ele nem ligou e se virou depressa se deparando com os dois.
Edgar abriu um enorme sorriso. — Simon! — depressa ele correu de encontro aos dois e os abraçou, beijando carinhosamente a bochecha do pequeno. — Quase que nos matava de coração, pirralho.
Casper admirou o carinho do seu vizinho com o seu filho e vice e versa, os dois se gostavam muito, dava para ver pelo enorme sorriso em seus rostos, o que fazia ficar alegre e quente por dentro.
— Pelo amor de Deus, na próxima tome cuidado. Quase que enfartava. — Edgar disse dramaticamente, o que causou risos entre eles. O jovem de cor de jambo sorriu e mais uma vez beijou a bochecha da criança. — Seja cuidadoso.
— Ok. — Simon prometeu. — Posso ir para o seu colo? — pediu.
Edgar arregalou os olhos e se afastou. — Er, então... Acho que não vai dar, não posso com você.
Casper riu. — Não precisa. Simon, você é muito pesado.
— Ah. — a criança fez beicinho.
— Não fica assim... Olha para mim e para o seu pai, eu sou uma vareta comparada a ele... O seu pai tem músculos definidos, um corpo surreal, forte e... Oh. — Edgar rapidamente desviou o olhar sem jeito e se interrompeu. — Er, por que vocês não vão para a sala? Prometo te abraçar e segurar você quando sentar. Vai indo que eu levo as pizzas.
Simon gritou e Casper teve cuidado para não soltá-lo. — E sorvete.
— E sorvete, ok. — ele disse embaraçado.
Mas antes de voltar para a sala de estar, Casper sorriu para Edgar e piscou para ele, o que fez o jovem se engasgar e se virar rapidamente. — Venha logo.
Com Simon em seus braços ele voltou para a sala e colocou o seu filho no sofá. — O que você quer ver, Simon?
A criança mordeu o lábio. — Quero fazer a nossa noite de filmes, podemos? Por favor. O Tio Ed está aqui, quero ver filme com ele e o senhor.
— Certo então, fica aqui. Vou aumentar o ar e pegar as cobertas, ok? Volto já.
A criança assentiu alegre e assim correu para o seu quarto para pegar umas cobertas extras e algumas almofadas, ao voltar para a sala viu Edgar abraçado com Simon, os dois riam e conversavam o que fez ficar parado os observando.
O jovem negro ria abertamente, falava e assentiu para o que Simon dizia, seja o que for a criança parecia muito alegre e confortável, pois estava sentado no colo de Edgar e abraçado por ele. O que chamou mais atenção foi o carinho dele para Simon, o jovem o olhava de uma maneira única e esperava pacientemente para o que a criança dizia o que causava sempre risos dos dois.
Naquele momento o seu coração aqueceu e um sorriso se fez. — Quem está pronto para noite de filmes?
Como esperado os dois gritaram alegres, o que causou risos nele. Casper deu as cobertas para Edgar e foi logo para a TV, colocou no Tele Cine e como esperado os filmes da sexta passada estava ali, os únicos filmes que Simon não tinha visto ele colocou. Antes de ir para o sofá, pegou o controle do ar-condicionado e aumentou, fazendo a sala ficar mais fria.
— Vem logo, papai! — Simon disse encolhido nos cobertos, ele tinha um pedaço de pizza na mão e na outra um copo de refrigerante.
— Calma! — Casper sorriu para ele e assim foi para o sofá, sentou-se do lado de Edgar e se enfiou na coberta, se inclinou e pegou um pedaço de pizza de calabresa. — Amo pizza.
Edgar riu. — E quem não ama? Sabe, isso está merecendo uma selfie.
— Sim! — gritou Simon. — Foto!
— Ok. — Casper concordou. — Faça suas honras, Edgar. Por que eu não faço ideia onde está o meu celular.
Edgar se inclinou com cuidado, já que tinha Simon sentado no seu colo, ele pegou o smartphone e rapidamente foi para a câmera. — Digam pizza.
— Pizza! — Casper e Simon falaram sorrindo e um click foi escutado. — Me deixa ver. — O editor pediu.
A foto ficou incrível, os sorrisos e a maneira natural deles três fez com que ele refletisse. Edgar cada vez mais está presente em sua vida, a sua maneira e carinho para o seu filho, o seu jeito tímido e extrovertido o chamava atenção de uma maneira única e estava quase certo para onde tudo isso ia, estava ansioso para tal coisa.
— Posso postar no facebook? — Edgar indagou o que fez tirar dos seus pensamentos.
— Claro e me marque. — ele devolveu o celular e voltou a sua atenção para a TV, porém, na maior parte Casper não tirava os seus olhos do seu filho e do seu vizinho, principalmente do jovem negro.
Continua...
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