Kou-san



Aiko e a Yonsen estava se preparando para voltar para casa. Eu e ela estávamos sentadas em um banco esperando enquanto os times se organizavam para partir, o sol já estava baixo indicando o fim de tarde a brisa estava morna... era uma bela tarde para finalizar um acampamento infernal.

-Apesar de puxado foi um belo aprendizado – a colega capitã disse olhando para o céu – Ah vou sentir falta disso, gostaria de poder ficar mais um ano.

Olhei para o rosto dela, assim como todas as outras Aiko era do terceiro ano então no ano que com certeza não nos encontraríamos. – Não fale como se tudo tivesse acabado... Você sempre pode vir visitar.

Aiko riu e balançou a cabeça – Não os acampamentos e outra considerando que eu estou bem longe de vocês, acho difícil...

-Por favor – reclamei – Vocês vão ganhar a eliminatórias e vamos nos encontrar no nacional ainda, essa não vai ser a última vez.

Aiko gargalhou – Se esse for o caminho que o destino traçou então que seja.

-Capitã!

Nós duas olhamos na direção da voz que chamou, rindo em seguida. Mas dessa vez não era eu.

-Está na hora de irmos – Mai disse se aproximando.

Aiko bateu as mãos nas vestes e se levantou – Acho que é isso – E então ela sorriu docemente - Obrigada por ter me ajudado a me tornar uma capitã melhor [Nome], nunca vou esquecer o que você fez por mim.

Ela começou a dar alguns passos mas parou e se virou pra mim - Mesmo que nós não cheguemos até vocês, continue avançando sim?

Pela primeira vez em algum tempo eu não soube o que respondem apenas observei Aiko puxando a Yonsen pro ônibus a fim de que elas pudessem partir. Pra quem chegou aqui sem sequer conseguir olhar direito para as próprias jogadoras, liderar o time daquele jeito era uma grande vitória.

Acenei de longe enquanto via o ônibus partir.

-Vamos?

Me assustei e me virei – Fala sério Dan, você não cansa de fazer isso?

Ele deu risada – Não – Olhei para trás dele o ginásio já estava fechado e metade dos alunos da Fukurodani já tinham ido embora, tanto do time feminino quanto do masculino. Vi apenas alguns segundo anistas, e Keiko. – Pegue as suas coisas na sala do clube as meninas já foram embora.

-Tudo bem, tudo bem – dei de ombros, realmente as meninas já tinham ido embora os armários estavam fechados e todas as bolsas já tinham sumido. Coloquei meu agasalho e joguei a minha bolsa no ombro. Não era comum Dan voltar andando comigo, então algo na minha mente estava gritando que tinha algo de errado.

E isso se confirmou quando eu encontrei com ele e Bokuto parados no portão da escola conversando.

-Ótimo, podemos ir – ele disse.

-Nós? – perguntei.

-Sim, Bokuto-kun vai ficar em casa até eu terminar de lavar o shorts que eu emprestei dele – Dan respondeu e saiu andando. Eu parei de andar, o que ele estava fazendo?

Dan parou e se virou sorrindo sarcasticamente – Não tem nada demais, não é mesmo?

-Claro que não é só curiosidade nii-san – respondi entre dentes, Bokuto estava olhando entre nós alheio a pequena briga de irmãos que estávamos tendo, claro que ele não ao parar no jogo apenas. Daniel era muito rancoroso com coisas bobas principalmente.

-Ótimo, vamos então – Dan disse – O que achou do jogo Bokuto?

-Oh, treinador você é muito bom! – ele desatou a falar sobre o jogo, e até chegou a pedir para que Dan treinasse com ele um dia ou até mesmo pediu dicas de como ele podia bloquear. Até falou de como os bloqueios dele lembravam o do baka-neko que atendia pelo nome de Kuroo.

Eles apenas foram conversando e eu acompanhando, não me incomodava estar fora do assunto. Pelo que eu me lembre Aki disse que ele tinha duas irmãs mais velhas e nenhum irmão... Então ver ele conversando tão livremente com Dan era... fofo.

Vi a minha casa surgir de longe e suspirei. Estava entrando num território completamente desconhecido e conhecendo meus pais... Eu não queria imaginar o que aconteceria.

Dan abriu a porta e entramos, minha mãe deveria ter chego do consultório já que ela estava com a roupa social por de baixo do avental. Meu pai também estava na cozinha ajudando ela a fazer algo.

-Parece que temos visitas – meu pai disse primeiro.

Bokuto cumprimentou eles formalmente e a minha mãe sorriu me dando um olhar bem significativo em seguida – Bokuto-kun! O primo da Aki-chan não é? Me lembro do dia que [Nome]... Abusou.

-Sim, senhora – ele disse concordando.

-Bokuto me emprestou um shorts, falei que ele podeia esperar enquanto eu lavava – meu irmão comentou e seguiu pra lavanderia.

-Claro – minha mãe falou – Gostaria de jantar conosco Bokuto-kun?

É obvio que ela iria fazer isso, eu não tinha dúvidas.

-Hã? Eu...

-Faço questão – ela disse e deixou as coisas na pia andando na direção dele – O jantar ainda vai demorar um pouco, porque você e [Nome] não esperam em outro lugar. Eu coloco a sua bolsa na sala querido.

Ela pegou a bolsa do ombro dele e praticamente o empurrou na minha direção, ela não tinha jeito meu pai estava de costas então nem viu nada. Balancei a minha cabeça – Me segue, não tem nada pra fazer aqui em baixo.

Indiquei a escada com a cabeça e subi, o garoto veio atrás de mim. Era engraçado ver o Bokuto tão sem graça, já que normalmente a personalidade dele era bem solta, coloquei a minha bolsa em cima da minha mesa – Porque você está tão travado? Tem medo de ficar na casa dos outros por acaso?

-Claro que não! – as pontas das orelhas dele ficaram levemente avermelhadas. – Eu só não entrei num quarto de garota antes.

-Mas você não tem duas irmãs? – sentei na minha cama cruzando as pernas e ele sentou no meu tapete de frente pra mim.

-Mas não é a mesma coisa.

-E então o que achou? – perguntei, ele parou para olhar em volta e depois voltou a encarar o meu rosto, sorrindo logo em seguida – É legal, é bem diferente do das minhas irmãs.

-Como elas são – perguntei, nunca tínhamos entrado nesse assunto então de repetente fiquei interessada em como que era a família dele. – As suas irmãs.

Ele colocou a mão embaixo do queixo antes de falar animadamente – São as melhores do mundo! Katsue-nee é a mais velha ela trabalha numa super empresa que faz coisas complicadas mas é muito legal, Koemi-nee gosta de escrever então ela trabalha em uma editora.

-Katsue-san, Koemi-san – falei – São nomes bonitos, Koutarou também é...

-Você... pode usar se quiser. – ele disse baixo mais alto o suficiente para que eu ouvisse – Quero dizer somos amigos não somos? Eu te chamo de [Nome].

Peguei uma bola que ficava na cabeceira da minha cama – Koutarou... Parece diferente... Que tal Kou? – Joguei a bola pra ele, ele pegou o objeto entre as mãos – É mais fácil de falar.

-Minhas irmãs usam esse apelido... Mas você pode usar também! Tenho certeza que elas não vão se importar – ele jogou a bola de volta pra mim e eu sorri.

-Se um dia eu as encontrar vou fazer questão de agradecer por compartilhar do apelido – comentei jogando a bola de volta pra ele, nesse momento Dan abriu a porta agora já com as roupas normais dele.

-Parece que as coisas vão demorar um pouco – ele se encostou no batente da porta – Então pensei que podia mostrar algumas coisas para Bokuto-kun nesse meio tempo, [Nome] me ajuda a colocar a rede no jardim? Até a mãe se animou um pouco.

-Isso sim é algo raro – comentei, minha mãe jogou na escola por um tempo mas era bem raro ela se voluntariar para jogar.

-Vocês tem uma quadra? – Bokuto perguntou com estrelas nos olhos.

-Não é uma quadra – respondi não querendo criar grandes expectativas – Só uma rede e um quintal.

Me levantei e peguei a bola das mãos do meu colega antes de ajudar ele a se levantar – Pronto para conhecer a força da família [Sobrenome], Kou-san?

-Vamos nessa capitã.




N/A: Sabe aquela de antes da tempestade vem a calmaria? Hahaha

Cap de transição, fofinho pra deixar o coração quentinho.

Até a próxima!

Xx

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