[2017] 33

Finalmente tinha chego o fim de semana, poderia tirar todas as horas de sono atrasado... Doce ilusão.

-[Nome] acorda! – Nico gritou no meu ouvido enquanto subia na minha cama e começava a pular, me diz porque eu sempre prometo as coisas que eu não quero cumprir – Você prometeu que ficar comigo hoje, e ia trazer o Kuroo.

Olhei o relógio e eram 8 horas da manhã – Está cedo Nico.

Ele parou de pular na minha cama e sentou na minha barriga – Você prometeu. Podemos passar na casa do Kuroo depois do café.

-Ta legal coisa chata agora sai de cima de mim – eu gritei e ele pulou direto pro chão e correu pra porta – Troca essa meia de dinossauro pelo menos Nico!

Me sentei e peguei o celular, não tinha muitas opções mesmo... Mandei uma mensagem e me levantei pra poder me arrumar. Ouvi a minha mãe passando no corredor pra ajudar o pequeno se vestir enquanto isso desci pra cozinha encontrando meu pai.

-Bom dia – falei bocejando.

-Bom dia – ele respondeu e me olhou de cima a baixo dando uma risada de deboche – Você sabe que se colocou nessa situação sozinha.

-Eu sei – me sentei e apoiei meu rosto na bancada – Novidades?

Ele se virou pra mim exibindo o avental cor de rosa que a minha mãe usava normalmente – Na verdade sim, Fabricio e Fidio vão ficar aqui em casa alguns dias. Vamos visitar alguns terrenos em Tóquio, alguns prédios já construídos... Ver qual a melhor opção pra clínica.

-Fídio? – perguntei – Ele não tem cara de quem quer seguir nessa carreira...

-Bem... Fabricio precisa de alguém pra erdar a parte dele, é uma situação totalmente diferente da sua. E ele não vai vir por causa disso, o time dele vai ter um amistoso com alguma escola da região ou algo do tipo – ele respondeu voltando a cozinhar o que quer que ele estivesse fazendo.

Kuroo tinha me respondido que me encontraria na quadra que tinha perto de casa, esperei Nico terminar e saímos de casa.

Acabei trombando com o Kuroo antes de chegar na praça – Bom dia.

Ele respondeu e beijou a minha testa batendo um high-five com o Nico. Não demorou para que chegássemos na quadra, foi quando eu percebi que tinha algo errado. Tinha um grupo de crianças que acenava alegremente pro meu irmão.

-Nico achamos que não vinha mais – um deles falou.

-Nossa você é tão alta – umas das meninas disse.

-E bonita – a outra completou.

-Ei, seu cabelo é legal – os meninos começaram a olhar pro Kuroo.

-Você é bem alto também, que nem um pinheiro.

De repente cada criança falava alguma coisa diferente e eu e o Kuroo estávamos perdidos no meio deles, ter que lidar com 1 criança era uma coisa cuidar de várias ao mesmo tempo era outra.

-Hey, HEY – eu gritei e eles pararam um pouco – Porque vocês não se acalmam um pouco e nos explicam o que está acontecendo aqui.

Todos eles viraram pro meu irmão. Eu levantei uma sobrancelha e mirei ele também – Nico...

-Bem... é que... – ele brincou com a barra da blusa dele, tenho a impressão que não vou gostar muito disso – Vai ter esse campeonato de vôlei na escola e pra gente participar precisa ter alguém responsável, então eu coloquei seu nome.

-COMO A- Kuroo pigarreou me interrompendo no meio do grito – Como assim colocou meu nome?

-Precisamos de alguém pra nos treinar, senão nunca vamos conseguir derrotar o Hayato. Ele não deixou a gente entrar no time dele. – Nico fechou a mão em punho e pareceu ficar realmente bravo. Até que eu achei fofo, mas não tirava a culpa dele.

-Como? – eu me abaixei pra poder olhar nos olhos do pequeno.

-Bem... Ele disse que nós não podíamos jogar – Nico disse olhando pra bola que ele segurava, as outras crianças também tiveram uma súbita queda de animação.

- E que nós éramos ruins.

- E que vôlei não é esporte de meninas.

Eu podia ver pra onde toda essa conversa estava indo eu respirei fundo – Certo, vocês estão criando um pequeno time de vôlei pra derrotar um garoto que não deixou vocês jogarem com ele? – as crianças acenaram concordando – E vocês colocaram o meu nome como responsável?

-Oh, vocês são um bando de rebeldes, eu gosto disso – Kuroo disse balançando a cabeça em aprovação.

-Cala a boca – me levantei e dei um pescotapa nele – E como vocês conseguiram a minha assinatura? Eu não me lembro de ter assinado nada.

-O papai me ajudou com isso – Nico respondeu.

Senti a veia saltar na minha testa, aquele velhote vai se ver comigo. Suspirei.

-Certo eu vou ajudar vocês – ele gritaram – Mas... Não pensem que eu vou pegar leve só porque são crianças, e se preparem pra dar adeus as férias de inverno ta legal?

As crianças acenaram.

-Tenho certeza que eu posso ajudar quando eu puder – Kuroo complementou – E ela, é bem durona não queria estar no lugar de vocês.

-Certo – bati uma palma pra fazer ele se calaram – Façam uma linha e se apresentem.

-Eu sou o Makoto – disse o menino que falou que Kuroo parecia uma árvore, ele tinha os cabelos cor de chocolate, espetados e olhos violeta. Era o mais alto de todos ali.

-Ryo – o segundo levantou a mão, tinha cabelos pretos e que me lembravam o do Kageyama e óculos retangulares azuis.

- Meu nome é Yusuke – o último disse calmamente, tinha os cabelos num tom de cinza claro e olhos dourados, por um segundo ele me pareceu bem familiar.

-Meu nome é Haruki – a primeira menina falou. Ela tinha cabelos rosados que lembravam muito flores de cerejeira, olhos eram verdes claros e parecia ter uma energia inesgotável já que desde que chegamos ela não parava de dar pulinhos.

-Me chamo Masami – não deixei de notar o olhar que o Kuroo lançou pro Nico e o mesmo ficando corado... Ai tem coisa...

Masami era uma criança muito bonita, tinha longos cabelos loiros e olhos cor do céu.

-Eu me chamo [Nome] e esse é o Kuroo.

Todos eles se curvaram e nos cumprimentaram.

-Certo vamos ver o que vocês sabem.

***

Algumas horas tinham passado e as crianças já não estavam se agüentando em pé. Kuroo estava sentado no banco apenas rindo e comentando casualmente alguma coisa.

-Por hoje chega – falei e Nico e Haruki protestaram falando que podiam continuar.

-Não, não podem – eu briguei – Mal conseguem se agüentar em pé, e está quase na hora do almoço, vocês precisam voltar pra casa.

Eles me lembraram o comportamento do Hinata por um momento.

Tive que colocar Yusuke nas minhas costas porque ele já estava quase dormindo no banco do lado do Kuroo, deixamos cada um em sua respectiva casa já que Nico sabia onde cada um morava, Masami e o menino nas minhas costas eram vizinhos pelo que eu entendi então deixamos eles por último. Também eram as casas mais distantes.

Nico se despediu de Masami com as bochechas coradas e a menina correu pra dentro da casa envergonhada.

-Nós vamos ter uma conversa depois – eu olhei pra ele e Nico engoliu seco.

Parei na frente da porta do Yusuke e bati duas vezes, minha surpresa ao ver que uma cabeleira cinza e conhecida atendeu a porta.

-Bokuto?! – falei supresa.

-[Nome]? Kuroo! - ele gritou.

-Que você ta fazendo aqui? - perguntei.

-Passando um tempo com a família e você? - ele encostou na porta com braços cruzados.

-Vim trazer o Yusuke – virei pra ele enxergar o garoto nas minhas costas.

-Oh, podem entrar – ele disse, e logo uma mulher apareceu ela parecia ter mais ou menos a idade da minha mãe e como todos ali tinha os cabelos num tom de cinza.

-Quem são esses Koutaro? - ela perguntou.

-São amigos do vôlei – ele respondeu – E a [Nome] veio trazer Yusuke.

-Nico, não te vi querido. Você deve ser a irmã dele – ela se aproximou e meu irmão a cumprimentou – Pode deixar que eu levo ele pra cima.

Com cuidado ela pegou ele das minhas costas e subiu. Nisso Bokuto abaixou pra ficar na altura do Nico - Então você é o famoso Nico... Yusuke fala bastante de você.

-Ele nunca me falou de você - Nico respondeu sinceramente.

Bokuto num instante estava cabisbaixo no canto, eu tive que me segurar pra não rir e bati no Kuroo pra ele parar de gargalhar.

-Ah, a não ser que você seja o super incrível primo ace dele – Nico comentou.

-AH – ele pulou e fez pose, como sempre ele foi de 0 a 100 em um segundo – Sim sou eu!

-Kou, fala baixo – a tia dele disse - Você é igual seu pai... Eu fiquei sabendo que você se ofereceu pra cuidar deles nessa pequena competição. - A mulher se virou pra mim sorrindo.

-Claro... Me ofereci – olhei de relance pro Nico e ele se escondeu atrás das pernas do Kuroo.

-Por favor cuide bem do Yosuke – ela pediu pra mim, num gesto típico de mãe – Estou ansiosa pra ver as crianças jogarem, vai ser divertido.

Nós acabamos por tomar um chá na companhia deles, mas depois de uma breve conversa nós resolvemos ir embora, na companhia de alguém muito irritante.

-Oh, Kenma-kun também mora por aqui? – Bokuto perguntou alegre olhando pra todos os lados.

Soltei o ar do meu pulmão – Algo do tipo – Nico segurava minha mão e balançava o braço conforme ele ia andando ele pulava as linhas da calçada, com certeza ele estava imerso no próprio mundo dele. Kuroo e Bokuto conversavam sobre alguns assuntos aleatórios e quando estávamos chegando nas imediações da casa do Kuroo o cabeça de vento pareceu se lembrar de algumas coisa.

-Ah! Falando nisso vocês vão no festival da Fukurodani? Vai ser na semana que vem a escola toda vai parar pra fazer os preparativos.

-Talvez, não falei com o time ainda – Kuroo respondeu – E o que você vai fazer?

-Não sei – ele cruzou os braços – Estava dormindo quando a classe escolheu, mas com certeza vai ser algo legal. Oh, eu sei que o time de basquete vai ter um amistoso no dia, aqueles caras sempre tentando roubar a atenção do time de vôlei.

-Amistoso? – Kuroo perguntou.

-Eh, algum time de outra cidade vai vir pra jogar com eles.

-Ne, [Nome] – Nico me chamou – Será que é o time do Fídio?

-Hum? – olhei pro pequeno – É um bom chute Nico realmente pode ser. O papai disse que ele ia vir junto com o Fabrício pra ter um amistoso e ficaria mais um pouco...

-Quem é Fídio? – Kuroo perguntou, me olhando meio de lado.

-O filho do sócio do meu pai – respondi – Ele me disse que o Fídio viria pra fazer um amistoso em Tóquio, e ia ficar alguns dias em casa enquanto meu pai e o pai dele vão ver alguns terrenos e construções. Quando fomos pra Miyagi ficamos na casa dele também... Então acredito que seja retribuição de favor.

Tudo que eu recebi foi um resmungo de resposta mas logo Kuroo se despediu falando que tinha um negócio pra mostrar pro Bokuto na casa dele, eu achei um pouco estranho mas só concordei, me despedi dos dois com um aceno e rumei pra minha casa. Ainda tinha um assunto pra acertar com meu pai...

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