Cervejas, Mamadeiras & Cocô
No dia seguinte bem cedo, os rapazes acordaram com a campainha tocando, estavam com a cabeça a ponto de explodir pela ressaca. A noite anterior fora longa.
— Que merda... — Edward gemeu, sentindo a claridade em seus olhos.
— Que tipo de motel barato é esse? — ele ouviu alguém reclamar. Era uma mulher de mais ou menos trinta anos que estava ao seu lado. — Ah, oi? — ela sorriu.
— Quem é você? — ele perguntou. — E esse "motel barato", é meu lar.
— Foi mal. — a mulher deu de ombros e voltou a dormir.
Edward saiu até a sala e viu Scott com uma "senhora" de uns quarenta e cinco anos, os dois se entreolhavam, enquanto ela tomava café.
— O que é isso hein? — apontou a velha. — Comeu ela? — perguntou baixinho, Scott o encarou com cara de tacho.
— Acho que sim... Eu estava bêbado cara, não lembro de nada. — Scott lamentou, olhando a mulher devorar as torradas. Edward negou com a cabeça, o que a bebida não era capaz de fazer.
— E não está ouvindo a campainha tocar não? — apontou a porta.
— A casa não é minha. — deu de ombros. — Ei, não come tudo! — ele disse indo até a velha e lhe tomando a última torrada.
Edward abriu a porta e viu Melanie, com Alex no colo.
— Mel? — ele coçou o olho.
Scott ao ouvir o nome dela apareceu na porta com a boca cheia de torrada. Melanie sorriu de leve, acenando para eles.
— Querido, eu acho que é melhor eu ir. — a velha apareceu na porta e Melanie a olhou com estranheza.
— Ah titia, tão cedo? — ele fingiu tristeza, puxou Melanie para dentro e afastou a mulher para a porta. — Qualquer dia desses apareça para nos visitar mais... Tchau! — bateu a porta na cara dela e encostou-se à mesma. — É nossa tia. — apontou.
— Não sabia que você tinha uma tia na cidade. — Melanie indagou.
— Pois é, não é nossa tia de verdade, mas nós consideramos, não é Edward? — encarou o irmão com um olhar suplicante.
— Claro. — Edward concordou, morrendo de vontade de rir. — E então Melanie, algum problema?
Ela mudou o semblante, deixando os dois irmãos preocupados.
— Está tudo bem? — Scott perguntou. — Ontem eu fui te procurar na sua casa, mas você não estava lá.
— É, ontem eu passei o dia fora, perdão. — ele deu de ombros. — Enfim, está tudo mais ou menos. — ela mordeu o lábio.
Foram interrompidos por Nick, que chegava coçando o olho.
— O que está pegando aqui hein? — perguntou.
— Ah, oi Nick! — Melanie disse, Nick sorriu pra ela e deu um beijinho em Alex, que estava com uma carinha de sono. — Que bom que acordou, é bom que estejam todos juntos.
— Mel, você está me deixando preocupado. — Edward disse.
— Não, por favor, não tem motivo pra se preocupar... — Melanie disse prontamente. — O que eu vim pedir pra vocês é um favor e não é qualquer favor, é O favor.
Os três se entreolharam e em seguida encararam Melanie.
— Seja mais clara, por favor. — Nick pediu, cruzando os braços.
— Vocês sabem que eu estou procurando um emprego há um tempinho e que a situação não está muito fácil para mim. Então eu encontrei um emprego temporário, que paga uma boa grana e no momento eu estou precisando muito desse emprego, mas...
— Mas...? — Scott incentivou que ela continuasse.
— Eu não posso levar a Alex. — ela mordeu o lábio. — Eu preciso que vocês cuidem dela por duas semanas.
— O quê?! — os três berraram juntos. Melanie deu um sorrisinho amarelo.
— Isso mesmo. — ela arrumou a filha em seu colo. — Eu sei que deveria ter perguntado antes, mas realmente não deu tempo, foi tudo muito em cima da hora.
— Mel, explica com calma. — Scott pediu, coçando a nuca. — Você está querendo que a Alex fique aqui, é isso? — ela assentiu. — Mas ela é um bebê! — ele disse óbvio.
— Eu sei disso. — Melanie o olhou. — Eu sei que não é fácil cuidar de um bebê, mas eu preciso realmente ir e não confio em mais ninguém para deixar minha filha. Por favor, garotos. — ela mordeu o lábio.
Os três se entreolharam e em seguida olharam Melanie.
— Tudo bem Mel. — Edward disse com um sorriso. — Por mim não tem problema nenhum.
— Valeu Ed. — ela o abraçou de lado. — E vocês?
Scott respirou fundo, é claro que ele não podia dizer não, afinal Melanie era muito generosa com ele e jamais se arriscaria de ficar sem os carinhos da garota por essa besteira, cuidar de um bebê nem deveria ser tão difícil.
— Por mim também não tem problema nenhum! — abriu um sorrisão.
— E por mim também está tranquilo, Alex é um bebê tão calminho. — Nick suspirou.
— Oh meninos... — ela pôs a mão no peito. — Não sabem como fico aliviada. — sorriu de leve.
— Ah meu bem, até parece que não iríamos te ajudar com a sua filha. — Scott se aproximou dela e lhe deu um selinho. — Não é loirinha? — Alex o olhava com curiosidade, enquanto ele beijava sua mãe.
Nick e Edward negavam com a cabeça, Scott era muito cachorro. Depois de um tempo trocando beijos, Edward pigarreia e os dois param. Melanie limpou a boca com um sorriso de lado e Scott rolou os olhos.
— Larga de ser chato Edward. — ele disse. — E então? Quando é que você vem deixar a Alex aqui?
— Como assim? — ela perguntou confusa.
— Quando você vai deixar ela aqui pra gente olhar?
— Agora mesmo. — ela respirou fundo. — Tenho que estar no aeroporto em uma hora. — ela deu um sorrisinho falso e os três arregalaram os olhos. — Não tem problema para vocês certo? — ela olhou os três.
— É claro que não, a gente só achou que não era hoje.
— Nossa gente, eu estou me sentindo muito mal com isso, não gosto nada da ideia de perturbar vocês assim...
— Que nada Mel... — Nick disse. — Você pode ir tranquila, Alex será muito bem cuidada. — prometeu e ela sorriu.
— E onde estão as coisinhas dela? — Scott perguntou.
— Estão lá fora... Acontece que você me puxou para dentro com tanta rapidez que sequer pude trazer pra dentro.
Edward foi até lá e abriu a porta, tinha uma bolsinha branca e uma mala preta. Trouxe as duas para dentro.
— A dela é essa malinha branca. — balançou a filha que olhava a mãe. Mel sentiu o celular vibrar e o puxou do bolso da calça. — Oi Brianna! — pausa. — Sim, eu já estou saindo... Sim, não se preocupe! Beijos. — desligou. — Garotos, eu preciso ir. — ela olhou no relógio. — Edward, você é o mais ajuizado dos três, por favor, cuida bem da minha filhinha viu?
— Não se preocupe gata. — ele sorriu.
— Alex. — ela olhou a bebê. — Você também se comporte, sim? — disse atenciosa. — Não faça nada de errado, não quebre nada e não deixe os garotos de cabelo em pé. Tá?
— Tá. — ela balançou a cabeça.
Melanie sorriu e deu um beijinho na cabecinha dela, sentindo duas grossas lágrimas caindo pelo seu rosto.
— A mamãe te ama muito! Muito viu? — deu um sorriso de lado e a pôs no chão. Deu mais um beijinho na mãozinha dela e se reergueu. — Meninos, muito obrigado mais uma vez... Assim que eu chegar lá eu ligo pra ver como estão as coisas. Botem ela na cama as nove e não deixem ela ficar muito tempo no banho, ela pode gripar... Ah! Ela tem alergia a poeira, quando isso acontecer ela vai ter uma crise de espirros e vai precisar fazer inalação, mas isso não é difícil. — meteu a mão na bolsa e tirou uma chave. — Aqui está a chave da minha casa, aparelho de inalação, banheira, o carrinho dela, está tudo lá. — entregou a chave para Edward. — Bem, agora eu tenho mesmo que ir. — deu um abraço em Nick e Edward. — Tchau Scott. — ela sorriu, e ele lhe deu um beijinho.
— Tchau gatinha. — cheirou o pescoço dela. — Até breve!
— Não quer uma carona Mel? — Edward perguntou.
— Não Ed, Brianna vai passar aqui com o táxi. — ela olhou outra vez para Alex que estava entretida com o chinelo de Edward. — É melhor ela não me ver sair... — disse a eles.
Os dois assentiram e Melanie acenou e saiu às pressas, arrastando sua mala. Os três se entreolharam.
— E agora? — Nick perguntou. — Eu não sei nem trocar uma fralda.
— Ah e você acha que eu sei? — Scott riu.
— Ora, vamos com calma. — Edward disse, tranquilizando-os. — Não deve ser tão difícil assim. — foram interrompidos por uma das garotas, que tinha acordado.
— Que casinha barulhenta hein? — ela reclamou indo até a geladeira.
— Quem é você? — Nick perguntou.
— Dormiu comigo. — Edward levantou a mão e os outros riram.
— Vem cá, vocês não se tocaram que hoje é sábado e ainda são nove e quinze da manhã? — ela indagou. — Oh meu Deus! — viu Alex no chão. Os três olharam para a pequena, que sacodia o chinelo pra lá e pra cá. — O que é isso? — ela perguntou.
— Eu acho que é um bebê. — Scott disse óbvio.
— Isso eu sei, mas quem é o pai? — disse curiosa, se agachando.
— Não é nossa, é da nossa vizinha. — Nick respondeu olhando Alex. — Melanie teve que deixá-la aqui.
— Ah que coisinha mais linda! — pegou a pequena do chão. — Como você se chama hein fofinha? — Alex riu e a mulher se derreteu. — Como é o nome dela?
— Alex. — Edward rolou os olhos. — Escuta Evelyn, já está bom de você sair fora, não é? — ele sentou-se à mesa.
— Meu nome não é Evelyn! — ela arregalou os olhos.
— Mas é parecido, não é? — tentou se justificar.
— Meu nome é Monique! Seu ordinário! — deu uma bofetada na cara dele. — Pobre dessa criança que tem ficar aqui com três otários como vocês.
— Ei, eu não sou otário... — Nick reclamou, quando ela colocou Alex no sofá e voltou para o quarto para pegar suas coisas, algum tempo depois voltou já devidamente vestida e arrumada.
— Até mais, seus galos! — disse superior e em seguida foi embora.
— E você Nick, cadê a da vez, já foi embora? Por que só falta a sua.
— Ainda não... — ele abaixou a cabeça.
— Então vai acordar ela, aqui não é motel ou hotel! — Edward ironizou arrumando a cafeteira.
— A deixe dormir. Aguentou o napo do negão aqui a noite inteira, deve estar exausta. — Nick se achou.
— Que porra... — Scott riu tentando não imaginar a cena.
— Teve bastante... — Nick sorriu maldoso e os outros dois rolaram os olhos. — Enfim... — deu de ombros. — Pra onde nós vamos hoje?
— Como assim pra onde a gente vai? — Edward disse óbvio. — Estamos com um bebê aqui! — pegou Alex do sofá.
— O que tem demais? — Scott indagou mordendo uma maçã. — Ela pode ir também.
— Você é retardado? — Edward pressionou o dedo na própria cabeça.
— Não. — respondeu simples. — Mas ninguém merece passar o sábado em casa.
— Sim, mas nós prometemos a Melanie que cuidaríamos dela e é isso que nós vamos fazer!
— Tudo bem, mas podemos ao menos chamar uns amigos para vir jogar baralho e tomar umas cervejas?
— Tudo bem, podem chamar. — Edward assentiu. — Mas antes vamos fazer as regrinhas a respeito da Alex.
— Como assim regrinhas? — Scott fez careta.
— Isso mesmo regrinhas! — ironizou Edward. — Vamos fazer um sorteio, o que tirar o número um fica com as fraldas sujas e o banho. O que tirar o número dois fica com a mamadeira e terá de lavar as roupas dela. E o que tirar o número três terá que botá-la pra dormir e cuidar dela se ela chorar a noite.
— Que besteira, não precisa de regra, a gente divide tudo! — Scott disse pegando Alex do colo dele. — Não é loirinha? — mandou um beijinho para ela, que sorriu e começou a bater palmas, Scott riu. — Viu? — apontou à pequena. — Ela concorda comigo.
— Tudo bem! — Edward disse, vencido. — Não terá regras, mas nada de querer se escorar um no outro. Alex está sob nossa responsabilidade e Melanie confiou em nós três! Portanto temos que cuidar da Alex muito bem!
— Tudo bem, agora vamos tomar café que meu estômago está chegando às costas. — Nick reclamou e Scott colocou o bebê no chão.
Alex ficou engatinhando e viu o controle da TV em cima do sofá, estendeu o bracinho e viu que não alcançava, então se pendurou no sofá e ficou em pé.
— Cara! Olha isso! — Nick berrou.
— Sim, ela quer andar! — Edward disse animado se abaixando. — Vem Alex! Vem com o tio Edward!
A pequena negou com a cabeça e pôs a mãozinha na boca, depois voltou a tentar alcançar o controle.
— Ih Edward, como isca você não está com nada hein? — Scott riu enquanto ligava a TV e dava o controle para Alex brincar.
— Vai à bosta! — deu o dedo do meio. — Vamos logo tomar café.
Os três assentiram e foram tomar café. Enquanto tomavam café, Alex ficou vendo desenho vidrada na TV.
— Ela é tão bonitinha. — Edward sorriu olhando pra ela.
— Que frase gay. — Scott disse, dando uma dentada em seu sanduíche.
— Se poupe! — Edward rolou os olhos.
— Outra frase gay. — repetiu com um sorrisinho.
— Aqui o gay! — se levantou e apertou as partes íntimas.
— Edward! — Nick berrou. — Temos uma mocinha aqui!
— Ela não sabe nem falar. — ele rolou os olhos, rindo e sentando outra vez.
— Claro que sabe! — Nick disse. — Ela sabe falar nom, tá...
— Nick, já chega, nós já sabemos! — Scott interrompeu.
Nick deu de ombros e Alex começou a choramingar, a pequena engatinhou até eles e se pôs a chorar.
— O que foi loirinha? — Scott a pegou no colo. Nunca tinha lhe visto chorando e era uma gracinha. Seu biquinho era uma fofura.
— Oh... — os três fizeram um biquinho engraçado.
A pequena parou de chorar e em seguida olhou os três com curiosidade. Pôs a mão na boca e voltou a chorar.
— O que ela tem hein? — Edward estendeu o braço e Scott lhe entregou a loirinha. — Será que fez cocô? — perguntou confuso. Os outros dois deram de ombros, pois também não sabiam. — Você tá caca tá? — ele perguntou a ela. — Tá caquinha?
— Tá. — ela fez biquinho e coçou o olho. Os três arregalaram os olhos.
— Muito bem, agora fodeu, eu não sei trocar fraldas. — Scott disse logo.
— Idem! — Nick riu.
— Nem venham! — Edward enfatizou. — Nós três fizemos um trato!
— Edward, por favor, quebra essa. — Scott piscou.
— Não! — bufou. — Os dois irão me ajudar! Vamos! — se levantou com Alex. — Trás a bolsinha dela Nick!
Nick fez o que o amigo pediu e foram todos em direção ao quarto de Edward. Colocaram Alex deitada na cama e os três se entreolharam se perguntando pra onde ia o talco, pomada, e afins. A pequena os olhava com os olhinhos brilhando e sorria olhando a cara dos três.
— E você ri não é bebezinha?
Ela riu e os três se derreteram, com cuidado Edward tirou a fraldinha dela.
— Prontinho... Nossa! — abanou o nariz.
— Caralho! — Scott fez careta. — Você ter certeza que isso é cocô de bebê?
— Como se a merda de vocês cheirasse a lavanda, não é? — Edward ironizou sorrindo para Alex, que olhava os três com um sorrisinho. — O que? E agora? A gente coloca o que?
— Eu não faço ideia! — Nick disse.
— E o que vamos fazer? Eu não sei como faz depois que tira a fralda suja.
— Eu também não sei. — Scott disse. — Ah, já sei, podem me agradecer! — disse com um sorrisão.
— O que?
— Vamos pesquisar na internet!
Todos olharam pra ele com um olhar iluminado. Edward não contou nem até três pra pegar o celular que estava por ali e ligá-lo, depois de esperar a iniciação do sistema operacional, por fim conseguiu se conectar. Alex voltou a choramingar, pois estava ficando estressada com tanta demora.
— Alex, se você ajudar os seus tios a gente te dá um pirulitinho. — Scott disse. — Beleza, fofinha?
— Tetê... — ela pediu coçando o olhinho.
— Tê o quê? — ele perguntou sem entender.
— Fodeu Edward, ela quer mamadeira! — Nick disse choroso.
— Espera aí que eu estou entrando em um bate papo de jovens mães. — Edward respondeu. — Agora vou perguntar como se troca uma fralda.
Nick sentou ao lado de Alex, a pequena já estava bocejando com tanta lerdeza.
— Olá! — Edward ia dizendo. — Gostaria de saber como se troca uma fralda de uma menina de nove meses! Alguém ajude! — digitando. Os outros gargalharam e Edward deu de ombros. Alguns segundos depois ele recebeu uma resposta.
"Big Mommy: Sua filha tem nove meses e ainda não sabe trocar a fralda dela, que espécie de mãe é você?"
— A espécie de mãe que não é da sua conta, dá pra ajudar ou não? — Edward reclamou enquanto digitava, e sim, ele digitava isso mesmo.
Alex começou a chorar com dengo e Edward fez uma carinha desesperada enquanto esperava a resposta da tal "big mommy". Depois de alguns minutos de espera, eis que surge a resposta.
"Big Mommy: Que grosseria sua vagabunda! Tenho pena da sua filha por ter uma mãe tão escrota, mas como eu, diferente de você, sou uma supermãe, eu vou ensiná-la. Primeiramente tire a fralda, depois dê um banho, ou se o bebê estiver limpo passe um lencinho umedecido até tirar todo o cocô da pele dele, depois de ter limpado tudo, passe a pomada nas dobrinhas e depois da pomada, o talco! (sabe o que é talco? Ah tá, só pra saber mesmo) Depois é só botar a fralda, levanta a bunda do bebe e coloca a fralda, sabe?! Pronto! Agora vá para a merda."
— Essa mulher só pode ser louca. — Edward ria enquanto lia a resposta. — Certo, vamos lá, pelo menos para algo ela serviu. — se levantou. — Vamos começar! Primeiro limpe o cocô. — ele observou a bundinha de Alex, toda suja de merda e fez careta. — Muito bem... Vamos tirar a sorte. Zero ou um. — os outros assentiram e jogaram, Nick perdeu.
— Está zoando comigo? — gemeu. — É porque eu sou negro? Isso é racismo hein?! — dramatizou.
— Cala a boca e tire o cocô! — Edward entregou o lencinho e Nick forçou um sorrisinho para Alex.
— Droga. — ele resmungou com um sorrisinho falso e pegou os pezinhos de Alex, que não paravam quietos e os levantou.
— Eca Nick. — Scott começou a zoar. — Imagina se sua mão encosta? Ficará fedendo a merda o dia inteiro.
— Cala a boca seu tolete de merda! — Nick rolou os olhos e passou o paninho no bumbum da pequena. — Que nojo, que nojo, respira Nick... — ele dizia pra si mesmo.
— Dá pra cuidar logo? — Edward reclamou e Scott estava morrendo de rir.
— Manda ele parar de rir Ed. — apontou. — Eu quero ver quando for a sua vez de limpar a merda, seu cuzão.
— Eu sou ótimo no zero ou um. — Scott zombou e Alex voltou a chorar. — Viu só o que a sua lerdeza está fazendo? A menina já deve estar impaciente.
— Se acalma Alex, eu já estou terminando tá? — Nick mandou um beijinho pra ela e voltou a fazer o que estava fazendo. Depois de cinco minutos terminou. — Pronto, terminei! — disse com um sorriso enorme.
— Enfim! — Edward sorriu. — Agora vamos passar uma pomadinha na Alex, não é lindinha? — disse espremendo a pomada e passando nas dobrinhas dela desajeitadamente. — E você hein? Não fará nada? — encarou Scott.
— Vou, eu posso fechar a fralda. — sorriu abertamente.
— Passa o talco nela e larga mão de ser folgado!
— Que mau humor Edward, você precisa dar uma foda bem gostosa pra ver se relaxa... — é interrompido pelo irmão.
— Cala a boca!
— Está bem! Tudo isso é por causa de um talco? Eu passo o talco! — pegou o talco e o salpicou em cima de Alex, a pequena começou a chorar outra vez, pois tinha caindo um pouquinho em seu olhinho. — Opa. — deu um sorrisinho falso.
— Seu imbecil! — Edward pegou a pequena no colo e começou a soprar no olhinho dela.
— Foi sem querer viu? — Scott disse. — Me dá ela aqui.
— Pronto Alex, pronto. — Edward dizia, sem ligar para Scott. Depois de poucos minutos, Alex para de chorar, parecia que tinha parado de arder seu o olho. — Eu termino a fralda e você se aquieta ai. — Edward disse ao irmão, enquanto deitava Alex.
— Tá bom, que mau humor. — Scott resmungou.
Edward terminou de trocar a fralda com muita luta, pois travou uma batalha com o pequeno adesivo que não queria abrir, no total gastaram trinta e cinco minutos para trocar a fralda da criança.
Foram para a sala e Edward a coloca no chão para que ficasse engatinhando, já que ela não parava quieta.
— Tetê! — ela disse olhando pra cima, com os olhinhos azuis arregalados.
— Ela está com fome. — Nick disse a pegando no colo. — Você está com fome Alex?
— Tá!
— Cara, às vezes não dá de acreditar que essa menina responda tudo o que vocês perguntam. — Scott disse embasbacado.
— Depende da pergunta. — Edward disse. — Espera aí... — ele parou. — Onde está o meu quadro do Thomas Kinkade?! — olhando a parede vazia.
— Não sei! — Scott deu de ombros e Nick arregalou os olhos.
— Gisela! — Nick pôs a mão na testa e correu até seu quarto, estava vazio. — Droga!
— Sua pegue-te roubou meu quadro do Kinkade! — Edward acusou.
— Relaxa! Não está vendo que ela também roubou minhas ceroulas e meu smartphone?! — Nick se lamentou enquanto procurava. — Ah não, maldita Gisela! Ela tinha dito que estava curada da cleptomania!
— Você colocou uma cleptomaníaca na minha casa?! — Edward disse aos berros.
— Ela tinha dito que tinha parado. — Nick defendeu-se. — E ela é super gostosa!
— Tetê! — Alex pediu outra vez, batendo palmas.
— E você não sabe onde ela mora? — perguntou e Nicholas negou. — Ótimo! Logo o meu quadro que custou uma nota!
— Mentira, você descontou da dívida que o Bob estava devendo, não te custou nem um tostão!
— E os dois mil dólares da dívida? — deu um tapa na nuca de Nick. — Foram para o lixo!
— Tetê! — Alex fez biquinho de choro.
— Ei duas coisinhas afetadas, dá pra parar? — Scott rolou os olhos, já com o saco cheio. — Você Edward, acha mesmo que um quadro vai mudar a sua vida? E você Nick, podia comer quem quiser, mas tinha que ser uma ladra? Puta que o pariu.
E a confusão estava formada, Nick reclamava, Edward se lamentava e Scott botava lenha na fogueira. A pequena Alex observava tudo sentadinha no chão, pôs a mãozinha na boca e se pôs a chorar, deixando a bagunça ainda pior. Os três pararam e a viram chorando.
— Estão vendo? — Scott sentiu pena. — Estão assustando essa pobre criança! Já Alex! — pegou ela no colo. — Está com fome princesinha?
— Tá. — ainda chorando.
— Tudo bem, o tio Scott fará um leitinho bem gostoso pra você. — sorriu e Nick e Edward se entreolharam.
— Aposta quanto como ele vai queimar o leite? — Nick sussurrou.
— Dois mil dólares. — disse sarcástico e Nick rolou os olhos.
Os três foram até a cozinha e por incrível que pareça, Scott fez tudo certo e com uma só mão, já que seu outro braço estava segurando a pequena.
— Como você conseguiu fazer a tetê? — Nick perguntou, lambendo a panelinha.
— Eu faço isso direto, não é tão difícil, é farinha láctea com leite. — ele deu de ombros e sentou no sofá com ela, arrumou a pequena e deu a mamadeira a ela.
— Ótimo você ficará encarregado do mingau. — Edward disse.
— Por que eu?
— Por que Nick e eu não sabemos fazer. — disse óbvio.
Scott encarou Alex que mamava olhando para ele fixamente. Não pode evitar um sorriso, aquela criança era perfeita.
— Ok, eu cuido da sua tetê. — beijou a mãozinha dela.
Quando terminou a mamadeira ela já estava dormindo profundamente. Os garotos a puseram na cama para que ela dormisse quietinha e arrumaram vários travesseiros ao redor, para que não corresse o risco de ela cair.
♦♦♦
Melanie e Brianna desembarcaram em Montana, por volta das cinco da tarde. Ambas exaustas e atrasadas, já estavam em cima da hora.
— Enfim. — Brianna suspirou. — Pensei que não chegaríamos a tempo. — encarou Melanie, que estava ao seu lado, pensativa. — Mel? — chamou a amiga, que a encarou. — Poxa, você está tão calada.
— Ah Bri, não é nada. — sorriu de canto. — Estou pensando na Alex. — abraçou a jaqueta, que estava em seu braço. — Não está sendo nada fácil para eu ficar longe da minha filha.
— Ela ficará bem amiga. Sua vizinha vai tomar conta dela muito bem.
— Vizinha? — Melanie indagou.
— Sim, você não disse que ia deixá-la com os vizinhos?
— Ah sim, mas não tem vizinha nenhuma, deixei com o Edward e os meninos. — Melanie suspirou e Brianna arregalou os olhos.
— O palerma do Edward? — perplexa.
— É, algum problema? — recolocando a jaqueta, aquela cidade era bem mais fria que Los Angeles.
— E aquilo sabe cuidar de criança? — Brianna danou-se a rir.
— Bom, Nick e Scott também vão ajudar. — Melanie disse pensativa. — Não tinha mais ninguém que eu confiasse pra deixá-la. A Alex não estranha eles.
— Scott? — ela perguntou e Melanie assentiu. — Ele voltou quando?
— Anteontem. — suspirou. — Estou um pouco preocupada quanto a isso.
— Você contou que a Alex é filha dele?
— É claro que não Brianna. — enfatizou. — Como vou contar isso assim? — mordeu o lábio. — Scott não tem nem ideia.
— Mas por que você não conta?
— Por que ele não se lembra da última vez que transou comigo na festa de despedida, onde concebemos a Alex. Para ele, a última vez que transamos antes de ele ir foi na noite do aniversário do Nick, as datas não batem.
— Como assim antes de ele ir? — Brianna a olhou com safadeza, Melanie sorriu fazendo uma bola de chiclete.
— Transamos anteontem. — ela suspirou com certa saudade.
— Oh meu Deus, como você é vadia Melanie, no mesmo dia que ele voltou?! — Melanie assentiu, rindo.
— Não me culpe Bri... Scott é muito gato e você sabe que eu gosto dele, não é? É difícil resistir quando ele está beijando o meu pescoço e falando as coisas no meu ouvido. Me arrepia, me deixa molhada...
— Que excitante. — Brianna riu. Melanie lhe deu um tapa de leve no braço.
— Mas enfim, voltando ao assunto do bebê, eu não quero que ele pense que eu estou mentindo, até por que a Alex é loira demais.
— Mas ela puxou pra mãe dele sua tapada! — Brianna lhe deu um tapa na testa.
— Eu sei que foi para a velha! — rolou os olhos. — Mas sei lá, eu não sei o que fazer. O melhor é deixar as coisas como estão.
— Bem, você sabe que em um futuro próximo a Alex vai querer saber de que saco saiu. E você querendo ou não, vai ter que contar. — a abraçou pelos ombros.
Melanie deu um sorriso de lado, achando graça do comentário.
— O que me consola é saber que vai demorar muito. — ela ergueu a sobrancelha.
— Boba! — Brianna riu. — Vamos logo, temos muito trabalho pela frente.
Melanie concordou e as duas seguiram para o endereço do alojamento.
♦♦♦
— GOOOL! — berraram assim que o time de futebol americano fez um gol, o segundo daquela noite.
— Vamos ganhar! — Nick comemorou, bebendo um gole de cerveja. — Só faltam onze minutos pra acabar a partida.
— Eu sabia que o Seahawks era ruim... — Scott negou com a cabeça, enchendo a boca de batata frita. — Mas não sabia que era tanto.
— Chargers surrou sem dó e nem piedade. — outro disse, a gargalhadas.
— Ora, por favor, tenham um pouco de senso, o técnico do Seahawks é um merda! Tem que levar em conta também.
— Não vem defender seu timezinho não viu? São ruins sim! — Edward zombou. — Lilly, meu amor, trás mais uns petisquinhos sim? — pediu à garota que estava fofocando com outra no canto da sala.
— Qual é, está me achando com cara de empregada ou o que?
— Não seja perversa. — Edward fez biquinho e a garota rolou os olhos. — Scott, joga um charminho pra Lilly, seu infeliz. — sussurrou para o irmão.
— Eu não, não sou eu quem quer petisquinho. — zombou.
— Ela arrasta um bonde por você, vai logo! — irritou-se. Scott rolou os olhos e se virou.
— Lilly, princesa... Pega uns tira-gostos pra mim? — deu um sorrisinho de canto, a garota sorriu derretida. — Juro para você que depois nós conversamos daquele jeito. — piscou.
— Bom, já que está pedindo assim com tanto carinho. — ela se levantou. — Vem Amy! — chamou a amiga que a acompanhou.
— Me deve dez dólares. — Scott sussurrou para o irmão, que rolou os olhos.
— Que barulho é esse? — um dos amigos perguntou.
— Parece um bebê chorando. — o outro disse confuso.
— Droga! — Nick berrou. — A Alex está chorando! — levantou-se. — Vou lá pegar ela.
— Que Alex? — o outro perguntou.
— Cala a boca Steve, o jogo está quase no final. — Scott disse apontando a TV.
Nick voltou com Alex, que estava com o rostinho vermelho e a carinha de sono.
— De quem é essa menina? — Steve perguntou.
— Minha. — Scott riu e o amigo arregalou os olhos. — É brincadeira, inútil. — aos risos. — É da Mel.
— Quem é Mel?
— Nossa vizinha. — Edward disse, pegando a pequena do colo de Nick, que ainda chorava.
— E o que ela está fazendo aqui?
— A mãe dela teve que fazer uma viagem e precisou deixa-la aqui conosco. — Nick explicou.
— Mamã... — coçou o olhinho, olhando para os lados em busca da mãe. — Mamã! — fez um biquinho.
— Ai que linda! — ouviram o gritinho de Lilly, que deixou a bandeja de tira-gostos na mesa de centro. — Que bebezinha linda! — pediu para que Edward lhe entregasse. — De quem é? — dando um beijinho na bochechinha dela.
— Da Melanie, nossa vizinha, ela teve que ir viajar e deixou-a aqui. — Nick rolou os olhos, cansado de explicar. — Seu nome é Alexia, mas pode chamá-la de Alex. — bufou. — Ela fala quatro palavras: tá, nom, mamã e tetê. Alguma outra dúvida?
— Que grosso Nicholas. — ela pôs a mão no peito com um bico, depois voltou a observar Alex. — Que linda você! Não chora lindinha.
A pequena chorava intensamente, o que estava preocupando os meninos.
— Mamã... — soluçando.
— Ela está chamando a mamãe. — Lilly deduziu.
— E agora? — Edward suspirou a pegando no colo outra vez. — Ei Alex? A sua mãe não está aqui agora, mas logo ela vai voltar. Quer deixar recado? — levou um tapa na nuca, quando se virou para ver quem tinha lhe agredido, viu Coleman.
— Não seja palhaço. — rolou os olhos. — Me dá ela aqui! — a pegou no colo. — Vem com o tio Scott princesinha. Você quer mamar?
— Mamã. — Alex disse o encarando, aos soluços.
— Ela precisa banhar. — Amy, outra garota que estava ali se pronunciou. — Se quiserem eu posso dar banho nela enquanto preparam algo para que ela coma.
— Não tem noção de como nos ajudaria. — Edward disse aliviado.
A menina sorriu e pegou a pequena, Edward a instruiu de onde ficavam as coisinhas da pequena e a banheira, que tinham pegado na casa de Melanie mais cedo. Ela saiu com Alex e com Lilly em seu encalço.
— Acabou o jogo. — o outro disse, se levantando. — Nós levamos! — deu um gritinho e todos comemoraram.
— Chora Steve! — Scott gargalhou enquanto pegava os ingredientes da mamadeira de Alex.
— Vão se foder. — o outro reclamava olhando o relógio. — Quer saber, eu preciso ir embora.
— Claro, como sempre fazendo a grande retirada. — Nick zoou.
— Dane-se! — ele riu. — Estou indo, por que pelo visto vocês vão ficar trabalhando de babá durante o resto do mês.
— Pois é, nós somos babás, mas pelo menos nosso time não foi rebaixado. — Scott sorriu botando leite em uma panelinha.
— Vou com você. — o outro levantou. — Vamos pegar umas gatas por que ninguém merece passar o sábado cuidando de bebês. — os dois acenaram e saíram.
Os três se entreolharam.
— Cara deve estar rolando a maior putaria no Deluxe. — Nick disse pensativo.
— Não vamos sair. — Edward disse sem animação.
— Tá, eu já sei. — ele rolou os olhos. — Mas vamos ficar fazendo o que aqui? As garotas estão cuidando da Alex.
— Alex está em nossa responsabilidade e vamos cuidar dela por que nós prometemos para Melanie. — ele enfatizou.
— Mas a Alex vai se comportar.
— Nick, você pirou? — Edward riu incrédulo. — Nem pense nisso.
— Se bem que não seria má ideia. — Scott falava, porém foi interrompido por Edward.
— Não! — bufou.
— Está bem seu estressado, não está mais aqui quem falou. — Scott levantou as mãos.
Alguns minutos depois as garotas apareceram com Alex, que vinha fazendo um biquinho e coçando o olho.
— Prontinho. Essa mocinha já está com a fraldinha trocada e tomada banho. — Amy sorriu. — Ué, onde está meu namorado? — perguntando por Marcus.
— Ele já foi embora tem um tempinho. — Nick respondeu.
— Como assim ele foi embora? — ela arregalou os olhos. — E eu?
— Indo, ele levantou e foi embora com Steve. — Edward explicou com a voz mansa.
— Ah merda. — entregando Alex para Edward. — Eu preciso alcançá-lo, senão ele vai para o Deluxe sem mim, vamos Lilly?! — perguntou a amiga.
— Claro. — a garota sorriu e encarou Scott, que estava sentando no balcão, esperando a mamadeira de Alex esfriar. — Te encontro lá, certo Scott?
— Não, eu não vou poder ir gatinha. — ele sorriu, agradecendo por um breve momento por ter que ficar em casa, Lilly era terrivelmente chata.
— Ah, por quê? — ela fez um biquinho, chateada.
— Tenho que cuidar do bebê. — ele apontou Alex, no colo de Edward.
— Mas então, quando vai poder cuidar de mim? Hein? — ela mordeu o lábio se oferecendo.
Scott a analisou, ela era muito gostosa, mas ele não estava nem um pouco afim.
— Em breve. — piscou. — Agora é melhor irem senão não alcançam o Marcus. — incentivou.
— Tudo bem, eu vou cobrar. — ela sorriu abertamente e logo saiu acompanhando a amiga.
— Ufa. — ele pulou do balcão trazendo a mamadeira consigo. — Dá pra ela cara. — entregou a mamadeira para Edward.
— Ei Alex? — ele mostrou a mamadeira. — Você quer? — ela estendeu os bracinhos com um biquinho. Edward sorriu e tirou a tampa. — Toma. — entregou pra ela.
— Espero que ela durma. — Nick disse, olhando a pequena loirinha. — Acho que ela vai estranhar dormir aqui.
— Ela não vai estranhar. — Edward disse sorrindo, enquanto a olhava. — Ela me lembra muito alguém. — murmurou.
— Quem?
— Não sei, o formato da boca, os olhos... — analisou.
— Não viaja Edward. — Scott rolou os olhos botando um CD no microsistem.
Edward o encarou.
— Cara, eu acho que você é o pai da Alex. — ele soltou.
Nick que estava com a boca cheia de cerveja cuspiu tudo, Scott olhou o irmão com cara de poucos amigos.
— Como é?! — Nick perguntou, já recuperado.
— Não ligue pra ele. — Scott disse negando com a cabeça. — Está viajando.
— Você já andou comendo a Melanie, e é bem provável que... — é interrompido pelo irmão.
— É provável que você esteja doido. — Scott concluiu.
— Você comeu a Melanie, cara? — Nick perguntou.
— Como se você não soubesse. — Scott rolou os olhos, roubando a cerveja dele.
— Eu não pensei que tivesse chegando a tanto com ela, pensei que tinha dado só uns beijinhos e pronto. — pensativo. Scott gargalhou.
— Até parece. — ele rolou os olhos. — Melanie foi difícil, muito difícil. Mas rolou e não foi só uma vez. — admitiu e Nick estava perplexo.
— Eu não me imagino comendo a Melanie. — ele disse, mais para ele mesmo do que para os outros. — Ela é muito minha amiga para eu levá-la para a cama.
— E é bom continuar sem se imaginar, Melanie já é minha. — Scott disse dessa vez sem humor. — Quando ela voltar dessa viajem, nós vamos nos divertir muito. — ele sorriu, entusiasmado.
— Melanie é mãe! — Nick apontou Alex. — Os seios dela estão cheio de leite materno, você vai apertar e chupar e vai sair leite. — ele disse pensativo. Edward e Scott não evitaram rir.
— É bom, pelo menos eu não passarei fome... — ele riu e em seguida começou a ficar sério. — Será que pode sair leite mesmo? — coçou a nuca, pensativo. Edward riu.
— Depende do que você quer fazer. — murmurou. — Está vendo Alex? Seu pai quer roubar seu leitinho.
— Para de falar que eu sou pai dela! — Scott bufou.
— E por que você tem tanta certeza que não é?
— Olha para ela, ela não se parece comigo! — apontou. — E se eu fosse o pai, Melanie me falaria.
— Ela se parece com você sim! — Edward arregalou os olhos. — Só que tem olhos claros e é mais loira. E Melanie pode muito bem ter um motivo para não ter falado.
— Edward você já está enchendo a linguiça com essa história. — bufou. — Dá pra parar? — perguntou cansado.
— Ok. — ele suspirou. — Mas que você é o pai isso você é. — reclamou baixinho.
Alex soltou a mamadeira e se contorceu fazendo um biquinho de choro.
— Ah não. — os três suspiraram ao vê-la começar a chorar outra vez.
A pequena coçava o olhinho e fazia um beiço, Edward se levantou com ela e ficou andando, pra lá e pra cá.
— Mamã! — chorando. Os três estavam aperreados. E agora?
♦♦♦
— Mel? — Brianna chegou à varanda, onde Melanie estava olhando a singela vista da cidade de Montana. — Quer um chá? — ofereceu.
— Vou aceitar sim. — sorriu.
— Já botei a água para ferver. — suspirou abraçando o próprio corpo. — O que está fazendo aqui sozinha?
— Estou pensando. — coçou a nuca. — Lá dentro as meninas fazem muito barulho, não consigo refletir. — mordeu o lábio.
— Está pensando no seu anjinho certo? — Melanie assentiu.
— Na verdade eu estou muito desesperada Brianna. — gemeu. — Não sei como ela está e eu me sinto uma inútil aqui.
— Por que não liga para ela?
— Tenho medo de ligar e não aguentar ficar aqui. Estou sentindo muita falta dela Brianna. Minha vontade é de pegar um avião e me mandar de volta.
— Você precisa desse trabalho, vai por mim amiga, vai acabar rapidinho. — pôs a mão no ombro dela.
— Eu sei. — sorriu de leve. — Você é um anjo Bri. — abraçou a amiga. — Te amo.
— Eu sei disso. — se achou. — Eu também te amo, boboca. — soltaram do abraço. — Vai ligar?
— Vou sim. — assentiu, pegou o celular e discou os números de Edward.
♦♦♦
Alex continuava chorando, já eram uma da manhã e os garotos não aguentavam mais tanto berro. Já estavam a ponto de uma síncope.
— Alex, já chega. — Scott disse choroso. — Vamos brincar de calar a boca, você começa. — sugeriu e o telefone tocou.
— Quem será que está ligando a essa hora? — Edward perguntou enquanto Nick ia atender ao telefone.
— Alô? — Nick atendeu.
— Nick? — ela disse e Nick sorriu abertamente ao ouvir sua voz. — É a Melanie.
— Melanie! — ele disse alto, para que os amigos ouvissem. — Que bom que ligou. — botou o telefone na viva voz e ela pôde ouvir o choro de Alex.
— Oh céus! — ela disse. — O que está acontecendo aí?
— Mel, ela está chorando muito. — Edward disse.
— É minha linda, você precisa nos ajudar sim? — Coleman disse.
— Scott? — ela disse. — O que houve com ela, por que está chorando assim?
— Eu acho que ela está sentindo sua falta. — ele olhou para Alex, que estava sentadinha no tapete, meio desconfiada. — Calem a boca aí, lhe deixem escutar a voz da mãe dela! — pegando Alex e a colocando em seu colo. — Fala com ela Mel.
— Alex? — sorriu. A pequena parou de chorar e olhou para os lados, em busca de Melanie.
— Mamã? — pôs a mãozinha na boca, parando de chorar.
— Onw amor da mamãe... A mamãe está com muita, muita, muita saudade de você!
— Melanie, não para de falar. — Edward disse animado, ao ver Alex bocejar.
— Edward, me desculpa outra vez. — ela pediu sem graça.
— Não, não me peça desculpas. — ele suspirou. — Alex é um anjinho e estamos gostando muito de cuidar dela. — assentiu olhando os outros, que deram um sorrisinho falso.
— Mas eu me sinto muito sem graça com vocês, Alex está incomodando, eu sei que está. Mas eu juro que eu vou ser grata eternamente a vocês por isso. — ela falava pelos cotovelos.
— Meu bem, não precisa você ficar assim. — Scott disse. — Estamos dando conta dela. — observou Alex que já estava quietinha no colo de Nick. Com certeza só estava calma pelo fato de estar ouvindo a voz de Melanie. — Só me diz como podemos fazer para ela não chorar?
— Entreguem uma tartaruguinha pra ela, eu coloquei na bolsinha. Aquela tartaruguinha tem meu cheiro. — Edward se levantou na mesma hora para buscar a tal tartaruga.
— O Edward foi buscar amor... — Scott suspirou. — E como você chegou?
— Muito bem, obrigada. — sorriu um pouco corada.
— E não tem nenhum cara por aí não certo? — ele disse, sentindo uma pontada de ciúmes.
— Ter tem. — Melanie riu. Scott cerrou os punhos. — Mas eu não estou com tempo pra isso.
— Eu acho isso muito bom Melanie. — ouviu a risada dela e sorriu em seguida.
Edward apareceu com uma tartaruga pequena e a cobertinha dela
— Aqui a tartaruga. — entregando para Alex, que a agarrou.
— Já entregou pra ela? — Melanie perguntou.
— Sim, e ela está abraçando.
— Bem, daqui a mais ou menos quinze minutos ela está dormindo. — ela disse certa.
— Tem certeza? — Edward assentiu.
— Ela está chupando o dedo?
— Está sim.
— Então tenho. — sorriu. — Eu posso cantar um pouquinho pra ela? — todos fizeram barulhos com a garganta indicando que sim. — Ótimo. Façam silêncio para ela ouvir.
— Tudo bem. — Nick arrumou a cobertinha dela e Melanie se pôs a cantar uma canção de ninar.
— Não sei se tu tens um anjo, que eu tenho um anjo sim... Meu anjo é uma pequenina que agora vai dormir [...] — ela cantava com sua voz doce, era tão bom de ouvir que até os garotos estavam ficando com sono.
Scott sorria escutando a voz dela que era tão linda e perfeita, como a dona. Alguns minutos depois Melanie para de cantar.
— E então? Ela dormiu? — ela perguntou.
Os três olharam e viram que Alex dormia tranquilamente no colo de Nick.
— Dormiu Mel. — Edward respondeu, com um sorriso. — Está dormindo como um anjinho.
— Bem, eu acho que pôr agora ela não vai mais dar trabalho. — sorriu de canto. — Oh! Onde ela vai dormir?
— Vai dormir comigo, não se preocupe, ela não vai cair da cama. — Edward disse.
— Muito obrigada mesmo meninos. — ela agradeceu mais uma vez. — Vocês são uns anjos. — Amanhã de manhã eu ligo para ver como ela acordou ok?
— Está bem Mel. — Nick disse. — Escuta, ela acorda de madrugada?
— Não, ela não acorda não, só quando alguém a acorda. Por ela, ela dorme a noite inteira. — explicou. Os garotos suspiraram aliviados. — Bem, eu tenho que desligar. Espero ter ajudado. — mordeu o lábio.
— Ajudou muito. — Scott disse. — Não está com saudades de mim?
— Até que estou sim. — ela sorriu de leve. — E você, está com saudades de mim?
— É claro que eu estou com saudades de você. — tirou a ligação do viva voz, e pegou o telefone, varrendo os outros. Nick e Edward se entreolharam e saíram com Alex, adormecida. — Sabe? Nick e Edward foram botar a Alex na cama e eu fiquei sozinho com o telefone. Eu posso levar o telefone para o meu quarto para a gente ficar mais à vontade.
— Scott! — repreendeu roxa de vergonha.
— O que foi? — ele sorriu. — Não tem nada a ver.
— Eu não posso hoje, mas outro dia podemos conversar do jeito que você quer ok? — ela sorriu.
— Promete? — ele pediu.
— Prometo. — ela disse. — Tchau taradinho. — ela ergueu a sobrancelha.
— Tchau malvada.
— Cuida da filha da malvada?
— O que eu vou ganhar da malvada, quando ela estiver de volta em troca disso?
— Muito carinho, muitos beijinhos e muito, muito amor. — ela riu.
— Me parece uma ótima troca. — ele analisou também caindo no riso.
Ficaram mais um tempinho no telefone e depois desligaram. Scott respirou fundo e ficou olhando para o telefone. Não estava entendendo droga nenhuma, podia estar transando com Lilly naquele momento, mas ele não quis. Por outro lado quis fazer sexo por telefone com Melanie, coisa que ele nunca fez antes e nem tinha interesse de fazer. Nunca dispensaria uma mulher como Lilly, como tinha dispensado algumas horas antes.
— Que merda que eu tenho? — perguntou pra si mesmo. Edward apareceu o interrompendo em seus pensamentos.
— Terminou sua conversinha? — foi até a geladeira.
— É, terminei sim. — ele assentiu.
— E para onde você vai? — perguntou confuso.
— Vou tomar banho e vou dormir. — ele encarou o irmão. — Por quê?
— Por nada. — estranhou. — Boa noite.
Scott foi tomar seu banho e Edward ficou vendo TV enquanto comia uns empanados.
♦♦♦
— Ligou? — Brianna perguntou sonolenta, assim que Melanie entrou de volta no dormitório e sentou na ponta da cama.
— Liguei sim. — Melanie sorriu, guardando o celular. — Estava chorando quando eu liguei, chorando muito. — sussurrou, devido às outras estarem dormindo.
— É normal ela chorar. — Brianna explicou, também sussurrando. — Mas pode ter certeza que ela ficará bem amiga.
— Eu sei. — Melanie respirou fundo. — Mas os ajudei a fazê-la dormir. Estou mais relaxada sabendo que ela não vai mais sofrer hoje.
— Que exagero amiga. — Brianna riu. — Vem, vamos dormir.
Melanie concordou e arrumou sua cama para deitar, logo estava dormindo.
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