Antes mesmo que Bryan movesse os lábios para responder a pergunta de Luna, um homem desconhecido entra no bar com muita violência. Não parecia ter entrado ali para tomar uma boa dose. De repente ele saca uma arma e todos que estavam lá saem com medo. Exceto Luna que se esconde debaixo de uma das mesas do local.
Bryan continuava imóvel, não parecia estar preocupado.

O homem se aproxima e pergunta num tom severo ao único que restou no bar
— Ei, Você viu algum Bryan Wrsnop por aqui?

O silêncio parecia ter tomado conta do local... Bryan fingiu não ter percebido a presença dele e nem escutado o que ele perguntou, ele simplesmente não deu a mínima. Pegou um copo de bebida que estava do seu lado no balcão, provavelmente de uma das moças de um grupo de amigas que se reuniram ali e bebeu.
O homem se aproxima ainda mais de Bryan puxando-o pelo casaco com bastante violência.
— Fale seu desgraçado! Você é surdo?!

Quem você acha que é para falar assim comigo? — Disse Bryan com a voz embolada por causa do efeito da bebida.

Bryan estava aparentemente bêbado, rindo de toda a situação...

— Ora, seu bêbado insolente! Vou te dizer quem eu sou. Ele estufou o peito e sua voz ecoou como a força de um trovão.

—Sou o poderoso Kinton! O encarregado de procurar um ser aqui deste mundo patético. E pelas informações que recebi, um individuo chamado: Bryan Wrsnop também está à mesma procura que eu, tenho suspeitas ao seu respeito, foi o único que ficou.  — Disse ele impaciente.

Bryan teve um ataque de riso, o que irritou ainda mais Kinton; realmente ele não tem ligação com Bryan Wrsnop e não deve saber nada. Ele não ficou ali por coragem, e sim por burrice.
Pensou que encontrando tal homem certamente também encontraria a pessoa que estava à procura.
— Que perca de tempo...

Pensou ele o olhando com muito desprezo.

—Você é apenas um humano inútil! Vou poupa-lo da sua vergonhosa existência sobre este mundo.
Kinton fechou seu punho juntando toda força e ódio que sentia. Bryan notou que a mão dele era feita de aço sofisticado e resistente, com certeza havia perdido sua mão em algum confronto. Um soco apenas com certeza mataria qualquer um que acertasse.

Luna não é do tipo de garota que se assusta fácil. Ela saiu debaixo da mesa na qual estava escondida, e mesmo sem saber das consequências não pensou duas vezes em ajudar aquele rapaz que acabara de conhecer, ele parecia não estar em sã consciência.

— Solte-o, o que pensa que esta fazendo? - Disse ela franzindo a testa sem entender tudo o que estava acontecendo.

Kinton olhou em direção a mesa e notou Luna, soltando Bryan que estava tão bêbado que não conseguia se mantiver em pé, aquele homem misterioso parecia conhecê-la... Pegou uma foto em seu bolso e conferiu; sim aquela era à mulher que procurava.

— Ora, ora sabia que iria te encontrar sozinha, mandei meus súditos espionar todos seus passos... Como sempre é muito vigiada pelo seu pai esperei o momento oportuno.

A surpresa se fez presente no rosto de Luna que esbugalhou os olhos surpresa, Qual a razão daquele homem estaria a sua procura? E por quê?
— O que você quer comigo?! É dinheiro?

— Não, respondeu ele friamente. Tenho ordens superiores para levá-la comigo! E espero que seja boazinha! Ele sorriu de canto.

— Nãaao, não chegue perto de mim. Luna tenta correr mais logo ver que está cercada pelos capangas dele.

Bryan não estava tão bêbado quanto parecia estar, apenas estava fingindo para saber as reais intenções daquele homem e qual era o foco dele. Era nítido que estava à mesma busca, precisava ter certeza de que não se tratava de um bêbado valente que brigava até com o ar em sua volta. Mas a mão de aço fez com que ele soubesse que não se tratava de um humano, uma aplicação daquela forma não teria no mundo dos humanos, soube que não estava mentindo nas coisas que falava. Será que suas suspeitas teriam fundamento? Bryan entendeu rápido. De onde estava se pôs a atirar enlouquecidamente contra o inimigo, não lhe dando tempo nem para se mover. Acertando um tiro na perna direita de seu oponente fazendo-o cair, batendo fortemente a cabeça na parede em seguida desmaiando.

No mundo mortal eles não podiam usar seus reais poderes. Bryan conseguiu ver Luna perto da porta e também mais inimigos para enfrentar. No tempo de um piscar de olhos o inimigo que estava desacordado no chão desperta, ainda tendo forças para pegar sua arma e atirar contra Bryan.

— Morra! -gritou ele

Bryan conseguiu desviar a tempo, certamente Kinton não estaria com forças o suficiente para acerta-lo em cheio. Um de seus capangas aproveita a situação para atacar Bryan, desprevenido, sacando uma espada e seguindo em direção ao rapaz. Ele tentou se defender, porém aquele capanga era muito habilidoso, não era um homem qualquer.
Bryan tentou desviar com muita destreza, mesmo assim foi atingido no abdómen... Por sorte a espada não conseguiu penetra-lo totalmente. Se Bryan não fosse tão ágil, talvez aquele golpe já tivesse matado uma pessoa normal. Ferido deu alguns passos cambaleantes para trás. 

— Não pense que me matará tão fácil. — Disse Bryan com um sorriso forçado, tentando disfarçar a dor que sentia, ainda com a arma na mão.