9# - Carnificina


Indira: Porque razão nós paramos aqui, já devíamos estar à caminho de Irís.

Travor: O ferreiro pediu para encontrarmos ele aqui, precisamos muitos das armas que ele irá fabricar para matar o basilisco.

Anastácia: Isso pode ser verdade, mas ele está a demorar muito.

Ouviram passos rápidos vindos do interior da floresta.

Vlady: Algo vem aí, fiquem atentos.

Indira: Se for outra vez um devorador, eu estarei preparada.

Para a surpresa deles, Rozaria aparece toda suja com uma pasta enorme cheia de ingredientes e ferramentas.

Rozaria: Tudo bem, pessoal?

Indira, Travor e Vlady: Rozaria!!!

Anastácia: O que você está fazendo aqui, não me digas que...

Rozaria: Isso mesmo, eu farei pra vocês as armas, darei suporte e farei companhia para o meu Vladizinho.

Indira: E eu a achar que iria livra-me de ti por uns dias...

Anastácia: Parece que não temos escolha, senão levar ela.

Rozaria largou as coisas e pulou pra cima de Vlady dentro da carruagem, abraçou ele e não o largou mais.

Rozaria: Ficaremos assim até chegarmos à Íris.

Vlady: Não, espera aí!

Indira: Larga ele, sua...

Anastácia pegou nela e alertou.

Anastácia: Terás muito tempo para fazer isso, mas enquanto estivermos em missão não podes tocar nela, entendeste?

Indira: Entendi, mas que ela se comporte.

Travor: Estamos todos, então vamos lá embora.

A previsão de chegada era incerto, já que Íris ficava longe de Palas. Vlady aproveitou que Rozaria adormeceu para escapar de suas garras e sentou-se ao lado de Anastácia que guiava os cavalos.

Anastácia: Com que então conseguiste escapar(Riso leve).

Vlady: Ei, não gozes, pelo menos não afugento ela como tú fazes com o príncipe.

Anastácia: O que!; Ele simplesmente não faz o meu tipo, nunca iria funcionar. Mas mudando de assunto, agora que paro para pensar, não achas estranho o basilisco aparecer logo na quinzena do festival das fadas?
Vlady: Agora faz mais sentido, mas qual é o verdadeiro alvo dos mindras?; Porque pelo que eu sei além das fadas, vários altos dignatários de outros reinos aparecem para festejar também.

Anastácia: É como o Travor disse "só saberemos quando estivermos lá", e podes guiar?; Estou cansada, vou dormir um pouco já que a Indira e o Travor já estão fazendo isso.

Anastácia aproveitou o ombro de Travor como travesseiro, já que a Indira estava ocupando o colo dele e em poucos minutos estava em sono profundo.

Vlady: Que calor, será que já é meio-dia?

Agarrou no canto e uma outra mão pega na dele, era Ilsa.

Vlady: Meu Deus, que susto, quase fizeste o meu coração parar.

Ilsa: Mesmo que parasse, a minha magia negra iria manter você vivo, francamente...

Vlady: Como é que tu...espera aí, se estás aqui, isso quer dizer que...

Homem de quimono: Isso mesmo, eu também estou aqui.

Ilsa: O que tu vieste fazer aqui?

Homem de quimono: Pergunto o mesmo.

Vlady: Podem por favor acalmarem-se, a última coisa que eu quero é duas entidades poderosas a lutarem dentro de mim.

Ilsa: Eu lutar com ele?(riso sarcástico); O nível de poder dele nem chega aos pés do meu.

Homem de quimono: Tens a certeza, que tal um duelo agora?

Vlady: Parem agora, senão...

Anastácia: Podem fazer pouco barulho, estou a tentar dormir sossegada.

Homem encapuzado e Vlady: Sim, senhora!

Ilsa: Como é que ela... é uma possuidora?

Homem de quimono: Obviamente que sim, Vlady, eu não encomodarei mais.

Vlady: Ainda bem, agradeço.

Ilsa: Eu acho que também irei, fica bem, meu querido.

No momento seguinte os dois desapareceram, Vlady olha para Anastácia.

Anastácia: É agradável ter estes dois aprisionados dentro de você?

Vlady: Não posso dizer que sim, mas também não posso dizer que não, mas vendo o lado positivo não estou sempre só.

Anastácia respondeu com um alto ressono, havia dormido no meio do momento de emoção de Vlady, desmoralizando ele.

Vlady: Que feio da parte dela, dormindo logo quando estava tendo um momento.

Passados alguns minutos viu uma aldeia, momentos antes de chegar lá deparou-se com um camponês, que tratava de um campo inteiro sozinho.

Vlady: Desculpe, Senhor?

Camponês: Bom dia, meu jovem, em que posso ser útil?

Vlady: Pode apenas dizer-me se há alguma hospedaria na aldeia?

Camponês: Está com sorte, há uma taberna impecável, água fresca e comida deliciosa.

Vlady: Agradeço pela informação, e tem a certeza que consegue tratar disto tudo sozinho.

Camponês: Não te preocupes, meu jovem, posso ser velho, mas tenho uma saúde de aço.

Despediu o homem e arrancou até a pequena aldeia, que estava bem movimentada. Crianças brincavam na rua e os adultos exerciam os seus trabalhos, com muita alegria no rosto.

Vlady: Parece que aqui é bem agradável, apesar de ser no meio do nada.

Parou frente a taberna, prendeu os cavalos e gritou:

Vlady: Acordem, já chegamos a Íris!

Travor ouviu e rapidamente tentou sair com agilidade da carroça, mas tropeçou e caiu numa poça de lama

Travor: Que porcaria, onde nós estamos, isto não é Íris...

Vlady: Isto foi mais hilariante do que eu imaginava(rindo).

Travor: Muito engraçado, só não te dou uma sova porque fiquei todo sujo.

Indira: Ahm, onde nós estamos?

Anastácia: Em qualquer sítio menos Íris, porque é que nós paramos aqui?

Vlady: Achei melhor pararmos para comer alguma coisa decente.

Rozaria: E o que estamos a espera, vamos entrar...

Agarrou em Vlady e entraram na taberna, 10 segundo depois saiu a correr e escondeu-se atrás de Indira apavorada.

Rozaria: M...m.. mortos-vivos.

Indira limitou-se a agarrar nela e entrar , Travor e Anastácia foram logo atrás, logo que entraram uma menina morta-viva atendeu eles.

Garçonete: Bem-vindos a taberna da madame Elizabeth, em que posso ajudá-los?

Indira: Um amigo nosso entrou a uns segundos com esta miúda assustada, por acaso não viste?

Garçonete: Está junto a madame no bar, e me perdoem por assustar a vossa amiga, não era minha intenção.

Travor: Não te preocupes, ela já nasceu assim, enjoada.

Anastácia: Arranjem uma mesa pra nós, eu irei buscar o Vlady.

Dirigir-se até o bar onde a madame Elizabeth estava rindo com Vlady.

Vlady: Anastácia, chegaste numa boa hora, a madame estava a contar-me uma história sobre a vila.

Elizabeth: O seu amigo é muito engraçado, gostei muito dele.

Anastácia: Que bom saber isso, você é a dona desta taberna?

Elizabeth: Do teto até o chão, o que deseja?

Anastácia: Quero a vossa melhor bebida e comida, por favor!

Elizabeth: É pra já!

Levantou e entrou na cozinha, Vlady levou um puxão de orelha.

Vlady: Aí, Aí, pra que foi isso?

Anastácia: Por começares a beber antes de mim, notou algo suspeito nela?

Vlady: Pelo que eu vi, não, mas ficarei atento

Foram até onde os outros estavam, Rozaria segurou no braço de Vlady, apavorada.

Rozaria: Vladizinho, me protege dela, por favor!

Vlady: Relaxa, ela é inofensiva, e parece que hoje está bem movimentado.

Indira: Pois é, só espero que não aconteça nada durante a nossa estadia aqui.

Elizabeth juntamente com a morta-viva serviram um banquete pra eles.

Travor: Uau, isto está incrível!

Elizabeth: Estejam a vontade, pela quantidade de moedas de ouro tive que caprichar.

Todos serviram e se lambuzaram, especialmente a carne bem preparada. Elizabeth olhava fixamente pra Vlady, que comia que nem um louco.

Vlady: O que você meteu nessa carne, está muito deliciosa!

Elizabeth: O segredo é a carne e não como temperado ela.

Anastácia: Qual animal raro caçaste ou compraste no mercado negro?

Elizabeth: Nada disso, é carne de uns forasteiros humanos que vieram ontem, cozinhei eles após sugar todas suas energias vitais e poder mágico.

Ouvir isso deixou os cavaleiros perplexos, Elizabeth revelou ser uma bruxa incrivelmente poderosa. Todos clientes da taberna e residentes da aldeia estavam sendo controlados por ela.

Anastácia: Apesar da bebida estar boa, vais pagar por nos fazer comer está porcaria.

Elizabeth: Nunca escaparão daqui vivos!

Travor: Isso é o que você pensa.

Pegou na sua espada e tentou um ataque directo, mas Elizabeth esquiva e dá-lhe um pontapé fazendo-o embater bem uma das mesas. Um brutamontes chega e com um enorme machado corta no meio a mesa onde os cavaleiros estavam obrigando-os a espalharem-se.

Rozaria esconde-se e Indira dá vários socos no gigante até cair, e depois Travor levanta jogando várias facas contra Elizabeth, mas ela estala os dedos fazendo todos mundo congelar.

Elizabeth: Mas qual é o vosso problema, não podem apenas renderem-se como os outros?

Anastácia revelou que não estava congelada e andou até Elizabeth.

Anastácia: Cavaleiros como nós nunca desistem até derrotar pessoas más como você.

Elizabeth: Então deixa-me dar-te o prazer de morrer primeira.

Tentou lançar uma magia de fogo contra Anastácia a queima-roupa, só que ela esquivou e agarrou no pescoço dela.

Anastácia: Você é bem poderosa, mas deixa-me dar-te um pouco do teu próprio veneno.

Começou a sugar-lhe a energia vital que ela roubou, fazendo-a gritar muito.

Elizabeth: O que estás a fazer, para, PARA!

Anastácia: Sinta um pouco da dor dos que fizeste sofrer.

Tirou toda a energia que ela tinha roubado, apenas a dela restou, deixando-a bastante fraca. Após isso todo mundo voltou a si, até os aldeões da vila.

Indira: O que aconteceu, do nada eu tinha apagado?

Anastácia: Ela tinha paralisado vocês com a sua magia, mas não se preocupem, que eu tratei dela.

Os aldeões levantaram Elizabeth e levaram-na até os cavaleiros.

Homem: O que fazemos com está bruxa?

Anastácia: Apesar de o problema não ser nosso, sugiro que levem ela até Palas onde será julgada devidamente.

Homem: Faremos isso imediatamente...

Elizabeth: Vocês estragaram tudo, a minha taberna, a minha aldeia e os meus súbitos.

Travor: Nunca foram seus, Madame, agora pagarás pelos danos que causaste.

Colocaram ela em uma jaula dentro de uma carroça e imediatamente partiu.

Elizabeth: Vocês irão pagar caro por está, muito caro.

Vlady: Mal posso esperar!

Homem: Obrigado pela vossa ajuda, cavaleiros, eu sou Edward, líder da aldeia, qualquer coisa que precisarem, é só falarem comigo.

Anastácia: Agradeceria se preparassem algumas provisões para levarmos.

Edward: É para já, minha senhora!

A carruagem foi exageradamente reabastecida, mas era o suficiente para chegar até Íris sem nenhuma paragem desnecessária. Agradeceria e partiram, mas alguns metros longe da aldeia, Vlady leva um corretivo.

Vlady: Au, o que foi desta vez?

Anastácia: Por quase fazeres todos nós morrermos e por traumatizares a Rozaria.

Rozaria após o ocorrido ficou mais calada do que o normal, estava paralisada de medo, limitou-se a ficar sentada. Indira passou várias vezes a mão a frente da cara dela, mas sem resposta.

Indira: Até parece que a alma dela fugiu do corpo, será que ela ainda conseguirá fabricar as armas?

Rozaria: Não te preocupes, eu estou bem.

Deitou-se e dormiu, supreendendo todo mundo.

Travor: Está foi nova.

Anastácia: Ela vai ficar bem, vamos só concentrar-nos a chegar a Íris.

Apesar do pequeno incidente, os nossos cavaleiros conseguiram chegar rapidamente á Íris, onde um enorme monstro aguardava por eles ...

Fim de capítulo.

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