Obedeça a mamãe!

Diz-se que devemos tomar cuidado com o que pedimos ou desejamos, tudo pode acabar em realidade...

As palavras tem poder!

Você já deve ter ouvido isso.

Ouça bem criança, irritar a mamãe não é uma boa ideia!

Desde os primeiros tempos, nosso mundo é cercado por monstros, bruxas e guardiões, benfeitores e malfeitores.

A muitos anos, se contava sobre o “Caargo”, um ser que como seu próprio nome já dizia, tinha o encargo de satisfazer os desejos, fossem bons ou ruins, ele o faria desde que pronunciassem o seu nome em forma de prece ou pedido.

Como todas as crianças, Caio era um garoto levado, e terrivelmente difícil de se lidar, aos seus dez anos ele brigava com colegas na pequena escola da cidade ou simplesmente batia em qualquer um que se quer lhe dirigisse o olhar. Sua mãe sempre ia a escola por alguma advertência que o filho havia levado. E ela sempre o repreendia dizendo que Caargo o levaria embora por ser tão teimoso e desobediente, mas o garoto não se importava com isso e sempre aprontava ainda mais. 

Um certo dia o pequeno Caio arranjou confusão na cidade, roubou doces em uma pequena loja ali perto. O velho irritado foi até a casa de sua mãe, e ordenou que lhe pagasse tudo e um pouco mais pela bagunça que o garoto havia feito. Furiosa ela pagou, logo depois se virou para ele lhe dando sermão, mas o garoto não ouvia e ainda fazia birra para irrita-la ainda mais. Foi então que em seu lapso de raiva ela disse:

— Que Caargo te carregue para qual for a profundeza em que ele viva! — e saiu pisando forte em direção a cozinha.

O pequeno emburrado saiu e foi vaguear pela estradinha que cercava o bosque. Ao se distanciar da casa notou que alguém o seguia, se virou e o que parecia ser um homem alto de mais e muito magro estava atrás de si, o pequeno ficou apavorado, pois não havia um rosto ali, era apenas silhueta, não havia olhos, nariz ou boca, porém ele lhe disse olá, com uma voz grotesca e inclinou o cabeça.

Caargo se alimenta do medo e do ódio...

Caio nunca saiu dali.

Ele nunca mais foi visto ou escutado, nem sequer seu corpo foi encontrado.

Reza a lenda que Caargo nunca se cansa e sempre procura por crianças teimosas ou desejos que lhe alimentem.

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