O resgate
Tae sentia seu lobo se enfurecer cada vez mais conforme se aproximavam do Palácio, ele queria entrar e destroçar todos que ousaram tirar Yoongi de si, se houvesse o menor arranhão em seu amado todos iriam pagar da pior forma possível.
Um grupo de soldados, que estavam com os cavalos mais velozes, sob o comando de Jungkook, foi enviado na frente para "abrir caminho". Assim que os outros chegaram em frente ao Palácio, foram descendo dos cavalos, empunhando suas espadas, e esperando ordens para avançar, os portões já estavam escancaradas e era possível ouvir a primeira tropa já em luta, apenas Jungkook esperava do lado de fora por conta de seu machucado. Mas Taehyung não conseguia esperar, ele avançou pelos portões com toda velocidade que seu cavalo aguentava sem sequer pensar duas vezes.
Namjoon gritou para ele voltar pois era perigoso, mas Taehyung não ouviu, conforme avançava sem se preocupar com o que estivesse em seu caminho apenas salvar quem amava estava em sua mente.
Rapidamente sob o comando de Namjoon os soldados se espalharam e começaram a luta contra os invasores, vendo tudo em ordem ele guiou seus amigos para contornar a briga, indo em direção à sala do trono, onde imaginava que estaria o imperador.
Um dos invasores vendo o pequeno grupo chamou alguns companheiros para ajudar a os impedir de seguir em frente, mas para surpresa de Jungkook e Namjoon, que estando machucados não poderiam lutar direito, Jin e Jimin se mostraram surpreendentemente hábeis. Com agilidade os dois rapazes conseguiram que o grupo que os cercava fosse ao chão, mesmo que a espada de Jin tivesse sido derrubada, o rapaz havia nocauteado um dos homens com um galho, nesse momento todos agradeceram pela insistência em manter várias árvores ao lado dos corredores.
Antes de continuar, Jungkook tratou de puxar o marido para um beijo, prometendo uma "recompensa por seu ato de coragem", o que fez as bochechas de Jimin ficarem rosadas. E Namjoon não deixou de abraçar o marido sorrindo de orgulho.
— Quem precisa de uma espada quando se tem um galho, não é mesmo? Meu ômega corajoso.
Hoseok havia aproveitado a distração e entrado por uns corredores, infelizmente ele não conhecia muito bem o Palácio, então tentou seguir para um caminho que fosse levemente conhecido. Assim que virou o corredor, deu de cara com um dos invasores, meio atrapalhado ele puxou a espada e começaram a duelar. Era uma luta injusta, já que ele não possuía experiência com espadas, mas com um corte sem jeito ele conseguiu retirar a espada de seu inimigo e então o empurrar para uma porta que havia ali, usando a espada caída para trancar as portas, partindo o mais rápido possível em retirada.
Enquanto isso, na sala do trono, Yoongi permanecia ajoelhado e amarrado, alguns hematomas pintavam sua pele e havia sangue respingado no chão, mas isso não era o suficiente para fazer seu sorriso debochado sumir. O homem em sua frente já estava farto, não importava quanto ameaçasse, quanto batesse, o imperador não revelava onde estavam os seus tesouros, apenas ria de suas palavras e até mesmo dos socos que levou.
Cansado daquele joguinho, o homem empunhou a espada levando ao alto, prestes a dar um fim definitivo ao riso do imperador, quando um vaso o atingiu fazendo com que cambaleasse confuso.
Taehyung estava na porta, com a franja molhada de suor grudando na testa, o rosto vermelho e os olhos brilhando em fúria. Sem esperar mais nada ele avançou, a espada passou a centímetros da pele do homem que conseguiu se esquivar de maneira rápida, passado o choque inicial ele começou a lutar para valer.
Yoongi não pode deixar de notar como aquela raiva no olhar de Tae o deixava mais... quente. Ele queria apenas se soltar e puxar o rapaz para um beijo e pedir que o tomasse ali mesmo na sala do trono, em frente ao corpo sem vida do invasor, mesmo tentando focar na briga sua mente ainda vagava para desejos que não faziam sentido naquela situação.
Mas o homem, com visível mais experiência, desarmou Tae e o chutou fazendo cair ao chão, o sangue pingando de sua boca do corte no lábio que a queda causou.
— Escutem bem, hoje começa um novo império, uma nova era, de adeus ao clã Min e se curvem diante de seu novo imperador, Hoseok I.
— PAI?
Os três rapazes olharam para a direção da voz, Hoseok havia entrado por trás da sala do trono, curiosamente só chegou ali por ter se perdido, e estava prestes a desferir o golpe quando ouviu o homem falar seu nome. Assim que olhou no rosto daquele invasor ele teve certeza quem ele era, e aquilo doía no fundo de sua alma.
[Flashback pt1]
— Mas vovô, você sabe quem é meu pai, me diga logo quem é.
Hoseok andava determinado atrás de seu avô, Jung já estava farto da insistência do neto.
— Hoseok, de uma vez por todas, vou te contar o que sei se você prometer nunca mais tocar nesse assunto, muito menos ir atrás dele.
— Eu prometo – os olhos do adolescente brilhavam na expectativa de saber algo sobre seu pai.
— Seu pai trabalhava no exército, ele já esteve em algumas guerras, mas foi expulso. Ele era um vagabundo, bêbado, ninfomaníaco, com ideias de rebeldia e desordem, planejando tomar algum trono para si, mas a sua mãe, que me perdoe dizer, foi burra de cair na lábia dele. Ele a abandonou quando soube que teria um filho, e você sabe o resto. Como último pedido dela você tem o mesmo nome que ele. Agora por favor não fale mais naquele imbecil, ele sequer tem o direito de ser chamado de seu pai, ele foi um covarde traidor.
[Flashback pt2]
O rapaz olhou para porta da taberna criando coragem de entrar, segundo fontes confiáveis ali ele encontraria seu pai. Não foi preciso muito para o reconhecer, eles possuiam os mesmos olhos e cabelos, mas Hoseok (filho) carregava um ar de alegria enquanto o pai carregava um ar de morte e pesar.
— Com licença, Hoseok?
— O que você quer garoto? Quer uns trocados? Não costumo dormir com homens arranje outra pessoa, mesmo que esteja procurando alguém você não faz meu tipo.
— Não é isso é que...
— Você não é homem? Então podemos conversar talvez.
— Não, não é isso, eu me chama Jung Hoseok...
Ao ouvir o nome o homem congelou, seu cérebro demorou a processar a informação, mas assim que entendeu se levantou e abraçou o rapaz.
— Filho? Como está sua mãe? Pela sua aparência conseguiu melhorar de vida... você podia pagar uma cerveja enquanto conversamos, eu quis tanto te encontrar mas não é como se sua mãe me contasse onde mora.
Sem esperar resposta o homem pediu dois canecos de cerveja e entregou um ao garoto.
— Sobre isso... minha mãe morreu... O meu avô cuida de mim desde que nasci.
— Bom... muito bom... então você pode me ajudar a tomar o Grande Conselho.
— O que?
— Eles jamais suspeitariam, você poderia me ajudar a entrar e a sair carregando todas as joias, você conhece aquele lugar melhor que qualquer um, vamos lá filho.
— Não existem muitas joias lá...
— Bobagem, olha, eu divido com você, uma parte sua, e 9 partes minha, o que me diz filho? Hein? Trabalharmos juntos, um roubo desses faria minha vida, e eu poderia comprar uma casa e nós moramos juntos, que tal? Parece uma boa proposta não é
— Eu... Eu não posso.
— Não importa o que seu avô tenha dito, você é meu filho, devemos ficar juntos não é?
[Flashback off]
Com lágrimas nos olhos e o coração pulando na garganta, Hoseok cortou a corda ao seu lado fazendo um candelabro que havia no teto cair sobre seu pai. O impacto não foi muito a ponto de machucar gravemente e o matar, mas foi o suficiente para ele desacordar.
Quando recobrou os sentidos, o homem estava amarrado onde havia deixado o imperador, ao levantar os olhos viu seu filho o olhando com fúria enquanto Agust D estava sentado em seu trono... no colo de seu marido.
— Eu, Agust D, legítimo imperador, declaro você culpado por crimes de assassinato, invasão, rapto, entre diversos outros que nem vale a pena ficar falando, você vai preso e blá blá blá. Tirem ele da minha frente logo.
O homem sentiu seus ombros serem puxados enquanto dois soldados o levavam para fora, conforme ia para cela ele pode ver seus companheiros presos ou mortos, mas ao ver nos olhos de seu filho a rejeição e nojo aquilo lhe doeu mais que imaginava.
Assim que tudo estava calmo novamente, Yoongi se virou sentando de frente para Tae e começou a brincar com a gola de sua roupa, de súbito ele o puxou para um beijo apaixonado e profundo. Não foi preciso dizer nada, todos no recinto saíram deixando os dois a sós, alguns foram limpar o pátio enquanto outros se certificavam de cuidar dos feridos.
— Tae... Eu preciso falar uma coisa pra você, tentei falar várias vezes e não deu, sempre algo atrapalhava, então vou ser rápido antes que mais alguma coisa louca aconteça e me impeça novamente.
— Pode falar o que quiser meuamor.
— Tae, eunãosouumalfaeusouumômega.
— Calma lá, eu não entendi nada, fale um pouco mais devagar.
— Eu... eu não sou um alfa, eu só fiz parecer isso porque um ômega não podia ser imperador, mas agora você é um imperador também, e você é um alfa lúpus então pode mudar a lei. Você me aceita como seu ômega? Aceita ser meu alfa?
A mente de Tae girava com as informações, Yoongi era um ômega? Então não era o único que guardou segredos sobre sua identidade. Ele viu os olhos do rapaz em seu colo brilhando em expectativa, deixou um singelo carinho em sua bochechas antes de sorrir e o beijar.
— Claro que eu aceito. Eu escondi que era um alfa, e você que era um ômega, acho que formamos o par perfeito.
— Claro que sim.
Yoongi então começou a se mexer no colo do amado e levou as mãos até sua camisa para a retirar, Tae sem pensar muito levou suas mãos até a bunda do marido e apertou com força sentindo ele dar um pulo de surpresa.
Os beijos começaram a ficar mais quentes, as mãos seguiam com mais necessidade sobre os corpos, o trono, onde Yoongi havia decidido tantas mortes, agora era espaço do amor dos dois. As presas de Taehyung já começavam a coçar e ele tentava em vão as reprimir.
— Tae... meu amor, me marca, me faça seu, por favor. Me deixe mostrar a todos de que agora seu imperador não divide apenas um quarto, mas sim sentimentos.
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