📌capítulo 19


— A decoração está incrível. Essas pessoas conhece todas? — O salão era muito grande e bem decorado. Haviam muitas pessoas, das quais eu não conhecia.

Perguntei apertando a mão do Alec, estava muito nervoso.

— Sim, mas não fique nervoso, eles não irão ser rudes com você.

Theo segurou o meu braço e nos derigiu-nos para dentro do salão, onde fui apresentado a varias pessoas que me desejaram os parabéns. A maioria das pessoas reconheceu-me como o marido do Theo e eu tive que explicar que não somos mais casados, apenas amigos.

— Como você pode perder um homem como o Theo?

Uma mulher perguntou para mim a meio da noite. Os seus olhos estavam dirigidos a ele, parado do outro lado do salão com o nosso filho ao colo e rindo animadamente.

— Vários fatores conspiraram para o fim do nosso casamento. Mas estou feliz com a relação que temos hoje.

Dou de ombros e levo a taça de champanhe até à boca, apesar da pergunta que considerei inadequada, continuamos a conversar e por incrível que pareça nos demos bem. Ela é divertida e também gostava de arte.

— Vejo que se deu muito bem com a Érica. Ela é tão insuportável quando era quando nos casamos.

Theodore Murmurou ao meu ouvido, quando Érica afastou-se para atender uma chamada.

— Ela não é tão ruim assim. — Declaro sorrindo.

Ele segurou a minha mão e puxou-me
até a pista de dança, onde algumas pessoas dançavam uma valsa lenta. O nosso filho estava conservando com alguns convidados, que pareciam encantados com ele.

— Ainda me lembro quando nos casamos, você era mum mimado com uma capacidade incrível de tirar-me do sério. — Ele ri contra o meu pescoço. — Confesso que já pensei em te sufocar com a almofada.

Afasto-me um pouco do seu corpo boquiaberto.

— Eu também confesso que já pensei em te afogar na piscina na nossa lua de mel. Você era um cretino!

Ele riu-se inclinando um pouco a cabeça para trás.

— Desculpa Theo, mas é que eu tinha vinte e um anos, mas me comportava como um garoto de quinze anos. — Ele para de rir e os seus olhos adquirem uma seriedade.

— Contudo, também admito que eu falhei muito com você. Deixei-me cegar pelo ódio que sentia pela Pierce e acarretar todas as minhas frustrações para si. Você era apenas um menino, lamento todas as vez em que lhe ofendi e tratei-lhe como um qualquer.

Theo acaricia os meus ombros e olha soslaio para o nosso filho.

— Apesar de termos um lindo filho, Liam, eu também lamento por tirar a sua virgindade de forma tão brusca e por ter-lhe levado para a cama sem nutrir nenhum sentimento.

Eu abaixo a cabeça, sentindo as suas palavras.

— Você nunca chegou a amar-me?.... Era real quando dizia sentir desprezo por mim?

Theo fita-me com intensidade, o facto de ele reter as palavras por demasiado tempo, leva-me a entender ser sincero quando me dizia aquelas coisas feias.

— Eu não amava você, Liam, nem a mim mesmo eu amava, eu estava perdido num fundo sem poço naquela época. E penso que você também não me amava, talvez fascínio atração..... Não acha que a palavra amor é um adjetivo muito forte para o que sentia?

Afasto-me dele fazendo-nos seus braços penderem para os lados.

— Eu preciso apanhar um pouco de ar. Não esqueça de prestar atenção ao Alec.

Eu sentia-me entristecido. Theo tinha razão, eu naquela época era imaturo e fútil. Mas eu realmente o amava, os meus sentimentos por ele eram  verdadeiros. Posso lhe dizer que com o passar dos anos só se intensificou, ainda sou apaixonado por ele.

Dói-me saber que pode passar cinco, dez ou trinta anos e eu sempre serei indigno do seu amor. Não importa o facto de termos mudado e amadurecido, não passarei de Liam: a "mãe" do seu filho, que um dia foi um grande desajuizado e com valores questionáveis.

Eu estou na varanda, por cima do grande salão de festas. A noite estava encantadora com o céu repleto de estrelas.

— Liam!

A voz grave de Theo fez-me virar para trás, assustado.

— Aconteceu algo com o Alec? Onde ele está? — Perguntei.

Ele aproximou-se, quebrando a distância entre nós os dois.

— O Alec está bem, não aconteceu nada. Eu fiquei intrigado com a forma que abandonou o salão. Incomodou-lhe o que eu disse?

Perguntou preocupado, resperei fundo não querendo aprofundar no assunto. Mas eu precisava por tudo em pratos limpos.

— O problema é que eu sou um tolo e sempre fui, Theo. Eu sou demasiado excêntrico nas minhas maneiras, deve ser por isso que nunca levará a sério quando eu dizia que o amava. Se o que sinto por você não passasse de uma mera atração, os meus sentimentos por você não se manteriam intactos ou até mesmo mais fortes.

Evito-lhe olhá-lo nos olhos, com medo de deparar-me com a sua indiferença.

— Dessa vez eu não vou implorar que me corresponda. Acho suficiente sermos amigos pelo nosso filho.

Um silêncio tomou conta da varanda, até que ele me pegou de surpresa com um beijo, que eu não consegui corresponder de imediato. Os seus braços apertaram-me possessivamente, os seus lábios tornaram-se exigentes e ousados. O seu comportamento inusitado poderia ter-me feito perder as forças e cair, se não fosse pelos seus braços fortes que me seguravam.

Theodore..... — Murmurei quando interrompemos o beijo pela falta de ar. Os meus lábios formigavam.

— Eu não resisti. — Ele disse unindo as nossas testas e sorria encantadoramente.

As nossas respirações estavam irregulares e ele segurava a minha cintura contra o seu corpo.

— O que isso significa?

Perguntei contra a minha vontade, não queria acabar com aquele clima gostoso que se instalara. Mas também não me permitia ser iludido.

— Significa que à medida que os anos têm passado, venho-me apaixonando cada vez mais por você Liam Dunbar! Além de uma boa mãe, você se tornou alguém independente, forte e dedicado. Eu estou muito orgulhoso e fascinado por você! Gostaria de fazer parte da sua caminhada novamente. — Disse com um enorme sorriso. — Desta vez a sério! E ver o quão longe chegará, quero estar nessa torcida como o seu amante, o seu marido e o pai dos seus filhos.

Arregalo os olhos surpreso.

— Theo, você está fazendo a sério?

Os meus olhos estavam embargados.

— Já faz tempo que queria dizer isso a você, mas precisava ter a certeza que ainda sentia algo por mim e que era real.

Entrelacei os braços ao redor do pescoço dele.

— É claro que é real, Theo eu te amo!

Ele sorri.

— Eu também te amo, Liam Reaken!

Por um momento perco o equilíbrio e ele é obrigado a me segurar.

— Você pode repetir? — Peço com a voz tremula, provocando-lhe uma risada.

— Quantas vezes você quiser bobinho. Eu te amo! Te amo! Te amo!— Disse e em seguida juntou os nossos lábios.

O beijo que ele me deu fora diferente de todos os beijos que já experimentei ao seu lado. Calmo e gentil, como se quisesse apenas saborear o momento.

Eu sorri, pela grande onda de benção que pairava sobre mim. Eu tenho o amor do meu filho e agora o amor da minha vida.

Eu não poderia pedir mais nada.


Vencemos família! Finalmente! Ainda estou surtandoooooooo AAaaaaaa!

Espero que tenham gostado do capítulo de hoje, foi muito especial! Não se esqueçam de votar, comentar e partilhar.

Já agora, irei escrever uma fanfic de Thiam que passa em uma fazenda! Não quero dar spoiler ainda, mas queria saber se vocês leriam? Deixem o vosso comentário aqui!

Não se esqueçam de votar, comentar e partilhar 😁🩷

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