📌 capítulo 15
Depois de tomar um banho eu estava me sentindo revigorado. Pensei muito na conversa que tive com a senhora Lydia e acredito que ela esteja certa. Eu preciso de um tempo de Theodore, da mamãe e da madrinha Pierce, senão vou acabar enlouquecendo.
Quando Theodore chegou foi direto para o seu escritório e eu segui-o. Precisava ter aquela conversa com ele antes que a coragem desaparecesse do meu corpo.
Bati a porta e ouvi um breve um "entre ". Empurro a porta e adentrei vendo ele sentado numa poltrona com um copo de whisky na mão.
— Podemos conversar?
Ele me olhou sem paciência.
— Se é um assunto sobre o aborto eu não estou na disposição, Liam.
Balanço com a cabeça negando, e sento-me à sua frente.
— Eu preciso conversar sobre nós os dois.
Ele deixa o copo sobre a secretária e encara-me com sinceridade. Tomo o silêncio como um incentivo para perseguir.
— Eu quero desculpar-me com você. — A surpresa no seu rosto quase fez-me rir. — Na verdade conosco por permitir que a situação chegasse onde chegou. Eu não sou feliz sendo o seu esposo. Eu percebi que o amor que sinto por você está me afundando e que você não é obrigado a retribuir-me os sentimentos. Não consigo continuar mais nesta situação Theodore, eu preciso de um tempo, de você da mamãe e da Pierce.
A pior parte ainda está por vir, sinto-me incapaz de fazê-lo, mas a minha decisão já está tomada.
— Eu quero divorciar-me de você Theodore, mesmo que isso implique sair com um pé à frente ou atrás ou até mesmo ganhar o desprezo da minha mãe.
Theodore deu um sorriso descrente.
— Depois de você ficar grávido é que você percebe que você está se sentindo sufocado sendo meus esposo? O que parece é que você está se aproveitando da situação.
Eu dei de ombros.
— Pense no que quiser Theodore. Nós podemos terminar a bem ou eu posso partilhar para o mundo que o nosso casamento não passava de uma convivência por ambas as partes, contar a todos sobre as suas traições, inclusive no dia do nosso casamento e sobre as suas agressões verbais. O que você prefere?
A minha expressão era neutra, tento ser o mais frio possível, bora apetece me chorar.
— Eu sei que você está apenas dissimulando Liam, não passa de uma conversa vaga. Conhecendo você como conheço, acho que você não seria capaz de sair dos confrontos dessa mansão. Julga que lhe deixarei viver aqui com um possível divórcio? — Ele dá um gole no seu whisky. — irá correr para mim como o vagabundo que você é implorando para voltar.
— Eu vou arranjar um advogado, querido. Pegue um pouco da sua fortuna e arranje um psiquiatra, pois está a precisar com urgência. Você é podre Theo! Se continuar desse jeito vai ficar sozinho, as pessoas só-lhe tolerem pelo dinheiro e pela sua influência. Todo o mundo irá lhe abandonar como um cão pulguento e a fortuna que tanto valoriza não conseguirá impedir isso.
Pela primeira vez desde que o conheço vejo ele perder a prepotência, eu atinjo-o em choro.
— Sai daqui sua puta! Vagabunda!
Ele agarra o meu braço e arrasta-me para fora do seu escritório. E é questão de segundos até ouvi-lo ele destruindo as coisas.
Pego nas minhas minhas roupas e coloco-as na mala à pressa.
— Senhor Liam, acho melhor ver o seu marido ele pode-se machucar.
Uma das empregadas pede em aflição.
— Ou pode acabar me machucando, o Theo é doente, precisa de ajuda de pessoas especializadas, não da minha. Pena que eu atendi isso tardiamente.
Ela olha para mim com a boca escancarada enquanto eu sentava-me no banco do táxi que a senhora Lydia chamou para mim, permito-me chorar, não consigo distinguir se lágrimas de tristeza ou de alívio. Talvez ambas.
O senhor para em frente ao aeroporto, eu pretendo ir para uma propriedade que o meu pai havia deixado no meu nome, mamãe não faz ideia dessa prioridade e na verdade eu também não ligava, pois o Colorado era o último sítio no mundo onde eu aceitaria viver.
É apartir de lá que eu resolverei toda a situação do divórcio.
[......]
Quando cheguei à propriedade foi recebido pelo velho caseiro que cuidadava da casa há anos.
— Seja bem-vindo menino Liam. É pronto revelo faz tempo que não vem aqui.
Acenti com um sorriso no rosto e entramos na casa.
No princípio estava tendo grande dificuldades para me adaptar na fazenda. Mamãe e Pierce têm tentado contactar-me, já lá vão mais de 90 chamadas não atendias. Eu não tenho coragem de manda-las para o inferno.
Precisava me afastar delas, principalmente do Theo.
— Senhora kira. — Chamei a esposa do caseiro.— Estou me sentindo enfadado aqui, estou acostumado à movimentação da cidade grande, o que acredita que eu posso fazer sem muito esforço? Estou grávido e não quero arriscar mal estar.
Sim eu aceitei o meu bebê, afinal ele não tem culpa do bastardo que é o seu pai. Ele é um ser inocente que eu aprendi a amar com todas as minhas forças.
— O menino pode praticar trico. — Sorriu.
— Eu não sei fazer tricô. — Murmurei com as bochechas rosadas.
— Eu posso ensinar-lhe, Deixe-me buscar os matérias.
Disse abandonado a sala de estar praticamente saltitando, minutos depois regressou segurando uma sexta de palha, com vários materiais de crochê.
A kira sentou-se ao meu lado e com um entusiasmo assustador, e pós-se a ensinar os pontos do crochê.
— Oh menino! Está a fazê-lo tudo errado.
Ela dizia constantemente com um sorriso no rosto e com uma paciência impressionante ensinava-me a fazer tudo correto. Mamãe já tinha me puxado as orelhas e dito que era burra e imprestável.
A comparação entristece.
— Não precisa ficar triste menino Liam, cada um com o seu dom. Tenho a certeza que o menino tem muitos talentos.
Eu ri da sua tentativa de consolo.
— Se quiser podemos tentar amanhã, agora eu tenho que ir fazer a lista de compras para dar ao Parrish, com licença.
Eu pedi-lhe que deixasse os materiais.
— Bebê quem diria que eu acabaria por ser o tipo de garoto que faz tricô — Sorri negando com a cabeça. — A vida realmente dá voltas, ela levá-los a caminho que nunca pensamos percorrer.
Murmuro com um sorriso, fazendo carinho na minha barriga.
— Nunca passou pela cabeça ser pai tão jovem. Sinto muito por te trazer nestas condições e acima de tudo, sinto muito por pensar em abortar-te meu filho. No momento pareceu-me a ideia mais ajuizada.
Sinto a culpa corroer-me.
— Quando vier o mundo verá que não tem o pai mais esperto da face da terra nem com as melhores qualidades. As pessoas vivem a usar adjetivos feios para se referir a mim, eu talvez eu mereço mesmo. Não prometo nada, mas tentarei usar a minha melhor versão para com você, e dar-lhe muito amor e carinho. Para que um dia você não tente fugir de mim como eu, estou a fugir da minha mãe.
Apetece-me ligar a ela e dizer-lhe o que estou sentindo nesse momento. Jogar-lhe na cara o quão má foi comigo. Mas tenho medo.....Tenho medo que as suas palavras penetrem na minha cabeça e destruam-me mais ainda.
E o Theo... Como gostaria de nunca tê-lo conhecido. E acima de tudo gostaria de não ama-lo tanto.
Esse foi o capítulo de hoje! Espero que tenham gostado 😁🫶🏻 O que acharam?
Apartir daqui tudo irá finalmente correr bem, Liam finalmente conseguiu sair das garras do Theo. O que será que irá acontecer no próximo capítulo. Finalmente iremos saber o porquê do Theo ser assim com o Liam.
Finalmente Liam se afastou da sua mãe tóxica.
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