📌 capítulo 13

Passou-se uma semana desde aquela noite horrível, no dia seguinte tinha acordado sentindo-me como um camião estivesse passando em cima de mim. Os meus olhos estavam inflamados e estava muito enjoado.

Não conseguia reconhecer-me quando me olhava no espelho, nenhum resquício de Liam Eugene Dunbar. Parecia que tudo à minha volta tinha desabado quando aceitei me casar com o Theodore, tinha perdido o meu emprego de bailarino, o meu melhor amigo que não me atende mais as minhas chamadas e a minha dignidade.

Eu e o Theodore nunca mais nos aproximamos desde a discussão daquela maldita noite. Só falávamos o necessário, eu ignorava a sua presença maldita todos os dias.

E para piorar, os injosos tinham aumentado e tomado conta do meu corpo. Mas eu abdicaria de tudo isso, caso ele tivesse disposto a amar-me, mas a vida era injusta.

Com esses enjoos frequentes, preocupado, fui até uma farmácia e comprei uns testes de gravidez.

Agora estava andando de um lado pra o outro sentindo-me aflito. Os meus dedos trêmulos seguravam outrora o teste de gravidez que confirmavam o que eu vinha a suspeitar e temia.

Eu estava esperando um bebê....do.... Theodore.

O barulho vindo da porta chamou-me a atenção. Apanhei rapidamente os testes de gravidez no chão e escondios. Eu ainda tinha fé de que não estava realmente grávido, embora fosse uma grande tolisse apegar-me a essa esperança, os sintomas estavam tão óbvios que os empregados que passavam mais tempo comigo já estavam a suspeitar.

"Deve ser uma virose" era isso que eu dizia para afagar-lhes a curiosidade.

— Liam? — A voz do Theodore soou após uma batedela na porta. — Está tudo bem? Disseram-me que você passou mal durante a ceia.

Sorrio para ele minimamente, estava muito nervoso.

— É só uma virose Theodore, amanhã irei ao médico.

Disse-lhe tentando tranquilizá-lo, enquanto brincava com os meus dedos.

— Quero que vá ao Derek, um médico meu de confiança. Não quero que consulte qualquer um.

Suspiro fundo e assenti com a cabeça, para evitar mais uma briga estúpida e dirigi-me até ao banheiro, evitando mais uma vez a sua presença.

No outro dia, quando acordei, arrasei-me até ao banheiro e entro no box com dificuldade, a minha cabeça está a doer muito. Enquanto esfrego-a lembro-me da minha consulta com o doutor Derek, provavelmente estou atrasado.

Chamei um motorista do Uber e saí de casa cuidadosamente para não chamar a atenção de Theodore nem dos empregados.

Durante o trajeto, o meu celular vibra sobre o banco do carro, pego-o e atendo à minha mãe com enfado.

— Posso saber que mal humor é esse? Ainda são 8 e meia da manhã, o que houve

— Eu não tenho tempo para falar com a senhora, diga-me logo o que quer!

— Diz-me o que está acontecendo Liam.

Disse a minha mãe num tom autoritário.

— O que está acontecendo é que o Theodore está-me traindo mamãe! Essa situação está me deixando descontrolado. Eu já me declarei e  humilhei-me para ele, não consigo entender quais as suas intenções. — Declaro com histeria, consigo sentir as minhas lágrimas molhando o meu rosto.

— Liam acalme-se, o Theodore não merece que você se descontrole desse jeito

Eu maneio com a cabeça.

— A senhora não me entende, mamãe, eu amo-o, amo o de verdade, mas a única coisa que aquele infeliz sabe fazer é desprezar-me e tratar-me como um inútil.

Ouço o seu suspiro pesaroso. Sei que devo estar a parecer patético, mas não me importo, eu só quero o amor dele, e a sua atenção e carinho.

— Onde está indo Liam? — Mamãe pergunta tentando soar calma.

— Ao hospital, marquei uma consulta com o doutor Derek. — Conto-a com receio, ainda não querem falar para ela sobre a minha gravidez.

— Está se sentindo mal?

O seu tom não soa preocupado, pelo contrário ela parece apenas perguntar por mera formalidade.

— Consulta de rotina agora tenho que ir, adeus mamã.

Encerro a chamada e pago ao motorista quando chegamos em frente ao hospital. Paro por um instante e permito-me respirar fundo.

O doutor Derek recebeu-me com bastante amabilidade e começa a fazer as análises de sangue. Pergunto-lhe como estava o seu esposo Stiles e os seus filhos ele também pergunta-me como está o Theodore. Com um sorriso de orelha a orelha, minto-lhe que a nossa relação
não poderia estar melhor e que o Theo é um marido exemplar.

Ele fez-me perguntas da rotina e em seguida a enfermeira fez-me a colheita de sangue e aguardei na sala de espera até ao resultado sair.

Eu sinto-me uma pilha de nervos, esperava que um milagre divino acontecesse e o resultado dessa negativo, assim não recorria ao aborto, eu não estou pronto para gerar um filho. As coisas ente mim e o Theo andam péssimas, trazer uma criança para equação não me parece justo.

                           [........]


Uma enfermeira dirigiu-me ao consultório dele.

— Estou muito nervoso... — Confesso.

Ele riu-se brevemente e abriu a boca para falar algo antes de ouvirmos um burburinho no corredor e a porta abriu-se quase que abruptamente.

— Theodore? — Minha voz sai em sussurro.

Ele estava me fitando de volta com uma seriedade esmagadora. O seu tamanho faz a sala parecer minúscula quando se senta ao meu lado com uma confiança indesejável. Só consigo sentir que vou desmaiar a qualquer momento.

— O que faz aqui? — Inciro com os lábios trêmulos.

— Ligaram-me avisando que você tinha saído de casa para ir ao hospital, queria saber o que meu esposo tem, já que não me conta nada ultimamente, vim ver o que estava acontecendo.

Fito-o com adversão.

— Oh desculpe-me os modos Derek, afinal invadi o seu consultório e não o cumprimentei. Tudo bem amigo ?

O doutor Derek estava confuso, mas ainda assim apertou a mão de Theodore e sorriu.

— Então doutor, o que o meu esposo tem?

O médico pigarreou e ajeitou os seus óculos de grau, sinceramente eu implorava para que ele não revelasse o resultado, tentei argumentar contra a presença de Theodore, mas ele colocou o braço à minha volta, fitando-me confuso.

— Não julgo que seja um problema o Theo ouvir o resultado do exame, afinal são casados e é algo relacionado a ele.

Sentindo braço de Theo ficar tenso e consegui sentir os olhos dele em mim, não me atrevi de encara-ló de volta.

— O resultado deu positivo. — Ele sorriu— Os meus parabéns vocês irão ser pais!

Eu fechei os olhos, apertando-os fortemente e deixei de prestar atenção no que estava a acontecer à minha volta.

Eu não quero esse bebê! Eu não planejo ser pai tão jovem! Eu não quero....

— Liam, tudo bem?

O doutor perguntou, mas eu não olho no rosto. Levanto-me bruscamente deixando a cadeira cair ao chão e saio porta afora.

Tudo à minha volta parece um borrão, movo-me sem saber ao certo para onde vou.

— Liam espere!

A voz de Theo faz-me voltar um pouquinho à razão, mas ainda assim os meus pés continuam a mover-se até que começo a correr inconscientemente. Abandono o hospital e vou até ao estacionamento.

— Liam!

Theodore segura nos meus ombros com leveza, para não me machucar.

— Não se preocupe, eu irei abortar essa criança, eu não quero...

A minha respiração estava irregular, sinto que a qualquer momento o meu coração vai parar de bater.

— Eu não quero! — Grito histetiracamente e choro. — Não quero ter um bebê com alguém que não me ame! Não posso permitir... — sussurro sentindo as lágrimas correrem pelo meu rosto.

Quando encaro os seus olhos, vejo um misto de sentimentos, reprovação, angústia, medo e raiva.

— Nós vamos conversar em casa.

Ele segura o meu braço, e leva-me até ao seu carro. Eu tenho muito medo, meu deus.

O nosso Liam grávido!!!!!?????

Qual será a receção do Theo? Será que ele irão se resolver por uma vez por todas, ou será que vai haver divórcio?

Esse foi o capítulo de hoje, espero que tenham gostado☺️🫶🏻

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