°•ORDEM XV•°
714/11/27, Império de Alveberia, vila Wohlhabend.
"Uma falha. Um passo errado. Um sacrifício."
Após três dias de viagem intenso, sem abrir exceções para descansos. Apesar da dificuldade de Stephanie em guiar Max com o ombro machucado, eles chegaram antes do previsto na vila próspera de Wohlbabend, onde eles encontrariam a comandante Naw Roux. A mulher estava responsável por fazer o primeiro movimento, e a maior parte do plano centrado em suas mãos.
Durante o avanço pelas ruas intrincadas da vila, os imperadores tinham o cuidado especial para não esbarrar em muitas pessoas. Ainda montados em seus animais, eles se afastaram do inchaço das ruas, chegando finalmente em uma mais afastada da vila. Um lugar mais calmo, contendo poucas casas compondo a paisagem. Em tamanho maior poderia ser visto apenas altas árvores, grama alta, e pastos.
Em sincronia, ambos desceram de seus cavalos, os prendendo na cerca ao redor da casa abandonada. Stephanie suspirou, erguendo o rosto para o céu cinzento, e inspirando a umidade do vento e da terra, a mulher quase se sentiu sufocada. Ela não entendia a sensação pesada, contudo, ignorou, caminhando até a porta da construção gasta.
Empurrou a porta, a madeira rangendo em contato com o chão. Assim que ambos adentraram na casa, o ar estava viciado com poeira e mofo, sem contar a iluminação frágil, e as teias de aranha de variados tamanhos grudadas nos cantos, gritando o abandono de anos.
Os imperadores deram passos curtos e cautelosos, e estagnaram de frente a uma mesa no centro, encontrando os representantes dos melhores exércitos de Alveberia reunidos sob a luz fosca de uma velha no centro da mesa, mal iluminando seus rostos. Apesar do fato não ofuscar suas auras intimidantes e ameaçadoras.
Uma brisa percorreu o lugar, tremulando a vela, o recinto se afundando em silêncio.
— Desculpe pelo nosso atraso, mas houveram alguns empecilhos desagradáveis ao longo do caminho. — A voz de Stephanie perfurou o silêncio, caminhando até a mesa, entrando no meio dos representantes, apoiando a mão na superfície, estudando suas expressões. — Podem me atualizar dos movimentos de Eisen até o momento?
Leon movimentou-se também, com suas botas pesadas soando um ruído alto em meio àquele clima tenso. Ele encostou as costas na parede, cruzando os braços, decidindo se tornar uma estátua estóica diante da conversa. O imperador apenas seguiria qualquer ordem emitida por eles.
Os comandantes trocaram olhares intensos, segurando a resposta, causando um formigamento na pele de Stephanie. Ela estreitou os olhos, contendo sua curiosidade.
— Naw Roux, Wallmart Yaneth, Anekise Wolf, Vossa Alteza Charlotte — Stephanie pronunciou os nomes, chamando a atenção de cada um. — Preciso saber antes de dar o próximo movimento.
Sua assistente levantou-se, inclinando a cabeça, e a encarou com os olhos brilhando em determinação. Todos na mesa viraram suas atenções em Roux, e a rainha Charlotte, que estava ao seu lado, elogiou seu posicionamento. Charlotte desejou ser aquela a dar a notícia, porém, era apenas uma mão amiga. Nada mais que aquilo.
— Senhora, os movimentos de Eisen foram baixos. Nunca pensamos que eles iriam mirar no princípe, o perseguindo nas terras do norte. O ataque começou na calada da noite, pegando os cavaleiros da noite de surpresa. Infelizmente, Klaas não conseguiu proteger sua alteza, e agora ele está ferido, sem previsões de acordar.
Os ombros de Stephanie ameaçaram caírem, porém, ela puxou o ar, largando a mesa. Ela paralisou, organizando os pensamentos. Levou uma das mãos ao rosto, apoiando a bochecha, criando o seu próximo passe. Ela não deveria ter pegado leve no primeiro ataque. A essa hora eles não estariam ousados o bastante para atacar seu filho.
Porém, qual era suas intenções ao escolher seu filho? Deixar o trono de Alveberia vazio?
Ela ponderou sobre a ideia, julgando uma boa alternativa se o objetivo deles fossem matá-la e ter ao seu bel-prazer um dos impérios mais fortes do continente de Sieg.
Contudo, afastou as possibilidades, concentrando-se no problema real.
Ela consertou a postura, e todos presentes tencionaram, tentando imaginar qual seria sua ação. Seus pés se moveram para o canto escuro da casa, parando na frente de Leon. As pupilas do pequeno grupo se dilataram e suas bocas ameaçaram caírem de tanta surpresa.
Ao contrário deles, Leon abaixou a visão, encarando Stephanie com calma. Inclinou-se, esperando alguma pronunciação da mulher, pronto para seguir suas ordens. Assim como ela havia ressaltado na tenda a alguns dias atrás, descrevendo seu valor como uma arma poderosa.
— Sobre Luigi, você acredita que ele ficará bem?
A pergunta atingiu aqueles presentes, e eles quase cogitaram ter escutado mal. Contudo, absorveram bem as palavras da imperatriz, e dessa vez, suas bocas se abriram. A posição de Leon desmanchou-se lentamente, afastando o ombro da parede, paralisando. Algo estava errado com Stephanie, o pensamento de Leon foi involuntário, enquanto a fitava.
A mulher encarou as linhas de expressões confusas de Leon, tentando buscar algum motivo delas escorrerem na sua frente. Querendo ou não, os instintos de seu marido eram melhores que os seus em algumas situações, e como ele era distante de Luigi, poderia se sentir mais tranquilo em relação a sua condição.
Talvez ele não se importou com a notícia.
Poderia fazer sol ou chuva, Leon se manteria imutável quando Luigi era interligado a alguma situação. Stephanie pensou em usar aquela indiferença ao seu favor, para acalmar a agonia que crescia gradativamente em seu peito desde que lhe comunicaram sobre a situação de seu filho.
— Por que está perguntando para mim? — retrucou, antes de responder. Ele iria despejar as palavras sem resistência, porém, devido a vários comportamentos de Stephanie, uma dúvida alojou-se em sua cabeça e não queria sair de modo algum.
— Porque você é o pai — moldou as palavras com mais facilidade do que ela tinha imaginado.
Nunca imaginou que teria que falar aquilo algum dia.
Usualmente, ela preferia se enterrar do que admitir que Leon era pai, uma vez que ele nem ao mesmo estava ao seu lado quando ele nasceu. Porém, sabia que o motivo era simples. Por sua causa. Tudo por sua maldita causa. Porque era intolerante e imatura.
— Mas a imperatriz não pensa dessa forma. — As palavras simplesmente saíram de Leon.
Os lábios de Stephanie crisparam, e juntou as sobrancelhas.
Ela encarou a calmaria que cercava os olhos de Leon, provando que seu ponto de vista era sincero, não uma de suas provocações para lhe mostrar que ainda precisava dele.
— Não importa o que eu penso, apenas me diga a resposta, imperador.
Os olhos de Leon espreitaram-se diante do escape de assunto da imperatriz, contudo, apenas deu de ombros. Depois que toda a comoção morresse, ele teria muito tempo para discutir sobre Luigi.
— Luigi é forte. Ele ficará bem, mesmo que leve dias ou semanas. Como o corpo é pouco desenvolvido, então a perda de sangue e o susto devem ter agravado sua situação. Apesar disso, sobreviverá — Leon expôs, ganhando um suspiro de alívio de Stephanie. Leon arregalou os olhos, atônito.
Ela confiava nele, nas suas palavras. Aquilo era um acontecimento raro. Seu coração deu algumas cambalhotas dentro da caixa de ossos, e ele empertigou, como se houvesse vivido para chegar ao ponto de conquistar um sinal de confiança de Stephanie.
Leon entreabriu os lábios, pronto para falar algo, porém, antes que isso fosse possível, Stephanie deu as costas, furtando uma cadeira espalhada na casa, juntando-se à roda. Antes de iniciar, ela girou a cabeça na direção do marido, chamando com a mão.
Ele acatou suas ordens, ficando ao seu lado, desconfortável por aparentar algo singular no meio daquelas pessoas. Eles estavam o encarando de forma distinta.
— Primeiro... — iniciou, sussurrando.
A fala de Stephanie foi cortada com a interferência do ranger repentino da porta. O som se propagou nos ouvidos do grupo, colocando todos em alerta, e virando a cabeça rapidamente na origem do som. Enquanto, o grupo pensava em quem poderia ser, Charlotte arrastou a cadeira, colocando-se de pé, atirando uma de suas pequenas facas. O objeto cravou ao lado da sombra, poucos centímetros de sua cabeça. Após o lançamento da rainha, os olhares voaram para si.
Charlotte semicerrou os olhos, mantendo sua visão na sombra que se moldou na frente dela, terminando de fechar a porta atrás de si, retornando para a escuridão que antes persistia. Sob a luz fraca de uma vela a rainha não conseguia distinguir corretamente qual era a forma da pessoa, apenas que parecia a silhueta de uma mulher.
O possível invasor deu um passo, e a rainha afundou sua mão no seu traje, buscando outra faca. Contudo, quando ela estava pronta para lançar, algo brilhante reluziu nas orbes de Stephanie. Ela procurou de onde vinha, e sua atenção pousou no broche da capa, revelando um símbolo com a letra H e uma coruja em meio a um voo.
Ela sabia quem carregava aquele brasão com tanto orgulho.
— Espere, Charlotte — Stephanie pediu, e ela abaixou o braço de imediato. — Eu acredito que sei quem é o nosso convidado — sorriu com dentes, o que raramente acontecia. — A que devo a presença de um Hanover?
A pessoa até então desconhecida, fez um movimento sutil com o braço, removendo o capuz que escondia sua identidade. Quando ele pousou em suas costas, os que estavam presentes arregalaram os olhos, menos Stephanie que estava ciente. Os outros, no entanto, acreditavam que seria outra figura que se mostraria.
— Pensei que seria útil nessa batalha. — Sua comissura se ergueu em um sorriso desafiador.
— Senhorita Hanover, seu pai tem consciência disso? — O duque Wallmart intrometeu-se na conversa silenciosa entre a imperatriz, desmanchando o sorriso da loira.
— E seu progenitor sabe que tem negócios com a parte esquecida de Alveberia, senhor? — retrucou, revirando os olhos, arrancando todos os próximos argumentos do homem. Charlotte e Anekise, que até então não haviam se manifestado, riram fraco com a ousadia da garota, ao contrário de Naw que engoliu o riso. Enquanto Leon apenas abaixou a cabeça em continência enquanto ela o encarava. — Além disso, está me tratando assim apenas pelo fato de ser uma mulher, e...
Ela pegou uma cadeira, puxando-a com mais força que o necessário, estremecendo-a para que coubesse ao lado de Stephanie. Acomodou-se espalhando seu vestido vinho por todas as direções, prendendo seus olhos azuis cobalto na direção do duque, erguendo o queixo.
— Por sentir sua posição ameaçada, correto? — supôs, inclinando a cabeça, tentando puxar as palavras de Wallmart, porém, ele apenas limpou a garganta negando vagamente a ideia. Ela sorriu, ficando convencida por ter conseguido ao menos o deixar quieto. — Mas não se incomode com isso. Iremos trabalhar juntos.
Assim que o ponto final foi dado por Ully, Stephanie riu, encarando as feições da mulher.
Tão jovem, e ainda sim, tinha a capacidade de deixar seus superiores abaixo de seus pés.
— Ully, querida, não intimide os rapazes dessa forma. — A imperatriz lançou um sorriso confortável para a jovem, com outra das jóias de Hanover cintilando em seus olhos. — E deve reconhecer que a preocupação do duque é válida.
— Julguei que Vossa Majestade estaria do meu lado — Ully virou rapidamente para visualizar melhor o rosto de Stephanie. Os olhos da mulher ameaçaram perder o brilho.
— Não me entenda errado. Nunca disse que não era bem-vinda, apenas acredito que seu pai merece saber que a vida de sua preciosa filha corre perigo apesar de não estar nas linhas de frente — Stephanie apontou, recebendo um olhar pensativo da nobre. Porém, ela não permitiu que ela pensasse demais, prosseguindo no assunto. — Acredito que você deva aprender a se defender por enquanto. Apenas para assegurar sua segurança.
— Quem serão meus tutores?
Seu olhar percorreu a mesa, erguendo uma das sobrancelhas, observando duas mãos levantadas. Ambas de mulheres fortes do império. Anekise Wolf e Vossa Alteza Charlotte, que se entreolharam, cada um erguendo os cantos dos lábios em um sorriso venenoso. Compartilhando um espaço entre as duas mulheres, Wallmart sentiu um arrepio correr na sua espinha.
Leon fez contato visual com as duas mulheres, sorrindo ladino.
— Sempre dispostas a terem discípulas — disse, ganhando um encolher de ombros de Charlotte. — Irá ensinar a ela como assassinar homens?
— Não. Isso toda mulher nobre de Alveberia consegue fazer — Charlotte retrucou, direcionando seu olhar para Ully. A nobre consertou sua postura, ciente do olhar perigoso da rainha. Ela tinha ouvido falar de sua capacidade de derrotar os melhores homens. — Eu ensinarei a ela a se manter segura. Ter autoconfiança, foco, e estrutura suficiente para derrotar qualquer obstáculo. São qualidades melhores do que ser uma assassina, imperador.
A senhorita Hanover abriu um sorriso com os dentes, mas logo o escondeu, levando sua mão aos seus fios, aparentando os arrumar. Em seguida, com sua garganta formigando, ela pigarreou, ajeitando suas luvas. Não poderia esquecer de se comportar como uma dama, apesar de estar longe da roda dos nobres.
Contudo, a atmosfera quente e gentil somente abraçava Ully. Entre Leon e a rainha, um prelúdio de uma possível guerra entre eles cresceu, e os sintomas sendo percebidos por Stephanie, ela rapidamente tocou a palma de sua mão um pouco abaixo do peito de Leon, o impedindo de continuar com aquilo.
— Parem — pediu, trocando o olhar entre os dois. — O que eu menos preciso é de uma divisão entre nós. Além disso, preciso decidir onde cada um irá se posicionar antes que o sol desapareça do horizonte. Estamos de acordo? — Eles assentiram, tomando uma expressão mais séria. — E obrigada Condessa e Vossa Alteza por garantir a segurança da senhorita Hanover.
Elas fizeram uma breve reverência, e Stephanie retirou sua mão de Leon.
— Primeiro, eu irei me separar do grupo. Não estará permitido ninguém ao meu lado. Será uma missão somente minha — ressaltou, e ouviu um suspiro baixo vindo de seu marido. — O segundo grupo será as forças secretas, que melhor atuam nas sombras, Naw Roux e sua coruja Dher, Anekise Wolf e seu lobo, Mond. Recordam quais são suas funções?
Naw e Anekise assentiram firmes, decididas com os próximos movimentos.
— Terceiro grupo serão aqueles que defenderão as linhas de frente e a retaguarda quando a guerra estourar os dois lados. Haverá um sinal. O rei gosta de joguinhos antes de esmagar seus inimigos. E acredito que esteja perto depois de machucar meu filho — tamborilou os dedos na superfície gasta da mesa, compondo as imagens do mapa de Eisen. Ela respirou fundo, agradecendo a presença de Ully. Ela seria útil para o terceiro grupo. — Os componentes serão o imperador, Duque Wallmart Yaneth e Ully Hanover, auxiliando na locomoção quando as tropas chegarem a Eisen — decidiu, virando para Ully —, está preparada? Trouxe seus mapas e suas ferramentas?
O sorriso de Hanover se alargou, gesticulando com o pulso.
— Estou sempre pronta para servir o império, Vossa Majestade.
Stephanie aceitou as palavras de Ully, levantando-se com pressa. Os outros membros imitaram seu movimento, e em seguida, sacaram suas espadas, as abaixando, aproximando o metal frio de suas barrigas. O metal reluziu, formando uma faixa de luz na mesa. Ully foi a única sem uma espada, porém, se manteve na posição.
— Esse é um juramento de sangue entre companheiros. Entre irmãos de batalha. As palavras que entraram, não devem sair. Sob quaisquer circunstâncias elas devem permanecer seladas. Aquele que quebrar as leis desse grupo, deverá pagar com a morte — Stephanie recitou, olhando seriamente para cada um. — E aquele que se manter fiel, receberá uma benção. Esse é nosso dever com o império. Retornem inteiros e respirando.
Assim que as palavras terminaram, guardaram suas espadas, e retiram-se da cabana na ordem dos grupos. As primeiras a atravessarem a porta foi Naw Roux, sendo recebida por sua fiel companheira de batalha, Dher; e Anekise Wolf, chamando Mond, que formou-se das sombras da cabana, se colocando rapidamente ao lado de sua dona. A mulher acariciou o pêlo do animal, ouvindo-o ronronar.
Atrás delas, os próximos a abandonar a cabana foram Wallmart e Ully Hanover, que retornou com seu capuz, escondendo sua identidade. O único que faltava era Leon, que fincou os pés ao lado de Stephanie, esperando qualquer ruído de sua parte. Uma oportunidade para retrucar sobre sua decisão de fazer tudo sozinha, sem considerar alguém ao seu lado.
E qual era sua missão? O que a mulher estava planejando?
Stephanie não iria dar satisfação a Leon. Ela conseguia ler suas expressões mesmo que não estivesse o olhando diretamente. A imperatriz somente levantou-se, lavando qualquer indício de manifestação de sentimento. Soterrando todas as chances que o imperador possuía para lhe questionar.
— Melhor você se juntar aos demais. Preciso seguir sozinha a partir daqui — disse, simplesmente, ignorando os punhos cerrados do marido. — Imperador, todos os passos que eu faço são necessários. Nenhum deles será em vão. E se perigos surgirem, eu sei como me desfazer deles.
Delimitou, dando o primeiro, acreditando que ele não a soltaria com facilidade. Ele a agarraria até o último segundo, e mesmo que ela tentasse borrar suas atitudes tolas, sobraria resquícios dele na sua pele. E no fundo da sua consciência, ela decidiu que teria que vencer a batalha sozinha, impedindo de ter distrações no meio do caminho, fazendo-a falhar.
Ela saiu. Contudo, ficou esperando Leon se retirar da casa antes de sair. Stephanie não estava com disposição para revelar seu paradeiro com tanta facilidade. Então, depois de dar alguns minutos para si, ele se retirou da casa, em sua égua, juntando-se aos demais. A luz alaranjada caiu na metade de seu rosto, enquanto ele pendurava o seu olhar com o de Stephanie.
— Não me olhe como se estivesse perdido — Stephanie riu fraco, na tentativa de amenizar o clima tenso entre eles — Continua sendo minha besta. Sei que retornarei. Como das últimas vezes.
Os lábios de Leon se moveram, mas eles não formam nada, pois atrás de si Wallmart o chamou para partir o quanto antes. O tempo era precioso, por mais que passasse a maior parte de seus dias o desperdiçando. E dessa forma, restou a persistência das palavras em sua mente, enquanto dava às costas a Stephanie.
E se eu ficar tempo demais esperando?
A pergunta iria assombrar as noites de Leon até que o momento de seu reencontro acontecesse.
Finalmente sozinha, Stephanie alongou seus braços, com seu ombro direito protestando diante do esforço. Ela grunhiu, e assim como Ully, subiu seu capuz, subindo em Max, gritando um comando para o animal correr. Ele atendeu, e ela sentiu o vento açoitando suas vestes, enquanto o céu escurecia, e avançava pela a floresta negra, cruzando os limites permitidos por seu território.
Mas eram apenas fatos. Acordos que poderiam ser esquecidos com facilidade.
Ela provaria a todos novamente quem era Stephanie Bellucci.
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