°•ORDEM IX•°

 714/11/09, império de Alveberia, palácio Dunkel

"Uma batida errática. Um toque é o bastante para despertar partes obscuras."

Outra vez, em dois dias, que Leon sobressaltou com o barulho de suas portas sendo arrastadas de forma espalhafatosa. Stephanie estava tentando retroceder em suas palavras. Porém, ele a estava evitando para impedir que mais discussões começassem devido a necessidade de controle de ambos.

A mulher entrou, soltando de imediato o tecido de seda verde-claro, com detalhes de ouro no corpete. Na trança caída sobre seu ombro direito, tinha pequenas borboletas de metal da mesma cor que o vestido, se destacando em seus fios. Seus saltos de cristais enfeitavam tanto seus pés quanto o chão, anunciando sua chegada sempre quando andava.

Leon observou os detalhes da sua esposa de cima para baixo, ainda segurando a pena sobre o papel. Conforme a mancha circular se formava no papel, a atenção do imperador aumentava na figura parada à sua frente. Após alguns minutos de apreciação, um pensamento de que ela em breve teria alguma reunião com algum dos nobres da região cruzou e ele soltou um longo suspiro.

Talvez estivesse distante o dia que ela se arrumasse para o encontrar. Ela sempre usava as roupas mais simples para o encontrar.

— Não suspire dessa forma — Stephanie o advertiu dura. Aproximou-se de sua mesa, parando poucos centímetros, e Leon ergueu a visão, desinteressado. Ele sabia o que ela iria pedir. — Eu não estaria aqui se você me ouvisse, e pensasse melhor sobre o futuro do ducado de Casteyer.

— O ducado estará bem — começou, ajeitando os papéis, com pressa —, além de ter a garantia de que você irá permanecer ao meu lado até a criança nascer. Não precisa pressa. Não morrerei até lá.

Pequenos estalos ressoaram no ambiente quando ele deu pequenas batidas para alinhar o papel.

Stephanie semicerrou o olhar, entreabrindo os lábios, para retrucar suas palavras presunçosas. Porém, a oportunidade que ela tinha para fazer isso, fechou quando Leon voltou a fazer contato visual.

— Claro, se você não me matar hoje — Leon concluiu sua fala.

— Não sou estúpida a este ponto — Stephanie defendeu-se com um meio sorriso. — No entanto, podemos, como seres corteses, conversar hoje à noite?

O convite de Stephanie era divertido para Leon. Ela realmente queria o abandoná-lo. Eles voltariam com a relação branda de antes — em algumas análises de consciência de Leon, pior — e ela voltaria para seus desfiles de manipulação. Em sua frieza, tudo estaria de acordo com que ela sempre sonhou. Uma corte sem o duque de Casteyer.

Um riso fraco inconsequente evaporou dos lábios de Leon. Encostou-se na cadeira, lendo alguns documentos. Ainda criando suposições sobre o tópico da conversa futura deles, que ele ainda não havia respondido, de propósito. Para segurar a visão de Stephanie por segundos a mais.

Por sua sorte, Stephanie sentia-se bem naquela manhã. Ela acreditava que após uma conversa longa e calma com Leon, o faria encerrar a dívida que ela tinha com ele. Uma infeliz promessa do passado que ela nunca imaginou que daria tanta dor de cabeça.

— Se estivermos falando no mesmo dialeto até lá, podemos sim conversar, imperatriz — Leon respondeu, insinuando outra coisa nas entrelinhas.

Stephanie percebeu, porém, preferiu ignorar por ter uma conferência com os nobres locais. Usar mais tempo que o planejado não era de seu feitio. A mulher assentiu levemente com a cabeça, dando de costas. Sua mão apertou a maçaneta, e preste a gira-la, ela recordou-se de uma coisa importante.

Virou-se de meio corpo, encarando Leon por cima do ombro.

— No próximo baile, receberemos a presença da rainha de Dammerung — anunciou, e saiu.

O sorriso do imperador morreu ao saber dessa notícia. Nada de bom acontecia com ele quando a rainha de Dammerung estava por perto. Sem contar que ela sempre exigia ficar perto de Stephanie, mesmo quando o lugar é o que lhe pertence.

O pêndulo do relógio abaixava penosamente. Cada descida, um ruído, que atravessava os ouvidos de Luigi como uma tortura. O pequeno príncipe estava sentado numa de suas salas de estudo, sendo monitorado por olhos sagazes, tentando focar nas últimas questões de política, para poder se encontrar com sua mãe o mais rápido possível.

Outra parte de si desejava que seu pai também estivesse com eles. Porém, ela tinha receio de estar incomodando o homem. Nunca conseguiu manter uma conversa muito longa com seu pai.

Assim que terminou, levantou-se e entregou a atividade para seu tutor que tinha uma coxa sobre a outra, lendo um livro. O homem usava óculos, uma vestimenta adequada como nobre, e um cabelo que na opinião de Luigi era... peculiar — na realidade, era uma peruca preta com vários cachos, que davam a impressão de serem algodão. O estudioso agarrou as folhas, deixando seu livro de lado. Olhou cada questão minuciosamente, deixando Luigi ansioso.

De forma sucinta, os olhos de Luigi caçaram o relógio que estava posto na parede atrás de si, dando as costas para seu tutor. O homem leu que a criança estava com pressa, e como seus deveres estavam corretos, ele poderia se retirar. Pigarreou, assustando o garoto, e fazendo seu coração disparar.

Liderou-o, ganhando um sorriso de Luigi. O tutor não tinha o costume de usar seus músculos para sorrir, porém, ele usou alguns para devolver o gesto do garoto.

Atravessando o corredor com passos rápidos, Luigi acabou tombando com uma estrutura rígida. Antes de reagir quanto à sua atitude distraída, mãos grandes passaram por baixo de seus braços, erguendo-o. Era um sentimento familiar. O mesmo cuidado de alguns meses. Luigi encarou seu pai sabendo que era ele.

— Deveria ter mais cuidado ao correr assim — Leon não parecia estar o advertindo, então ele apenas deu-lhe um sorriso mais largo para o pai. Suas mãos tocaram o rosto de Leon, e se inclinou para juntar suas testas, havendo uma condução de calor entre eles.

O homem não sabia o que aquela atitude significava. Não o conhecia como sua mãe. Afastou-se por muito tempo, mal reconhecendo o quanto o carinho de seu filho confortava seu coração.

Ele fechou os olhos, subindo uma das mãos nas costas do menino, apreciando o gesto.

— Irei encontrar a mamãe agora, O senhor pode me acompanhar?

— Eu queria muito te acompanhar, mas eu tenho um encontro muito importante agora — Leon expôs triste, lamentando internamente por não ser possível acompanhar o pequeno. Stephanie não iria apreciar muito seu chá, entretanto, valeria a pena ouvir os relatos da criança.

Deu um beijo demorado na testa do garoto, e desceu, despedindo-se. Luigi deu-lhe a mão sem vontade, prosseguindo com seu caminho cabisbaixo. Como das outras vezes, seu pai era ocupado demais para dar atenção a uma criança.

O aroma das rosas rodopiou em suas narinas assim, que em passos vagarosos, chegou ao jardim. O ar que respirou saiu adocicado, e ao engolir a seco a saliva, o garoto se sentia menos ansioso. Seu olhar buscou sua mãe, que estava agachada num dos canteiros de rosas brancas, tocando em suas pétalas com delicadeza. A mulher parecia perdida em pensamentos, enquanto seu braço livre estava sobre a saia de seu vestido, que se espalhava ao seu redor.

Luigi guiou-se para mais perto, ouvindo um leve cantarolar de sua mãe. Uma cantoria antiga. Um aviso de que o país havia ganhado a guerra. Normalmente usado em festas de comemorações dos camponeses, entretanto, como Stephanie admirava a cultura e participava de muitas felicitações de seu povo quando eles a chamavam.

Um assobio de um pássaro conquistou a atenção de Stephanie. Ela ergueu o pescoço, movendo-o, tentando buscar onde estava o pássaro. Pela primeira vez, Luigi viu sua mãe distraída. Seus olhos cintilavam em fascínio.

— Mamãe — Luigi chamou-a, andando até seu lado. Amassando a grama debaixo de seus pés, incerto de interromper o horário dela. O rosto do garoto estava levemente rosado, entreabriu os lábios, quando a mãe virou-se e lançou-lhe um sorriso terno. — Na próxima semana posso trazer o papai?

Stephanie afagou a cabeça do filho com a mão que estava estava vendada por causa do ferimento. Luigi ergueu a cabeça, vislumbrando o sorriso de sua mãe, esperando uma resposta.

— À vontade — disse simplesmente. Com uma facilidade, que até em sua superfície era difícil de acreditar. Levantou-se, espalhando alguns resquícios de poeira de sua roupa. Pegou na mão do garoto, levando-o até o quiosque.

Luigi ainda permanecia preso às duas palavras que a sua mãe disse-lhe. Sua reação demorou para transparecer, porém, assim que ele absorveu as sílabas de sua mão, comemorou internamente.

Eles se sentaram, com o vapor do chá pairando sobre a xícara, sendo convidativo para seus paladares. Os doces possuíam formas variadas, agradando Luigi. Todas as vezes que Stephanie e Luigi se juntavam para apreciar o fim da tarde, era tranquilo — o garoto gostava de admirar o quanto sua mãe parecia calma em sua presença e mortalmente quieta na presença de seu pai. Porém, naquele instante, ela parecia somente submergida em seus pensamentos, afastando qualquer interferência.

Apenas quando se deu conta, que ela começou a fazer perguntas ao garoto sobre lições e seu dia. Luigi respondeu todas entusiasmado, não deixando escapar nenhum detalhe na rapidez de sua língua. Stephanie fazia-lhe uma pergunta, e ele respondia três — um aspecto que a imperatriz deu-se conta de que era de Leon. Era o único que conseguia prever quais seus próximos passos. Nem sempre com o mesmo exímio, mas acontecia — e agora seu filho.

Era hilário. Ela riu disso, inclinando um pouco a cabeça.

As velas do quarto de Luigi tremulavam, quando o vento bateu com força contra as vidraças. Um cheiro característico de poeira subiu no ar, incomodando o nariz de Stephanie por alguns segundos. A mulher estava sentada na beirada da cama, retirando a franja do garoto de seus olhos, enquanto ele dormia depois de conversar muito com ela. Inclinou-se para um beijo, como um gesto terno e uma declaração de que ela sempre estaria ali para protegê-lo.

Stephanie levantou-se, e seguindo seu caminho até a porta ela sentiu uma presença. Ela virou o pescoço, fitando o ambiente por cima do ombro. Admirando a escuridão por alguns segundos, ela percebeu um aspecto familiar para seus olhos. A respiração dele era quase nula, porém, ela poderia ouvir o compasso dela. O cheiro de sua loção alcançou-a, e ela retirou sua atenção antes que absorvesse mais detalhes desnecessários.

No entanto, ela podia sentir a tensão dele. A postura rígida de braços cruzados mesmo na escuridão.

Ela não se importava.

Torceu o lábio inferior para evitar de o machucar. Agarrou um punhado de pano entre seus dedos, para retirar a barra de seu vestido do chão, e preparar-se para retirar-se a qualquer momento do quarto.

Quem ela queria enganar com aquele não importa?

Ela sabia melhor do que ninguém que havia algo que a ligava a ele. Independente de qualquer coisa; mesmo que ela o mandasse para uma guerra. Duas. Três vezes. Não iria adiantar e o fantasma dele iria permanecer a assombrando. Escorregando sob sua superfície como se pertencesse a si. Assim que ela tentasse se lavar de alguma maneira, ele surgiria no dia seguinte.

Não há fim. Porém, teve começo e o meio apenas se alonga — como uma tortura. Ele torcia sua mente. Adentrava na sua mente com facilidade e a fazia fraquejar. Ela odiava se sentir uma tola no caminho, dependendo daquele que apenas queria zombar de sua existência pequena.

— Não utilize as passagens secretas do palácio para me vigiar. — Era uma advertência. Stephanie não mudaria o modo de falar, apenas por finalmente se dar conta de seu maior medo sempre em estar em sua presença.

Passou-se horas desde o último encontro deles, no entanto, imaginar o que ele poderia fazer se ela permitisse sua permissão, fazia um calafrio subir pela sua espinha. As gotas de suor acumularam nas suas costas, por conta do vestido. Seu corpo tencionou quando um passo surdo de Leon foi captado por seus ouvidos.

"Uma boneca quebrada deve permanecer quieta, esperando as ordens de seu mestre. Pela eternidade."

O coração no seguinte instante, delatou sua ansiedade. Fechou os olhos, tentando se acalmar e esperando que ele não ouvisse. Seria como jogar tinta preta em seu orgulho. Não era frágil a este ponto, porém, perguntavam de onde ela tirava a voz áspera de sua mente. Um ditador que sempre queria delimitar seus passos e que agora interferia em suas conclusões.

— Acreditei que era uma boa ideia vir lhe buscar para nossa conversa — confessou seu marido em tom baixo, quase mortal. Era seu grave diário, contudo, ele estava tendo uma ressonância diferente no corpo e alma de Stephanie.

Leon deu quatro passos à frente, parando a uma braça do corpo de Stephanie.

— Permita-se voltar comigo. — Ele estendeu a mão, lentamente. Recluso quanto a reação da esposa. Não desejava piorar o relacionamento mais do que havia feito. Queria segurar a corda antes que ela cedesse.

Stephanie virou-se com um movimento quase brusco, riscando o chão com seu sapato. Um ruído desconfortável pairou sobre o local. O vento abafou o som antes que ele se aprofundasse nos ouvidos de Luigi e o acordasse. A imperatriz encarou o brilho distinto do olhar de seu marido. Os adornos dourados de sua roupa se destacavam na luz prateada da luz.

Retraiu sua expressão assustada assim como as próprias vozes em sua cabeça, e tocou nas pontas dos dedos de seu marido, com a expressão séria. Deslizou os dedos para o fundo da extensão da mão de Leon, apertando seus dedos, segurando-os firmes. Expondo que ela estava pronta para ser guiada por ele.

Stephanie tinha suas dúvidas do porquê dele estar sendo tão gentil ou paciente com seu comportamento inadequado.

Ou ele sempre foi dessa maneira, mas ela seguia o empurrando com força para uma parte mais sombria de si? Exercendo os limites que eles tinham inicialmente e tornando o caos que era a sua relação?

A imperatriz não queria as respostas daquelas perguntas. No fundo, quando acusava Leon de ser um covarde ao recuar sempre que seu avô, ela também era uma. Estava sendo uma. O tempo todo.

O homem fitou o filho com cuidado antes de dar de costas, agarrando a mão de Stephanie, a deixando caminhar atrás de si. Guiou-a pela porta da passagem. Atravessando a abertura e fechando-a, de imediato, Stephanie sentiu o ar abafado do fulgor das velas, que batia em sua roupa. O caminho foi calmo. O local tinha eco o bastante para garantir que ninguém além deles estavam presentes no local, deixando o trajeto mais confortável para Stephanie.

Admirando as costas de Leon, a mulher não tinha consciência de que eles já haviam atravessado o caminho secreto. Seu marido mudou suas posições livres do pequeno espaço, a puxando para frente. A imperatriz moveu os pés, buscando um melhor equilíbrio. Ele ainda conseguia sentir o calor das mãos de Leon ainda que ele tivesse soltado-a. Esfregou as pontas dos dedos uma com as outras, observando o homem terminar de fechar a passagem secreta.

Leon caminhou até Stephanie, sorrindo. A mulher não retribuiu por acreditar ser desnecessário, e somente caminhou até a cama, acomodando-se. Seu marido sentou-se ao seu lado, colocando os punhos fechados sobre as coxas, tenso.

— Eu queria conversar sobre o herdeiro de Casteyer... — Stephanie iniciou, porém, Leon suspirou alto. Saindo quase uma reclamação. Seu cérebro estava farto daquele assunto.

— Shh... — Leon pediu, inclinando-se de forma astuta. Surpreendida com a aproximação repentina, Stephanie tombou com a cabeça no travesseiro. Ele posicionou cada um dos braços ao lado da cabeça de Stephanie, prendendo-a sob seu olhar. — Podemos esquecer isso? Assim como nos últimos seis anos?

— Como é que... — Stephanie juntou as sobrancelhas, indignada com as palavras do homem. Primeiro ele a ameaça com isso, depois é para simplesmente esquecer?

Era loucura.

Leon afastou por alguns segundos, ganhando tempo para a mulher apoiar o braço atrás dela, erguendo o tronco. Vendo seu marido se sentar na cama, e a chamando para ficar entre suas pernas. A atitude parecia ser sem qualquer segunda intenção, porém, ela não sabia que ele estava pensando. Quase toda a atitude de Leon era inédita aos olhos de Stephanie. Deveria ser por essa razão que ele sempre chama a atenção de seus olhos.

Guiada por uma curiosidade infantil, Stephanie engatinhou até seu marido. Sem cortar o contato visual, eles pareciam estar vulneráveis e completamente em sintonia. Assim, que ela encostou as costas no peito de Leon, suspirou cansada e suas pálpebras começaram a ficar pesadas.

Leon guardou sua surpresa para si, decidindo apenas mover seus dedos para a trança de Stephanie. Quando o primeiro enfeite foi retirado por ele, o corpo de Stephanie — que antes parecia flácido em seu encaixe — ficou rígido.

— O que irá fazer? — perguntou sonolenta. Seus dedos foram ao encontro de seus olhos, tentando mantê-los despertados.

— Cuidar de você — respondeu, ainda retirando as pequenas peças dos fios da mulher. — Pode confiar em mim. Da mesma forma que você confia no campo de batalha. De olhos fechados. — A última parte saiu involuntária e mais baixa. Com um hipnotizo das águas do mar.

Stephanie riu anasalada com a revelação, ficando mais confortável outra vez.

— Eu realmente não estou acostumada com esse seu tom brando. — Ela confessou, enquanto sentia lentamente seus fios se soltando conforme os dedos de seu marido desmanchava a obra de arte que Rael havia sido nos seus fios.

O imperador deveria sentir-se ofendido com as palavras de Stephanie, porém, ele estava concentrado em como por mais que perfeito era o penteado, eles sempre se desmancham muito rápido. Eram para durar mais. Dessa forma, suas mãos estariam por mais alguns segundos em Stephanie.

— Há cartas que não podem ser jogadas — comentou solto, sem que aquilo refletisse com nada do que estava acontecendo. Ou talvez estava. Em como era importante estudar Stephanie para não afastá-la.

— Assim como há peões que não devem ser sacrificados em vão — Stephanie retrucou, erguendo a mão na altura de sua visão, observando a luz que se infiltrou no quarto dividir-se. — É dessa forma que você planeja convencer os nobres e me derrubar?

— Nunca pensei em fazer isso. Quantas vezes tem que ser necessário repetir para você acreditar em mim?

Eles ainda estavam conversando sussurrando. Stephanie afundou mais confortável entre as pernas de Leon, deixando-o tenso dessa vez. Ele não esperava que ela ficasse como um gato tão próximo dele. De qualquer forma, era tranquilizante vê-la à vontade.

— Fale quem eu sou. Á quem você pertence e serve. Isso será suficiente para mim.

Era um pedido simples para Leon. Ele sempre teve consciência a quem pertencia. Ele servia o império e o império era Stephanie. Sem ela tudo iria ruir. Esse era o sistema de soberania.

— Você é Stephanie Bellucci de Le Alveberia, a imperatriz. Minha esposa e minha dona.

— Mais uma vez.

Ouvir aquelas palavras de Leon era surrealmente delicioso. O corpo de Stephanie vibrou e seu cérebro despertou um pouco do sono com elas. Com mais liberdade, ela encostou a cabeça no peito do marido, com seus fios fazendo cócegas no pescoço de Leon.

— Você é Stephanie Bellucci de Le Alveberia. Minha esposa e minha dona. — O silêncio alcançou o recinto depois disso. Leon, sem aviso, tocou no ombro de Stephanie e deslizando a palma para sua extensão, ele distribuiu um beijo no local. — Para sempre. Então, não quebre de uma vez o feitiço. Fique comigo.

— Eu estava mentindo. Daquela vez — Stephanie sentia que poderia ter Leon como seu confidente somente por uma noite. Normalmente, Rael era a única em que ela confiava inteiramente. — O templo nunca iria permitir uma separação. Nossa relação foi consagrada por Deus, e assim permanecerá até mesmo depois da morte.

Ela piscou algumas vezes, sentindo-se leve mesmo que ainda estivesse com o espartilho. O sono lhe atingiu, e todos seus sentidos enfraqueceram com a perda temporária de consciência. Leon observou ela segurar sua mão posta em seu braço de forma involuntária e um sorriso formou-se.

— Não deveria ter contado isso para mim...

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