Hoje é um dia que estou em espírito de oração, para que corra tudo bem! Convidei meu irmão para passar o dia comigo aqui na cidade, ele aceitou e agora estou a sua espera sentada na cadeira da sorveteira.

Irmão: Mana, como é bom te ver!- veio em minha direção, me levantei e o abracei.

Eu: Que saudades meu irmão!

Nos sentamos e fizemos o pedido de dois sorvetes de casquinha, e logo após olhei em sua direção.

Eu: acredito que não imagina o motivo de ter te chamando aqui!

Irmão: estranhei um pouco, já que se aproxima seu casamento, pensei que estaria com muita coisa resolver e não teria tempo para mim.

Eu: eu sempre terei tempo para você, mas eu ter te chamado aqui tem haver com meu casamento.

Irmão: está precisando de ajuda? Em que posso ajudar?

Eu: eu agradeço por sempre está disposto a me ajudar, mas não é bem o que você imagina! Tem haver com a pessoa que vai entrar no casamento comigo.

Irmão: deixa eu adivinhar você quer que seja o nosso pai a fazer isso?

Eu: acredito que se você está se referindo a ele como pai é um ponto positivo, e sim é isso mesmo- a atendente chegou com nosso sorvete.

Irmão: tudo bem Livy, se a sua preocupação era eu ficar revoltado pode ficar tranquila, pensei muito depois da nossa última conversa, e conversei com a nossa mãe! Não tem como esquecer do dia para noite, mas gostaria de recomeçar.

Eu: Fico tão feliz em ouvir isso, algo tão maduro da sua parte! Meu irmãozinho já é um homem feito.

Irmão: a muito tempo só você que não reparou- riu.

Eu: então não tem problema eu ter convidado ele para vim até aqui para fazer a proposta?

Irmão: não, mas já que chamou ele até aqui acho melhor você fazer o convite a sós com ele, após isso eu apareço.

Eu: se você acha isso, tudo bem.

Meu irmão se levantou e sentou um pouco distante, mas daria para ouvir e nos ver, sem que meu pais percebesse. Não demorou muito para ele chegar!

Eu: benção pai.

Pai: Deus te abençoe minha filha, ainda fico emocionado ao te ouvir me chamar de pai!- dei um abraço nele e não sentamos.

Perguntei como estavam as coisas e atualizamos um ao outro sobre as novidades antes que eu fizesse o convite.

Eu: Pai, como o senhor já sabe eu irei me casar! E me sentiria muito feliz se o senhor entrasse comigo na igreja.

Pai: filha, eu eu, me sinto muito honrado; mas não posso aceitar.

Eu: porque diz isso?

Pai: não quero causar nenhum transtorno desnecessário! Ou incômodo para seu irmão ou sua mãe- ele abaixou o olhar triste, e foi nesse momento que meu irmão apareceu na nossa frente.

Irmão: não precisa se preocupar com isso, não me sentirei incomodado e tenho certeza que minha mãe também não! Se não pode aceitar por esse motivo, já pode descartar isso.

Pai: eu achei que tivesse com raiva de mim.

Irmão: e estive por um bom tempo, mas como disse a minha irmã, não tem como esquecer do dia para noite, mas quero recomeçar, se o senhor assim desejar.

Pai: é o que eu mais quero meu filho, posso te dá um abraço?

Irmão: claro pai- eles se abraçaram, percebi que meu irmão teve um pouco de dificuldade em chamar de pai, mas que estava se esforçando para melhorar a relação deles.

Eu: então posso tomar toda essa conversa como um sim para o meu convite pai?

Pai: é claro que sim filha, me sinto muito horando- ele enxugava as lágrimas do rosto da emoção que sentiu, e os três nos abraçamos! Amo abraços, tenho certeza que uma das minhas linguagens de amor é o toque físico.

Eu: o que acham de um tempo de qualidade?

Irmão: o que tem em mente ?

Eu: uma ida na praia!- falei sorrindo e eles concordaram.

Na praia.... 

Chegarmos na praia e já era possível sentir a energia diferente, fomos até o seu Juca.

Eu: Olá seu Juca!

Seu Juca: Livy querida, é sempre bom vê-la.

Eu: digo o mesmo, o senhor tinha como nos ver três água de coco por favor.

Seu Juca: Claro, para você é por conta da casa.

Eu: nada disso, é seu trabalho!

Pai: não se preocupem com isso, será por minha conta.

Eu: esqueci de apresentar, esses são meu irmão e meu pai, e esse é o seu Juca.

Seu Juca: o senhor tem sorte da filha que tem, ela é um anjo.

Pai: tenho certeza disso.

Irmão: e eu tenho sorte da irmã que tenho.

Eu: vocês vão me fazer chorar isso sim.

Pegarmos nossas água de coco e fomos para mais perto da água da praia! Dermos alguns goles e apostamos quem entraria primeiro na água.

E de repente estava nós três correndo para dentro da água, jogando água um no outro e rindo muitooo. Passamos um bom tempo na água, e depois sairmos da água e sentamos na areia admirando a vista, e esperando o pôr do sol.

Eu: agradeço a vocês por esse momento incrível.

Pai: eu que agradeço por vocês terem me dado outra chance!

Ele mal terminou de falar e ouvirmos o Ben chamar pelo nosso pai.

Ben: Pai, já estava preocupado! Não tive noticias suas.

Pai: me desculpe filho, acabei esquecendo de avisar que vinha para praia após a sorveteria.

Ben: tudo bem pai, entendo! Pelo visto conseguiram se entender e fico feliz por isso.

Eu: e meu abraço? Falei fazendo biquinho- já sentia ele como um irmão para mim.

Ben: só se for agora, como é bom te vê de novo- ele me abraçou.

Eu: e esse é meu irmão, já havia falado dele para você.

Ben: claro, e aí cara! Tudo tranquilo?

Irmão: tudo e com você?

Ben: bem também! Espero que possamos nos dá bem.

Irmão: espero a mesma coisa, só ouvir coisas boas ao seu respeito.

O Ben se sentou junto a nós na areia da praia, e continuamos a conversar e admirando ao pôr do sol. Senti uma paz em ver todos em harmonia.

"Obrigada meu Deus, por proporcionar momentos como esse! Sempre muito mais do que mereço, mas sempre o que necessito."

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