11| Ás de espada - Parte 1
TEVE DE ESPERAR mais uma semana até conseguir que lhe dessem alta, e assim que recebeu a notícia, mal pôde esperar para pôr os pés para fora daquele lugar. Sentia que se passasse mais um dia ali, enlouqueceria verdadeiramente.
Ainda estando sob custódia dos federais, as responsáveis por buscá-lo e assinar alguns documentos foram Melina e Max. Terminava de arrumar as roupas que haviam levado para ele, quando Melina adentrou o quarto, parando sob o batente da porta, mas sem conseguir esconder o sorriso que começava a se formar em seus lábios.
— Então. Finalmente livre, não é mesmo? – Disse ela, chamando a atenção dele.
— Me sinto como se estivesse saindo da prisão novamente.
Melina deixou uma risada escapar, mas tomou um novo assunto, anunciando:
— Max está terminando de assinar os papéis, daqui iremos para o galpão e terá mais alguns dias para descansar antes de voltar.
Se voltando na direção de Melina, Dorian deixou suas coisas de lado e se aproximou vagarosamente, a encarando nos olhos.
— Muito obrigado. Por tudo o que fizeram por mim.
— Ah, não é nada. Você ainda nos deve algumas investigações antes de se libertar.
Um riso curto, porém, divertido ecoou na garganta de Dorian antes que ele tornasse o semblante mais sério e se aproximasse mais, tomando a mão de Melina na sua.
— Será um prazer. – Ainda observando cada traço do rosto dela, continuou – Me perdoe.
— Pelo quê?
— Por ser um idiota, por dizer aquelas coisas horríveis.
— Olha, você estava de cabeça cheia, imaginava que você não estaria pensando direito...
— Ainda assim, fui um imbecil. Preciso que me perdoe.
Melina notou como os olhos de Dorian continuavam fixos nela, a encarando em expectativa e transparecendo sua ansiedade e culpa. Não precisou de mais do que aquilo para diminuir ainda mais a distância entre eles e pousar a mão em seu rosto, enquanto respondia.
— Está perdoado.
Dorian nada mais respondeu, continuou estático e daquela vez desceu o olhar para os lábios de Melina, umedecendo os próprios lábios e tentando controlar a respiração que começava a se acelerar quando notou o ínfimo espaço entre eles.
Inclinando a cabeça para o lado, ele ainda a observava, tentando encontrar qualquer sinal para que pudesse avançar, e apesar das pupilas dilatadas dela, tinha certo receio.
Quando ela piscou, parecendo recobrar a consciência, começou a se afastar, mas não soltou a mão dele, apenas desviou o olhar e disse, tentando sair e arrastá-lo consigo:
— Vamos, Max deve estar nos esperando.
Não colocou os pés para fora, no entanto, foi puxada de volta por Dorian, que colocou seu corpo ao dela e rapidamente tomou seus lábios dos seus, levando uma mão para sua cintura, enquanto a outra subia para sua nuca.
Ela não rejeitou o beijo, pelo contrário, retribuiu e avançou ainda mais, se agarrando à camiseta que ele usava e deixando que ele a empurrasse para trás, até se encostar na parede.
Dorian se desprendeu dela por alguns segundos, apenas para retomar a respiração e observar os traços dela.
— Estava querendo fazer isso há muito tempo. – Resmungou ele, com voz baixa.
Melina sequer teve tempo de responder, teve os lábios tomados novamente, e sabendo como a boca de Dorian parecia ávida e exigente, aprofundou o beijo, afundando os dedos nos cabelos densos dele, se surpreendendo com a maciez dos fios. Já não pensava direito e, na verdade, não queria pensar, apenas se entregar. Mal notou quando sua perna subiu pela de Dorian, parecendo convidativa. Ele não precisou de outro sinal, abaixou as mãos até a parte posterior da coxa de Melina e puxou, a levantando do chão e fazendo-a enroscar as pernas em sua cintura, enquanto ainda a pressionava contra a parede, a segurando com o próprio corpo.
Max escolheu aquele momento para aparecer, porém, com o mesmo passo que adentrou o quarto, voltou ao ver os dois. Afastou-se rapidamente, pisando na ponta dos pés para não os interromper, mas não chegou a ir muito longo, a voz de Dorian, soou de dentro do quarto a chamando.
— Max!
Estacou no lugar por alguns segundos, antes de voltar e adentrar o quarto como se não tivesse presenciado nada.
Encarou os dois, sem dizer uma palavra, apenas observando como estavam descabelados e com os lábios inchados. Dorian não fazia a menor questão de esconder, enquanto Melina mantinha a cabeça baixa, escondendo as bochechas coradas, e ajeitando a roupa e o cabelo.
Max poderia até aproveitar aquele momento para fazer alguma piada, mas não queria constranger mais a amiga. Então apenas abriu um sorriso e se voltou para Dorian.
— Está pronto?
— Estou.
— Então vamos, já assinei os documentos para sua saída.
Ele apenas concordou e pegou a bolsa que estava em cima da mesa, caminhando para fora do quarto, segurando a mão de Melina, e tendo a maior sensação de liberdade que poderia experimentar.
Nunca agradeceu tanto por passear por aqueles corredores, sabendo que estaria indo em direção à liberdade.
Não contente em apenas segurar a mão de Melina, Dorian a trouxe para mais perto, assim que saíram do hospital, e passou o braço por seu ombro, enquanto ela o abraçava pela cintura e caminhavam pela calçada, atrás de Max, até o carro.
Dando uma breve olhada para trás, Max estacou no lugar e se voltou para os dois, bradando:
— Aproveitem mesmo para se agarrar onde ninguém pode vê-los e enquanto estou aqui para assegurá-los disso.
Erguendo as sobrancelhas, surpreso, Dorian inclinou a cabeça para o lado, constatando.
— Acho que a Max está um pouquinho nervosa.
— Ela com certeza está. – Provocou Melina.
— Eu não estou nervosa, tá legal? Eu estou ótima, quem não vai estar vai ser vocês dois se forem pegos.
Eles pararam de caminhar, assim que Max se voltou para eles. Não poderiam dizer que ela estava irritada, sua expressão estava mais para receosa. Ainda assim, Dorian soltou Melina e ergueu as mãos como se estivesse se rendendo.
— Está bem, eu não fico perto dela, se é assim que quer.
— Essa é a questão, Dorian, eu não quero que vocês se separem, eu só peço que tenham um pouco de cuidado. – Respondeu ela, deixando um suspiro escapar e tornando a voz mais branda – Olha, vocês dois tem todo meu apoio, mas por favor, se policiem para que ninguém os veja, se forem pegos terão que mentir e então até mesmo eu estarei comprometida. E terei que mentir por vocês dois sobre esse relacionamento.
Os continuaram parados, encarando Max, com suas sobrancelhas arqueadas como se estivessem de fato surpresos. Se encararam por alguns segundos e não puderam segurar a gargalhada. A primeira a reagir, foi Melina, que retomou a caminhada e passou por Max, dando um leve tapinha em seus ombros, dizendo:
— E quem aqui falou sobre relacionamento?
— Você precisa relaxar um pouco, Max. – Completou Dorian, também passando por ela.
Maxine continuou ali, parada, estupefata com o cinismo daqueles dois. Levavam tudo na brincadeira, como se ninguém tivesse percebido que estavam atraídos um pelo outro. E ainda tinham a coragem de dizer que não tinham relacionamento algum. Se isso fosse verdade, Maxine queria criar um cifre no meio da testa e virar um unicórnio.
Eles estavam parecendo dois adolescentes, com seus corpos cheios de hormônios e nenhum juízo na cabeça.
Suspirando derrotada, Max não teve outra alternativa senão seguir atrás deles, resmungando consigo mesma.
— Esses dois ainda vão me matar.
Dorian passou mais uma semana em casa, se recuperando. Não que visse necessidade naquilo, mas Alex havia dito que era protocolo da agência. De todo modo, ele não iria reclamar por ter uma semana inteira livre, mas agradeceu quando finalmente pôde colocar os pés de volta na agência e encontrar todos o esperando em expectativa. Nunca imaginou que pudesse se sentir tão bem em meio a tantos agentes federais.
Principalmente porque naquele momento estava reunido com Tales e Dante, na sala de descanso, fazendo truques com cartas e desafiando os agentes a encontrarem a rainha.
Embaralhando as três cartas sobre a mesa, de modo rápido, Dorian encarou Dante novamente, identificando a confusão nos olhos dele e vendo até mesmo uma ruga se formar entre as sobrancelhas. Aquele agente sempre fora muito transparente em suas feições, e talvez aquilo pudesse ser uma desvantagem para ele, mas Dorian só revelaria aquilo depois, por enquanto, se divertiria e usaria a seu favor.
— Preste bastante atenção, agente. – Disse – Sabe onde está a rainha?
Dante ainda permaneceu confuso, mas tendo que tomar uma decisão, apontou para a carta ao lado esquerdo. Era um dois de copas.
Enquanto ele xingava baixinho e Tales ria da expressão do amigo, Dorian embaralhava novamente e se voltava para o outro agente.
— Tales. Sabe onde ela está?
— Você não me engana, Delyon, eu acompanhei todo o movimento de suas mãos. Dessa vez eu acerto.
— Então vá em frente.
Cheio de confiança, Tales levou a mão à carta que estava no meio, mostrando um ás de espadas.
— Mas não é possível!
Foi a vez de Dante rir, enquanto Dorian embaralhava novamente, também sem esconder a felicidade por enganar os dois.
— Nunca foi tão fácil arrancar dinheiro de vocês.
Quando estava pronto para desafiá-los novamente, Maxine se aproximou e sem dizer uma palavra, apenas recolheu as cartas das mãos de Dorian, arrancando um olhar incomodado dele e dos dois agentes.
Se voltando para eles, ela apontou para Tales e Dante, dizendo:
— Vocês deviam me agradecer por salvar vocês de perderem mais dinheiro para o Dorian. É um truque, ele esconde uma carta por baixo da outra e nunca atira a que vocês pensam no lugar certo. É uma ilusão de ótica.
— Muito obrigado, Max. – Ralhou ele, um pouco irritado.
— Vamos logo, temos um caso para trabalhar. Depois você engana mais pessoas.
Se dando por vencido, seguiu atrás de Max, se virando brevemente para apontar para os dois agentes e dizer:
— Vocês dois me devem quarenta pratas cada um.
Não esperou por resposta, o olhar contrariado dos dois havia lhe dito tudo.
Quando chegaram ao escritório, avistou Melina já trabalhando em seu computador, levantando os olhos brevemente para encará-los, enquanto Maxine tomava a frente e se acomodava entre os dois, dizendo:
— Temos um caso um pouco mais delicado dessa vez. Alexander Martin, secretário do senador Morgan, está sob suspeita de desvio e lavagem de dinheiro. Temos que investigá-lo, mas tomando todo o cuidado possível, Alex já nos alertou que estamos pisando em ovos. Qualquer passo em falso com ele e teremos arruinado tudo.
— Principalmente porque o senador também pode estar envolvido, não é? – Sugeriu Dorian.
— Ainda tem dúvidas?
— Não me surpreenderia nem um pouco.
Se virando em sua cadeira, Melina resolveu se intrometer:
— A questão é que não podemos acusar ninguém, principalmente um senador. Isso arruinaria nossas carreiras.
— É por isso que devemos tomar cuidado com Martin também. – Explicou Max – Não é porque ele é apenas um secretário que não tenha nenhum tipo de poder. Essas pessoas têm contatos em todos os lugares, em um estalar de dedos eles acabam conosco.
Dorian nem mesmo tinha começado aquele caso e já sentia que seria longo e exaustivo. Lidar com políticos nunca foi seu forte, principalmente porque ele achava todos tolos, mesquinhos e corruptos. E o pior de tudo, eram praticamente intocáveis. Ainda assim, tinha que admitir que era muito inteligentes, raramente algum era pego em seu crime. Também pudera, eles tinham muitas pessoas para protegê-los, inclusive dentro das próprias agências de investigação. E aquilo o fez questionar: como um senador mantinha alguém acusado de corrupção perto de si? Se as agentes já sabiam e começariam uma investigação, duvidava muito de que o próprio senador não soubesse.
Saindo de seus devaneios, ele questionou:
— Se temos que tomar cuidado, então não podemos fazer uma abordagem direta. Como vamos prosseguir então?
— Eu tenho um plano – Apontou Max – As suspeitas ainda não foram divulgadas, então ainda não se tornou um escândalo. Todos sabem que é algo interno, mas não fazem ideia de quem nós suspeitamos. Ou seja, Martin ainda não sabe que está na mira, e é isso que iremos usar contra ele.
— Sua ignorância?
— Exatamente. Essa tarde, irei usar a desculpa de precisar conversar com o senador para me aproximar de Martin e vigiá-lo, talvez eu possa descobrir algo mais.
— E por que esperar até a tarde? – Questionou Melina.
— Agora pela manhã estão em reunião. Até queria aproveitar a chance para vasculhar o escritório de Martin, mas não consegui um mandado.
Se levantando de um onde estava, Dorian se aproximar, oferecendo:
— Mas nós não precisamos de um mandado. Não quando temos minhas mãos. Tudo o que preciso e de uma distração e um alfinete para abrir a porta.
— Tudo o que você precisa e continuar sentadinho onde estava. – Retrucou Max – Vou relembrá-lo, Dorian, esse caso não é como os outros, não podemos correr sequer nenhum risco de que saibam nossas suspeitas. Então, nada de truques, por favor.
— Eu só quero ajudar.
— Eu sei disso, e agradeço imensamente, mas guarde suas habilidades para quando tivermos oportunidade. Se dermos um passo em falso, minha carreira e a da Melina se acabam e você volta para a prisão. Não é isso que queremos.
Se conformando com o que Max havia dito e se sentindo até um pouco temeroso, Dorian arrastou a cadeira onde estava sentado anteriormente, e se acomodou, parecendo derrotado.
— Não, não queremos.
— Então vamos agir com calma.
Dando o assunto por encerrado, Melina, assim como Max, se voltou para seu próprio computador. Permaneceram quietas e concentradas, enquanto Dorian ainda repassava várias ideias em sua mente. Nenhuma delas acabava bem e todas ofereciam risco para os três. A contragosto, teve de se contentar com a ideia de irem com calma. Por mais que odiasse aquele tipo de estratégia, tinha que concordar que recuar e ir avançando vagarosamente, com paciência, era o melhor a se fazer.
Seus pensamentos tomaram outro rumo quando os voltou para os dias que ficou internado e teve de enfrentar Jonathan. Aquilo sim foi um teste para a paciência de Dorian, principalmente por descobrir que ainda havia muito segredos a se desvendar. E um deles o incomodava tremendamente, principalmente porque Jonathan usara aquele segredo contra ele.
Se aproximando de Max, Dorian abaixou consideravelmente a voz para que ninguém o escutasse.
— Max, você tem acesso a todos os documentos do governo, não é?
— Aí é que você se engana, não tenho acesso a nem um terço de tudo o que escondem.
— Mas acha que consegue procurar por um sobrenome, para mim?
Ela estanhou aquela pergunta repentina e sem sentido que ele havia feito, e o encarou confusa por alguns segundos, até responder:
— Acho que consigo sim. Por quê?
— É que algo me intrigou. Quando eu estava internado, em uma das discussões que tive com Jonathan, ele me chamou de "Vulpe".
— Vulpe? Que diabos é isso?
— Também me questionei a mesma coisa por alguns dias. Mas o modo como ele disse, parecia estar relacionado a minha família. A biológica. A princípio tive um pouco de dificuldade, mas me lembrei de onde já tinha ouvido esse termo, mas ainda não tenho certeza. Pode se referir a uma família de sobrenome Norev.
— E quer que eu pesquise esse sobrenome para saber se estava certo?
— Se você, puder, é claro.
Max não confiava muito na conformidade de Dorian, ele poderia dizer mil vezes que se contentaria com a resposta negativa dela, mas ela sabia que ele buscaria outros meios de solucionar aquilo e não se daria por vencido até conseguir. Principalmente porque ela via muito obstinação nos olhos dele, e porque ele havia saído daquele hospital com mais perguntas sobre sua própria vida do que jamais tinha pensado. Então, era melhor que ela lhe ajudasse e estivesse a par de tudo o que ele descobria, do que deixá-lo seguir por outros caminhos. Principalmente porque sabendo de tudo, poderia ao menos mantê-lo um pouco sob controle.
Sem dar nenhuma resposta, ela apenas se virou para o computador, e buscou pelo sobrenome na base de dados da agência. Demorou um pouco para encontrar algo e teve de recorrer a certos códigos, mas enfim conseguiu chegar a uma conclusão. E enquanto seus olhos corriam pela tela, suas sobrancelhas se arqueavam, parecendo surpresa com o que via.
Sem conseguir esconder mais sua curiosidade, Dorian cobrou:
— Encontrou algo?
— Encontrei. Você estava certo, o termo "Vulpe" se refere a família Norev, por seu símbolo ser uma raposa. É uma linhagem bem antiga e aparentemente muito poderosa. Ao que consta tinham muito status, poder e contatos espalhados pelo continente e... – Ela contorceu o rosto em estranheza ao completar – um histórico péssimo de violência. O que estou achando muito estranho é que eles sumiram de repente, não se tem mais nenhuma informação de seus membros, apenas que por causa das atrocidades que faziam foram renegados e seus títulos considerados uma vergonha.
— Títulos? Então, eram nobres?
— É o que parece. – Max tentou acessar outros dados, mas foi impedida por uma mensagem que apareceu na tela – Que estranho.
— O quê?
— Tentei acessa a árvore genealógica para procurar mais informações, mas não estou conseguindo. Não tenho permissão.
Os olhos de Max se desprenderam do computador por alguns segundos, se fixando em um canto de sua mesa. As sobrancelhas estavam unidas e o maxilar se movia lentamente. Ali Dorian soube que algo se passava em sua mente, Max nunca ficava naquele estado contemplativo se não tivesse uma ideia.
— O que está pensando?
— Se era uma família tão perigosa a ponto de ser renegada, então não há motivos para restringir a procura por seu nome. Eu não consigo acessar mais nenhum dado sobre eles. Daqui em diante, só pessoas autorizadas por acessar algo, e quando digo pessoas autorizadas, me refiro ao alto escalão. Há alguma coisa com eles que não pode ser descoberta.
Foi a vez de Dorian se perder em seus próprios pensamentos. Ao que parecia, sempre que encontrava a solução de algo, acabava em um beco sem saída e com mais perguntas se formando.
Uma ideia se formou em sua mente e talvez Max não gostasse muito dela, mas se quisesse saber mais sobre aquela família, cuja qual ele aparentemente estava envolvido, precisava utilizar todos os recursos possíveis. Inclusive os mais improváveis.
Inspirando profundamente, ele se levantou e arrastou a cadeia de volta até sua mesa.
— Obrigado, Max. Vou tentar buscar mais coisas sobre eles.
— Mas como? Não temos mais acesso a mais nada.
— Disse que eram nobres, não é? Então talvez seja por isso que o acesso esteja restrito. Felizmente, tenho um amigo que pode me ajudar com isso. Ele sem dúvida tem acesso.
— Não vejo como ele ter acesso se não pertencer ao alto escalão.
— Ele de fato não pertence. – Se voltando para a próprias anotações, Dorian sequer levantou os olhos quando terminou sua frase – Ele está acima.
Maxine não tentou argumentar, principalmente porque sabia que Dorian não lhe diria mais nada. No fundo, temia o que quer que ele estivesse aprontando, mas descobriria até que ele quisesse revelar.
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