Quem Ama

Eu escrevo para me conhecer,

para entrar em sintonia com meu ser

que grita para se expressar.

Estar no ar,

voar,

exercer o que há de melhor em mim:

amar.

Linda dança de cores e formas,

estar apaixonado.

Como se todas as emoções dessem as mãos

e cantassem aos céus suas conquistas;

lagrimas que desenham os rostos,

sorrisos que os modelam.

Que lindo espetáculo.

Amar e ser amado.

Eu sou.

Venci na vida.

Sou amado.

E amo, também.

Amo muito.

Enlouquecidamente.

Amo amar;

amo me entregar;

amo confiar;

amo estar;

amo ser;

ficar mais um pouco;

demorar;

imaginar;

fantasiar

e concretizar...

Só não amo esperar.

Esperar para quem ama é tortura;

é caminhar sem rumo;

e perder o norte

mesmo se encontrando a cada batida do coração;

é não saber;

é ficar no escuro;

é estar em apuros

e criar em si armaduras pesadas.

Tristeza fantasiada de paciência.

Mas toda espera tem um fim.

Quem ama sabe que tudo vai ficar bem;

que as aves têm motivos para cantar;

que as estrelas cintilam em harmonia

com os versos das poesias escritas pelas madrugadas.

Relógio que descansa.

Enquanto escrevo, ele para.

Dorme,

e dá espaço ao amor que sinto.

Madrugada que se estende:

já passa das três.

Mas a vida para quem ama não tem horário.

Não se prende em padrões:

madrugada vira dia,

desperta inspiração,

textos correm em versos,

amor que aumenta no peito,

vontade de matar o desejo.

Que confusão organizada quando se ama.

Por isso escrevo,

e escrevo para me conhecer.

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