Eu me Apaixonei, Mesmo
Eu me apaixonei, e vi o mundo ficar ao contrário:
a noite se estendendo, o dia se encurtando,
coração batendo, mente vagando...
Perfume no ar, música a ecoar!
Onde estão meus óculos?
Nem preciso mais deles, pois só vejo com o coração.
Que em movimento, firma-se em canção.
Esta é a paixão que sinto,
que exalo, que me embalo.
Sair por aí, nadar um oceano
e voar pelas estrelas.
Loucura? Talvez.
Só sei que não sou mais o mesmo:
estou apaixonado.
Tudo tem cor, movimento e ritmo.
Tudo é página em branco,
esperando o toque da caneta.
Alegria que transborda
e estoura em fogos de artifício;
presente para o céu que se colore
e cai em cascatas cintilantes sobre minha cabeça.
Esta que perdeu a razão:
vive de sentimentos.
Sente a felicidade como amiga,
a euforia como madrinha,
a expectativa como uma tia distante prestes a chegar.
O tempo virou inimigo;
a distância, a pior de todas as vilãs.
Mas nada supera a força gravitacional da paixão que sinto:
buraco negro para o espaço-tempo:
prisioneiros do amor infinito.
Eu disse amor?
Sim!
Amor, amor e amor.
Regado pela arte:
música, palavras, cores, formas, gestos e beleza inexplicável.
Sentida, mas inexplicável.
Pois é, eu me apaixonei, mesmo.
E vivo numa esperança entorpecida
de um encontro inesperado,
numa curva da vida,
num lapso de segundo,
numa verdade fluída,
num poço sem fundo.
Pois é, eu me apaixonei.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top