É Domingo Outra Vez
Tudo bem se mais uma semana chega ao fim,
se o domingo vagueia pelas costas do entardecer,
se o coração ainda bate mais forte quando penso em você.
Seria clichê falar que a vida não para
para eu pensar em nós dois,
e que todo o tempo do mundo é pouco
para saciar o desejo de estar ao teu lado.
É domingo outra vez:
vida seguindo seu fluxo — menos você aqui.
Por ora, só na imaginação,
ou melhor, no meu coração.
Planos de domingos compartilhados,
de risadas divididas,
de vivas vividas.
Queria escutar você chegar para dizer que a janta está pronto,
ou vamos sair para comer fora hoje.
Queria perguntar como foi o seu dia,
atentar-me aos teus sonhos e projetos,
separar o momento para você,
encher-te de beijos,
olhar nos teus olhos,
sorrir,
cantar,
brincar
e te abraçar.
Dançar ao som da chuva que cai lá fora,
da música que ecoa no nosso apartamento,
dançar a vida que compartilho com você.
É domingo outra vez
e você bate no meu peito:
procuro-te mesmo não tendo o perdido.
Sensação incessante de amor distante.
Como eu queria olhar-te nos olhos hoje,
dizer que a semana será boa,
beijar o teu sorriso;
a propósito, o mais lindo.
Tudo bem ser domingo outra vez,
mesmo distante,
vejo-te em lapsos projetados de segundos
quando escuto-te cantar em minha imaginação,
mesmo distante,
sinto-te próximo,
cada vez mais,
a ponto de preencher as horas vagas do meu domingo,
mesmo distante cubro-te de beijos,
e os fantasmas vão embora,
a tristeza se apavora,
o domingo vai findando,
e uma nova semana começando.
Mesmo distante, escrevo-te,
outra vez: é domingo,
ouço-te quando chamo, aonde vamos?
Não sei — exclamo.
Mas entre as horas vagarosas,
a distância lancinante
e o cortejo sentimental que vai e vem,
vejo-te entrar e bater à porta de mim
outra vez.
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