(Rascunho de um) Pedido

Desde que vi seus olhos

Algo em mim mudou.

Parece ficção

Mas o que dizer

Do sorriso que abre

Quando te vejo?


O que são esses versos

Incapazes de exprimir realidade?

Cachos de São Paulo

Que viajaram a vida inteira

Também viajei. Me escondo

Fiz palco do desespero

De não me sentir no mundo

Mas você veio, iluminada.

Um pouco mais de cor nasceu

Num amor que tenho tanto medo

Por ser tão forte, tão sincero, querido,

Uma das minhas poucas certezas:

Você me faz. Você me completa

Mesmo a estados de distância

Mesmo a décadas de silêncio


Vejo a mesma menina que não entendo

Tão fugidia do amor romântico

Fora de filme e animes

Um portão fechado aos gentios

E que por isso rogo tanto pela sua felicidade


Mas você é véu e grinalda

Já te encontrei! Já passou da meia noite

E quero viver, mais do que nunca

Com você, um você mais verdadeiro

Que todos os que joguei em poemas

De amor pelo amor. Parnasiano platônico.


Só posso falar por versos

Como os que você elogiou

Abraçou, ninou com recheio de amor

Na vida antes tão pacata. Hoje,

Feliz como nunca antes.


Nunca tive tanta coragem

Tanto medo pra te dizer

Como te amo mais que amigo.

Correspondido? Não sei. Mas encontrei

A verdade que sempre quis

A parte minha que segue em frente

Entre tanta fome

Tanta guerra, tantos desenhos

Que falhei miseravelmente

Na bendita anatomia!

Mas você sempre esteve aqui.


A verdade, quero ser de você

E você de mim.

Que formalidade,

Inferno. Poema é chato por isso.

Não dá pra ser 100%

Casa da mãe Joana


Pela primeira vez

Em tanto tempo

Seguro minha vida

Com minhas próprias mãos

E digo:


I.,

Namora comigo?


Independente do que for daqui pra frente tô muito feliz. Tirei uma verdade de mim... não externada, mas ao menos extraída.

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