Fornalha
Ventilador, uma muralha
Que de nada serve
Para apagar essa fornalha!
Esqueço Lindonéia
Das marchas à escuridão
De Dênis, da Legião
Do pai, do Pink Floyd
História, lógica de amor
A Ex enxerida na vida
Esqueço das noites de insônia
Das revoluções sem sentido descritas
Do velho poeta fictício e vazio
Pelas ruas cheias da cidade!
Mais, fora, Dante!
Fora, Raskólnikov!
Chispa, otomano!
Vai-te, Gabe Orwelliano!
Só fica esse fogo
Que consome tudo
Nega nada, move ruas
Ama, odeia demais
Apaga todos
Aqueles outros versos!
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