Caroço de Angu
Como se vive?
Pareço ter desaprendido.
Sou meu maior inimigo
Incapaz de me ver feliz
Nesse autossofrimento
Meus sonhos de amor,
Quando vejo as meninas,
São capazes de matar
Nem sei mais o que faço
Pra me preencher
Nem falar adianta!
Não vão entender
Não me sinto no lugar-comum
O caroço de angu
É tão invisível quanto possível
Que gosto amargo
Tem essa tristeza
Na praia de belezas
No solo de guitarra
Dedicado a mim
Mas tem que ser assim?
Ser trocado pelos outros
Num padrão errático?
Vejo dois sóis
Queimando a retina
Vejo ela
Vencendo sobre mim.
Não melhorei
Não virei outra pessoa
Sou o mesmo de sete anos atrás!
É até engraçado.
Sempre se morre sozinho
Então por que o medo?
Passar a eternidade comigo
É tempo demais.
17-11-2024. Último poema do primeiro caderno de poesias.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top