Autoterapêutico V

Se solidão matasse...

A noite vem com o diabo

Para te tirar o resto de vida.

Horrível. O que aconteceu

Para acabar assim?


Não vou à luta. Não tem porquê.

É muito mais oportuno fazer pena:

Um coitado que não faz mal a ninguém

Não ganha nada de ninguém

Nem respeito do mais insignificante

Que sentissem minha falta

Uma saudade daquele cara

Gente boa, coração enorme, figurão

Tão bonito na última vez...


É. Bem que estou delirando.

Não vou ganhar sequer uma menção

Na aula da saudade.

Sou um ninguém

De lugar nenhum

Que sempre volta ao princípio

Mais cedo ou tarde

Por mais que tente disfarçar

Os olhares de peixe

Silêncios omissos

Raiva silenciosa, covarde

Da qual estou acostumado

Desde a infância.


Encerramento? De quê?

Só uma última estrofe

E suas rimas vazias

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