011

☾ Lilian Mayfield ☽

Estava no meu quarto, lendo, quando Marcelina veio até mim falando que Alicia queria falar comigo no quartinho de ferramentas.

Chegando lá, eu a encontrei parada lá

— Oi! Por eme ajudar a pegar algumas coisas aqui? — ela falou e eu concordei, então entrei primeiro, mas logo fui empurrada pra dentro, e ouvi a porta se fechando.

— Merda, Alicia, abre a droga da porta! — Digo batendo na porta

— Desculpa — ouvi ela dizer, e logo ouvi passos

Me virei, e encontrei Jaime

— Te enganaram também? — ele falou e eu concordei, indo sentar na sua frente, encostada na parede

— Ajuda pra pegar alguma coisa — digo e ele assente

— Disseram que você tava presa e precisava de ajuda — ele diz e olha nos meus olhos, e eu o olhei sorrindo, olhei brevemente pro lado e falei

— Ficou preocupado comigo, Jaiminho? — falei sorrindo

— Ah, nem vem! — ele diz e eu rio

Então ficou um silêncio.

Estávamos só nos olhando.

— Por que é tão grosso e arrogante? — falei, dessa vez não pra provocar, mas pra saber

— Ah, nem vem querer ficar me xingando — ele diz mas eu o corto

— Não, eu realmente quero saber — eu digo o olhando profundamente enquanto desencosto da parede

— E isso importa pra você? — ele disse

— Talvez — digo e me encosto na parede novamente

— Olha, eu te achava uma riquinha mimada igual a Maria chatonilda — ele diz e eu seguro a risada — mas parece que é mais que isso — ele finaliza e eu solto um sorrisinho envergonhado

— Sabe de uma coisa, acabei percebendo que você não é só um garoto que só dabe peidar, arrotar,  ser arrogante e grosso — digo verdadeira, e ele sorri pra mim

— Ah, que fofinha, Lilizinha— ele diz e aperta as minhas bochechas

— Aí! — digo e ele se encosta na parede novamente e nós rimos

— Você até que é legal, mas não fica se achando não — ele diz

— Valeu, mas acho que vou me achar um pouquinho sim — digo e rio, e ele sorri — você é legal também, mas não conta pra ninguém que eu disse isso — digo e ele ri

— Acho que vou contar sim — ele diz tentando me imitar e eu sorrio

— É verdade o que tão dizendo? — digo após um silêncio novamente se instalar

— Depende, o que? — ele falou

— Que você gosta de mim — eu digo e vejo ele corar

— Olha... — ele começa mas eu o corto

— Fala a verdade — digo

— Eu gosto. — ele diz e olha pra mim, pois seu olhar estava no chão — eu gosto do jeito que você fica quando acha algo tosco, eu gosto do jeito que você fica quando tá com vergonha, eu gosto do tudo que você faz, e muito mais —  ele diz e eu coro — eu gosto de você, e acho que não adianta mais ser arrogante e grosso pra esconder isso — ele diz e da de ombros, ficando quieto, enquanto eu só o encaro

— Acabou de admitir sua paixão por mim?! — digo

— Talvez — fala igual a mim anteriormente — mas sei que você tá nem aí pra isso, mas tá de boa — ele diz mas eu o corto

eu gosto do fato de você ter ficado me encarando o ano inteiro — digo e ele olha pra mim novamente — eu gosto de como você fica respondendo os meninos quando eles mexem com você, por mais que eu ache que o que ele fazem não seja nem um pouco necessário — digo e ele assente levemente — mas o que eu quero dizer, é que eu gosto de você — digo e ele me manda um sorrisinho envergonhado

— E o que a gente faz agora? — ele diz após a gente ficar um tempo se encarando.

Me levanto, o esperando que levantasse também, mas parece que ele não entendeu

— levanta — digo e ele se levanta confuso

— por que? — ele pergunta e eu rio

por isso — digo e chego mais perto dele, a centímetros de distância.

Mas logo essa distância acaba, por conta do selinho que eu dei nele.

De começo ele ficou surpreso, mas depois fechou os olhos e nós nos separamos.

Ficamos nos olhando pro alguns segundos, antes dele colar nossos lábios em um outro selinho.

Talvez eu tenha que agradecer a Alicia depois.

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