☾ Lilian Mayfield ☽

— por que nunca falou disso antes? A gente pode te ajudar com o seu pai, e.. — ela começou a falar após ouvir tudo o que eu falei mas eu a corto

— Não! Por favor, não. Não conta pra ninguém — eu digo e ela me olha confusa — eu vou ficar orfã, vou sair da cidade, e nunca mais vou ver vocês de novo e eu não quero isso — eu digo e ela se levanta me abraçando

— vou falar para o Jaime não vir aqui agora a noite, parece que precisa de um tempo sozinha — ela diz e via até a porta

— Obrigada.. — digo chorosa e ela sai do quarto, enquanto eu me deito na cama chorando

•••

Eu já havia acordado, e quando estava me arrumando, ouvi batidas na porta, então terminei de passar a base nos meus machucados

— Pode entrar — digo alto pra quem for que seja ouça

— Oi minha ruivinha— Jaime diz entrando

— E aí meu amorzinho — digo e abraço ele

— Dormiu bem? — ele perguntou

— Bem, e você? — mentira, eu dormi muito mal.

— Bem também — ele diz — vamos tomar café? Já tá na mesa — ele diz e eu concordo, ele pega na minha mao e a gente vai tomar o café

— Bom dia Lili! — Rafael me cumprimentou após beber um gole de café

— Bom dia Rafael — respondi me sentando ao lado de Jaime na mesa

— Bom dia crianças, dormiram bem? — Heloísa diz chegando no local e se sentando também

— Bem — Jaime respondeu e Heloísa olhou pra mim apreensiva

— Muito bem — digo e ficamos nos olhando, nos comunicando pelas expressões faciais

— Que bom — ela diz não acreditando em mim e ela se senta na minha frente

— Lili, os meninos convidaram a gente pra ir lá no campinho jogar, vc topa? — Jaime diz

— Ah, hoje não, tenho que ir lá em casa pegar o carregador do meu celular, que acabou a bateria — digo

Eu literalmente peguei tudo menos o carregador.

— Ah, eu vou com você — ele diz

— Não! Não precisa, pode ir se divertir! — eu digo rápida

— Certeza? — ele falou e eu murmuro "uhum" — você é a melhor! — ele diz e da um beijo na minha bochecha antes de sair da mesa

— Bom, tenho que ir na minha casa, logo logo eu volto — digo rápida e saio da casa

•••

Tentei chegar quieta, porém não consegui conter um grito ao ver um homem desconhecido mexendo na minha gaveta de calcinhas no meu quarto

— O que tá acontecendo?! — meu pai disse veio até o meu quarto e me viu, e deu um sorriso — Querida, que bom que chegou — ele diz e eu fico desconfiada — este é o Roberto, ele vai comprar você — ele diz e eu paraliso, merda. — tenha bons modos. — ele diz e eu começo a sentir meus olhos arderem, o que significa que eu estava começando a ficar com vontade de chorar

— Por quanto tínhamos combinado mesmo? — o homem disse olhando fixamente pra mim

— 15 — meu pai diz e eu fico indignada, enquanto o homem tirava uma nota de 10 reais, e outra de 5 do bolso

— Feito, agora ela é minha — o homem diz e eu vejo que ninguém está no caminho da passagem pra porta

Tento correr até lá, porém meu pai me segura, e eu bato na garrafa de vodka que estava em sua mão, fazendo-a cair e ele me soltar e olhar para a garrafa no chão, essa foi a minha deixa pra correr pra fora da casa

Eu ainda estava correndo, quando ouvi barulhos de carro atrás de mim, e eles estavam próximos.

Foi aí que senti algo batendo nas minha acosta e eu caio no chão, mas me levanto rapidamente ao perceber que o era o Roberto, e que colocou o braço para mim cair

— Merda — gritei ao ver que eu estava mancando

Então senti que cai novamente, Roberto estava em cima de mim

— Agora você não em escapa — ele diz e eu começo a chorar mais, porém ele cai em cima de mim.

E pude ver um homem segurando um taco de beisebol, ele me ajudou a tirar o homem de cima de mim e eu levantei rapidamente, recuando e com medo do homem.

*imaginem ele mais velho*

— Calma, eu não vou te machucar— ele diz se aproximando lentamente — você é a Lilian Mayfield? — ele perguntou

— Depende — eu digo nervosa, mas menos que antes

— Depende? Depende do que?! — o homem perguntou confuso

— Depende de quem tá me perguntando — eu digo e ele sorri minimamente

— É igualzinha a sua mãe — ele diz e eu congelo

— Minha mãe? Conhecia a minha mãe?! — falei parada no meu lugar, não recuando mais

— Sim, querida. Quando sua mãe morreu seu pai simplesmente fugiu com você, passei anos tentando te encontrar novamente, pra mim cuidar de você, era o que a minha irmã iria querer, era o que a sua mãe iria querer — ele diz

— Você é o meu tio?! — eu falei indignada e ele concordou

—Gosta de sorvete ? — ele perguntou e eu concordei — ótimo, vamos na sorveteria, te conto tudo lá — ele diz e eu concordo