Prólogo
Cinco anos antes:
— Ei você! — Um homem gritou furioso. — Peguem ela! É uma ladra miserável!
— Alguém faça alguma coisa!
— Não tem nenhum herói por aqui?
As pessoas gritavam e reclamavam ao mesmo tempo. Enquanto Astrhid corria com dificuldade pelas ruas movimentadas de Musutafu, descalça, abraçada com a sacola cheia de comidas e guloseimas que havia acabado de roubar de uma loja de conveniência. Eles tinham comidas demais e ela... Estava sem comer há semanas. Ao ponto de seu corpo começar a ficar esquelético. Ela estava tão cansada e sonolenta, que era incapaz de usar sua individualidade para voar, estava tão fraca que até mesmo estava com dificuldades para se manter de pé.
Mas ela não poderia desistir. Não agora.
Ela não sabia quanto tempo tinha até um herói aparecer e apanha-la, por isso precisava chegar até seu esconderijo, em segurança.
Ayato ainda correndo, ela empurrava as pessoas que estava em sua frente com brutalidade, ouvia cada uma delas lhe amaldiçoar e lhe xingar dos mais diversos nomes, mas ela não se importava, a única coisa que se importava era chegar em seu esconderijo em segurança.
Algumas pessoas com individualidades tentaram lhe pegar utilizando-as em si. Mas a garota foi esperta, ela reuniu o que restava de oxigênio em seus pulmões e ao soltar o ar pela sua boca em direção ao chão, seu sopro gelado havia congelado completamente o chão, algo que a fez se jogar de costas sob a camada de gelo, para assim deslizar completamente pelo chão, passando exatamente por debaixo das pernas dos civis com individualidades fracas, evitando assim ser pega, uma vez que seu tamanho pequeno lhe ajudava bastante.
Se ela continuasse nesse ritimo talvez haveria de conseguir chegar até as docas da cidade, sem ser apanhada.
Ayato não podia baixar sua guarda, ela não sabia se ainda estava sendo perseguida ou não. A garota acreditava que nem mesmo tinha tempo para virar seu rosto para trás e poder verificar se a perseguição havia realmente acabado ou só estava começando. Se havia algum herói profissional atrás de si.
A única verdade era que a garota não havia pensado muito quando viu a entrada da estação de metrô da cidade e entrou rapidamente nela, pulando os degraus e empurrando as pessoas que estavam no caminho.
Ela sabia que se pegasse o caminho dos trilhos, nenhum herói ousaria a segui-la, afinal, as chances de serem atropelados por um trem em movimento eram altas e mesmo se chegassem a parar o trem com suas individualidades, os heróis poderiam involuntariamente colocar a vida das pessoas que estavam no trem em perigo, por isso eles não iriam persegui-la por lá. Até porque, Ayato era pequena e ágil, poderia se esgueirar por qualquer canto ou vão que encontrasse.
Ou era apenas isso que Ayato gostaria de pensar.
***
As docas da cidade de Musutafu, ficavam ao lado de um rio. Era um lugar bastante estreito, repleto de armazéns e construções assimétricas de madeira, algumas construções abandonadas pela prefeitura e eram feitas de cimento, que hoje em dia serviam de novas casas para as pessoas como Ayato ou em sua atual situação precária.
Muitos ali eram como ela; haviam fugido de casa para sobreviver, outros foram abandonados por suas famílias, ou as deixaram, ou até mesmo se renderam aos vícios.
Cada pessoa marginalizada que vivia ali possuía uma história diferente, mas sempre com um final trágico ou marcado por abusos imagináveis.
Era um pouco bizarro Ayato pensar que cinco meses atrás, morava numa mansão que era do tamanho daquele bairro e hoje em dia vivia ali. Totalmente marginalizada e abandonada pela sociedade.
A única dura verdade que aprendeu desde que nasceu era que: super-heróis nem sempre eram verdadeiros super heróis. E ela aprendeu isso da pior maneira possível.
No fundo a garota sempre odiou se recordar de seu passado.
Ela sempre odiava tudo aquilo e todos os outros.
Por isso se esforçava ao máximo para nunca se submeter a lembrar de sua vida antes.
Ela odiava todos os onze anos de sua vida.
Às vezes... A garota se pegava pensando no quanto gostaria de poder voltar no tempo, talvez... Talvez se tivesse matado todos eles, as coisas estariam diferentes.
Mas no fundo Ayato, sempre acreditou no idealismo estupido que um dia sua família iriam lhe aceitar, como um membro deles. Que eles um dia iriam lhe querer. E quando isso acontecesse, eles nunca mais lhe bateriam ou lhe tratariam mal. Eles nunca mais destruiriam suas invenções ou muito menos lhe humilhariam mais. Eles iriam finalmente permitir que ela pudesse se sentar à mesa com eles e iriam lhe tirar daquele quartinho pequeno e imundo que ficava ao fundo da imensa mansão.
Ayato por muito tempo realmente pensou nisso.
Na verdade, esse era seu maior sonho: fazer com que a sua família lhe amasse e lhe aceitasse, até quis virar superheroína por causa deles, para perceberem que Ayato não era a inútil e o lixo que eles sempre repetiam diversas vezes.
Que idiota... Eles nunca lhe aceitariam...
Até porque ela era a "bastarda", a filha da Sra. Suprema com algum amante qualquer, afinal, em quesito de aparência, ela não tinha herdado nada de seu suposto pai, o herói famoso e conhecido como Sr. Supremo.
Os cabelos de Ayato não eram bancos e seus olhos não eram azuis intensos, como era o caso de seus supostos "irmãos", todos eram filhos de mulheres e esposas diferentes do herói, Sr. Supremo, mas todos, absolutamente todos eram idênticos ao Sr. Supremo, nenhum deles herdaram as caracteristicas físicas de suas mães.
O Sr. Supremo havia se casado cerca de sete vezes, com sete mulheres diferentes e com cada uma delas, ele teve um respectivo filho, mas logo que as crianças nasciam, o herói se divorciava de sua respectiva esposa indo atrás de outra. Entretanto, a coisa mais incomum era que a guarda dos filhos do herói sempre ficava com ele. De alguma forma ele sempre quis seus filhos perto de si próprio.
Todos os filhos do heróis tinham a mesma cor de cabelo e olhos do maior super herói do planeta, o que claramente demonstrava que a genética do pai era mais dominante sob os genes dos filhos.
E só talvez, o fato de ter herdado os cabelos negros e olhos rosas com a pupila num formato peculiar de estrela, características idênticas a aparência real de sua mãe, foi o suficiente para Ayato ser chamada de bastarda pelo seu suposto pai e irmãos, eles não acreditavam que alguém tão diferente em aparência deles... Poderia compartilhar mesmo gene ou DNA.
Como se não bastasse tais fatos, Ayato ainda não tinha individualidade. Algo que só serviu para piorar sua situação naquela casa, afinal ela havia nascido com defeito.
De alguma forma, o Sr. Supremo, embora acreditasse que Ayato era o fruto de um relacionamento extraconjugal de sua mãe, ele ainda lhe aceitou em sua casa e me deu comida, embora a garota fosse constantemente humilhada e sua mãe... Era todo dia espancada, humilhada e acusada de adultério pelo Sr. Supremo. Ayato via tudo aquilo e não podia fazer nada, enquanto sua mãe apanhava de seu marido, e a garota... Apanhava de meus supostos irmãos.
As coisas sempre eram um inferno naquela casa.
Ayato uma vez tentou se tornar uma super heroína através da criação de equipamentos e tecnologias, ela acreditava que poderia se tornar uma super heroína mesmo sem individualidade, apenas com aparelhos tecnológicos. Mas então, um dia em que criou um robô, seus irmãos apareceram e o destruíram em sua frente. Como se não bastasse ainda a seguraram com sua super força, imobilizando-a completamente e se utilizando de sua visão de calor, Asami, sua irmã mais velha, escreveu a palavra "worthless" — que significava inútil e sem valor — nas costas de Ayato marcando-a com cada letra através da visão de calor, como se a garota fosse gado.
Aquilo era para Ayato se lembrar para sempre de que ela era uma inútil sem valor e que nunca poderia ser uma heroína sem individualidade.
Mesmo com os gritos de dor e lágrimas da garota, seus irmãos não pararam com aquilo. Na verdade, eles estavam rindo. Rindo de seu sofrimento e de sua dor.
Essas risadas sempre lhe assombravam, como fantasmas.
Ela só tinha seis anos de idade e nem por isso seus irmãos lhe pouparam da extrema crueldade.
Até que um dia, sua mãe havia cansado de apanhar e ser acusada de adultera, decidindo assim dar um fim ao seu intenso sofrimento, ao cometer suicídio.
Ela havia se matado com sua própria individualidade em outubro daquele mesmo ano em que Ayato foi torturada, diante dos olhos cor de rosa de Ayato e ela não pode fazer nada.
Aquela cena havia ficado marcada em sua cabeça para sempre e após isso o Sr. Supremo entrou numa espécie de depressão. Ele era um homem doente e tóxico, mas de alguma forma psicótica ele amava sua mãe e o suicídio dela o fez perder a cabeça.
E então... Ayato continuou sendo o alvo de todas as maldades daquela família, era tratada como escrava, perseguida, era o saco de pancada de seus irmãos quando eles bem queriam, ou até mesmo cobaia para que pudessem utilizar suas individualidades para lhe atacarem, a transformando em um alvo vivo, tudo que Ayato fazia era inútil, sem valor e desprezível, eles nunca estavam satisfeitos.
Talvez fosse por isso que sempre era espancada diversas vezes, e aos poucos, a garota acabou perdendo o brilho em seus olhos, seus sonhos eram sempre destruídos por eles, assim como seus robôs.
Todo dia de sua breve vida, desde que nascera, sempre foi assim. Ela apanhava e apanhava. Ela era chamada de inútil, desperdício de oxigênio e que deveria se matar logo, pois só de olharem para ela, seus irmãos ficavam enjoados.
Finalmente, a ficha caiu para Ayato e ela se deu conta da verdadeira realidade em que se encontrava, no fim das contas, ela nunca iria ser aceita por eles.
E graças à isso, ela passou a odiar tudo e a todos.
Até que um dia, como sua mãe fez, a garota com apenas dez anos de idade, tentou dar um fim ao seu sofrimento, ela não queria mais viver, ela só queria fechar os olhos e dormir para sempre. Ayato com apenas dez anos de idade, havia perdido totalmente a vontade de viver e por isso ela tentou suicido ao se jogar do décimo quinto andar de um prédio no centro da cidade.
A verdade era que enquanto sentia a gravidade agir contra seu corpo, o puxando para baixo e o forte vento se chocando contra seu rosto, a garota estava pronta para morrer. Era a única coisa que queria naquele momento, não queria mais apanhar, ser torturada ou abusada por palavras cruéis. Ela havia se cansado de tudo. Não queria ser mais um problema, um estorvo ou muito menos continuar deixando seus irmãos enjoados ao lhe olharem.
Mas então, enquanto caia, Ayato teve a sensação de que havia ouvido a voz de sua mãe lhe implorando para não continuar com aquilo. E após ter tido essa sensação, algo aconteceu, foi bem ali, alguns momentos antes de chegar ao chão, antes de seu corpo se espatifar como um vidro recém quebrado, involuntariamente, seu corpo se moveu e quando percebeu que não havia se chocado brutalmente ao chão, porque tudo de repente havia ficado em silêncio, não existiam mais vozes, barulho ou algo do tipo.
Confusa, Ayato, abri seus olhos devagar, mas logo os arregalou de forma perplexa, ao se dar conta que estava um pouco mais alta que o chão em sua frente, estava cerca de trinta centímetros acima do chão, praticamente deitada em pleno ar, ela estava de alguma forma flutuando.
Demorou um pouco para perceber que o fato de não ter se espatifado completamente ao chegar no chão, como planejava, era graças ao fato que de alguma forma bizarra, finalmente Ayato estava flutuando em pleno ar, como se tivesse alguma individualidade, o que não era o caso.
Mas quando ela voltou a encarar o chão diante dos meus olhos, percebeu que diante de si, existia uma poça d'água, provavelmente formada pela recente chuva que havia ocorrido naquele dia e ao observar bem seu reflexo sob a poça de água, os olhos da garota se arregalaram de perplexidade.
De alguma forma, seus cabelos negros, haviam adquirido uma coloração branca e seus olhos azuis estavam azuis intensos, mais ainda sim, possuíam o desenho de uma estrela em sua pupila. Como se não bastasse, ainda haviam surgido marcas azuis intensas com diferentes formatos de traços por todo seu corpo, ela já havia visto essas marcas antes, ou melhor em uma pessoa especifica, elas eram as marcas da supremacia, algo que apareciam no Sr. Supremo quando este entrava em alguma batalha.
Além do mais, grande parte de sua pele estava completamente exposta e o tecido das roupas que usava de alguma forma começaram a derreter devido a alta temperatura que seu corpo emitia, como se ela fosse o próprio sol.
Demorou algum tempo até que Ayato pudesse racionalizar e se dar conta que finalmente sua individualidade havia despertado, somente aos dez anos de idade, diferentemente das outras crianças que despertassem apenas aos quatro anos, ela havia despertado tardiamente sua individualidade.
E com sua individualidade finalmente despertada, veio a confirmação de que Ayato era a filha legitima do Sr. Supremo, mas no fim isso não significava nada ou muito menos mudava alguma coisa, afinal sua mãe havia se matado por sempre ser acusada de adultério e durante longos anos de humilhações e violência Ayato sofreu nas mãos daquela família por ser quem era.
E então após esse dia Ayato nunca mais voltou para casa, decidindo ir para a cidade de Musutafu e passando então a viver nas ruas, afinal qualquer lugar era melhor do que voltar para aquele inferno de casa com os super-heróis que eram na verdade os verdadeiros vilões de sua história.
Ayato só queria deixar seu passado para trás.
Ela queria recomeçar e mesmo que isso fosse a coisa mais difícil de fazer naquele momento, mas de alguma forma sua mãe queria que ela continuasse viva, continuasse lutando, se realmente a ouviu lhe chamar quando se jogou do prédio ou não, isso não importava, pois ela acreditava que de alguma forma sua mãe estava cuidando de si.
No momento, as ruas das docas estavam desertas, sem ninguém ou alguma alma viva, ou muito menos algum herói profissional que pudesse ter lhe seguido; ainda mesmo os bêbados cambaleando para casa vindos de algum bar no alto da rua haviam achado algum lugar para cair no sono.
De alguma forma Ayato gostava de estar ali, gostava da sensação de estar próxima de um rio, que a levaria direto para um oceano que possuía infinitamente uma quantidade água suprema, era dali onde alguns barcos saíam diariamente para portos tão distantes que era difícil imaginá-los, mas que Ayato de alguma forma acreditava que poderia visitar, conhecer e comer as mais diversas culinárias exóticas do mundo inteiro.
O fato de que a área era frequentada por marinheiros, e consequentemente cheia de lugares onde tinham os mais diversos jogos de azar, drogas, bebidas, lutas clandestinas, onde os civis utilizavam suas individualidades para lutarem até ficarem inconscientes para conseguirem algum dinheiro fácil, comercio clandestino, onde muitos comerciantes se utilizavam do rio para trazer produtos contrabandeados de outros países, e além da existência de diversos bordéis, apesar de parecer um lugar horrível para uma criança viver, Ayato acreditava veemente que não existia inferno pior que sua casa.
Mas ainda sim, mesmo morando ali, ainda era fácil se perder em um lugar como este.
Ela nem se importava mais com o cheiro forte — fumaça, corda e alcatrão, temperos estrangeiros, ópio, tabaco, suor misturados ao fedor de água suja do esgoto ao céu aberto.
Afinal esse era o cheiro da sua nova casa.
Olhando para todos os lados da rua vazia, ela esfregou a manga da blusa suja e totalmente destroçada que usava, em seu rosto, tentando limpar o suor frenético que escorria pela sua pele. O tecido voltou manchado de vermelho escarlate e só então, naquele momento, Ayato se deu conta que havia cortado sua testa, o ardor da ferida a fez se dar conta. Talvez nem tinha percebido o corte, devido a alta dose de adrenalina que seu corpo havia secretado ao fugir do distrito central até aqui, havia inibido a sensação de dor e ardência da ferida.
Merda. Pensou incomodada. Geralmente ela se curava sozinha, mas devido ao estado precário em que seu corpo se encontrava... Ela estava praticamente só pele e osso, não estava nutrida o suficiente para se auto curar.
Ela precisava comer.
Então Ayato caminhou até um canto qualquer das docas e se sentou, apoiando suas costas esqueléticas numa parede qualquer e então começou abrir sua sacola de comida roubada e viu os diversos pães e guloseimas.
Ela estava tão faminta que enfiava praticamente um pão inteiro dentro de sua boca, ao ponto de se engasgar repetidas vezes, entretanto, ainda sim, um gemido de satisfação era emitido pelos seus lábios repetidas vezes.
Há quanto tempo ela não comia daquele jeito?
Demorou apenas alguns minutos para uma forma surgir sob o sol, formando uma sombra sob a garota.
Imediatamente, Ayato congelou e ao levantar sua cabeça para cima, se deparou com um homem que estava flutuando sob o ar, ele era muito musculoso, vestia um traje vermelho com uma capa azul, tinha cabelos loiros e ele lhe encarava seriamente.
A garota trincou os dentes e deixou o pedaço de pão que estava em sua mão cair no chão, quando se deu conta que um herói profissional havia a encontrado.
— Mas você... O ladrão... — O herói começou visivelmente perplexo. — Você é uma criança!
Ayato engoliu o pedaço de pão que estava em sua boca com dificuldade, antes de pegar o pedaço de pão que havia caído no chão e dividi-lo ao meio, estendendo um pedaço para o herói que estava a sua frente, com um olhar determinado, mas que não expressava maldade, e sim uma gentileza crua.
— Quer um pedaço? — Ofereceu ao herói que ficou ainda mais perplexo com sua ação, algo que incomodou a garota que abaixou o braço e desviou o olhar para o lado. — Olha, eu sei que é errado roubar, mas eu estava com muita fome. Fazia semanas que não comia e aquela loja tinha muita comida, pensei que eles não iriam achar ruim se pegasse um pouco e...
— Me diga... Você mora aqui? Neste lugar? Nas ruas? — O herói a interrompeu avaliando o lugar com um olhar analítico e sério, certamente ele havia odiado o lugar.
Ayato acenou positivamente com a cabeça.
O herói então veio flutuando até que seus pés tocassem o chão, ele então se sentou ao seu lado, o que a fez unir as sobrancelhas, afinal estava esperando ser algemada e presa pelo roubo, mas diferente do que esperava o herói pegou de sua mão o pedaço de pão que havia o oferecido anteriormente e o mordeu, antes de se virar para si, com um grande sorriso gentil no rosto.
— Meu nome é All Might e o seu garotinha?
— Ayato... Só Ayato...
E aí o que acharam? Espero que tenham gostado <3
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Beijos e até o próximo capítulo <3
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