CAPÍTULO 11 ⚔️

Não sei quanto tempo fiquei parado no meu quarto tentando entender o sentido das palavras sussurradas de Justin para mim. Só que no final não consegui chegar a nenhum denominador comum, e para falar a verdade nem tive tempo direto para poder decifrar, pois Dominick apareceu de repente para me trazer de volta para a realidade. Sendo assim qualquer bagunça interna em mim teve que ser deixada para escanteio no momento. Mesmo que o peso e a maciez do seu corpo estejam frescos em minhas lembranças, eu não poderia mergulhar nisso, porque o peso da responsabilidade sob meus ombros era grande demais e eu tinha que correr contra o tempo para poder chegar a Nova York em tempo hábil. Com isso, me forcei a deixar minha mente em branco, focando em mudar de roupa e arrumar as poucas coisas que trouxe comigo nessa viagem repentina.

Após tudo em ordem me apressei a sair com Dominick, mas assim que estou entrando no carro me deparo com a visão de toda minha família reunida em frente a mansão dos meus avós. Olhei para minha família, amolecendo totalmente minha expressão determinada, pois é impossível manter alguma máscara rígida. Principalmente quando vejo meu pai Andrea choroso sendo segurado por meu pai Enzo. Sem falar dos gêmeos, que estão abraçando a cintura magra de Otto e escondendo os rostos em suas roupas. Hope que é carregada por Eduarda, que lhe fala palavras reconfortantes após um choro triste ao me ver partir. Samantha apoia os braços no ombro de Isabel, que com os olhos marejados acena um adeus breve para mim. E Pietro que se junta aos seus pais, tios, avós e bisavós com um olhar determinado no rosto. Me sinto mal por vê-los com essas expressões no rosto, por isso que odeio despedidas, pois elas sempre me deixam fraquejar um pouco.

Odeio me afastar da minha família desse jeito, só que por enquanto é necessário. Sei que um dia terei poder o suficiente para permitir ter acesso a minha vida como antes, mas no momento não seria muito bom para eles e para mim. Com essa determinação em mente que entrei no carro sem dar um segundo olhar, só que minha determinação foi por água abaixo quando notei a aproximação de Justin. Ele ficou parado ali, ao lado da porta grande de madeira da mansão, apertando sua bengala com força entre seus dedos. Fiquei enfeitiçado pela magnificência de sua beleza, sentindo meus dedos coçarem ao querer tocar sua pele, sobre a curiosidade de poder afundar meu corpo no seu. Inferno, se eu não parar agora poderia cometer algum ato irreversível! Por isso decidi desviar meu olhar do homem que amo e dar o comando para que Dominick seguisse em frente.

Do percurso da Mansão da minha família até a pista de decolagem particular, evitei manter meus pensamentos nas pessoas que deixei para trás. A pessoa que deveria assumir agora não era Viktor Aandreozzi, filho de uma família italiana amorosa, mas sim, Viktor Konstantinov. Que mesmo odiando esse sobrenome como se ferro em brasa atravessa o meu corpo, sei que naquele ambiente não posso ser uma pessoa diferente. Por que todo meu afeto é depositado somente para pessoa a quem tenho um forte vínculo, para outros tipos de pessoas eles só receberam de mim a violência, descaso, frieza e autoridade. Assumir personalidades diferentes faz com que eu possa lidar com as coisas sem envolver sentimentos, o que foi muito bom para mim. Por que nesse mundo ou você se torna um verdadeiro predador, ou será consumido em um estalar de dedos, não sobrando nada para poder contar história.

— Alguma atualização, Dominick? — Indago friamente.

— Nenhuma atualização desde o momento da decolagem! — Dominick responde com sua voz profissional.

— Entendo, e os irmãos Griboedov? — Sondo e ele nega com a cabeça.

— Passaram a informação que ninguém apareceu! — Dominick diz e eu concordo de modo indiferente.

— Bom! — Respondo de modo simples. 

— O senhor tem algo em mente? — Indaga Dominick, sem esconder totalmente sua curiosidade.

— Não sei ao certo, mas uma coisa eu sei. — Falo continuando a olhar pela pequena janela do jatinho.

— O que seria, senhor? — Questiona, me fazendo olhar na sua direção.

— O que mais seria além deles tentarem foder meus negócios? — Pergunto de volta arqueando uma das minhas sobrancelhas.

— O senhor acha que eles descobriram sobre o ouro armazenado nos cofres da Paradise? — Dominick pergunta esfriando sua expressão.

— Acho que eles não chegaram a isso ainda! — Digo fazendo um gesto de desdém.

— Claro, o senhor tem salvaguardado o contrato de vida e morte dos envolvidos pela construção e transporte do ouro. — Dominick diz como se explicasse alguma coisa, mas eu só abro um sorriso frio.

— Meu caro Dominick, você pensa que um contrato de morte fará com que algumas moscas gananciosas fiquem paradas por muito tempo? — Indico e ele abaixa a cabeça.

— O senhor tem um ponto! — Dominick confirma.

— Claro que tenho, meu fiel segurança. — Falo simplesmente voltando a olhar para fora.

— O que devemos fazer se essa informação tiver sido vazada? — Dominick pergunta e eu sorrio.

— Liquidar os contatos! — Falo impassivelmente.

— Com certeza, senhor! — A resposta de Dominick é forte e precisa.

— Não esperaria menos de você, agora deixe-me descansar porque sinto que teremos um momento divertido quando chegarmos. — Falo simplesmente ouvindo seu som de confirmação.

Quando Dominick sai, ele ordena aos demais para que não me incomode durante o tempo restante do voo. Ao me encontrar sozinho de novo começo a pensar no papel que Dominick executa hoje em dia, pois a muito tempo ele deixou de ser somente meu segurança particular. Dominick se tornou praticamente meu braço direito enquanto os gêmeos atuam os dois como meu braço esquerdo. A dedicação desse polonês de cabelos e olhos escuros, porte alto e forte, com algumas tatuagens aparecendo pela gola do seu terno muito bem arrumado, vai além do limite. Sou muito grato ao meu pai Enzo por ter encontrado alguém tão capaz para estar ao meu lado. No entanto, não posso ser injusto em dizer que somente Dominick é confiável, pois os irmãos Griboedov também são de extrema confiança.

Eles foram um verdadeiro tiro no escuro, mas que está funcionando muito bem até os dias atuais. Esses três fazem um trabalho excelente ao meu lado, e é justamente por isso que não preciso pensar demais sobre o nível de confiança que eles alcançaram depois de trabalharem tanto para se provarem dignos. Assim como eu, todos eles passaram por testes na Bratva, e para meu alívio eles passaram com excelência. Aumentando ainda mais o nível da aliança que formamos. E são por esses motivos que posso descansar feliz minha cabeça contra o encosto do banco do jatinho, e esperar o tempo exaltante de viagem passe livremente.

— Senhor! — Ouço a voz de Dominick ao meu lado.

— Fale! — Respondo ainda de olhos fechados.

— Estamos pousando em breve, senhor! — Declara ele me fazendo assenti.

— Certo! — Digo abrindo meus olhos e arrumando o cinto de segurança novamente.

Vejo Dominick sair e em poucos instantes o piloto anuncia a aterrissagem. Me mantenho de forma impassível, esperando que o jatinho pousasse tranquilamente. Quando o jatinho chegou ao chão notei que os meus homens já estavam com carros estacionados à minha espera. Sou guiado por Dominick até onde os carros estão, cumprimento brevemente os presentes e me acomodo no banco traseiro de um dos carros. Peço para que me levem diretamente para meu apartamento na zona nobre de Nova York, pois tinha coisas para fazer antes de ir para o Paradise. Com o fuso horário da Europa até a América do Norte, percebo que tenho tempo sobrando até a abertura do meu estabelecimento.

Meu celular toca assim que penso em mandar uma mensagem para minha família, contanto que cheguei em segurança, pois esse foi um dos pedidos que meu pai Andrea fez a mim antes de minha partida.  

— Boss, chegou em segurança? — Nastka pergunta assim que atendo a ligação.

— Sim, aconteceu algum contratempo? — Indago seriamente.

— Não, senhor! Só queria saber se devemos esperar o senhor agora na Paradise? — Questiona ela e eu pressiono os dedos na minha têmpora.

— Me encontre em minha casa! — Aviso seriamente.

— Até mesmo o Mika? — Indaga ela e eu franzo o cenho.

— Ele está ocupado com algo que eu não fiquei sabendo? — Questiono olhando para Dominick do retrovisor.

— Claro que não Boss, o panaca já está no Paradise desde cedo. — Conta ela irritada.

— Mande-o voltar, preciso dizer algo aos três! — Mando seriamente.

— Ok, falarei a ele! — Confirma rapidamente. — Até daqui a pouco, Boss! — saúda ela.

— Até! — Retorno e logo em seguida encerro a ligação.

Sinalizo para Dominick para seguirmos adiante pelo retrovisor do carro e ele entende o meu comando. Enquanto aproveito a viagem até o meu apartamento, volto a mandar mensagem aos meu pai, contando a ele que cheguei em segurança e que assim que lidar com minha coisas falarei com ele. Recebendo um texto carinhoso em retorno, contando como ele e toda a família já estão sentindo a minha ausência. Leio a mensagem com um sentimento de puro afeto, aquecendo o peito. É impressionante como minha família consegue tirar de mim sentimentos tão puros, e isso me mostra o quanto devo valorizá-los a cada dia que passa. Independentemente do tanto de dificuldade que a vida despeje no meu colo, por que sei que quanto mais dificultoso o mundo seja, ainda existe um lugar onde a minha cabeça pode repousar com tranquilidade. E esse lugar está ao lado das pessoas importantes para mim, e é justamente por esse lugar de paz que luto diariamente.

— Chegamos, senhor! — Dominick diz me tirando dos meus devaneios.

— Deixe os outros guardarem os carros e você vem comigo encontrar com os irmãos! — Comando e ele assente.

— Será feito, senhor! — Dominick diz e eu abro a porta do carro.

Saio do veículo e indo direto para o hall da entrada do apartamento, sinalizando para os guardas da entrada e o porteiro do térreo, mas sem lhes dar muita abertura para eles não iniciarem algum assunto aleatório. Caminho em direção ao elevador VIP, apertando o último andar logo em seguida, e no momento que as portas do levados se abrem sou confrontado com a visão do ambiente muito familiar para mim. Solto um assovio alto o suficiente que alcance toda área do meu apartamento, em poucos instantes ouço o barulho de algumas coisas caindo no chão. Dou um curto sorriso e espero mais um pouco, não demora muito para sentir pequenas e rechonchudas patas tocarem minhas pernas. Olho para baixo e vejo Sasha escalando minha perna em uma rapidez digna somente dele, ele termina de escalar todo o meu corpo até chegar ao meu rosto. Cutucando e cheirando minha bochecha com seu focinho pontiagudo, macio e gelado.

— Estou de volta, garoto! — Digo com calor, coçando seus pelos macios com os meus dedos. — Cara, você estava na sua piscina, certo? Para estar todo molhado desse jeito, só poderia ser. — Reconheço vendo minha roupa ficar com manchas molhadas.

Sasha é o meu bichinho de estimação, ele é um Vison Americano, com sua pelagem castanho-escuro e olhos pequenos, redondos e brilhantes. Nunca me vi tendo um animal de estimação, mas ao resgatar Sasha em um ambiente não muito acolhedor, foi como um divisor de águas para mim. Por que essa pestinha aqui ganhou meu coração assim que correu para bolsa que eu estava usando e nunca mais quis sair. Como seu antigo tutor foi morto pelas minhas mãos, me vi sendo responsável por esse bichinho que só tinha alguns meses de vida. Obviamente Sasha passou por todo tipo de checagem com um veterinário especializado em animais como ele, adquirindo assim a legalização necessária para poder ser levado comigo. Eu nem mesmo sabia do que se cuidava de um vison, mas com o tempo fui estudando tudo sobre essa criatura brincalhona, dorminhoca e colemão.

Quem imaginaria que um mafioso estaria dividindo o mesmo espaço com animal tão safado. No entanto, cá estamos nós, esse apartamento foi todo projetado para que Sasha pudesse explorar da maneira que acha interessante. Até mesmo me vi fazendo um jardim de inverno para que esse pestinha pudesse nadar em uma piscina preparada e aquecida somente para seu bel prazer. Contudo, devo concluir que Sasha foi uma das melhores adições na minha vida, com ele ao meu lado eu não me sinto tão sozinho o tempo todo.

— Cuidaram bem de você, certo Sasha? — Pergunto ao meu vison, mesmo sabendo que ele não iria me responder. Ele me encara com seus olhinhos espertos e eu esfrego seu queixo peludo.

— Boss, chegamos! — Ouço vozes distintas que chamam minha atenção.

— Estou aqui! — Respondo com o intuito de indicar minha localização.

Dominick, Nastka e Mikhail chegam juntos na sala, indico para que eles se acomodem onde bem quiserem, mas eles evitam o meu pedido e continuam de pé. Deixo Sasha se ajeitar em meu ombro enquanto me livro do terno que ficou úmido por causa de Sasha, e assim que estou pronto direciono minha atenção para os presentes.

— Sasha, vem aqui com o seu favorito! — Mikhail diz sorrindo estranhamente e Nastka lhe dá uma cotovelada.

— Jogue essa merda de pirulito fora, por que da ultima vez o Sasha pegou essa merda e foi um trabalho para tirar dele. — Nastka diz entre dentes e Mikhail xinga em russo massageando sua lateral dolorida.

— Dom, proteja seu amante! — Mikhail provoca Dominick que nem lhe dá um segundo olhar.

— Não somos amantes, Griboedov! — Dominick repreende friamente.

— Não comece, Mika! — Nastka fala irritada, mas seu irmão a ignora focado somente em Dominick.

— Somos amantes sim, só que você ainda não sabe! — Mikhail diz piscando para Dominick.

— Leve seu trabalho a sério! — Reclama Dominick, voltando sua atenção para mim. — Me desculpe senhor, pode dizer o que o senhor deseja de nós. — Dominick pede de modo profissional.

— Agora que acabaram, podemos conversar? — Pergunto de modo sério e os três assente rapidamente. — Bom! — Acaricio o pelo de Sasha antes de voltar meus olhos para os três novamente. — Daqui a duas semanas, estou indo para Moscou a mando de Aleksandr. — Aviso simplesmente os vendo franzir o cenho.

— Mas agora? Ainda é cedo para o senhor se ausentar desse jeito! — Nastka comenta olhando para os dois ao seu lado. — Ainda mais tendo os Yegorov em nossos calcanhares.

— Concordo com você, mas o velho quer minha presença. — Digo levemente.

— Vamos com o senhor, Boss! — Mikhail assume e eu nego.

— Somente um de vocês irá comigo, preciso que o restante de vocês fique e me ajude com os negócios aqui. — Comunico.

— Entendemos! — Respondem uníssono.

— Já escolheu quem de nós irá? — Dominick pergunta e eu dou de ombros.

— Não sei, vou deixar isso com vocês, porque independente de quem for pra mim está de bom tamanho. — Explico de modo impassível olhando para Sasha adormecido no meu colo.

— Entendemos, mas só que... — Nastka começa a falar, mas uma mensagem chega no seu celular. — Mudak! — pragueja ela e eu cerro os olhos.

— Do que se tratar? — Indago, já imaginando do que possa se tratar.

— Os homens de Yuri estão indo para o Paradise agora, Boss! — Nastka diz entre dentes e Mikhail pragueja ao seu lado.

— O que faremos, senhor? — Dominick me pergunta e me levanto do meu lugar tranquilamente.

— O que mais seria? Se eles estão buscando por mim, por que não lhes dar um pouco de presença, certo? — Questiono em tom gélido, abrindo um sorriso de lado. — Sairemos agora! — Comunico friamente.

— Sim, senhor! — Respondem uníssono.

Deixo Sasha adormecida em seu local de descanso, vou a procura de um terno completo para trocar de roupa. Após me arrumar sai acompanhado pelos três, a tensão de Nastka e Mikhail é nítida, no entanto, permaneço do mesmo modo. Por que sei exatamente o que devo fazer, para que essa palhaçada ridícula seja interrompida antes mesmo de começar. Não demora muito para chegarmos em frente a Paradise, olho de relance para alguns seguranças, que foram contratados pela antiga administração. Sorrio mentalmente, mesmo que por fora mantenha uma máscara fria e inacessível, por que mesmo daqui consigo ouvir as vozes alteradas das pessoas dentro do meu estabelecimento.

— Quero saber se não temos direito de saber onde o Viktor se meteu! — O grito alto e cheio de autoridade em russo não me causa raiva, muito pelo contrário, me causa expectativa por que é tudo o que eu precisava.

— Se está tão curioso sobre a minha estadia, me encontro bem atrás de você! — Falo de um jeito tão sem emoção que isso chama a atenção dos demais.

— Oh, nosso atual chefe resolveu finalmente aparecer! — O homem diz em tom malicioso, girando seu corpo para me encarar cheio de altivez.

— Hum... — Solto um som de reconhecimento e me viro para Mikhail. — Será que devo dar meus itinerários para todas as famílias, Griboedov? — Questiono sem emoção e ele nega.

— Não Boss, sua liberdade é o que prova sua autoridade e legalidade a Bratva! — Mikhail responde olhando para os homens à sua frente com um olhar vidrado e enlouquecido.

— Bom, entendo! — Confirmo em reconhecimento, entrelaçando meus dedos à frente do meu corpo.

— Estávamos preocupados que um legado tão importante do senhor Vasily e sua família ficaria entregue para pessoas incompetentes e imaturas. — O homem se levanta para dizer, e eu posso não me interessar para saber seu nome, mas sei muito bem que ele é um dos braços de Yuri.

— Do senhor Vasily? É isso que você realmente acabou de dizer? — Indago para ter certeza de suas palavras.

Vou me aproximando pouco a pouco, a cada passo que dou em direção ao infeliz ignorante à minha frente. Isso faz com que os homens que o acompanham se movam do lugar de modo desconfortável. Alongo meu pescoço, pois nem mesmo tive tempo para poder fazer isso sem que essas pessoas desgraçadas encontrassem problemas em minha porta. Quando estou perto o suficiente do fiel subordinado de Yuri, percebo o quão idiota esse sujeito na minha frente foi.

— Antes de você surgir do nada era para a fami... — Suas palavras são interrompidas quando um soco abrupto corta o ar do seu diafragma.

— O que estava dizendo mesmo? — Pergunto arrumando meu terno, enquanto vejo o homem se contorcendo de dor.

— Ah... — Ele tenta recuperar o ar no seus pulmões, mas não consegue e eu aproximo meus ouvidos até a sua boca balbuciante.

— Ficou sem palavras? Será que devo ajudá-lo a continuar derramando merda? — Pergunto seriamente, fingindo confusão. 

Imediatamente ouvi os gritos de aviso dos demais presentes, e a única coisa que faço é ignorar as vozes irritantes e olhar em direção aos meus três executores. Que são inteligentes o suficiente para entender a minha mensagem. Antes que os gritos continuassem a perturbar o meu ambiente controlado, os três são rápidos e cirúrgicos em imobilizar toda a confusão. No instante que o silêncio bem-vindo chega até mim, é a minha vez de agir, com isso chuto a parte de trás dos joelhos do desgraçado ousado. Vejo o seu corpo grande cair como a porra de uma fruta podre, mas não espero que seu corpo desmorone completamente no chão frio. Por que logo me posicionei atrás de suas costas, apertando os cabelos no alto da sua cabeça com força.

— Como era mesmo a merda que você estava derramando para mim? — Pergunto com meus lábios bem próximos do seu ouvido.

— Nã... não, boss! Não foi minha... — Gagueja ele amedrontado, soltando ranho e baba por todo lugar.

— Curitsa (covarde)! — Digo com desgosto, porque ele estava tão ativo até poucos instantes, mas agora age tão covardemente. — Sabe qual foi a verdadeira herança que Maxim Konstantinov deixou para mim? — Indago em tom uniforme, alisando seu rosto nojento.

— Boss... — Diz ele e eu nego fazendo um som de silêncio, enquanto ergo minha mão para pedir a adaga de Mikhail.

— Aqui está, Boss! — Diz ele descansando sua adaga entre meus dedos.

— Maxim me ensinou o verdadeiro significado do que é ser um assassino a sangue frio! — Confidencio ao homem, deixando cada palavra sair arrastada e sem dar muita importância.

Sem dizer uma única palavra de aviso ou conforto, descanso a lâmina da adaga no seu pescoço esticado para trás. Seus olhos se arregalaram de tamanha forma que chega a ser palatável o terror que ele sente. O observo se debater sobre minha mão, mas não sinto nada sobre a sua dor, porque foi exatamente isso que eles procuraram quando vieram bater na minha fodida porta. Vejo de perto a vida se esvair dos olhos do homem à minha frente, não ligando que os respingos do seu sangue sujem o meu rosto. Ao me deparar com seu corpo sem vida, o jogo no chão com descaso, me virando para encarar os outros homens que foram subjugados pelos meus homens.

— Mandem essa bagunça de volta para Yuri Yegorov, mas antes cortes a língua das pessoas que me difamaram descaradamente. — Mando após alisar os fios rebeldes do meu cabelo com as mão ensanguentadas.

— Sim, Boss! — O coro de vozes firmes tomam o ambiente assustadoramente silencioso.

Vamos ver até quando vão continuar a me subestimar, mesmo que eu continue sem lhes dar nenhum significado. Tenho certeza que vou adorar brincar com quem quer que anseie por uma diversão, por que se tem uma coisa que não desperdiço é o meu tempo.

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Esse aqui é o Sasha, para quem não conhece um Vison Americano!!

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