CAPÍTULO 07 ⚔️

Que porra é essa que estou fazendo?

Repreendo internamente essa minha loucura repentina, por que eu não faço ideia do que estava em minha cabeça, quando decidi impedir Justin de seguir os nossos primos. E que história é essa de perguntar se ele ainda queria me ver? Que merda estava pensando? Não sei dizer ao certo o que deu em mim, mas quando vi já estava avançando e segurando sua mão. Talvez minha mente doentia estava ansiosa demais para sentir o toque de suas mãos, ou simplesmente sou um fodido louco a procura de sua atenção. Não sei, realmente não tenho uma resposta para isso. Só que posso dizer com toda certeza do mundo que não posso mentir para mim mesmo e dizer que não quero isso.

Eu quero, eu quero muito! Quero que Justin encoste seus dedos no meu rosto, quero sentir a quentura de seu corpo perto do meu, quero sentir nossas respirações juntas, mesmo que não seja exatamente do modo que espero.

Foda-se! Sou um verdadeiro desgraçado! Parece que tenho uma fantasia absurda por me torturar. Se não for isso, eu não sei dizer ao certo o motivo dessa minha loucura. No entanto, acho que minha mente virou gelatina quando ouvi Justin com sua irmã de modo tão adorável. Explicando a ela sobre o motivo de meus irmãos estarem tão ciumentos e territoriais comigo. Nesse momento algo estalou em mim e a única coisa que desejei era poder voltar no tempo, eu queria parar no exato momento que Justin pediu para me ver. Se não tivesse hesitado, quem sabe assim eu não estaria passando por esse tipo de situação agora.

Às vezes queria poder chutar minha bunda por estar perdendo pouco a pouco o meu auto controle. Devo parar com isso, devo evitar que meu controle escape entre meus dedos. Quem sabe agora, depois de ter feito essa merda, tudo volte a entrar nos trilhos e eu consiga me distanciar desses sentimentos furiosos que sinto por Justin.

— Vik, você está falando sério? — Pergunta Justin com uma estonteante expressão de alegria.

— Estou! — Respondo de forma firme e sucinta.

— Hum... aqui! — Justin diz estendendo a outra mão. — Deixe-me vê-lo, Vik! — Pede sorrindo e respiro fundo antes de segurar suas duas mãos.

— Tudo bem! — Digo baixo engolindo em seco.

No mesmo instante que deixo as mãos de Justin descansar no meu rosto, sinto como se a porra do meu coração idiota fosse pular para fora do meu peito. Fecho meus olhos para manter o único fio existente da minha sanidade, porque só Deus sabe a vontade que tenho neste momento. Justin murmura coisas suaves enquanto seus dedos passeiam pelo meu rosto, mas minha mente está tão nublada que nem consigo entender direito o que inferno ele está falando. Seus dedos alisam vagarosamente minha testa, minhas sobrancelhas, deslizando livremente até desenhar com delicadeza as linhas do meu nariz, descendo até minha barba por fazer. A ponta dos seus dedos coçam minha barba como se ele estivesse achando divertido e interessante.

Olho para seu sorriso de perto, sentindo meu interior se partir ao meio. Meus dedos coçam para traçar as linhas harmônicas dos seus lábios rosados, bem do modo que ele está fazendo agora comigo. Quero muito tocar no homem a minha frente, uma vozinha maligna em minha cabeça diz para jogar tudo para o inferno e abraçar sua cintura estreita com força. Juntando nossos corpos em um nível que poderíamos virar uma única pessoa. Mas não, eu não posso ceder a essa voz infeliz, devo continuar trabalhando o meu controle. Não posso ultrapassar essa linha porque ela está se tornando gasta além do meu limite. Aperto meus punhos com força, cravando minhas unhas na palma da mão a ponto de feri-la. No entanto, não ligo para porra do meu ferimento, tudo o que tenho que fazer é manter a cabeça no lugar. Suas belas mãos sobem para meu cabelo, e uma risadinha fofa sai dos seus lábios novamente.

Como demônios vou conseguir evitar de calar esse seu risinho com um beijo, que é capaz de sugar até mesmo sua alma? Blyat!

— O que o fez rir? — Questiono com a voz mais rouca do que eu gostaria. Olho intensivamente para seu rosto risonho enquanto seus dedos brincam com a mecha do meu cabelo.

— É porque seu cabelo cresceu bastante desde a última vez que toquei. — Justin revela e eu fecho meus olhos com força.

— Hum... — Digo, não conseguindo formular palavras corretamente.

— Acho legal, você está mais velho, e parece até mais forte! — Justin diz descendo sua mão da minha cabeça até meus ombros. Ah, merda!

— Você acha? — Pergunto após soltar um pirralho da minha garganta.

— Foi isso que minha amiga Violeta disse quando você saiu do quarto ontem. — Justin explica franzindo o cenho.

— O que ela disse? — Indago sem um pingo de interesse no que essa tal pessoa disse, mas só o fato de deixá-lo falar mais um pouco é o mais importante.

— Ela disse que você era muito bonito, que tinha uma presença marcante, e que era alto e forte como uma montanha. — Justin conta divertido e eu faço uma careta.

— Não sabia que parecia assim para os outros. — Digo seriamente e ele estalou a língua.

— Nora disse que você parecia uma pessoa assustadora também. — Justin revela com tom de dúvida.

— Você pensa assim? — Indago o vendo negar.

— Claro que não, você é o nosso irmão mais velho, como poderia ser assustador? — As palavras de Justin me fazem parar.

Seguro as mãos de Justin de forma tão abrupta que o assusta um pouco, o afasto de mim com a distância de um braço. Sinto que a realidade do momento recai sob minha cabeça como um peso de uma tonelada. Inferno, o que estou fazendo? Justin tem a mim como um membro da sua família, um irmão mais velho que irá protegê-lo e que lhe guiará em momento de dificuldades. Meus sentimentos sujos com relação a ele destoam de tudo isso, e eu me sinto um verdadeiro desgraçado agora. Preciso sair daqui o mais rápido possível, necessito alinhar todos esses sentimentos conflitantes dentro de mim. E o principal de tudo, preciso me manter longe de Justin! Me perdi um por um instante, mas agora que a realidade bateu na porta, devo me concentrar em esquecer essa paixão enfurecida que queima em mim como um veneno maldito.

Não posso me permitir sentir esse amor, não posso me deixar ser capturado dessa maneira. Justin é minha família, meu primo que precisa de mim assim como os outros primos. Devo colocá-lo no mesmo lugar que Hope e Ella e nada mais do que isso. É isso! É bem isso mesmo! Mas por que ainda anseio em abraçá-lo forte e não soltar até que ele se torne meu por completo? Ah porra! Tenho que sair daqui o mais rápido possível!

Inferno maldito, meu pau está duro!

— Vik? — Chama Justin sem esconder sua dúvida no rosto. — O que houve? — Indaga e eu engulo em seco.

— Não foi nada, por que você não vai comer alguma coisa com os outros? — Aponto tentando me distanciar um pouco mais, e ele franze o cenho.

— Eu vou, mas porque... — Nem deixo ele terminar de falar e já o interrompo.

— Você precisa se recuperar, vá se alimentar e descansar um pouco. — Peço, ele assente levemente, mas ainda vejo a dúvida nele.

— Tudo bem, mas você vai vir também, certo? — Questiona e eu respiro fundo.

— Agora não, vou tomar um banho primeiro e já estarei lá. — Explico em tom firme e ele vira a cabeça de um modo fofo, quase me matando por dentro.

— Está bem então! — Responde em forma de sussurro.

— Aqui, tome sua bengala! — Pego sua bengala que foi largada em qualquer lugar, abro e deixo em sua mão.

— Obrigado, Vik! — Agradece com a voz pequena.

— Certo, estou indo! — Digo virando para ir em direção às escadas, mas quando vou dar um passo largo sinto minha roupa sendo puxada com força.

Praguejo mentalmente, fechando meus olhos por um breve instante, e quando os abro novamente vejo os dedos brancos e firmes de Justin segurando o meu paletó com uma intensidade que deixa os nós dos seus dedos pálidos. Abro minha boca para perguntar o por que ele está me impedindo de sair, mas fecho sem conseguir soltar as palavras corretamente.

— Por que sempre tenho a impressão de que você vai fugir para longe? — Sua voz saiu firme, só que consigo perceber um pouco de tristeza também.

— Mas... como? — Indago piscando várias vezes.

— Viktor, você sempre vai embora, não sei dizer ao certo, mas é isso que sinto. — Justin explica colocando a mão livre no peito, ao ver isso aperto meu nariz com força.

— É impressão sua, Justin! Prometo que só vou subir para meu quarto. — Paro o encarando — Não é como se eu fosse correr para Nova York ou coisa do tipo. — Tento aliviar meu tom de voz ao máximo.

— Se é assim, tudo bem! — Diz ele respirando fundo, mas mesmo assim ele não me solta do seu aperto.

— Jus, você pode me soltar? — Pergunto de modo suave.

— Oh sim, desculpe! — Diz soltando o tecido do meu paletó em um pulo. — Eu... eu vou... eu vou indo! — Fala confuso andando apressadamente em direção a sala de jantar com sua bengala em mãos.

— Inferno, é por isso que estou fodido! — Resmungo inconformado, desviando os olhos das costas firmes de Justin.

Sem perder mais tempo corro até as escadas, pulando os degraus de dois em dois, pois tenho muita pressa em chegar ao meu quarto. No momento que abro a porta começo a me livrar das roupas que estou usando, sem me importar onde elas vão cair. Quando chego ao banheiro consigo terminar de me despir, com a cabeça turbulenta abro a torneira do chuveiro sem me importar com a temperatura da água ou coisa do tipo. Deixo a água molhar minha cabeça, fecho meus olhos com força tentando livrar meu coração de tanta confusão. Faz tanto tempo que escondo de todo mundo que vejo Justin como algo além do que primos. Esse sentimento foi tomando proporções tão gigantescas que hoje me vejo entrando em desespero com um simples e fodido toque de mão.

Não existe nada que possa me assombrar, sobrevivi dentre tantas barbaridades, hoje estou no controle de uma organização criminosa. No entanto nada me dar mais temeroso do que perder o controle e revelar o amor, paixão e tesão avassalador que sinto pela porra do meu primo. As vezes acho que os Deuses olham para mim e riem da minha cara por ser um infeliz! Todas as torturas que passei nos testes da Bratva são fichinha perto do que é estar com o amor da sua vida bem diante de você e não poder tê-lo para si. Inferno, como isso é fodido! Gostaria muito de poder rasgar o véu e só roubá-lo para mim, mas eu simplesmente não posso.

— Não esqueça que ele está namorando também, porra! — Falo para mim mesmo enquanto abaixo a cabeça para olhar minhas mão feridas. — Se controla, seu idiota imprestavel! — Xingo dando um soco forte na parede.

A dor em minha mão faz com que eu acorde para vida, por que só assim meu controle volta a se estabilizar. Escovo meus cabelos ensopados com os dedos, expiro uma forte respiração entre meus lábios, isso me ajuda a acalmar meus nervos. Quando me vejo estável novamente termino meu banho, limpando meu corpo e minha mente de qualquer tipo de impureza. Finalizo o banho, sentindo que voltei a ser o mesmo de sempre, enxugo meu corpo e enrolo a toalha na minha cintura. No momento que saio do banheiro noto que meu celular, que foi jogado no chão, está indicando uma ligação. Franzo o cenho, tentando imaginar quem poderia estar me ligando nesse momento, mas quando levanto o celular e vejo o nome na tela me surpreendo.

— Então quer dizer que o senhor mafioso russo, voltou para Milão! — A voz de Arthur Nardelli chega ao meu ouvido e eu nego com a cabeça.

— Você poderia ser menos inconveniente? — Pergunto e ele ri do outro lado.

— Impossível! — Responde seriamente e eu me forço a não revirar os olhos. — Já faz tempo, meu amigo! — Declara ele sentido e eu dou um sorriso curto.

— Verdade, mas você sabe que tive motivos. — Aponto e ele faz um som de confirmação.

— Claro que sei, mas não entendo! — Arthur diz e quando penso em responder ele volta a falar. — Deixe isso para lá, não é momento! — Arthur faz uma pausa. — Diga-me, o que veio fazer aqui? — Indaga e arquei minha sobrancelha.

— Essa é uma pergunta de um amigo ou de um policial? — retorno a pergunta o fazendo rir.

— De um amigo é claro! — responde levianamente.

— Vai me dizer que seus superiores não mandaram você ficar de olho em mim? — Questiono o deixando em silêncio por um tempo.

— Cazzo, Viktor! Você sabe como estragar o momento! — Acusa irritado e eu dou um curto sorriso.

— Então é verdade, certo? — O provoco olhando friamente para fora da janela ampla do meu quarto.

— Aqueles idiotas sempre estão preocupados em explodir uma guerra de território por aqui. — Arthur conta e eu reviro os olhos.

— Não penso em expandir meus negócios por aqui, Nardelli. — Digo seriamente. — Esse é o lar da minha família. — Concluo e ele bufa.

— Sei disso, mas não te liguei por causa disso, eu só queria falar com um amigo que não vejo há um tempo. — Relata Arthur tranquilamente.

Não faço a mínima ideia de como essa amizade começou, pode ser o fato de nossas famílias serem próximas uma da outra. Ou o fato de nós dois sermos fodidos da cabeça, com um passado mais fodido ainda. Não posso dizer qual é a melhor alternativa, no entanto cá estamos nós aturando um ao outro desde a nossa adolescência. Arthur é um cara do bem, que conseguiu se abrir de coração para a família Nardelli, mesmo diante de todas as merdas que passou. Mesmo que tenhamos seguidos caminhos diferentes tenho certeza que se um dia pedir por alguma ajuda, ele vai ser uma das primeiras pessoas a carregar suas armas para ir onde quer que eu esteja. Somos homens adultos, de poucas palavras, rígidos com a vida, mas que sabem ser leal, é por isso que continuamos nos dando bem.

— Não precisa se explicar, porque até se fosse o contrário estaria tudo bem para mim. Você só está fazendo seu trabalho. — Digo e ele rir.

— Acho que ter se bandeado no meio dos russos mafiosos fez você dar mais valor às amizades verdadeiras. — Provoca ele me deixando irado.

— Vai se foder, Suka (cadela)! — Esbravejo o fazendo rir no primeiro momento, mas logo fica sério.

— Do que você acabou de me chamar? — Pergunta friamente e eu o ignoro. — Sabia que deveria aprender mais russo, esse idiota me xinga em russo e eu não sei o que é. — Arthur lamenta inconformado.

— Dio Santo! — Ouço um arfar repentino atrás de mim, que faz com que eu seja pego desprevenido.

Viro meu corpo para encontrar a origem do barulho, mas lamento internamente quando vejo meu pai Andrea parado na porta do meu quarto com uma expressão de dor no seu rosto delicado. Não preciso averiguar demais para saber o por que dessa uma expressão, pois seus olhos estão encarando fixamente a parte nua do meu corpo. Desvio meu rosto por que é dolorido para mim vê-lo desse jeito, aproveito o momento para me despedir de Arthur o mais breve possível.

— Tenho que ir, Arthur, ligo para você depois! — Aviso e antes que ele pudesse responder desligo a ligação. — Papa! — chamo o observando vir em minha direção.

— Quem? Quem fez isso com você, Viktor? — Papa pergunta em russo erguendo a cabeça, me encarando com uma expressão gélida.

Droga, ele falou em russo, isso é sinal de que está muito furioso!

— Papai, espera! — Começo, estendendo a mão para pará-lo, mas ele dá um tapa na minha mão.

— Não me mande esperar, garoto! — Manda apontando o dedo indicador para mim. — Você não pode mandar seu pai esperar, ainda mais quando preciso descobrir os nomes das pessoas que vão morrer! — Diz em seu modo assassino que faz minha espinha arrepiar.

— Sinto muito! — Respondo abaixando minha cabeça sem jeito.

— Como eles podem fazer isso com o meu filho! — papa esbraveja. — Quais foram os malditos testes que eles fizeram para que você esteja cheio de cicatrizes nas costas assim? — Indaga entre dentes e eu tento segurá-lo, mas ele desvia de mim.

— Não pense em me amolecer, Viktor Aandreozzi! Eu só preciso de nomes, vamos, diga-me! — O ódio de meu pai é palpável, mas não posso deixá-lo continuar assim.

— Papai, por favor, me ouça, sim? — Peço estendendo minha mão para ele.

— Como posso me sentar e deixar você ficar desse jeito? Eu te protegi tanto, meu filho, eu cuidei de você, cuidei de todos seus machucados. Então como posso deixar que esses desgraçados infelizes deixem tais cicatrizes em você? — Meu pai pergunta e vejo lágrimas se acumularem em seus olhos claros.

Sem me importar se estou só de toalha, eu abraço o corpo do meu pai com força. Sei exatamente o porque que ele está assim, entendo muito bem sua frustração, sua raiva e vontade de matar. Juro por tudo que a de mais sagrado nesse mundo que entendo, pois meu pai sabe exatamente o que essas marcas significam. Papa passou por muitas coisas enquanto estava na máfia, então ele entende. Eles sempre dizem que primeiro você deve ser torturado, para aprender o que verdadeiramente significa sobre pela Família. Eles exigem lealdade, ele mexem em sua mente e em seu coração para que você se quebre pouco a pouco. Porque só assim você entenderá que sua única salvação é a Bratva, e que sua lealdade deve ser somente para os interesses da família.

— Eu nunca quis isso para você, filho! — Papai fala entre soluços e eu fecho meus olhos.

— Mas eu não teria como correr por muito tempo, papa! — Confesso em tom baixo. — Os membros da nossa família podem não entender o verdadeiro significado dessas palavras, mas o senhor faz. O senhor sabe disso, papai! — Digo e ele levanta o rosto para poder me olhar nos olhos.

— Eu sei, e é por isso que doi tanto! — Papa diz e eu dou um sorriso triste.

— Não seja assim, confie um pouco no seu filho, tudo bem? — Peço e ele me encara em silêncio.

— É claro que confio em você, Vik! — Diz e eu respiro fundo, voltando a abraçá-lo.

— Somos dois sobreviventes, papai, vencemos uma vez e vamos continuar vencendo sempre que for necessário. Não tenha medo, e não pense em vingança, só não esquece que eu sou o seu filho, a sua cria, e que não vou deixar que nada de ruim aconteça a mim ou aos meus. — Digo cada palavra com fervor, pois elas foram tatuadas em minha alma.

— Eu te amo tanto, meu filho! — Declara meu pai apertando seus braços em volta de mim com mais força.

Da, i ya lyublyu tebya, papochka! (Sim, e eu te amo, papai!) — Respondo o mais verdadeiro possível.

Devo minha vida ao meu pai, agora é minha vez de retornar tudo aquilo que ele fez por mim. Só espero conseguir alcançar esse objetivo!

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