CAPÍTULO 03 ⚔️
— Você tem noção do quão preocupados ficamos quando soubemos o que aconteceu, Justin? — Samantha fala de modo colérico, segurando meu roupão hospitalar com força.
— Tenho uma pequena noção, Sam! — Resplico colocando minhas mãos sobre as suas.
— Sua abóbora sem vergonha, não venha falar comigo desse jeitinho doce, está tentando me tranquilizar para não brigar com você é? — Sam indaga me chacoalhando.
— Samantha, Jus ainda está em recuperação, não faça isso! — Otto avisa rapidamente e Sam para abruptamente.
— Ops! Sinto muito, esqueci, mas esse cara me deixou muito puta! — Sam aponta inconformada.
— Sabemos sua chateação, e estamos tão chateados quanto, mas agora temos que cuidar desse teimoso dos infernos. — Pietro resmunga e eu solto uma respiração leve.
— Mas é como Otto disse, brigar com Jus não é solução! — Isabel retruca fazendo Samantha bufar.
— Quando foi que você ficou tão consciente, sua adolescente sem noção? — Contesta Sam a sua irmãzinha. — Me mostre esse dedo novamente e eu vou arrancá-lo, garota! — Ameaça irritada.
— Venha aqui, quero ver se você tem coragem! — Isabel provoca a irmã mais velha de forma maliciosa.
— Olha Isabel! — Avisa Sam perigosamente tentando ir até Bel, mas eu a segurei com força.
— Não briguem, por favor! — Peço calmamente fazendo Sam parar seus movimentos.
— Obrigado, Jus! — Isabel diz dando uma risadinha para provocar a irmã.
— Você está protegendo essa adolescente sem noção, Jus! — Sam aponta sem acreditar e eu nego.
— Só não quero que vocês quebrem nada dentro do hospital, a conta hospitalar já é cara o suficiente para ter que acrescentar algumas máquinas e portas na soma de tudo. — Digo calmamente e ouço risadas no ambiente, que eu sei que é Pietro e Otto.
— Prático como sempre, primo! — Pê diz entre risos.
— Mas ele tem um ponto! — Otto ressalta de modo pensativo.
Desde o momento que abri meus olhos no dia seguinte a minha cirurgia de emergência que estou sendo confrontado pelos membros da família. Para ser mais específico, estou sendo confrontado pelos meus primos que foram aparecendo de tempos em tempos com meus tios. O Primeiro a parecer foi Otto, que estava em Paris trabalhando em um projeto de pesquisa antropológica para seu curso da Universidade. Otto lamentou por somente ter recebido a mensagem hoje pela manhã cedo, quando chegou de sua viagem de trem. Meu primo estava tão agitado que o tio Andrea teve que acalmá-lo e dizer que estava tudo bem e que eu não estava mais em perigo. É sempre fácil acalmar os ânimos de Otto, por que ele é um sujeito que sempre consegue organizar suas emoções com facilidade. Ou seja, Otto leva a vida em uma tranquilidade assustadora, às vezes, mas eu acho isso o mais bacana nele.
Deixando Otto, e seu modo de levar a vida, de lado, a próxima pessoa que chegou quase derrubando o hospital abaixo foi Pietro e tio Luiz Otávio. Meu primo e tio chegaram aqui acompanhados pelo meu tio Filippo. Diferente da seriedade do meu tio Lippo, Tio Luti e o Pê estavam extremamente nervosos quando souberam do acontecido. Não sei dizer se o fato deles serem especificamente da área de saúde influenciou de algum modo. No entanto, quando eles chegaram ao meu quarto e me viram acordado e bem, eles relaxaram imediatamente. Mas não antes de Pietro resmungar muitas vezes que fui um verdadeiro idiota até ser repreendido por tio Lippo.
Pensei que tudo havia voltado a normalidade até ser pego de surpresa pelo som abrupto da porta do quarto abrindo com força novamente. E dessa vez as pessoas que vieram não foram ninguém menos que Tio Lucca, Samantha e Isabel. Nem esperei por calmaria ou coisa do tipo, por que se tem uma coisa que tio Lucca e Sam não são é calmos. Por isso que agora estou aqui enfrentando essa fera em forma de mulher, que estava pronta para me descer a mão se não fosse pelos outros.
— Onde está Tio Lucca? Não sinto a presença dele. — Pergunto curioso. Tio Lucca veio me ver, perguntar como eu estava, deixou um beijo na minha cabeça e saiu logo em seguida.
— Papai Lucca disse que ia ligar para Papai Luigi e para minha mãe para avisar sobre seu estado de saúde. — Isabel conta e eu ergo a mão para chamar por ela.
Soube pelas meninas que tia Gio ficou em Chicago por que seu marido tinha que resolver algo sobre a compra de alguma obra de arte dele. E tio Luigi estava finalizando uma reunião importante na empresa sozinho para que tio Lucca pudesse vir com as meninas. Mas talvez iremos nos encontrar na casa de nossos avós em Milão esse final de semana. Tem como não se sentir amado e valorizado desse jeito? Essa família é fora de série!
— Você não veio me dar um beijo, sua pequena rebelde. — Falo carinhosamente e logo consigo sentir o toque suave de sua mão na minha.
— Que bom que você está bem, primo! — Diz ela descansando minha mão no seu rosto.
— Essa garota sabe fingir doçura quando quer. — Sam resmunga, mas sei que no fundo se derrete por sua irmã também.
—Você era pior que ela nessa idade! — Pietro brinca fazendo Samantha rosnar.
— Olha quem fala, não sei quem era pior! — Otto diz baixinho, mas com minha audição apurada consegui ouvir muito bem.
— Concordo! — Falo e sinto um beliscão na minha costela. —Isso doeu, Sam! — fingi dor de modo dramático.
— Não minta seu príncipe safado, nem foi forte assim! — Sam diz e eu riu baixinho. Nem me dei o trabalho de evitar seu "ataque" repentino, pois sabia que não doeria nada.
— Conseguiu falar com o Vik, Otto? — A voz de Pietro me alcança de repente fechando meu sorriso.
— Não! — Responde ele soltando um longo suspiro. — Ele ficou incomunicável por um tempo, consegui falar com ele brevemente outro dia. — Otto explica.
— Mas Duda não estava em Nova York? — Sam indaga e Pê solta um de confirmação
— Sim, ela foi atrás do Vik, contou aos nossos pais que foi junto com nosso primo resolver algum problema de um dos clientes de Miami. — Pietro faz uma pausa. — Mas tenho a impressão que ouvi papai contar a ela sobre o estado de Jus. — Conta com duvidas me deixando em alerta.
— Será que ela disse ao Vik que... — Começo a falar, mas não consigo terminar por conta da tensão.
— Tenho certeza! Até parece que você não sabe como os nossos primos mais velhos são. — Retruca Sam sem esconder seu descontentamento. — É uma puta injustiça que só Duda consegue encontrar Vik! — Samantha reclama com desgosto.
— Nem começa essa história, Sam! A última vez que tentamos correr até Vik nossos pais ficaram loucos, quase pensei que levaria minha primeira surra de Babo a sério sem ser treinamento. — Pietro lembra em tom amedrontado e eu estremeço com a lembrança.
Tio Filippo é muito, muito assustador às vezes!
— Vik foi muito claro que a Bratva não é brincadeira, qualquer vacilo nosso vai ser terrível. Não é como das vezes que Samantha e Pietro aprontam nas baladas e vamos presos para nossos pais nos tirarem. — Otto ressalta, deixando Pietro e Samantha se agitarem.
— Eu? Como é que eu apronto? — Sam questiona em revolta.
— Pois é, também quero saber! Temos senso de medida! — Pietro replica bravo.
—Senso de medida? Vai querer mesmo que relembre sobre a balada que você humilhou aquele valentão da sua faculdade a quase um ano? — Otto pergunta com seu jeito calmo.
— Precisa não! — Pietro diz após soltar um pigarro com a garganta.
— Falando nisso, você já resolveu o que sente por aquele brutamontes tatuado e hétero? — Samantha solta de repente, Pietro exclama horrorizado.
— O que... o que merda, você está dizendo, mulher? — A voz de Pietro saiu alta e aguda.
— Mas por que essa reação, eu perguntei algo absurdo? — Diz Sam do seu jeitinho malicioso.
— Não estávamos falando do Vik? Por que não voltamos? — Pietro pergunta com um grande esforço para fugir do assunto.
— Por que? Tenho certeza que logo mais nosso primo mafioso e a mini versão de Tio Lippo estão chegando por aqui. — As palavras confiantes de Samantha me fizeram torcer as mãos juntas.
— Como tem tanta certeza disso? — Otto indaga a Sam que solta um bufo indignado.
— Duvido muito que ao saber que Jus não estava bem, que os dois não corram pra cá. Se eles não virem eu mudo meu nome amanhã mesmo! — Sam brinca soltando uma gargalhada.
— Se isso acontecer eu vou te chamar de Jennifer a partir de amanhã, mana! — Isabel fala de um jeito sapeco.
— Tente a sorte, lindinha! — Aponta Sam, e Bel rir.
Minha mente viaja nas palavras de Samantha, por que para mim é inconcebível que Viktor deixe suas coisas de lado e apareça por aqui. Logo ele que tem tanto medo de deixar a família vulnerável, que é sério e decidido em suas palavras e ações. Então não, tenho absoluta certeza que Viktor não faria uma coisa dessa! Claro, não vou tirar seu cuidado e preocupação com o bem estar da família, pode ser que ele ligue para mamma para se atualizar sobre a situação. Meu primo mais velho tem um zelo muito grande não só comigo, mas com todos os outros primos também, porque além de ser nossa família, ele é nossa referência. Aquele que procuramos quando as coisas ficam complicadas, o nosso conselheiro e o irmão mais velho de todos. sendo assim posso pensar que ele não se importaria. Isso literalmente nem passa pela minha cabeça, mas ele aparecer aqui já é demais para assimilar.
Por isso que tenho uma concepção errônea dos meus sentimentos estranhos por Viktor. Talvez a minha mente infantil tenha idealizado alguns sentimentos contraditórios pelo fato de depender de Vik, assim como meus primos, por ele ser o mais velho de nós. Quem sabe o amor fraternal que tenho por ele, seja tão forte ao ponto de confundir minha cabeça, enviando mensagens pouco compreendidas. Sei lá, mas em minha mente isso explica muita coisa, ou pelo menos eu me force a sempre pensar assim. Merda, não sei! E é melhor continuar desse jeito, porque é uma loucura! Viktor é meu primo, praticamente meu irmão, e isso é algo muito perigoso para mim. Posso até dizer que é ridículo e risível, por isso é melhor deixar essas coisas para trás como sempre fiz e focar no momento de agora.
— Acabou o assunto que nossos velhos estão chegando! — Pietro avisa quando o som das vozes de nossos pais chegam até nós.
— Eu nem estava dizendo mais nada! — Sam resmunga fazendo Pietro bufar.
— E aí crianças colocando as fofocas juvenis em dias? — Nonna Francesca nos pergunta com um ar de riso.
— Claro, Bisa, estamos aqui a todo vapor na fofoca! — Samantha diz e Nonna Francesca caiu na risada.
— Essa é minha garota! — Bisa diz e logo ouço o som de palmas batendo juntas.
— Como você está, filho? — Mamma indaga assim que se aproxima de mim.
— Estou bem, mamma, só esperando para sair logo daqui. — Falo levemente e ela alisa minha cabeça.
— Jus deve estar louco para sair desse lugar cheio de cheiros estranhos, não é? — Tio Luti fala e eu não posso deixar de concordar.
— Sim titio, não vejo a hora! — Digo desanimado.
— Não fique assim, ragazzo, conversamos com seu médico e logo você poderá sair. — Tio Filippo fala com seu modo sério de sempre e eu sorrio.
— Entendo! — Falo assentindo com a cabeça.
— Espero que você não ignore mais os sinais do seu corpo! — Tio Filippo fala em tom de aviso e eu fico rígido.
— Não assuste o Jus desse jeito, Ursão de Luti! — Tio Lucca provoca maliciosamente.
— Isso mesmo, Ursão de Luti! — Tio Enzo ajuda na provocação e mamma rir ao meu lado.
— Due imbecilli! (Dois imbecis) — Tio Filippo diz friamente.
— Calma amor, os meninos só estão tentando distrair o ambiente. — Tio Luti fala tentando acalmar seu marido.
— Não os defenda, bello! — Retruca meu tio desgostoso.
— Mamma, onde estão mommy e meus nonnos? — Questiono sentindo falta deles de repente.
— Seus avós acompanharam minha dolcezza para arrumar as coisas das meninas e as suas para irmos para Milão assim que você for liberado. — Franzo o cenho ao ouvir isso.
— Pensei que íamos em casa antes. — Disse confuso.
— Não, Laila e eu conversamos com seus tios e avós, e decidimos ir todos juntos para casa. — Mamma me explica calmamente.
— Então passaremos meu resguardo da cirurgia lá, certo? — Indago.
— Isso mesmo, por que? Não gostou de saber disso? — Mamma brinca e eu ri.
— Nada disso, é sempre bom ir para casa dos Nonni. — Confirmo e sei que a fiz feliz.
— Você é uma criatura de outro mundo, bambino mio! — suas mãos bagunçaram meu cabelo e eu sorrio.
Uma batida na porta faz a conversa entre a minha família cessar rapidamente. Todos ficaram em silêncio e sem se movimentar para abrir a porta. Naturalmente acharam estranho alguém bater no quarto desse jeito e esperar abrir, pois se fosse o meu médico ou alguém da família já teria entrado sem fazer cerimônia. Sinto a pressão violenta tomar conta do ar, o som tão conhecido por mim de destravar armas chega ao meu ouvido. Se fosse outra pessoas se assustariam agora, mas comigo é diferente, pois sei que minha família está sempre preparada para qualquer eventualidade. A família Aandreozzi se reunindo assim, em um local desconhecido e público pode chamar atenção de inimigos, e para nos proteger fazemos o que temos que fazer. Independentemente de qualquer eventualidade!
— Calma crianças, eu vou abrir! — Nonna Francesca fala, não demora muito para sua voz divertida ser ouvida por mim novamente. — Olha só o que temos aqui, são duas jovenzinhas lindas e com carinhas assustadas! — Minha bisa diz e eu franzo o cenho.
— Você está esperando alguém, filho? — Mamma questiona e eu nego em dúvida.
— Estão procurando por alguém, crianças? — Bisa pergunta em espanhol e quando o vento muda de direção trazendo com ele o cheio eu franzo o cenho.
Droga, por que elas estão aqui?
— Nora, Violeta, são vocês? — Pergunto ainda em confusão.
— Justin, desculpa! Eu só... eu só soube agora! — Nora diz sem jeito.
— Se vocês são conhecidas, não fiquem com medo desses marmanjos cheios de testosteronas e entrem. — Tio Andrea fala em espanhol de forma tranquilizante para as meninas.
— Com sua permissão! — As meninas dizem uníssono.
— Oh querido! — Nora exclama chorosa e ouço seus passos se aproximarem mais perto de mim.
— Sentimos muito, Justin, não sabíamos que você havia sido hospitalizado. Se não fosse por um dos professores comentar, ainda não saberíamos. Certo, amiga? — Violeta comenta com pesar e eu continuo quieto.
— Quem são essas meninas, Jus? São suas colegas de faculdade? — Mamma pergunta delicadamente. Quando abro a boca para confirmar a voz de Violeta me faz praguejar mentalmente.
— Eu sou colega de faculdade, mas Nora aqui é a namorada do Justin! — Violeta conta e imediatamente sinto os olhos fervorosos de minha família sob mim.
Minha nossa, estou ferrado!
— Namorada? Olha que notícia surpreendente! — Samantha é a primeira a falar depois de um silêncio atormentador.
Tenho certeza que Sam deve está pensando que menti, por que só havia dito que Nora era só amiga, pelo menos foi isso que acho que disse.
— Você nunca me falou sobre namorada, bambino! — A voz de mamma sai de forma estranha e eu nem sei o que fazer agora.
— Oh, não é bem assim senhora, nós ainda não... — Nora começa a tentar explicar de forma apressada.
— Fique tranquila querida, não precisa explicar! — Nonna Francesca fala de modo alegre. — O importante é que um de meus bisnetos desencantou! És aqui um dos meus garotinhos que está com uma namoradinha! — Bisa fala feliz.
— Mas Bisa, Otto já namorou antes, lembra? — Pietro fala como se lembrasse de algo.
— Pietro, pare! — Pede Otto como se não quisesse tocar no assunto.
— Aquele maledetto que Otto namorou não conta como tal, meu pobrezinho tem dedo podre como Andrea. — Bisa diz causando um alvoroço de risos.
— Nonna, meu anjo é casado comigo! — Reclama meu tio em tom de desaprovação.
— Por isso mesmo, mas esse não é o assunto da vez e sim o nosso Justin. — Bisa diz me causando uma onda de constrangimento.
— Isso é uma surpresa e tanto, queria que Laila tivesse aqui para saber da notícia. — Tio Lucca fala maliciosamente piorando meu estado.
— Tenho a impressão que ela ficaria tão chocada como estou, não é Jus? — Mamma diz e eu dou um sorriso sem graça.
— Desculpe, Jus, não sabia que sua família estava aqui. Eu só estava preocupada mesmo! — Nora se desculpa com uma voz pequena e eu ergo a mão para ela que a segura rapidamente.
— Tudo bem, Nora! — A tranquilizo porque sei que ela está tão sem jeito como eu.
— Você está bem? Tentei ligar para seu celular, mas está desligado. — Sussurra apreensiva e eu dou tapinhas calmantes em sua mão.
— Sim, estou bem e obrigado pela visita! — Agradeço calmamente.
— Tudo bem, o importante é você está bem! — Nora diz com a voz aliviada.
— Mamma, família, essas aqui são Nora Vergara e Violeta Mendez! — Apresento formalmente as duas e elas recebem saudações de minha família. — Com relação a Nora, nós ainda estamos nos conhecendo, por isso que ainda não a apresentei formalmente a vocês. — Esclareço a situação desconfortável.
— Fique tranquilo, querido, nós entendemos, não é sorellina? — Tio Luti pergunta, fazendo um som com a garganta chamando a atenção de minha mãe.
— Claro, claro! — Mamma responde, mas sei que ela irá me encher de perguntas quando estivermos sozinhos. — Por que não saímos um pouco e deixamos Jus com sua er... namorada e amiga? — Mamma sugere sem jeito e toda família solta um som particular de concordância.
Durante as confirmações verbais da minha família, minha atenção foi para outro som um pouco distante, mas não tanto, pois realmente me fez focar. Esses passos que são firmes no chão, mas trazendo um certo arrastar me traz a impressão de que... Não pode ser! Uma brisa leve passeia pelo meu nariz, esse cheiro... eu conheço! Um musk, um amadeirado e uma leves notas de bergamota que traz a imagem clara de um homem forte, e que chama a atenção em qualquer ambiente que chega.
— Viktor! — Murmuro o nome dele fazendo todos ficarem quietos.
— Como assim, Viktor? Zuco, será que nosso filho... — Mesmo cheio de emoção a voz de tio Andrea pára abruptamente, só que logo se ilumina novamente. — Meu filho! — Tio Andrea fala e solto as mãos de Nora rapidamente.
— YA zdes', papa, otets i sem'ya! (Estou aqui, papai, pai e família!) — A voz extremamente forte e rouca de Viktor chega aos meus ouvidos fazendo meu coração bater em um ritmo assustadoramente acelerado.
Meu Deus, por que estou desse jeito? Ele é meu primo! Isso não deveria ser desse jeito, certo? Deve ser saudades de um irmão, é isso mesmo! Não é?
Apresentando a vocês o avatar dos nossos amores!!❤️🔥
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