Foreword

AVISOS!! NOVA VERSÃO (05/07/23)

Mais uma adaptação quentinha para vocês

• A história será ABO

• Os Jikook irão ficar juntos através de um casamento arranjado, isso quer dizer que eles não se conhecem muito bem.

• Vocês irão acompanhar o amadurecimento dos personagens, então vão se preparando para passar raiva. (Não muita, até porque não é nada de tão grave ao meu ver)

• Em todas as adaptações que EU fizer, a criança irá chamar o pai ômega de OMMA. Se não gosta pode ir parando por aqui mesmo e fique longe do meu perfil.


Qualquer erro de pronome me avisem, por favor!!

Tenham respeito quem é novo por aqui. Quem é meu leitor desde o início sabe que sou super carinhosa e respeito todos. Mas se vier falar merda para mim vai escutar, já disse que não tenho paciência.

Está história é uma adaptação autorizada pela autora clarasenju, todos os direitos reservados somente a ela.


Capa feita pela deusadasfanfics 💜

É isso, boa leitura e espero que gostem 💜

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Jeon Jungkook

10 de Abril de 2021

Jangdo Island, cidade na ilha do Norte, Coréia do sul, localização exata é restrita. - 05h10PM

Estou neste momento preso perante os criminosos, eu e minha equipe fomos capturados.

Não exatamente capturados, estamos amarrados.

A "Quinta Divisão" como somos chamados. Somos cinco alfas e cada um tem sua especialidade certa, embora tenhamos que ser bons em tudo, alguns são excelentes em uma determinada área que já o outro não é.

Completamente amarrado na cadeira enquanto eles riem de mim e pela tela do computador, não muito longe, vejo que meus três garotos estão presos juntos em uma espécie de cela. Eles estão sentados no chão de costas um para o outro, amarrados juntos com as mãos para trás.

Mas não eram cinco contando com você?

Sim, somos cinco.

Não deveria haver quatro homens presos?

Sim.

Mas aí, é que tá.

- Então, você foi capturado Capitão Jeon e sua divisão também como pode ver - Kyung-ho disse apontando para a tela do computador a qual também olhei mais uma vez.

Kyung-ho não é lá um criminoso tão temido e procurado quanto alguns que já tive a oportunidade de capturar, mas ainda sim é alguém que eu terei o prazer de prender. Ele é dono de um pequeno tráfico aqui na Coréia e, antes que crescesse mais, nós tivemos que intervir. Vocês sabem como o dinheiro é, alguns, ele cega em um alto nível capaz de fazer alguém torna-se ganancioso e burro.

Muito burro.

O que foi o caso do nosso amiguinho, Kyung-ho.

Ele viu que era tão fácil conseguir muito dinheiro de forma ilegal e prática, e começou aos poucos a simplesmente vender drogas pela área. Se não bastasse só isso, ele acabou também influenciando jovens a essa vida de merda, dando a eles a falsa sensação de que o tráfico era algo bom para se "trabalhar".

Conforme eles iam descobrindo a verdade e tentavam sair, Kyung-ho não os deixava livre e ameaçava suas famílias. Também dizia que ainda restavam-lhe dívidas e elas só seriam pagas com o serviço de revender as drogas. Mas nós sabemos que essa tal dívida nunca acabaria, embora nunca existisse. Era apenas um jeito de ameaçá-los e fazer com que eles obedecessem tudo o que ele mandasse.

- Você irá pagar por todos os seus crimes, kyung-ho. - Eu digo firme olhando para o alfa em minha frente. Ele também tinha uma pistola em sua cintura. - É uma promessa e eu cumpro com todas elas. - Ele e mais os dez alfas presentes começaram a rir alto.

Eu me remexi um pouco na cadeira enquanto olhava para cada um ali presente.

Como eu queria matá-los com minhas próprias mãos...

- Como irá fazer isso? Com as mãos que estão presas neste exato momento? - Kyung-ho me perguntou sarcástico - Você é patético, Capitão Jeon.

- Posso até ser, mas pelo menos não sou um verme como você. - Kyung-ho sacou sua arma, segurou minha farda e apontou a arma acima de minha orelha. - Eu devo ser seu objeto de admiração, já que há respeito pela minha patente. - Forcei uma risada. - Ainda não é tão tarde para tentar consegui-la, quem sabe depois que sair da cadeia. - Ele destravou a arma e eu continuei com o sorriso nos lábios.

Foi tão fácil estressá-lo.

- Você acha que eu não sou capaz de matá-lo aqui e agora?

- Acho, não acho, no que isso importa? Apenas saiba que me matando sua pena aumenta. - Digo inclinando-me para frente.

- Não é como se pudessem me prender, você perdeu, aceite a derrota.

Deixei escapar uma risada nasal e olhei para a tela do computador que mostrava a cela, agora, vazia.

Olho novamente para o homem à minha frente e sorrio de lado.

- Eu nunca perco.

- Livre.

Esse é o sinal que eu precisava.

Somos cinco, coincidentemente somos a "Quinta Divisão'', e eu sou o responsável pelos quatro alfas membros dessa divisão.

Jeon Jungkook, o Capitão. O líder.

Vou apresentá-los, começando por...

Kim Mingyu, é o Primeiro-Sargento, ele é um Incrível atirador e sua arma preferida é o arco e flecha composto, sua mira em um curto alcance é excelente. Dependendo de qual missão vamos exercer, ele traz consigo sua besta automática para abordos mais silenciosos, uma Walther P-38 e uma MPS.

Logo ao nosso lado, uma flecha é atirada em direção a dois dos dez alfas, mais precisamente os que estão perto do computador.

- O que é isso?! - Ele gritou e mais uma vez eu ri.

O alfa pareceu ter notado a ausência dos alfas na cela

- MALDIÇÃO! - Virou-se para mim. - Eu vou matá-lo, Capitão Jeon!! - Quando ele pôs a mão no gatilho, ouviu-se o barulho de uma faca sendo arremessada.

Uma faca de arremesso, uma kunai, que acertou sua mão em cheio fazendo-o deixar a arma cair conforme segurava a mão cheia de sangue.

Min Yoongi, ele é o Segundo-sargento, sua especialidade, ou habilidades "ninjas" como ele mesmo nomeou, é luta corpo a corpo e principalmente fazer uso de arma branca.

É um Incrível lutador, sabe diversos golpes e ele ama humilhar alguém em uma simples luta. Em seu coldre estão suas facas de arremessos e sua Beretta 92F. Ele não costuma andar com metralhadoras e fuzis.

Kyung-ho praticamente ajoelhou-se perante mim, ele gritava de dor pela mão perfurada e o chão se banhava com seu sangue.

Como eu disse, ele é muito burro.

Ele puxou a faca de sua mão fazendo com que o sangramento aumentasse e eu ri mais uma vez.

- Atirem nele, agora!

Mais duas duas facas foram lançadas em direção aos dois alfas que se aproximavam com suas armas para atirar em mim, elas acertaram em cheio seus ombros e eu sorri enquanto negava com a cabeça.

Já estavam praticamente cinco abatidos.

Eu me levantei e forcei a cadeira contra o chão com uma força bruta, a cadeira se quebrou e eu estava livre. Ouvi o som dos gatilhos, rapidamente corri derrubando uma mesa e usando-a como escudo, eu estou sem qualquer tipo de arma então dependerei 100% da minha equipe.

Ou não.

- Capitão - É claro que ele arrumaria um jeito de vim até mim sem ser notado - Aqui está sua arma. - Entregou-me e eu agradeci com um aceno.

Jung Hoseok, ou como eu gosto de chamá-lo "Pé de Pano", ele é primeiro-sargento. Ele é sorrateiro, sua especialidade é literalmente ser silencioso e observador, Hoseok tem memória fotográfica, por conta disso ele sempre é o responsável por fazer o mapeamento do local e nos guiar. Também é o primeiro a dar opinião sobre nossos planos de infiltrações, como o de hoje.

- Situação, rápido.

- Abatemos todos os alfas até chegarmos aqui. Consegui entrar em contato com o quartel e já estão próximos com o reforço. - Jung me respondeu com um sorrisinho. - Embora não precise, não é? Estão todos caídos mesmo. - A resposta veio rápido.

Tiros contra a mesa em que estávamos usando para nos esconder.

Abaixamos e eu me pus por cima dele para protegê-lo, olhei rapidamente para onde os tiros vinham e quase fui acertado, mas pude me informar um pouco sobre a situação.

- Eu vou matar você e toda a sua equipe, Capitāo Jeon, você vai desejar nunca ter entrado no meu caminho. - Kyung-ho disse com raiva.

Eu posso sentir suas emoções através de seu cheiro, e não é um cheiro nada agradável. O cheiro de sangue também está forte no local, mas com esse eu já estou acostumado.

- Ele está nos ameaçando?

- É o que parece, Soldado. - Respondi e uma expressão furiosa apareceu em seu rosto.

- Permissão para atirar, Capitāo.

Graças a minha super audição pude ouvi-lo destravando a arma, preparando-se todo para começarmos.

Apenas restavam cinco em bom estado, não seria nada difícil.

-Permissão concedida.

Não precisou pedir duas vezes e começamos a trocar tiros com eles.

Eu e Hoseok atiramos contra eles sem pena. Yoongi e Mingyu deixaram tudo por nossa conta e desceram para esperarem nosso comboio de apoio.

Nossa missão é apenas imobilizar e levar Kyung-ho para a cadeia. Queria ter permissão para matá-los, entretanto ordens do alto escalão são ordens.

Conseguimos desestabilizar três dos que estavam sem nenhum arranhão, restavam apenas mais dois alfas que estavam dando apoio para Kyung-ho e levando-o para o andar de cima, onde eu já imaginava que haveria de chegar um helicóptero para ajudá-lo a escapar.

Mas eu não vou permitir.

- Vamos, Capitāo - Hoseok disse já fazendo menção em ir com tudo atrás deles, mas eu coloquei a mão em seu peito e ele olhou para mim sem entender.

- Fique e prenda eles. - Me referi aos que estavam machucados e caídos naquele andar - Eu vou atrás do Kyung-ho. - Ele assentiu.

- Tome cuidado, Capitāo.

Dei um aceno com a cabeça.

Peguei meu fuzil em cima da mesa e logo o destravei, também tirei o cartucho vazio e coloquei o cheio. Coloquei minha pistola em meu coldre e vi que minhas bombas ainda estavam em minha cintura.

Burro, muito burro.

Corri em direção às escadas, que foi por onde eles passaram, o cheiro estava forte então eu estava pelo caminho certo. Antes que eu pudesse virar, os tiros foram disparados em minha direção fazendo com que eu voltasse para trás imediatamente.

- Você não vai me alcançar!

-Se corresse mais ao invés de falar, talvez isso seria verdade. - Eu retruquei e coloquei o fuzil em minha frente mirando em direção a eles.

A coronha estava apoiada em meu ombro enquanto eu olhava pela mira óptica.

Atiro contra eles que conseguem desviar ao subirem mais escadas correndo, corri junto com eles e quando cheguei finalmente no terraço, eles fecharam a porta em minha cara.

Eu rosnei bufando e comecei a chutar violentamente a porta, enquanto isso eu consegui ouvir barulho do helicóptero se aproximando.

Teria que ser mais rápido.

Comecei a chutar com mais força e mais rápido, até que ela simplesmente partiu e quando o helicóptero aterrissou, olhei para minha cintura e peguei uma granada.

Destravei a alavanca, puxei o pino e a joguei em direção ao helicóptero.

Quando eles viram a bomba logo se jogaram para trás e ele explodiu, a explosão foi tão alta e forte que até eu tive que me jogar no chão

Levantei o olhar para eles que pareciam desacreditados com o que eu fiz, sorri de lado e com um pouco de dificuldade, eu me levantei e apontei o fuzil em direção à eles.

- Acabou! Rendam-se agora. - Eu ordenei.

- Não vamos nos render!

Kyung-ho foi soltado pelos dois alfas, e todos os três sacaram uma pistola em minha direção.

- Merda.

-Quem terá que se render é o senhor, Capitāo Jeon. - Ele disse rindo enquanto mirava em mim. - Largue a arma!

Eu levantei as mãos em sinal de rendição e calmamente fui retirando a minha bandoleira para depois colocar minha arma no chão.

Sim, colocar, ela foi muito cara para simplesmente jogá-la.

-Eu deveria tê-lo matado quando tive a chance.

- T.H.I.H.R.T.B.S. - Ouvi em minha escuta e olhei para a floresta que nos cercava, olhei diretamente para onde ele estava posicionado com sua sniper.

Choi Jongho, segundo-sargento e franco-atirador. Como todo excelente sniper, ele é calmo e centrado, ele nunca errou nenhum tiro, tanto curto quanto a longo alcance. Ele prefere apenas ficar à espreita, observando e passando informações como Hoseok faz. Quando necessário, ele se mostra presente, mas ninguém nunca sabe de onde veio o tiro. Jongho é nosso caçador.

"T.H.I.H.R.T.B.S" basicamente, The Hunt Is He Ready To Be Shot.

"A caça está pronta para ser abatida"

- Talvez não teria perdido tantos homens...

- Tem razão. - Respondi. - Será um prazer vê-lo preso, Kyung-ho. - Sorri maldoso. - Agora!

Então ouviu-se um barulho alto e a bala com precisão atingiu suas mãos uma por uma.

- Isso é o que eu chamo de dois coelhos.

- No caso, foram três, Capitāo

- O que é que tem nessa sua arma?

- Gostou? Arma nova. - Eu sorri negando com a cabeça. - O comboio chegou ao térreo. - Logo olhei para trás e alguns soldados vinham com suas armas apontadas para os três alfas.

- Capitão Jeon. - Eles me cumprimentam.

- Peguem - Mando e eles assentem.

Colocaram as algemas e os guiaram forçadamente para o andar debaixo,

Ao passarem por mim, dei uma última olhada para Kyung-ho que estava enfurecido por ter sido capturado.

Já lá embaixo, eles jogaram os alfas na parte de trás de um carro forte e eu pude ver os outros também presos com eles.

Missão concluída.

Vejo Jongho vindo da floresta com seu rifle de precisão em suas costas e uma maleta em suas mãos para guardá-la mais tarde, ele se junta aos outros très que se cumprimentam com um high-five, viram-se para mim com os braços cruzados e feições sérias.

Quem vê pensa...

Caminho até eles e fico ao lado de Mingyu, ficamos observando a movimentação dos soldados enquanto os capturavam, faziam algumas perguntas e coletavam algumas provas. Eles vinham até nós e nos cumprimentavam dizendo "Bom trabalho, Quinta Divisão!", nós apenas dávamos um aceno com a cabeça e eles saiam.

- Vamos embora logo!

- Cala a boca, Yoongi. - Hoseok o repreendeu e ele revirou os olhos.

- Eu estou cansado de ficar aqui, já completamos nossa missão, o que estamos esperando? - A resposta de Yoongi veio tão rápido quanto a luz.

Logo vimos outra viatura chegar e automaticamente ajeitamos nossas posturas.

Cabeça erguida, ombros para baixo, palma das mãos encostadas em nossas pernas, o peito levemente levantado e costas reta.

- Eu odeio essa divisão... - Yoongi murmurou e eu segurei-me para não rir.

O alfa saiu da viatura caminhando até nós com seu quepe preto e também há uma águia prata em seus ombros.

Ele parou diante nós e nós levamos nossas mãos direitas até nossa testa com a palma para baixo fazendo uma continência.

- Capitão Jeon.

- Saudações, Coronel Kim - Não o encaramos diretamente em sinal de respeito.

- Descansar.

Abaixamos nossas mãos e ficamos na posição de antes, agora tínhamos permissão para olha-lo nos olhos.

- Relatório. - Ele pediu.

- Capturamos Kyung-ho, não houveram mortes apenas abates, agora ele está sendo levado para uma de nossas prisões e em seguida irá a julgamento para decretarem sua pena. - Digo olhando em seus olhos.

O Coronel observa Kyung-ho ser levado dentro da viatura e, por fim, faz um sinal positivo com a cabeça.

- Bom trabalho, soldados. - Ele nos elogiou. - Sua Divisão abaixo de seu comando me impressiona a cada dia. É um excelente capitão e espero que seu sucessor também seja - O Coronel se virou para voltar ao seu veículo.

Nós batemos as nossas mãos na perna conforme o Coronel se afastava.

- Agora podemos ir, Sargento Min - Sigo para nosso Jeep e eles vêm atrás.

- É claro que o Capitão não deixaria de receber o elogio do Coronel. - Ele disse sarcástico e zombeteiro. - Você sabe que ele é casado, não é?

Mingyu veio na frente comigo, Yoongi foi no banco atrás de mim, Hoseok no meio e Jongho atrás do banco do passageiro.

- Quando for Capitão, talvez saiba como o elogio de seu superior é agradável e bom para sua carreira.

- Posso começar a saber, apenas elogie nossa performance. - Eu ri enquanto ligava o carro e nos tirava dali. - Pode começar, Capitão.

- Vocês foram bem como sempre. - Eu falo olhando-o pelo retrovisor. - Somos uma boa equipe, e eu fico feliz por tê-los como meus subordinados, não vejo soldados melhores para estarem comigo além de vocês. - Ouço-os aplaudirem e darem gritos de comemoração.

Eu tenho um enorme carinho por esses quatro, meu dever além de minhas missões é protegê-los e eu daria facilmente minha vida por algum deles.

De algum jeito, esses quatro alfas preencheram um vazio que eu nem sabia ter em meu coração, não preencheram por completo pois ainda sinto como se estivesse faltando algo, entretanto já fizeram uma enorme diferença comparado ao que era antes.

- Não estou acostumado com nosso Capitão desse jeito. - Hoseok disse encenando limpar o canto dos olhos.

Jongho e Mingyu riam quietos em seu canto enquanto os outros dois me provocavam.

- Eu sou tentado todo dia a atirar em vocês dois.

- Me pergunto porque o senhor ainda não fez isso. - Mingyu falou olhando para eles pelo retrovisor também.

Os dois apenas lhe deram o dedo.

-Eu sou o superior de vocês

- Grandes merdas. - Jongho murmurou olhando pela janela.

- Jongho, você tem que ficar do meu lado.

Ele deu de ombros.

Mingyu é o mais velho com 21, depois vem Yoongi com 20, Jongho e Hoseok com 18. Apesar de Yoongi ser o segundo mais novo, apenas o sargento Jung é tratado com um certo cuidado a mais pela Quinta Divisão.

Já nosso Segundo-Sargento tem um jeito mais sério e independente, alguns o chamam de sem sentimentos e um poço de frieza, mas nós sabemos o quanto ele é carinhoso e protetor conosco.

(...)

- Então, Capitão... - Yoongi pulou em meus ombros todo saltitante com um sorrisinho nos lábios.

- O que o senhor fará hoje? - Hoseok se juntou a Yoongi em meu ombro, mas ele estava mais para o lado. - Não acha que devíamos comemorar?

- Não é novidade prendermos criminosos, por que estão empolgados? - Passo a toalha no cabelo secando levemente.

- Queremos levá-lo para um bar hoje, o senhor precisa arrumar alguém.

- É, depois vai estar velho demais para isso. - Yoongi disse após Hoseok e eu os olhei sem acreditar.

Jongho acabou deixando uma risada escapar enquanto ele guardava sua arma na maleta, ele precisava desmontá-la um pouco para guardá-la.

- Estão me chamando de velho? Estão me chamando de encalhado?

- Estão te chamando de velho encalhado, Capitão. - Mingyu disse passando desodorante spray e ele também sorria,

- Vocês sabem que eu só tenho 25 anos, não é?

- Daqui a pouco terá 28. - Yoongi falou pensativo.

Que exagero...

- 29 - Hoseok continuou.

- E 30.- Jongho disse por fim.

- Daí, danou-se, ninguém vai querer você. - O menor e mais novo disse.

- Vocês deveriam preocupar-se com vocês mesmos - Eles se afastam um pouco e eu visto minha camisa branca, também coloquei uma camisa preta por cima.

- Pois é, ele já está noivo, meninos. - Mingyu os lembrou - Há 84 anos, mas está noivo! - Os quatro explodiram em risadas e eu neguei com a cabeça.

- Compreendo, ele está se guardando para o noivo. - Yoongi fingiu um suspiro. - Que romântico!

- Não, eu não estou - Neguei.

- Faz tempo que ouvimos sobre essa fanfic, quando e onde esse tal noivo vai aparecer afinal? - Mingyu perguntou

- Eu sei lá, meus pais nunca me deram detalhes sobre ele e sua família.

- Entretanto, nosso Capitão já está se preparando para recebê-lo. - Yoongi disse e eu o olhei com o cenho franzido. - No verão passado, ele pegou um filhote de Dobermann e o treina desde então. Está treinando ele para a proteção dele, não é? - Droga.

- Não, claro que não. - Nego.

- Se fosse para nos auxiliar em missões ele estaria aqui, mas pelo visto ele o treinou para ser um cão de guarda mesmo. - Mingyu concluiu e eu revirei os olhos. - Até que não foi uma ideia ruim, se pelo menos tivesse certeza que ainda está noivo desse Ômega.

- Ok, ok... Eu treinei sim o Bam para protegê-lo - Assumi e eles me olharam maliciosos. - Seja lá quem ele for, a partir do momento que ele casar-se comigo, ele será um Jeon, esposo do capitão Jeon. Não posso deixá-lo desprotegido e tomarei todas as medidas possíveis para isso, temos muitos inimigos. - Eles parecem pensar um pouco e no fim concordam comigo.

Yoongi levantou a mão e eu pedi que prosseguisse.

- Enquanto ele não aparece, por que não irmos curtir um pouco? Só uma noite, Capitão - Yoongi insistiu e eu revirei os olhos. - Já parou para pensar que você pode estar se guardando e ele já estar até com outra pessoa?

- Eu não estou me guardando para ele! - Eu falei um pouco alto e eles seguraram-se para não rir por conta de minha quase explosão.

Bufei alto.

- Nunca passei meus cios sozinho, se fosse o caso eu teria os passado dopado. - Respondi. - E outra, se ele estiver com alguém vai terminar e ponto, fomos prometidos um ao outro há anos, não é possível que ele não saiba disso.

- Quem começa a namorar sendo que já é prometido a outra pessoa?

-Pode acontecer. - Jongho respondeu a pergunta de Yoongi que permaneceu pensativo. - Eu não acho que seja uma ideia ruim o Capitão ir lá.

- Jongho, não me decepcione. - Faço um tom dramático e ele ri.

- Eu te faço companhia junto desses três doidos. - Ele disse fechando a mala e colocando-a em seu armário.

- Eu tenho que colocar a comida do Bam.

- Ele aguenta mais um pouco, não vai morrer. - Hoseok insistiu. - Vamos, Capitão... -Ele continuou o 'tão..." por longos segundos, até mesmo juntou as mãos como se fizesse uma prece.

Respirei fundo.

Olhei meu relógio e vi que ainda eram 07h30PM, eles ainda me olhavam esperançosos.

- Tá bom, vocês venceram, eu vou.

Deram um grito de comemoração, exceto Jongho que apenas sorria.

Coloquei minha arma em meu coldre na cintura e puxei a blusa para cobri-la.

- Vamos logo antes que eu mude de ideia.

Eles assentiram e foram caminhando felizes para onde meu carro estava estacionado, eu neguei com a cabeça e acabei sorrindo também.

(...)

- Eu ainda vou comprar uma Range Rover Evoque também, quando eu for Capitão..

- Você quer ser Capitão, Yoongi? - Pergunto olhando-o pelo retrovisor e ele assente.

- Deus me livre ser responsável por pessoas como vocês... - Jongho disse enquanto olhava pela janela. - Eu admiro muito o meu Capitão por aguentar vocês sem matá-los.

- Você sabe que você está incluído, não é? - Yoongi perguntou irônico, Jongho apenas o olhou de cima a baixo e virou-se para a janela de novo. - O que foi isso?!

- Não me iguale à vocês, seres inferiores. - Eu ri.

- Se é tão superior assim, por que não tem a patente maior da Divisão? Ah, eu que tenho. - Mingyu disse e Jongho forçou uma risada.

Coitados.

- Jongho não tem porque não quer. - Respondi por ele e todos me olharam exceto Jongho que continuava em sua própria bolha. - Vocês acham que um franco-atirador como ele já não teria conseguido ser um Tenente? Ter maestria com armas de precisão não é para todos. - Todos os alfas olharam para Jongho que devolveu o olhar. - Se ele quisesse, poderia estar fora da Quinta Divisão há muito tempo.

- Como ele já seria Tenente com a idade que tem?

- Vocês acham mesmo que nosso exército vai desperdiçar um prodígio como ele por causa da idade?- Eu respondi Hoseok enquanto parava o carro.

- Capitão, você acabou com o pouco de autoestima intelectual que eu tinha ao chamá-lo de prodígio.

Yoongi abriu a porta do carro e saiu batendo a porta em seguida.

- Estou me perguntando se isso existe...

- Vai saber. - Mingyu murmurou e nós saímos em seguida.

Não era um lugar ruim pelo visto e ainda tocava uma música acústica.

Eles foram na frente e eu fui logo atrás, sentamos em uma mesa qualquer e logo fizemos nossos pedidos.

Tinha o palco não muito longe de onde estávamos com uma pequena pista de dança e também tinha o bar com uns banquinhos.

Mingyu, Hoseok e eu estávamos sentados de frente para Yoongi e Jongho, eu estava na ponta já que fui o último a me sentar.

Ômegas não paravam de nos olhar desde que chegamos, principalmente os ômegas e eu já queria matar meus queridos subordinados por terem me trago aqui. Óbvio que eu estava sendo o foco maior deles, eu sou um alfa lúpus.

Sou moreno, tenho 1,75m, por ser militar tenho um ótimo físico e claro, meus olhos são cor de mel.

Yoongi diz que é meu charme.

- Esses ômegas não desviam os olhos de nós.

-Deveria aproveitar a chance e ir conhecer alguém, Capitão. - Hoseok me dá duas leves cotoveladas e eu viro o copo de whisky em minha boca.

Não desce queimando tanto, eu já estou acostumado.

- Vão vocês. - Eu digo batendo o copo na mesa de novo.

Eu sei que eles abriram a boca para falar algo, mas minha atenção prendeu-se completamente no homem que passou ao lado de nossa mesa

O cheiro adocicado dele impregnou minhas narinas e eu não conseguia parar de olha-lo, ele sentou-se em um dos banquinhos do bar e pegou o telefone, parecia estar ligando para alguém.

Foquei totalmente minha atenção ali.

"Eu já cheguei aqui... Não se preocupe irmãzinho... Também te amo. "

Ele estava usando uma calça preta de couro um pouco folgada, sua blusa era preta e tinha um decote em V, o leve decote sem ser vulgar e as mangas longas.

Seu pescoço não tinha marca nenhuma e aquilo despertou mais ainda meu interesse, ele usava um colar prateado, não consegui ver o pingente, em suas orelhas estavam pequenas argolas prateadas uma em cada e eu soltei um suspiro sem perceber.

Eu senti-me intrigado com aquele homem e não sabia o porquê.

- Não é, Capitão? - Yoongi me despertou de meus pensamentos.

Olhei para ele, que agora tinha uma batata-frita em sua mão e me encarava.

- O que? Eu não estava ouvindo

-O senhor estava aéreo? - Mingyu perguntou com as sobrancelhas erguidas e eu bufei. - Isso não pode nem ser nomeado como milagre..

- O que vocês querem? Eu não ouvi

- Nada, Yoongi e Hoseok estavam discutindo e queriam que você concordasse com um deles. - Jongho explicou. - Mas nem eles lembram mais sobre o que conversavam. - Eu olhei para eles que franziram o cenho e assentiram em seguida.

- Por que estava aéreo, Capitão? - Mingyu insistiu e eu dei de ombros

- Só estava pensando na missão de hoje, nada demais.

-Certo.

Permiti-me a olhar mais uma vez para onde estava aquele homem e o vi com uma mulher, mas ele não parecia estar feliz na companhia dela, na verdade, ele se afastava completamente dela o quanto podia.

O cheiro de seu medo chegou forte em minhas narinas.

Bastou ele desviar o olhar da mulher, olhar para direções aleatórias e parar em mim, seu olhar era de súplica, ele estava me pedindo ajuda. Assim que ele voltou a olhar para a alfa em sua frente, eu não me segurei e levantei caminhando em direção à eles.

Quando eu estava próximo, pude entender porque ele me intrigava.

Seu cheiro.

Ele não era só um ômega, ele era um ômega lupus. O par perfeito para um alfa lúpus como eu.

Aquela constatação fez-me sentir um tremor em meu corpo e um frio estranho na barriga.

- Se afasta. - Eu disse calmo, porém sério e autoritário.

A alfa era mais ou menos cinco centímetros menor que eu, não era lá uma grande diferença.

O ômega olhou para mim, ele parecia tão frágil e doce, seus olhos eram castanhos claros e era a coisa mais linda que eu já havia visto.

- Não, você não manda em mim e estamos apenas conversando. - Um sorriso ridículo aparece em seus lábios e ela volta a olhar para o ômega que parecia estar com um pouco de medo ao meu lado.

Coloquei minhas mãos em sua cintura e o apertei.

- Eu mandei você se afastar do meu noivo. - Reforço e ela me olha amedrontada.

Suas mãos agora tremiam.

- Me-me d-desculpa - Ela engoliu em seco. - Eu não sabia que-

- Vá embora antes que minha piedade acabe.

Não precisou pedir duas vezes e a alfa correu para fora do local.

Eu não percebi que minha respiração estava mais rápida e minhas mãos suando.

- Seus olhos... - Sua voz me despertou e eu olhei para ele com o cenho franzido.-Seus olhos são vermelhos, castanho avermelhado, mas o vermelho é mais predominante. - Pisquei os olhos fortemente na intenção de fazê-lo voltar a coloração normal.- Geralmente são amarelos.

- Em alfas comuns. Eu sou um lúpus.

- Eu sei, eu senti quando passei por você.

- Você também é um lúpus. - Ele assentiu. - Eu realmente não me lembro de já ter tido contato com alguém como você.

- Eu também não...

Nós nos olhávamos como se não existisse ninguém ali além de nós e eu estava sendo dominado por uma imensa vontade de beijar aquele ômega.

- Qual é o seu nome? - Perguntei baixo, porém audível.

Ele abriu os lábios para responder, mas sua voz foi interrompida.

- Solta meu namorado. - Um alfa disse e eu virei-me para ele - Não ouviu? Solte meu namorado! - Eu soltei e ele olhava-me com fúria.

Namorado?

- O que foi que ele fez com você? Ele estava prestes a te agarrar forçadamente! - Antes que ele se aproximasse de mim impulsivamente.

Apenas coloquei a mão na cintura e com o dedão afastei a parte da camisa que escondia minha arma.

O ômega olhou para baixo e pude ver medo em seus olhos, senti uma vontade de acalmá-lo e confortá-lo, mas ainda tinha um alfa em nossa frente dizendo ser seu namorado.

- Não encoste em mim. - Alertei sério.

- Não encoste no meu namorado de novo e ficaremos bem. - Deixei uma risada escapar. - O que ele estava fazendo com a mão na sua cintura? - Ele perguntou olhando para o ômega que ainda parecia estático.

Ouvia seu coração bater rápido contra seu peito e notei sua boca ressecar.

- Eu não precisaria estar assim se você cuidasse bem de seu namorado. - Respondi por ele. - Uma alfa estava o importunando e eu apenas fingi ser noivo dele. - Eu sentia a raiva subir por meu corpo.

Uma raiva sem explicação e repentina.

- Com licença.

Pedi e sai de perto deles, ainda sentia o ômega olhar para mim, mas eu precisava sair dali o mais rápido possível.

- Capitão

- Eu vou embora, nos vemos amanhã no quartel. - Eles assentiram e não disseram mais nada.

Dirigi até em casa rápido, não me importando com os sinais vermelhos e graças a Deus a pista estava vazia o bastante para eu não provocar nenhum acidente

Assim que cheguei, saí do carro batendo a porta fortemente e caminhei pelo gramado de minha casa até a porta de entrada.

Meu cachorro, Bam, sentiu meu cheiro e ao menos aproximou-se, continuou deitado apenas me olhando. Fui até a cozinha pegar sua ração e encher seu pote para logo em seguida subir para meu quarto, Tirei tudo o que eu vestia e enfiei-me debaixo do chuveiro frio.

Por que não consigo parar de pensar naqueles olhos? Naquele cheiro? Naquele rosto?

Ainda consigo sentir minhas mãos em sua cintura.

Olhei para o reflexo do vidro e vi meus olhos castanhos avermelhados onde o vermelho era mais predominante



















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