EXTRA 2

Vamos para as fotinhas:

Haruto


Junkyun

Hanni

Min-ji


Yoongina kkkk

NÃO REVISADO ⚠️

💚


Narrador

— Por que você fez aquilo? — Perguntou aos gritos enquanto abria a porta da sala. — Por que falou que era meu noivo?

— E eu estava mentindo? Você é meu noivo! — Haruto o respondeu de volta indo atrás do ômega.

Jimin assistia tudo sem entender nada, Jungkook apenas vinha com uma latinha de refrigerante e um sorriso em seus lábios, achando tudo super divertido.

Hanni veio logo atrás do pai e tinha uma expressão de dúvida.

— O que aconteceu?

— Depois eu te mostro. — Jungkook a respondeu.

— Você não tinha que se meter em nada! — Junkyu disse.

— E você queria que ele te beijasse? Eu notei seu desconforto, não tente me enganar ou enganar a si mesmo!

Junkyu parou na porta de seu quarto e o olhou.

— Eu te odeio! — Bateu a porta fortemente na cara de Haruto.

— Junkyu. — O chamou. — Junkyu, vamos conversar. — Junkyu deitou-se em sua cama e gritou no próprio travesseiro.

— Dois anos sem me ver e quando me ver, me faz passar por isso na frente de toda a escola! 

Haruto bufou fortemente, colocou a mão na testa e negou com a cabeça.

Hanni subiu as escadas e Haruto olhou em sua direção.

— E nem pense em bater nessa porta ou entrar aqui, ou eu te mato! — Junkyu gritou novamente. 

— Bem vindo ao clube. — Hanni falou com um sorrisinho em seus lábios e passou para seu quarto.

Haruto soltou um suspiro e negou com a cabeça.

Junkyu estava com uma raiva óbvia de Haruto, isso porque se supostamente ele tinha um noivo, então ele seria visto como um traidor pelos seus colegas de classe por estar, até então, caidinho pelo Yoon-oh.

Haerin lhe enviou uma mensagem perguntando como ele está e que história era aquela.

Junkyu: Longa história, nem mesmo eu sabia que ainda estava noivo.

Haerin: Como assim, noivo?

Junkyu: Tradição de família. Meus pais casaram através da tradição, portanto decidiram que eu e Haruto seríamos noivos um do outro.

Haerin: Que barra, eu não imaginava.

Junkyu: Pois é, a sorte dos meus pais é que eles se apaixonaram, eles deram certo, mas eu nunca daria certo com Haruto!

Haerin: Hanni também tem uma noiva?

Junkyu: Tem, só que a idiota ainda não sabe quem é e nem os meus pais falaram.

Jimin deu algumas batidas na porta do quarto do filho.

— Filho, podemos conversar?

Junkyu respirou fundo.

Junkyu: Meu pai quer falar comigo, até mais tarde.

Haerin: Até. 

— Pode entrar, pai... — Junkyu murmurou com o rosto escondido no travesseiro.

Jimin abriu a porta e negou com a cabeça ao vê-lo.

— Ainda está assim?

— Ainda? Tive nem tempo de talvez esquecer. — Junkyu reclamou fazendo Jimin soltar uma risada.

Ele sentou-se na cama do filho e mexeu em seus cabelos.

— Junkyu...

— Pai, eu quero matar o Haruto.

— Eu também já quis matar seu pai várias e várias vezes.

— É diferente.

— Acredite, eles são parcialmente iguais. — Junkyu suspirou.

— Será que é por isso que somos noivos? Papai quer me casar com alguém como ele, é isso?

— Parcialmente, se Haruto fosse seu pai ele teria entrado aqui e discutido ainda mais com você. 

Junkyu soltou uma risada.

— É sério? — Jimin balançou a cabeça positivamente enquanto ria.

— Nós dois não perdíamos uma oportunidade de discutir um com outro, mas hoje é diferente, hoje nós dois prezamos pela paz e o silêncio, só que quem nos tira isso são você e sua irmã. — Junkyu riu mais uma vez. — Olha, não fará mal se talvez você der uma chance para ele.

— Eu não gosto dele.

— Mas pode começar a gostar. — Jimin mexeu em seus cabelos novamente. — Taehyung também não gostava do Yoongi.

— Isso eu duvido muito.

— Acredite! — Jimin soltou uma risada. — Quando eles se viram pela primeira vez, Yoongi colocou uma faca no pescoço do Taehyung e ele deu uma cotovelada no nariz do Yoongi. — Junkyu o olhava desacreditado. — Eles também não se gostavam, mas começaram a se gostar.

— Por quê?

— Isso você vai ter que perguntar para seu tio porque eu e seu pai desistimos de tentar adivinhar o porquê, enfim, vai tomar banho, ficou o dia todo fora. — O pai mandou e ele assentiu levantando-se para fazê-lo.

E aí, o que aconteceu? — Yoongina perguntou para Hanni na vídeo-chamada.

— Ah, bastante gritaria! Me surpreende você não ter ouvido daí. — Elas riram. — Mas é sério, Yoongina, eu quero casar com ela. — Referia-se a Min-ji.

Meu Deus... — Hanni soltou uma risada seguida de um suspiro apaixonado. — E você chegou à essa conclusão apenas por olhá-la tocando violoncelo? — A alfa assentiu. — Essa família é bem complicada. — Yoongina olhou para frente e viu Yoongi fugindo de Taehyung.

— Hey, não me mata. — Yoongi segurou os pulsos de Taehyung que tinha uma feição brava.

— Bem que eu deveria ter feito isso há alguns anos. — O alfa o puxou e abraçou seu corpo, em seguida o encheu de beijinhos.

— E ter perdido isso tudo? Tem certeza, amor? — Ele revirou os olhos, Yeon apenas ria da interação dos pais enquanto mexia em seu telefone.

— Gina? — A ômega voltou a olhar para a tela. — Tudo bem? — Ela assentiu.

Só vendo meu pai tentar matar meu outro pai pela trigésima vez na semana. — Hanni soltou uma risada. — Amanhã, nós nos vemos na escola.

— Certo, eu vou tomar banho.

É, eu também. 

— Tchau, Gina!

Tchau, Hannie. — E encerraram a chamada. 

(...)

Era costume na família Jeon durante o jantar cada um contar como foi seu dia, isso fazia com que eles se mantivessem unidos e próximos, daí também perguntavam sobre outras coisas e mesmo com Haruto presente isso não mudou.

Eles  falaram enquanto jantavam e até mesmo Haruto teve sua chance de falar, embora todos soubessem exatamente o que aconteceu, pelo menos naquela hora do dia.

Esses dois anos longe o mudou bastante, e isso não passou despercebido por nenhum dos dois irmãos.

Verdade seja dita, por mais que irmãos briguem de vez em quando, às vezes eles se juntam para comentar certas coisas ou compartilhar pensamentos sobre um determinado assunto. E também todos ali sabiam que não deveriam tocar naquele assunto.

Ainda que Jungkook quisesse muito.

Os dois foram para o quarto do irmão e Hanni deitou-se na cama dele totalmente despreocupada.

— Ele está-

— Gostoso. — Hanni disse. — Talvez eu entre pro exército, será que vou ficar gostosa assim? — Ela fechou a mão em um punho e dobrou o braço.

— Papai adoraria que você se alistasse. — Ele soltou uma risada sem humor. — Eu diria que ele está diferente.

— Óbvio que está, foram dois anos, muita coisa muda em dois anos. — Junkyu suspirou. — Sorte sua maninho, irá se casar com ele.

— Oh, e você apoia assim? Sem brigas e atritos?

— Se o papai aprovou o Haruto, eu também aprovo, afinal ele nunca te casaria com alguém ruim e eu também não vejo motivos para não aprová-lo.

Junkyu lembrou-se vagamente da conversa que teve com Jimin mais cedo.

— Além do mais, você também já tinha dito que queria casar com alguém como nosso pai, tá aí sua chance. — Junkyu jogou um travesseiro na irmã e ela o pegou rindo. — Ele até mesmo entrou no exército por você. — Hanni o provocou e Junkyu estava a ponto de jogar mais um travesseiro, ou talvez o vaso de planta de seu pai.

— Você tem sorte.

— Por quê? — Hanni o perguntou.

— Não conhece sua noiva e-

— Mesmo que eu a conhecesse, depois de hoje, eu com certeza terminaria com ela. — Junkyu franziu o cenho. — Estou apaixonada por uma ômega de nossa escola. — Ela confessou apaixonada, e um sorriso besta e um olhar repleto de brilho.

Junkyu sabia de algumas coisas.

Primeiro, Hanni até já ficou com algumas ômegas, mas foram apenas duas.

Isso porque, por mais que ela seja desejada, Hanni não é do tipo que tem interesse em todos, na verdade ela faz o possível para fugir de todos. Não parece muito, mas ela deseja ter um relacionamento como o de seus pais, sendo assim, ela está esperando pelo amor e pela paixão lhe atingir. 

E outro motivo é que Hanni não quer ter um ex-namorado como o que seu pai teve. Uma ex-namorada que fique correndo atrás dela mesmo depois de diversas rejeições e razões para superar o que já aconteceu.

Segundo, Hanni é do tipo que quando coloca algo na cabeça, ela vai até o fim, é insistente e persistente, ainda mais agora tratando-se de uma ômega.

Embora Junkyu nunca tenha a ouvido dizer que estava apaixonada ou amando alguém, ele já imagina que a irmã mais velha será super dedicada.

Terceiro, e último, lúpus geralmente se jogam de cabeça em seus sentimentos amorosos.

E se Hanni está apaixonada por uma ômega lúpus de sua escola, ela com certeza já imaginava quem poderia ser.

Min-ji.

— Ela é tão linda. — Suspirou.

— Está falando da Min-ji? — Junkyu perguntou e Hanni animou-se.

— Sim! Você a conhece? Eu só a conheci hoje, isso porque ela pediu que eu parasse de jogar basquete no corredor. — Junkyu já a conhecia há dois anos, eram da mesma turma até.

— Sim, inclusive ela já veio aqui em casa. — Hanni arregalou levemente os olhos.

— Sério?

— Sim, nossos pais gostaram bastante dela. — Junkyu disse.

— Bom, meio caminho já foi andado então. — Ela riu olhando para o nada. — Agora falta conseguir o número dela e chamá-la para sair.

— Isso se ela aceitar sair com você.

— Ela vai,  ninguém me rejeitaria.

— Ainda nessa profunda depressão? — Haruto levantou a cabeça e olhou para Jungkook.

— Você não tem o que fazer, não?

— Não mesmo. — Jungkook passou pela porta do quarto de hóspedes, a fechou e sentou-se na cama. — Na verdade eu teria se Jimin não estivesse me castigando.

— É interessante como você fala abertamente sobre essas coisas comigo, mas me conte o que você fez dessa vez?

— Nada demais.

— Nunca é nada demais para você.

— Mas dessa vez foi mesmo, olha, ele me pediu para buscá-lo no salão e então eu fui, mas ele estava demorando muito, daí eu vim embora. — Haruto negou com a cabeça. — E não foi porque ainda estava arrumando o cabelo, ele estava conversando e eu já estava impaciente, sendo assim estou no castigo por não esperá-lo.

— Oh, agora eu lhe entendo, também ficava com raiva quando meu pai pedia para o papai buscá-lo.

— E o que o Namjoon fazia?

— Nada, o que ele poderia fazer? Eu até o pressionava para irmos embora e deixá-lo para trás, mas ele nunca me ouviu e continuava lá parado enquanto o bonito estava batendo maior papo.

Eles começaram a rir.

— Jun, o que eu faço?

— Pedir desculpas é um bom início.

— Ele não quer nem que eu chegue perto dele, como eu direi isso?

— Dá teu jeito. — Ele disse simplista e o mais novo suspirou. — Vou ajudá-lo, mas será totalmente com você.

— Só uma ajudinha já basta. — Jungkook assentiu. — Mas e aí, como você está?

— Estou bem, não aconteceu nada de ruim para eu estar mal. 

— Eu não sei porque, mas sinto que você está mal.

— Eu não estou, sério.

Haruto semicerrou os olhos em direção o irmão.

— Sabe, eu acho que você está precisando de algo novo. — Ele disse.

— Algo novo? — Jungkook perguntou com o cenho franzido.

— Um cachorro, isso que você está precisando, por isso está assim. Sente falta do Bam.

— Eu não preciso de mais nenhum cachorro, na verdade quero eles longe de mim. Perdê-lo já foi o suficiente, não quero sentir essa dor de novo. — O alfa advertiu rapidamente. 

— A vida é um grande ciclo, não pense dessa forma. — Haruto disse. — Não deixe de construir momentos felizes com receio da dor que sentirá quando eles acabarem. — Jungkook soltou um suspiro. — Além de que, um cachorro sempre traz alegria aos nossos momentos tristes.

— Ok, eu já entendi. — Haruto soltou uma risada. — Boa noite, eu vou dormir.

— Boa noite. — Acenaram um para o outro.

Jungkook abriu a porta do quarto e saiu por ela, Hanni estava saindo do quarto de Junkyu com um imenso sorriso no rosto.

— Hanni?

— Boa noite, papai. — Ela já estava até com a mão na porta do quarto para abri-lo e entrar.

— Boa noite, e amanhã a levarei para conhecer sua noiva.  

— Certo. — Ela disse e entrou.

Jungkook estranhou, mas nada disse e apenas seguiu para o seu.

— ESPERA AÍ, O QUÊ?!

— Tchau, Hanni. — Jungkook fechou a porta do quarto.

Jimin estava deitado de bruços, Jungkook soltou um suspiro e deitou-se ao lado dele.

O ômega ao sentir o colchão ao seu lado afundar um pouco e o cheiro de Jungkook invadir suas narinas, ele então arrastou-se um pouco para o lado e deitou-se em cima do alfa que soltou uma risada baixa.

Jimin estava com a cabeça no travesseiro de Jungkook e o ar que saía de sua boca batia contra o ouvido dele, Jungkook apenas o abraçou e seus lábios curvaram-se em um sorriso.

— Amor, está acordado?

— Sim, mas estou quase dormindo.

O alfa beijou a testa dele e a bochecha.

— Amanhã, eu vou ao trabalho de manhã, mas de tarde eu voltarei para levarmos Hanni para conhecer a noiva, ok?

— Ela deve ter reagido muito bem. — Disse com ironia e Jungkook soltou uma risada.

— Você já deve imaginar. — Jimin colocou a mão no rosto de Jungkook e começou um leve carinho. — Só preciso resolver algumas coisas, será rápido. — Ele assentiu. — Dorme bem, meu amor.

— Você também...

— Impossível dormir mal com você aqui. — Jimin soltou uma risada nasal.

Todos já estavam em seus respectivos quartos, Haruto dormiu tão rápido que nem percebeu, foram meses dormindo mal aonde estava, sendo assim, o conforto daquela cama o fez dormir rapidamente. Além de ele não precisar se preocupar com nada, como um ataque repentino ou seu superior vindo acordá-lo para assumir o plantão de outro soldado.

Ele sempre teve que estar em alerta, sendo assim nem mesmo fechava os olhos direito, às vezes não conseguia dormir por conta da ansiedade o cercando, embora estivesse de olhos fechados e cansado ao extremo, seu cérebro não desligava e Haruto ficava preocupado com o pequeno barulho que ele ouvia.

No momento, ele está aliviado por poder dormir e desligar tudo ao mesmo tempo, além da ansiedade não atingi-lo e nem nada do tipo.

Hanni, por outro lado, estava ansiosa e bem pensativa sobre o amanhã, afinal, ela irá conhecer a noiva e está apaixonada por outra. Ela não faz ideia de como irá explicar isso para os pais, embora ela e seu irmão tenham noivos, Jungkook e Jimin sempre deixaram claro que quando eles quisessem o noivado terminaria, mas ainda sim, Hanni tem receio da reação dos pais caso ela faça esse pedido.

Junkyu ainda remoia o que tinha acontecido e pediria aos pais para ficar em casa no dia seguinte. Ele só havia esquecido de uma coisa.

— Claro, pode ficar. — Jungkook disse. — Haruto certamente amará lhe fazer companhia. — O alfa mexeu nos cabelos do filho e ele bufou fortemente.

— Como eu esqueci desse pequeno detalhe inútil?

Jimin, Hanni e Jungkook riram.

— Bem, eu estou indo. — Jungkook deu um selinho demorado em Jimin. — Hanni arrume-se direito.

— É, eu vou colocar aquele terno ridículo.

— Olha, eu aprovo, ele te deixa parecido com gente.

Jungkook foi pegar suas chaves no lugar habitual e como sempre ficou alguns segundos encarando aquela foto, logo depois foi para o carro e dirigiu até o quartel.

Ele estacionou o carro e quando saiu foi cumprimentado pelos outros.

— Bom dia, Coronel. — Ele lhes deu um aceno.

— Bom dia, Coronel. — Woozi disse com seu sorriso.

— Bom dia, Capitão. — Ele o desejou. — Está tudo na minha sala?

— Sim, senhor! — O alfa disse. — Aliás, a senhorita Kim Yong-sun  ligou e eu disse que o senhor retornaria quando chegasse.

— Obrigado, Woozi. — Ele acenou positivamente.

Jungkook continuou a caminhar até sua sala, que antes era a sala de Namjoon.

E ele não se surpreendeu ao abrir a porta e dois alfas pularem em cima dele.

— Olá, meninos.

— Oi, Capitão Jeon! — Jungkook, algum dia, pode até chegar a ser Marechal, mas para eles sempre será "Capitão Jeon".

Yoongi e Mingyu soltaram Jungkook e do outro lado da sala estava Jongho.

— Bom dia, Jongho.

— Bom dia. — Jungkook colocou a mão no topo de sua cabeça. — Então, o que vocês me trazem nessa linda manhã? — Perguntou ao sentar-se em sua cadeira.

— Nada, só queríamos te ver mesmo. — Jongho disse.

— É difícil vê-lo agora, estamos sempre em missão ou algo do tipo, além das questões da familiares. — Mingyu falou em seguida e os outros dois concordaram. — Aliás, Hoseok nos disse que irá ao restaurante mais tarde.

— Ah sim, levarei Hanni para conhecer a noiva e preferi que fosse lá. — Jungkook o respondeu.

— E como ela reagiu? — Yoongi perguntou.

— Hanni é uma alfa Jeon, mas puxou totalmente a Jimin e os costumes da família Park, portanto ela não questionou nada. — Ele disse. — Já Junkyu...

— Junkyu era pra ter nascido alfa. — Yoongi disse rindo.

— Tanta coisa para me puxar e ele puxou esse meu lado. — Jungkook suspirou e os outros riram. — Ele chega a ser pior do que a Hanni, isso eu tenho certeza, por isso a garota passa mal de ciúmes do irmão.

— Então não se surpreenda quando ele te contar que perdeu a virgindade. — Yoongi falou e Jungkook virou-se para ele tão rápido quanto a luz. — O Jimin esperou pelo casamento, o senhor não... E se ele realmente o puxou...

— Eu só não te mato porque você é meu substituto, cunhado do meu marido, marido do meu cunhado ou seja meu concunhado e, por fim, pai dos meus sobrinhos... — Yoongi sorriu provocativo enquanto se escondia atrás de Jongho. — Sai da minha frente, vai procurar o que fazer antes que eu desista desses pensamentos e te mate.

— Me matar não vai mudar nada, ele continuará sendo igual o senhor.

Jungkook pegou uma arma e a destravou, Yoongi saiu rapidamente enquanto ria alto.

Certas coisas nunca mudam. — Jongho murmurou. — Quem pegar ele ganha uma estrela condecorada?

Estrela condecorada fazia o soldado ser promovido em épocas fora de promoções.

— Sim.

— Yoongi, vem cá rapidinho. — Mingyu gritou por ele enquanto saia com Jongho.

Jungkook soltou uma risada e negou com a cabeça em seguida.

Ele começou a cumprir com suas obrigações, afinal, ele tinha que sair cedo.

— Solar?

Oi, Jun! Te liguei mais cedo para confirmar o encontro.

— Sim, pode confirmar. — Ele respondeu. — Vou mandar o endereço.

Tá bom, até mais tarde.

— Até.

Solar casou-se com uma alfa chamada Moon Byul-ye, elas tiveram uma filha, então Jungkook teve a ideia de noiva-las e o casal aprovou a ideia. Sendo assim, desde então são noivas.

— Coronel Jeon? — Um sargento o chamou.

— Sim?

— Aconteceu uma coisinha... — Jungkook já estava bufando antes dele terminar de falar. — O senhor pode me acompanhar?

— Você não pode resolver isso? Cadê o Capitão?

— Ele saiu em missão...

Ele fechou os olhos e bufou fortemente, em seguida levantou-se e o acompanhou.

O sargento o levou até o campo na parte de trás do quartel, perto de alguns alojamentos. Haviam alguns soldados lá.

Todos eles fizeram continência quando o viram.

— O que aconteceu? — Perguntou e o soldado apontou enquanto coçava a nuca.

Jungkook olhou para onde ele apontava e voltou a olhar para o alfa em seguida com um certo ódio.

— Eu não acredito que você me chamou aqui por causa de um filhote.

Era um filhote de cachorro, ele estava bem magro e tinha alguns pequenos machucados, a cor predominante em seu pelo era branco, mas em seus olhos até sua orelha era um castanho claro, além dele também ter alguns tons de castanho claro em seu corpo também.

— Coronel, ele está machucado e parece desnutrido, acho que o deixaram aqui ou ele veio sozinho de lá.— Apontou para o mato. — O chamei porque o senhor é o único responsável entre nós, sendo assim se fizéssemos algo errado... Além disso, como pode ver, ele está chorando bem alto e está bem frio, o senhor sabe que não é permitido animais nos nossos alojamentos.

Ele suspirou e revirou os olhos.

— E o que quer que eu faça? Chame o canil, soldado! Eu preciso terminar minhas obrigações e sair para um compromisso, está me atrapalhando, sabia?

O soldado engoliu a seco com medo de seu superior.

— Coronel, se o levassem para o canil pode ser que ele não tenha o tratamento necessário e talvez não queiram adotá-lo por saber que terão que arcar com seus custos médicos. — Chaeyoung estava a ponto de ter um surto. — Ele certamente morrerá.

— Então o pegue você e o leve para casa.

— Eu não posso, moro com meus pais e minha mãe tem alergia a cães, consequentemente eu também tenho, ela ainda não atacou porque não cheguei tão perto dele e também já tomei um antialérgico por conta do tempo frio.

Ele nem mesmo perguntaria para os outros que estavam ali, todos eles lhes daria a mesma desculpa e ele já estava impaciente e estressado.

O cachorro ainda chorava e também tremia pelo frio.

— Eu vou ter que terminar aquilo tudo amanhã porque meus soldados não podem cuidar de um cachorrinho. — Jungkook o pegou em seu colo. — Vocês estão ferrados. — Ele declarou antes de sair. 

Jungkook pegou suas chaves em sua sala, logo caminhou até seu carro com o cachorro em seus braços, todos o olhavam sem entender, mas nem ousaram perguntar nada pois sua feição era totalmente séria e de alguém estressado.

Ele o colocou no banco e começou a dirigir até o veterinário mais próximo, totalmente movido pela raiva.

Chegando lá, ele não foi atendido imediatamente e ainda tinham cinco pessoas à sua frente.

— Acalme-se Jungkook, acalme-se. — Disse para si mesmo ao sentar-se em uma das cadeiras para esperar. — Olha o tanto de problemas que você está me trazendo. — Ele falou olhando para o cachorrinho que parecia ter uma feição super abatida e triste.

Até mesmo suas orelhas eram caídas e seus olhos pareciam encharcados de lágrimas, o local também tinha o ar-condicionado o que fazia-o tremer ainda mais.

Ele desabotoou a própria farda e o cobriu em seu colo, imediatamente o cachorro abaixou a cabeça e deitou-se apoiado em seu braço.

Fazia anos que eles não ia em uma clínica veterinária, a última vez que ele tinha ido foi para a eutanásia de Bam, portanto aquele lugar não lhe trazia boas memórias, ele nem mesmo queria estar ali. Mas era a única clínica mais próxima e também a única conhecida por ele. Até porque Bam já precisou ir até ali tomar vacinas ou apenas para fazer check-ups mensais. Não era mentira que ele nunca superou sua morte e também criou um certo trauma em pegar outro cão.

Embora Junkyu ou Hanni sugerissem isso e demonstrassem desejo em ter outro amigo de quatro patas na família, Jungkook sempre rejeitou e nem mesmo Jimin conseguiu fazê-lo mudar de pensamento. O alfa até mesmo fugia de ter contato com animais, mas agora ele estava com um cãozinho dormindo em seus braços e esperando sua vez chegar para ajudá-lo.

— Ele é seu? — Uma criança que estava ao seu lado perguntou. — Puxa, ele parece ter sido maltratado... — Era um pequeno alfa com cabelos loiros e olhos verdes. — Você o salvou, moço?

— Eu não sei ao certo a história dele. — O respondeu. — Ele só apareceu no meu trabalho e eu o trouxe aqui para cuidarem dele, mas ele não é meu.

— Por que não fica com ele? — Perguntou. — Sua mãe não deixa? — Jungkook soltou uma leve risada nasal com seu tom.

— Não é isso, eu só não posso ficar com ele. — O garotinho atendeu assentindo.

— Então espero que ele encontre uma família que goste dele.

— Eu também.

— Agora eu tenho que ir, parece que meu cachorro já tomou vacina, ele é medroso igual eu, também tenho medo de agulha por isso não fui lá segurar sua pata, mas o papai disse que seguraria por mim. — Jungkook riu do relato dele. — Olha ele ali. — Apontou.

Jungkook engoliu fortemente e sentiu a dor lhe atingir ao ver que era um Dobermann bem parecido com seu cachorro.

— Ele é bonito. — Forçou-se a dizer. — Qual nome dele?

— Bolt.

— Sério? Igual ao supercão?

— Sim... — Respondeu um pouco inseguro.

— Eu gostei do nome. — Os olhinhos dele chegaram a brilhar.

— Senhor Jeon. — O chamou.

— Agora eu tenho que levá-lo, cuide bem do Bolt.

— Vou cuidar. — Ele sorriu para o menininho.

Levantou-se com o filhote em seu colo e seguiu a beta de jaleco que a levou até a doutora, a mesma que cuidava de Bam.

— Jungkook, que surpresa!

— Oi, Jisu. — Sorriram um para o outro.

— Uh, você pegou outro cãozinho, ele é fofo. — Ela disse.

— Não, eu peguei, ele apareceu lá no quartel, não é meu.

— Ah sim, entendi... Bem, traga-o aqui para eu examiná-lo.

Chaeyoung o colocou na pequena maca, Jisu colocou suas luvas e começou a examiná-lo.

— Sabe se ele está sentindo algum tipo de dor? — Perguntou.

— Bem, ele estava chorando por boa parte do percurso.

— Ok. — Ela continuou a verificá-lo e não fez mais perguntas pois sabia que Jungkook havia acabado de conhecê-lo, portanto suas respostas não seriam certas.

Não demorou tanto e Jisu já estava com o diagnóstico praticamente feito.

— E então? — Jungkook perguntou. — O que ele tem?

— Micose e sarna são certezas, também suspeito de uma doença do carrapato e possivelmente resfriado — O cachorro até espirrou em seguida. — Se tivesse o mandado direto para o canil, provavelmente ele morreria em alguns dias e, dependendo de quem o pegasse, talvez o devolveria pelo tratamento ser caro. — Ela fez um leve carinho no cachorro.

— Certo, quanto vai custar tudo?

— Tudo isso precisará ser dado alguns remédios e pomadas, claro que ele também precisa de algumas vacinas e eu farei alguns exames para saber a fase da doença do carrapato para poder iniciarmos o tratamento do jeito certo. — Jungkook assentiu. — Posso fazê-lo agora, será rápido e-

— Pode fazer, só que eu não voltarei hoje, tenho um compromisso. — Jungkook levantou-se. — Quando eu vier buscá-lo, eu pago tudo, pode ser?

— Sim, tudo bem.

— Ok, eu vou indo então.

— Espera! — Jungkook virou-se para ela. — Qual nome dele? Preciso saber para os exames. — Jungkook soltou um suspiro.

Um nome?

É, não tinha jeito.

— Ddosun, esse é o nome dele. — Ele disse. — Agora eu tenho que ir e obrigado por ajudá-lo, Jisu.

— Só estou fazendo meu trabalho com amor. — A ômega sorriu.

— Continue assim.

O alfa caminhou até seu carro, já estava um pouco tarde, então a melhor opção seria ir para casa mesmo.

Quando ele o pegasse, levaria para o canil, afinal, já que toda essa parte estaria sendo feita, então alguém o adotaria facilmente e aquele "problema" estaria resolvido.

Mas por outro lado, em sua cabeça só rondava uma pergunta.

"E se..."






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