Chapter twenty two

Olhaa quem voltou!!! Sou uma mulher de palavra!

Jeon Jimin

Eu fui acordado assim que Jungkook afastou-se de mim em uma velocidade surreal, ele sentou-se na ponta da cama e começou a apertar os dedos em volta das têmporas.

- Isso acontece quando enchemos a cara sem controle nenhum.

- Com todo respeito, cala a boca. - Ele disse gemendo de dor e eu apenas ri negando com a cabeça.

Levantei indo até meu armário e pegando a caixinha de remédio.

- Só tem líquido.

- Não me importo, desde que funcione, tá ótimo. - Eu segurei seu rosto e o ergui com a mão em seu queixo.

Pinguei o remédio algumas vezes em sua boca, ele a fechou engolindo-o e a sua careta me fez rir.

- Negócio ruim. - Jungkook parecia tentar tirar aquele gosto de sua língua.

- É pro teu bem. - Acariciei seu rosto. - Você lembra de alguma coisa? - Ele franziu o cenho.

- Eu deveria? - Eu segurei bastante uma feição de tristeza. - Eu lembro de alguns flashes na boate e também me lembro de você gemendo meu nome... - Seu tom foi pura malícia e suas mãos apertaram minha cintura. - Agora o restante, não lembro de mais nada.

- Nem do que você falou depois?

- O que eu falei depois?

- Nada, não se preocupe quanto a isso... - Jungkook continuou com o cenho franzido e suspirou.

- Eu falei alguma besteira? - Perguntou inseguro e eu neguei rapidamente.

- Não! - Respondi rápido. - Vai tomar banho, temos que descer para o café. - Ele assentiu e levantou-se indo até o banheiro em meu quarto.

Ele não lembra que disse que me ama...

[...]

Os preparativos para a festa na piscina já estavam sendo feitos, tinham cadeiras e mesas no jardim, seria exclusivamente para nossa família e ela é bem grande.

Nós estávamos de mãos entrelaçadas quando entramos na sala de jantar para nosso café da manhã, dessa vez todos estavam olhando para nós, sim, todos, porque agora tem meus tios e meus primos, a quantidade triplicou.

Eu senti seu aperto tornar-se mais forte em minha mão, o guiei para sentarmos ao lado de Taehyung bem lá no fim da grande mesa. Jungkook os encarava de volta com aquela feição séria, eles logo viraram os rostos.

Jungkook colocou a mão na frente de sua boca e aproximou-se.

- Eu não gosto disso.

- Está tudo bem, ignore, eu já te expliquei o porquê disso.

- Então você se casou mesmo, Jimin. - Um dos meus primos perguntou.

Kim Rocky

- Nada, foi tudo forjado. - Respondeu Tae.

Olha, eu e minha família somos unidos, mas nenhuma família está desprovida de pessoas intrometidas.

- Só falta você, não é Taehyung?

- Para quê? - Jackson perguntou alto entrando na sala de jantar e vindo para sentar-se ao lado de Taehyung.

Mark sentou-se ao lado dele.

- Para ele ser traído? Arrumar alguém como seu pai que trai minha tia o tempo todo. - Ele riu. - E olha que nem foi casamento arranjado.

- Você é um moleque! - O pai de Rocky gritou.

- E você é o pior tipo de alfa que existe!

Jungkook assistia tudo querendo rir.

Talvez ele pensasse que essa família fosse perfeita.

E outra, quando digo sobre minha família ser unida, eu falo por meus pais e irmãos, alguns primos e tios eu simplesmente deleto e nego qualquer parentela.

Papai chegou na sala de jantar e eles pararam de discutir, ele sentou-se de frente para nós e Jungkook parecia ter tomado uma pancada na cabeça e agora está sofrendo de algum traumatismo craniano.

- Capitão Jeon.

- General Park.

Outro detalhe importante, ninguém sabia que Jungkook era um Capitão, então todos nos olharam surpresos, exceto meus irmãos e cunhado.

- Não precisa dessas formalidades, somos família, não?

- Am... Sim? - Ele perguntou um pouco nervoso. - Então também não precisa me tratar com formalidades. - Eles sorriram um para o outro e deram um aceno.

Minha mãe chegou logo depois com Rosé e Ji-soo, ela sentou-se ao lado do meu pai e os meninos sentaram-se juntos ao lado de Mark.

- Taehyung? - Jungkook o chamou. - Vai para a outra fileira, essa aqui é apenas para casados. - Taehyung começou bater no braço dele e Jungkook ria tentando segurar os pulsos dele.

Eu sorri com a cena, só eu sei o quanto ele estava na defensiva durante as reuniões com sua família, até mesmo ontem e agora vê-lo assim, brincando e rindo com meus irmãos, até mesmo com alguns primos.

Jungkook está confortável entre eles, eu posso sentir isso, não sei, mas conforme eu notei isso meu coração pareceu dar um saltinho e meus olhos quererem se encher d'água.

Ele está superando.

Nós terminamos nosso café, todos juntos, e cada um foi para seu quarto para nos trocarmos, mais tarde também haveria mais uma festa só que essa seria com os amigos do papai e no salão, na parte interna da casa.

Eu vesti uma sunga preta, com uma camisa branca de renda, Jungkook saiu do banheiro com um short leve preto e uma camisa de manga branca.

Talvez ele não estivesse excitado, mas estava marcando.

- Uau, você está muito lindo. - Ele disse sorrindo enquanto se aproximava, colocou as mãos em minha cintura e beijou meu pescoço. - O que acha de casar comigo? Faríamos filhos lindos. - Eu gosto quando ele faz isso.

Me elogiar e depois flertar comigo assim.

Eu coloco o braço em volta de seu pescoço e o puxo para um beijo.

- Caso, quantas vezes for preciso.

- Sério? Alguém disse que se arrependia.

- Eu não estava no meu melhor momento, ok? - Eu estava na ponta do pé para alcançá-lo. - Eu não me arrependo nem um pouco de ter casado com você, eu sei que não deveria ter dito aquelas coisas e por isso te peço perdão por aquele dia. - Seus olhos pareciam tentar me ler.

Jungkook segurou meu queixo e me puxou para um beijo demorado.

- Está tudo bem entre nós agora, não é?

- Sim, está.

- Então tudo bem, eu te perdoo.

Continuamos a nos beijar, Jungkook já estava ficando bastante animado e eu não estava diferente, se não fosse pelas batidas em minha porta provavelmente só sairíamos daqui com diversas marcas recentes em nossos corpos.

Jackson quem veio nos chamar, não preciso dizer que eles foram o caminho inteiro se provocando como dois irmãos, talvez ele devesse ter sido gêmeo dele e não do Taehyung.

Já estavam todos lá, Taehyung chegou junto conosco, ele estava usando uma sunga vermelha e também uma camisa branca por cima, Key também chegou e eles ficaram conversando, ele até mesmo passou protetor solar em suas costas.

(Para os cabeças de vento, Key é o Kibum)

- Vem aqui. - Eu chamei por Jungkook e ele veio com o cenho franzido.

Eu peguei o protetor em minha bolsa.

- Ah não amor, eu não gosto de usar isso. - Ele falou como uma criança manhosa e feição emburrada.

- Mas vai, depois fica se ardendo, eu não vou cuidar de você.

- O cheiro fica forte para mim, você sabe que meu olfato é aguçado.

- Esse não tem cheiro ruim. - Eu abri a tampa e coloquei próximo ao seu nariz. - Tem? - Jungkook fez uma feição desconfiada, mas negou e me deixou passar em seu rosto.

- Eu nunca imaginaria que sua família fosse assim, pelo tanto que você falava... - Eu revirei os olhos.

- Quando digo que somos unidos, eu quero dizer: Eu, meus pais, irmãos, cunhados e sobrinhos. - Espalhei o creme em seu rosto. - Não estou incluindo todos, e mesmo depois daquela pequena discussão, olhe só onde Jackson está. - O alfa olhou para o lado.

Jackson estava no maior papo com meu tio e Rocky.

- Eles discutem, mas no fim acabam juntos de novo.

- Vocês são estranhos.

- Já, já você se acostuma. - Terminei. - Agora tire a camisa.

- Nem um jantar antes? Você está muito pervertido, Jeon Jimin. - Eu dei um leve tapa em seu ombro enquanto ria e ele tirava a camisa. - Aliás, eu esqueci de comentar. - Minha atenção estava completamente em seu abdômen sarado.

Coloquei o creme em minhas mãos e comecei a passá-lo em seu corpo.

Jungkook esticou-se para frente no pé do meu ouvido.

- Só de lembrar de você gemendo em inglês... - Ele mordeu o lábio, suspirou e depois soltou o ar quente pela boca causando-me arrepios. - Com certeza virou minha melodia favorita. - Eu tinha certeza que meu rosto estava corado.

Apertei levemente algumas partes de seu corpo e passei as unhas em sua barriga.

- Não me provoca em público.

- Ainda mais se esse público for sua família, não é? - Nós dois rimos e Jungkook me deu um selinho rápido. - Acabou? - Assenti e coloquei meus óculos escuros. - Eu preciso construir uma piscina naquela casa, vou ser um alfa muito mais feliz quando você me receber nesses trajes quando eu chegar em casa.

Ele se levantou e mexeu um pouco a cabeça como se quisesse ajeitar os cabelos.

- JUNGKOOKIE! - Jackson correu, abraçou-o de lado e os dois caíram na piscina com tudo.

Eles voltaram à superfície e ele estava vermelho, Jackson estava todo risonho.

- Seu desgraçado, acho que entrou água no meu ouvido. - Jungkook tombou a cabeça para o lado. - Eu vou matar você! - Meu irmão mais novo começou a correr dele dentro da piscina.

Eu estava rindo muito desses dois, Key entrou logo depois e outros primos meus também.

Vi que Jackson estava apresentando os demais para ele, até mesmo Ji-soo já que ele ainda não tinha a conhecido oficialmente.

Mark, Tae e Rosé vieram para a sombra junto comigo, as crianças estavam brincando na piscina rasa, alguns funcionários nos trouxeram vinho e nós pegamos uma taça, mamãe também veio ficar conosco e papai entrou na piscina com os outros alfas.

Tae e eu somos os únicos mais delicados da nossa família, por conta disso nossa família são sempre mais superprotetores com nós dois.

Em nosso casamento, Jungkook quase não saiu de perto de mim, e agora vê-lo ali com eles, sem estar totalmente em alerta, completamente a vontade me deixa muito feliz. E como se ele lesse meus pensamentos, meu esposo olhou em minha direção e me deu um de seus sorrisos.

Aquele que eu amo.

Ele está tão à vontade e confortável...

- Olha só, já vão fazer merda. - Tae murmurou olhando-os por trás de seus óculos.

Parecia que eles estavam se preparando para brincar de alguma coisa.

- Quero só ver em como isso vai terminar. - Mark disse enquanto negava com a cabeça.

Jackson subiu nas costas de Rocky, Jungkook nas costas de Ji-soo.

A famosa, briga de galo.

Eu estava prestes a mandá-lo descer, mas Mark colocou a mão em minha frente.

- Deixa, eles são piores que crianças e precisam se machucar de vez em quando.

- Pode vim! - Jackson disse e ele começou a tentar empurrá-lo das costas de Rocky.

- Eles não têm o que inventar...

Os dois alfas ficaram um tentando empurrar o outro enquanto riam.

Uma hora, eles simplesmente deram um empurrão tão forte um no outro que os dois caíram, mas quando voltaram eles estavam com a mão no rosto.

- Bem feito. - Rosé disse baixo.

- Você me machucou... - Jackson fez uma voz manhosa enquanto estava com a mão no local.

- Você também me machucou, seu idiota. - Preciso mencionar que ele também estava fazendo uma voz manhosa?

Dois dramáticos!

- Nem parece que são dois alfas adultos! - Mamãe gritou.

Jungkook estava com um pequeno corte na testa e Jackson um perto da boca.

- Saíam logo daí.

Os dois obedeceram Rosé, ficaram murmurando alguma coisa enquanto vinham com a mão no rosto.

Até parecia que tinha sido super grave...

- Está doendo... - Jackson sentou-se praticamente no colo de Mark como um bebê e deitou no ombro dele.

Jungkook veio com um biquinho, feição emburrada e sentou-se ao meu lado de braços cruzados.

- Vai, inventa moda de novo. - Ele bufou.

Mamãe veio com um remédio, mesmo que fosse apenas um pequeno arranhão em cada um.

- Isso arde, mãe! - Ele reclamou conforme ela passou a pomada em sua ferida perto da boca.

- Vocês conseguem ser piores que meus netos. - Ela dizia enquanto passava e ele gemia de dor.

Jungkook estava com a testa um pouco suja de sangue, o alfa tentava limpar a todo custo e amenizar a dor.

- Que saco... - Murmurou e quando eu ia ajudá-lo.

Mamãe segurou seu rosto e passou a pomada em sua testa, como fez com Jackson.

Jungkook pareceu esquecer como respirava, mais uma vez ele parecia estar tremendo e ficou estático com os olhos levemente arregalados enquanto mamãe cuidava de seu machucado.

Foi aí, que eu me lembrei de quando estive em sua mente.

Eu a vi por várias vezes machucado, ele mesmo cuidando de seus próprios machucados, óbvio os machucados causados pelos primos, quando sua mãe perguntava sobre, ele simplesmente dizia que caiu em qualquer canto e que já estava bem.

Sua mãe aceitava suas palavras e o deixava.

Era a primeira vez que ele estava recebendo esse tipo de cuidado.

- Pronto. - A ômega mais velha disse. - Na próxima vez, vão ficar machucados para aprenderem.

Kibum e os demais apenas riam.

- Todo mundo sabe que se eles se machucarem de novo, ela vai pegar a pomada de imediato. - Taehyung falou baixo quando ela saiu para guardá-la.

Jungkook ainda continuava estático, com o olhar distante e a boca entreaberta.

Ele limpou o canto dos olhos tão rápido e de repente, logo também respirou fundo.

Coloquei a mão em seu rosto e ele virou-se para me olhar, seu olhar parecia tão inocente, sua respiração estava calma, mas seu coração estava um pouco acelerado.

Depois que o almoço foi servido, subimos apenas para escovarmos os dentes e ele ficou comigo por alguns instantes, até que Yona desceu do colo de Jackson e engatinhou até nós dois, ele se apoiou na perna de Jungkook e levantou-se.

- Qual nome dela? - Perguntou olhando para a pequena ômega.

- Park Yona.

Ela levantou os bracinhos e por não ter equilíbrio, quase caiu, mas ele a segurou pelas mãozinhas.

- Cuidado, pequena. - Yona sorriu para Jungkook.

Meu esposo olhou para mim também sorrindo.

- Ela sorriu para mim! - Jungkook a pegou no colo e Yona colocou a mão em sua boca.

O alfa a beijou e ela afastou a mão risonha.

- Yona é filha de Jackson e Mark.

- Ela se parece bastante com o Mark mesmo. - Mais uma vez, Yona colocou sua mão nos lábios dele e Jungkook sorriu abertamente. - Oi princesa. - Yona colocou os braços em volta do pescoço de Jungkook, o abraçou, logo ela virou o rostinho e ficou deitada em seu peitoral enquanto o olhava.

- Yona gostou de você. - Jackson disse ao abaixar-se próximo a nós. - Está com soninho, meu amor? - Ele fez uma voz mais calma e infantilizada, Jackson entregou uma mamadeira para Jungkook. - Dê à ela.

Um pouco inseguro, mas ele fez.

Os lábios dela ao redor do bico da mamadeira e ela puxando, Jungkook parecia estar encantado com a cena, Yona até mesmo colocou a mãozinha em cima da dele e o alfa soltou uma risada.

Ele olhou para mim e depois para Yona, como se quisesse que eu os olhasse.

Depois que ela terminou, Yona não quis desgrudar de Jungkook, até mesmo para a piscina eles foram juntos e ela ficava dando boas gargalhadas quando o alfa fazia alguma brincadeira.

Eu entrei também e fui para perto deles, Jungkook estava a segurando e eu coloquei os braços em volta de seu pescoço, abraçando-o por trás.

- Olha só, amor. - Ele disse. - Fala "Jun".

E ela falou mesmo.

Não foi a pronúncia 100% correta até porque ela é um bebê, mas ela falou.

- Viu só? - Jungkook fez cócegas em sua barriguinha e ela riu. - Sabe, eu nunca me dei bem com crianças.

- Sério?

- Aham, geralmente elas não gostam de mim.

- Ué, por quê? - Perguntei, mas então eu me lembrei de como ele era e foi durante algumas semanas desde que casamos. - Deixa, eu já posso imaginar o porquê.

- É, é isso mesmo. - Ele afirmou. - E também, não é como se eu tivesse muito contato com crianças no meu dia a dia. - Jungkook é o segundo mais novo de sua família e também é filho único, então ele realmente não teve esse contato.

Eu e Rosé somos os mais velhos, o restante dos nossos primos e irmãos praticamente nasceram um atrás do outro então tivemos muito contato com crianças, nós ajudávamos nossas tias a cuidar dos meninos.

- Mas de algum jeito, essa garotinha gostou de mim. - Ele falou sorrindo. - Será que vou ser um bom pai? - Jungkook olhou para mim.

Eu soltei uma risadinha.

- Não acha que está muito cedo para essas perguntas?

- Eu não me incomodaria em termos filhotes agora, se fosse o caso.

- Hey, eu vou colocá-la para dormir um pouco, ela está praticamente dormindo em seus braços. - E Yona estava mesmo, os olhinhos estavam pesando, mas ela parecia lutar contra o sono. - Vem com o papai, meu amor. - Jackson esticou os braços para pega-lá.

Ela não queria ir, mas foi com meu irmão, assim que ele a pegou, ela deixou em seu ombro e fechou os olhos. Jackson colocou a chupeta em sua boca, ela a puxou mais para sua boca e se ajeitou no colo dele.

Apertei mais meus braços ao redor de seu pescoço e ele virou o rosto para me beijar.

- Então, pode ser uma consideração? - Ele voltou ao assunto.

- Fizemos um mês de casados agora.

- Eu sei, mas somos apaixonados um pelo outro. - Jungkook me beijou. - Temos uma situação estável, financeiramente falando. - Mais um beijo e ele virou-se colocando as mãos em minha cintura - E nós nos am- quer dizer, nós... é... nós dois... Enfim, acho que já foram bons motivos.

Eu realmente não entendi o que ele queria dizer antes de se consertar.

- É, realmente são bons motivos, mas não acho que você esteja preparado e não é o momento adequado. - Respondi e ele franziu o cenho.

- Como assim?

- Meu bem, você acabou de descobrir sobre um possível desvio de armas no seu batalhão, não acho que esse seja o momento adequado para isso. - Eu falei baixo. - E outra, você precisa ser mais paciente se quiser ter um filhote, porque você é totalmente o antônimo de uma pessoa calma e bebês lúpus sentem tudo o que está acontecendo em relação aos pais.

- Está dizendo que sou estressado?

- Sim, imagine só, eu tendo que sair e o deixo com você, você teria paciência para lidar com o choro dele? Tentar descobrir o que está errado antes de simplesmente se irritar por ele estar chorando? - Jungkook suspirou. - Pois é.

- Eu entendi.

- Também, está cedo demais. - Comecei a beijar seu rosto. - Não acha que ainda temos muito que aproveitar estarmos só nós dois? Hm? - Suas mãos apertaram minha cintura. - Um bebê mudaria toda nossa rotina e viveríamos totalmente para ele por um longo tempo, que tal deixarmos isso para depois?

- Depois, tipo, quantos anos? - Perguntou com a voz rouca.

- Não sei, só não vamos considerar esse ano.

- Certo, então podemos apenas executar o processo de reprodução enquanto isso...

Eu acabei com a distância entre nossos lábios.

[...]

Eu estava terminando de me vestir, Jungkook tinha saído do quarto para pegar água.

Estou usando uma calça branca, com uma camisa gola alta preta, juntamente com uma jaqueta também preta, nos pés uso um coturno verniz.

- Amor, você não vai acreditar! - Ele disse passando pela porta todo saltitante. - Primeiro, você está incrivelmente lindo e segundo, você não vai acreditar! - Lá vem fofoca...

- Faça um teste.

- Ok! - Ele sentou-se na minha cama e começou a falar enquanto eu terminava minha maquiagem. - Eu fui beber água, você sabe, eu só não esperava encontrar Park Taehyung discutindo ao telefone e, o melhor, com Min Yoongi!

- O quê?

- Pois é, ele estava tão focado e irado que nem percebeu minha presença. - Jungkook levantou-se e veio até mim para colocar meu cordão. - Eu usei meus sentidos-

- Não fique invadindo a privacidade dos outros, Jungkook.

- Se eu não invadisse, eu não teria conhecimento dessa informação, às vezes é por um bem maior! - Eu neguei com a cabeça. - Posso continuar? - Assenti, não tinha jeito mesmo. - Amor, você acredita que eles estavam brigando naquele dia por ciúmes?

Fiz uma expressão surpresa.

Tae nem mesmo tocou nesse assunto comigo.

- Sério? - Perguntei.

- Sim, e foi o Taehyung que surtou com ele. - Levei a mão até a boca. - Antes de vocês chegarem, o Yoongi estava conversando com alguns ômegas, nisso, ele sentou perto do Taehyung depois, isso você sabe. - Afirmei. - Só que lembra aquela hora que o Yoongi levantou dizendo que ia pegar um drink?

- Lembro.

- Ele na verdade tinha ido para fora do bar ficar com uma ômega.

- Mentira?

- E o Taehyung foi lá, só que ele chegou bem na hora, então o Yoongi não chegou a beijar a ômega, mas o Taehyung flagrou eles bem próximos. - Ele contava tudo como se estivesse me contando um filme que assistiu trinta vezes.

- Tae não é do tipo que faria algo.

- Bom... - Ele mordeu o lábio. - Um alfa passou bem na hora e o Taehyung agarrou ele, o Yoongi ainda não tinha visto que ele estava lá e quando viu que ele estava beijando um alfa qualquer ele surtou. - Agora pergunta se ele lembra de uma equação matemática. - Taehyung apenas deu um selinho nele, porque o Yoongi logo puxou o garoto e eles começaram a discutir.

- Pena que você não usou sua audição aguçada naquele dia, não?

- Mas usei hoje, e como eu disse, eles estavam discutindo por ligação. - Por isso que ele é policial. - Taehyung ficou dizendo que ele não tinha que ter feito nada daquilo porque eles não são nada um do outro e o Yoongi disse que não importava, que ele não deveria sair beijando qualquer um, ainda mais por ser filho de alguém importante.

- Que argumento lindo. - Eu disse rindo.

- Que ele poderia ser um bandido, qualquer coisa do tipo, ele estava falando como se o Taehyung tivesse conversado com ele por horas antes de se beijarem.

- Só isso?

- Não! O Yoongi disse que ele não deveria sair beijando qualquer um.

- E conhecendo meu irmão...

- Ele mandou o Yoongi ir pro inferno e disse que ele não tem que se meter em nada na vida dele. - Ele contou rindo. - Depois disse que se eles fossem algo, ele diria que o Yoongi também não deveria beijar qualquer uma.

- Taehyung...

- Por fim, ele falou para o Yoongi ir arrumar o que fazer, pois ele tinha uma festa para ir e não tinha tempo para ficar ouvindo a voz dele.

- Você escutou isso tudo e ele nem percebeu que você estava lá?

- Eu sou policial e sou ótimo em espionagem.

Neguei com a cabeça enquanto ele se vangloriava por sua "espionagem".

Se Taehyung vier me contar algo, eu vou fingir demência.

Logo na entrada, eu segurei seu sobretudo aberto e ele me olhou.

Ele deve ter pensado que eu queria beijá-lo, pois se inclinou para frente.

- Não. - Coloquei a mão em sua boca. - Escuta, eu tenho uma ordem para você.

- Uma ordem?

- Sim. - Franziu o cenho. - Nada de álcool.

- Mas-

- Nem uma gotinha.

- Jimin-

- Está avisado.

Jungkook bufou fortemente e emburrou a cara.

- E desfaça essa feição.

- Você não manda em mim. - Ele disse passando por mim com os braços cruzados.

Eu revirei os olhos.

Felizmente, Jungkook já está super à vontade então não precisará ficar grudado em mim, na verdade ele já foi sentar-se com Jackson e Key.

Tae acenou para a mesa em que ele estava com Rosé, Mark e Ji-soo, eu caminhei até lá.

Ji-soo gosta bastante de estar com Rosé, por isso estão sempre grudadas.

- Você está lindo. - Rosé me elogiou sorrindo e eu também lhe dei um sorriso.

- Obrigado, minha irmã. - Sentei-me ao lado de Tae. - Então, o que já aconteceu e eu perdi?

- Nada demais, na verdade, lembra da filha daquele Tenente?

- Aquela que odeia a gente? - Perguntei e Taehyung assentiu.

- Ela está grávida, e eu suspeito que seja do filho do Capitão. - Ele apontou para a menina de vestido verde.

Olhei para o garoto e eles trocavam olhares preocupados.

- Como sabe que ela está grávida? - Perguntei. - Nem mesmo há barriga alguma.

- Ji-soo me contou que o cheiro dela está diferente. - Rosé respondeu. - Só pode ser isso.

Eu foquei minha audição naquela mulher e pude ouvir os dois corações batendo.

- Ela está mesmo, posso ouvir o coração dela e do bebê. - Eu bebi um pouco de vinho em minha taça.

"Olha só, o bonito pode beber e eu não."

Na mesma hora, eu olhei para Jungkook e ele ficou ainda mais bravo ao perceber que eu estava ouvindo ele.

"Mordida filha de uma..." Nunca pensei que veria Jungkook ter um pequeno chilique.

Eu sorri de lado provocativo.

- Jimin, está nos ouvindo?

- Sim! - Respondi Mark. - Na verdade não, podem repetir?

- Papai trouxe todo aquele povo para mostrar o genro dele, Capitão Jeon Jungkook.

- O quê? - Perguntei desacreditado.

- É sério, temos ouvido ele falar sobre ele para os colegas esse tempo todo. - Ji-soo disse bebendo um whisky. - O famoso Capitão da Quinta Companhia da Coréia do Sul. Pelo visto todos o conhecem pelos seus feitos como Capitão e ficaram surpresos ao saber que ele era o novo filho dele.

Na Nova Zelândia depois que um casal se casa, os pais têm o costume de chamar seus genros e noras de filhos, por exemplo, os próprios Ji-soo e Mark sempre estão sendo chamados de filhos pelo meu pai e pela minha mãe, embora eles os chamem de "sogro" e "sogra".

- Nossa, uau, eu realmente estou surpreso em saber disso.

- Imagine o coração dele quando ele for fazer isso... - Tae disse bebendo seu vinho.

Nós ficamos conversando por mais um bom tempo, vez ou outra eu procurava Jungkook com o olhar, ele estava sentado em uma mesa um pouco afastada de todos com os dois alfas e eu já comecei a suspeitar fortemente de ele estar me desobedecendo.

Tae, Rosé e Ji-soo saíram da mesa para andarem por aí.

Só estavam eu e Mark.

- Mark, você acha que aqueles dois estão bebendo escondidos?

- Não. - Ele disse. - Eu tenho certeza. - As crianças estavam sendo cuidadas pelos funcionários, então tanto eles quanto Ji-soo e Rosé estão livres para curtirem a festa. - Suspeito que tenha mandado ele não beber nada também.

- Você fez isso também? - Perguntei já sabendo da resposta. Bufei. - Qual a dificuldade deles em nos obedecerem? Se fôssemos nós, eles estariam enchendo nosso saco até a volta de Jesus. - Mark riu de meu irritamento.

Ele bebeu um pouco de whisky.

- Não deveria estar assim.

- Por que você não está? Ele também te desobedeceu. - Mark colocou o copo em cima da mesa, pegou um ovinho de codorna com o palito de dente e colocou em sua boca.

Ele mastigou e depois engoliu.

- Cunhado, o Jackson não era um bom marido, você sabe, ele era muito grosseiro comigo, vivia indo para festas e me deixava sozinho em casa, mas quando ele descobriu da minha gravidez, seu pai teve uma séria conversa com ele e ele tomou jeito. - Assenti, eu sabia de toda essa história mesmo não estando aqui. - Demorou um pouco, mas ele tomou jeito e hoje é um bom marido, ele me ajuda, me apoia em todos os meus projetos, é um bom trabalhador e um pai incrível, até melhor do que eu.

Isso eu não sabia.

- Por vezes, eu deixei Jisung inteiramente sobre os cuidados dele, logo nasceu Yona e foi a mesma coisa, só que ele nunca reclamou e nem mesmo me cobrou algo porque ele queria dar conta de tudo sozinho por se sentir culpado pelo o que fez comigo no início de nosso casamento. - Eu ouvia tudo com atenção. - Ele fez tudo isso sozinho por um bom tempo e eu também comecei a mudar minha rotina para que pudéssemos estar juntos cuidando das crianças, só que essa mesma rotina o tempo todo o deixa cansado e estressado, então quando tem esses momentos em família.

Mark apontou para eles e os três estavam virando uma dose de whisky.

- Eu o deixo livre e nem ligo de ele ir nas festas usando meu nome, porque essa é a diversão dele, a maneira dele fugir da rotina e está tudo bem, afinal, ele nunca me deu motivos para desconfiança e sempre é cuidadoso. - Ele riu. - Na maioria das vezes, eu estou saindo com ele também, então nós dois nos divertimos enquanto as crianças ficam com as babás. O que estou querendo dizer é, deixe-o, ele não está fazendo nada demais e pelo o que contou, ele trabalha bastante então essa é a maneira dele de relaxar um pouco.

É, ele está certo.

É do trabalho para casa e de casa para o trabalho, creio que essa seja a primeira vez desde que nos casamos que ele está saindo e sentindo-se bem no ambiente. Ele realmente merece esse descanso e esse momento que ele também deve considerar uma diversão.

- Mas isso não significa que não deva puni-lo, ele te desobedeceu. - Eu olhei para Mark. - Jackson está ferrado na minha mão.


































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