Chapter thirty four

Lembrando que quando as palavras estiverem em >itálico< são as memórias do Jungkook.

NÃO REVISADO.






Jeon Jungkook

Hoje é dia 30 de dezembro de 2015.

Jonghyun, me desculpa não ter aparecido esse tempo todo, aconteceram muitas coisas, e no dia 26, eu voltei a trabalhar.

Logo de cara, eu peguei um plantão daqueles.

Namjoon me mandou vigiar quatro garotos e desde então eles estão sob minha proteção, ou quase, porque eu estou a ponto de matá-los. Não todos, mas o Yoongi eu quero muito.

Eu nunca vi alguém tão hiperativo e irritante!

Embora seja de um jeito bom, no fundo, ele é bem parecido comigo.

Todos são bem parecidos comigo de um jeito único.

Enfim, você sabia que aquele Min Jooheon era pai? O Yoongi é filho dele, pois é, eu quero matar o filho dele.

Mas voltando, bem, desde que assumi a responsabilidade por esses garotos, minha vida tem estado uma loucura, super agitação porque eles não param, exceto Jongho, Jongho é o mais calminho do grupo, o Mingyu fica oscilando então o incluo no grupo de agitados.

Essa é a primeira vez que eu atraso na escrita de cartas, mas o que posso dizer? Eles estão ocupando toda minha mente, eu estou sendo um pai/irmão mais velho, mas eu diria mais pai. Inclusive, tem um chamado Hoseok meu caçula e falando nele, ele sempre me abraça.

Desde que você se foi, eu passei a odiar contato físico, mas por algum motivo, seus abraços me confortam.

Com isso, Yoongi e Mingyu passaram a fazer o mesmo quando me veem, exceto Jongho, mas quando o vejo, eu passo a mão em sua cabeça, exatamente como Namjoon faz comigo.

Bom, acho que é só isso.

De: Jungkook

Para: Jonghyun

Atualmente

Finalmente um feriado, embora só lembre de ter trabalhado ontem eu já não aguento mais.

Nós tomamos café e agora estamos aqui no sofá, mais uma vez, Bam está sendo premiado com seus carinhos e, mais uma vez, eu queria ser ele.

Eu preciso puxar um assunto com ele.

Já sei.

- Jimin? - O chamei e ele se virou para mim. - Me conte como foi nosso casamento. - O ômega riu.

Eu franzi o cenho.

- O que foi?

- A energia foi extremamente caótica.

- Como assim? - Perguntei curioso. - Tivemos uma grande festa?

- Iríamos, mas você não quis. - Eu não quis?

- Por que não?

- Porque você tinha uma missão importante e sempre foi de priorizar seu trabalho. - Meu Deus, no que me transformei? Comecei a amar tanto meu emprego a ponto disso?

Se bem que é compreensível, festa seria sinônimo de ter contato com meus parentes e conhecendo-me bem, eu aproveito qualquer oportunidade para ficar longe deles, não é por nada não, mas o dia em que eu quebrar a cara daqueles idiotas...

A verdade é que eu nunca fiz nada porque meu pai poderia me deserdar de vez ao mexer com os protegidos dele, talvez agora, eu não tenha o que temer, mas antes eu ainda recebia seu dinheiro como mesada, querendo ou não, eu dependia dele e tinha que andar na linha.

Aí, se o vovô soubesse...

Bam levantou-se e foi até o lado de fora.

Jimin estava deitado no sofá.

- Compreensível.

- Não muito para mim, eu queria ter me casado com meus irmãos aqui, mas com a sua pressa, não foi possível.

- Ah, o importante era o casamento acontecer, pouco importa a festa.

Eu me coloquei entre suas pernas e Jimin ficou corado, seus batimentos aceleraram e sua respiração ficou ofegante.

- O casamento. - Beijei seu pescoço. - A consumação. - Ele suspirou. - Pouco importa a festa.

Jimin soltou uma risada nasal.

- Deixa eu te contar uma coisa.

- Pode falar.

- Você preferiu ir para uma missão ao invés de termos uma lua de mel decente, - Eu não acredito nisso. - e me trocou por causa do trabalho duas vezes.

- E você ama mais aquela versão do que eu? Jimin, eu prometo te dar a melhor lua de mel do mundo quando minhas férias chegarem, ou nem precisa, eu sou filho do General do Exército, eles fariam qualquer coisa para me agradar, pois acham que automaticamente estão agradando ao meu pai. - Jimin sorriu de lado. - Se você quiser, agora mesmo, nós compramos nossas passagens para onde você quiser, basta dizer, aonde você quer ir.

- A sua outra versão é mais responsável com trabalho, enquanto você... O que posso dizer sobre você?

- Sou mais legal e interessante, mas posso ter uma teoria. - Eu disse beijando seu pescoço.

- Diga. - Ele falou entre um gemido.

- Ah, vamos aos fatos... Você demorou bastante para vir.

- Não exatamente, eu moro na Coréia há dois anos, eu apenas nunca esbarrei com você, até aquele dia.

- Que dia? - Perguntei curioso.

- Ah, bem, você meio que me salvou de uma alfa chata ao "fingir" que era meu esposo. - No final, não fingi, aqui estamos nós, casados.

Aproximei-me de seu ouvido.

- E você, com certeza apaixonou-se por mim na mesma hora, posso dizer até que sonhou comigo... - Seu coração bateu mais rápido e sua pele se arrepiou. - Será que no seu sonho, eu - Adentrei minha mão em sua camisa, sua pele quente por debaixo de minha palma, me excita demais. - O toquei dessa forma? Ou foi de um jeito melhor?

Como eu o quero...

- Eu quero arrancar toda sua roupa. - Eu disse, minha voz soou tão rouca, eu encostei nossas intimidades e ele soltou um gemido.

Eu estava usando um short de pano leve e Jimin ainda estava com sua roupa de dormir, afinal, não era nem 10h00AM ainda para termos nos trocado.

Essa é a parte boa de estarmos a sós, simplesmente não precisamos nos trocar com rapidez, somos só eu e ele.

- Quero fazê-lo gemer mais do que você já está. - Jimin cravou as unhas em minha nuca e eu passei as pontas dos dedos enquanto subia minha mão.

Eu consigo ver que seus mamilos estão rígidos.

- Park Jimin, eu posso tocá-lo? - Pedi antes de dar qualquer avanço. - Hein? Diga que sim, pois eu quero muito senti-lo se contorcer de prazer embaixo de mim, em cima, não importa, eu apenas quero você.

Até agora, todos nossos beijos foram praticamente selinhos, como eu quero saber o gosto e a espessura de sua língua.

Reviro os olhos apenas com a imaginação de sua boca em volta de mim.

Como eu quero sentir, Park Jimin.

O meu telefone começou a tocar e eu estava bem disposto a quebrá-lo em pedacinhos, atirá-lo contra a parede ou simplesmente jogá-lo pela janela do segundo andar.

Eu o atendi com tanta raiva, que ao menos vi quem estava me ligando.

- Fala. - Minha voz saiu séria e a pessoa com certeza sentiu minha raiva do outro lado desse maldito aparelho.

- Senhor Jeon...

- Seja rápido.

- Seu pai solicitou sua presença e de seu esposo para um almoço.

- Almoço? Em comemoração a que? - Eu perguntei.

- Senhor, é aniversário de seu primo, Jeon Suho. - Claro, como eu poderia ter esquecido uma coisa tão insignificante como essa?

Desde quando eu me importo com esse imbecil?

Por muitos anos, ele e o restante daqueles idiotas me atormentaram, inclusive, eu sempre odiei seus aniversários porque eu era obrigado a ver meu pai tratá-lo como se ele fosse seu filho, enquanto nos meus, ele ao menos se lembrava.

Faz anos que não escuto um "Feliz aniversário", nem dele, nem de ninguém daquela família.

Eu não culpo meu avô por não o fazê-lo, a verdade é que faz um tempo que ele não tem estado tão bem, sendo assim, eu compreendo e deixo passar, mas eles? Eles simplesmente ignoram, se eu perguntar, eu tenho certeza que eles não sabem.

Fazem exatos quatro anos que eu não sei o que é alguém me desejar feliz aniversário, afinal, fazem quatro anos que o Jonghyun se foi e ele era o único que sempre lembrava.

Até minha mãe parecia esquecê-lo, tempos depois que ela mencionava meu aniversário, como se fosse apenas um feriado qualquer.

Como eu odeio essa família.

- Senhor Jeon?

Eu vou fazer o que eu deveria ter feito há anos e, para minha presença ainda ser solicitada, acredito que eu ainda não fiz também.

Acontece que, agora, eu não tenho mais nada a perder com aquela família.

Antes eu tinha minha mesada e Jimin.

Mas agora, eu tenho meu próprio dinheiro e eu já estou casado com ele, não há ninguém que possa nos separar e meu pai muito menos pode me ameaçar tirá-lo.

Acho que já passou da hora de vovô saber a verdade sobre seus netinhos queridos.

- Estaremos aí em algumas horas. - Eu respondi casualmente. - Aliás, posso levar algumas pessoas?

- Não vejo porque não.

- Obrigado. - Respondi ao funcionário e desliguei o telefone.

Jimin me encarava em dúvida.

Eu sorri maldoso.

- Vamos em um almoço na casa dos meus pais, aniversário de Suho. - Na mesma hora, sua feição mudou para uma assustada e eu quem franzi o cenho. - O que foi? Por que está assustado? - Ele engoliu saliva. - Park Jimin, tem algo que eu preciso saber?

- Não.

- Ótimo. - Embora eu não tenha acreditado em suas palavras, eu decidi pôr um fim naquela conversa logo. - Vá se arrumar e também chame seu irmão para ir conosco.

- Por que quer que Taehyung vá?

- Ele deve está átoa em casa nesse feriado, por que não chamá-lo para um almoço com a família do cunhado? Quem sabe um daqueles idiotas desejem cortejá-lo e ele quebre um na porrada, seria um ótimo entretenimento para mim.

- Você está estranho. - Jimin disse. - Está se sentindo bem mesmo? Tem certeza que quer ir? - Eu deixei uma risada nasal escapar.

Não há nada no mundo que eu tenha mais certeza.

- Sim, agora vá.

Jimin suspirou pesadamente e levantou-se indo para o andar de cima.

Eu sei que ele está me escondendo algo.

Não estou com pressa nenhuma para saber sobre esse algo, na verdade, eu sinto que tem algo a ver com meu querido primo mais velho.

Eu prefiro saber lá, na hora, pois tenho quase certeza que isso servirá como um gatilho e caso contrário, eu tenho a habilidade de olhar as memórias de Park Jimin, dependendo do que eu veja, alguém não vai sair tão bem de saúde de lá.

- Quinta Divisão?

- Hoje é feriado!

- Nem começa!

Yoongi e Mingyu responderam-me nessa sequência.

Eu bufei.

- Preciso de duas pessoas para virem comigo até a casa do meu pai, haverá um almoço para o aniversário do meu primo, quem está disponível.

- Eu estou na casa do Wonwoo, não posso.

- Eu estou com Mingi. - Jongho respondeu.

Eu nem sei quem é Mingi, mas ok.

- Yoongi, e caçula.

- Ok... Eu vou. - Yoongi respondeu com tédio. - Não tem nada para fazer mesmo, e eu estou no tédio.

- Por que não vai ver seu principezinho mimado? - Jongho perguntou.

Principezinho mimado?

- Desculpa coisa nenhuma! Você imobilizou o filho de um General, é só uma ligação pro meu pai e eu acabo com sua vida.

- Então liga! - Segurei Yoongi com mais força, eu nunca o vi tão irado antes. - Vai, liga e acaba com minha vida, principezinho mimado! - Taehyung olhou-o com mais ódio ainda.

Jimin segurou Taehyung o impedindo de chegar em Yoongi.

- Parem vocês dois. - Meu noivo pediu.

- Quem você pensa que é para me chamar de "principezinho mimado"? Uma cotovelada foi pouco!

- Vem aqui e tenta fazer pior então!

Aí. Meu. Deus.

- Não se importe comigo, salve sua vida, isso aí é mais importante do que eu. - Yoongi quase voou para frente com o empurrão que deram pelo lado de fora. - Vai logo, Taehyung!

- Eu não vou sem você!

- Foi para isso que me preparei durante toda minha vida, para morrer em serviço, anda logo! Não seja um principezinho mimado!

- Eu não vou sem você, aceitamos essa missão juntos então... - Taehyung estava prendendo o pendrive na tirolesa. - Também terminaremos juntos. - Jimin já estava nervoso em meu colo.

Yoongi olhou-o como se travasse uma batalha consigo mesmo, era só mais um empurrão e ele ia com tudo para o chão, logo morreria com Taehyung.

- Que merda, Taehyung, você é realmente um principezinho mimado! - Yoongi afastou-se da porta, eles caíram todos juntos no chão e o alfa correu para a janela.

Ele deu um pulo e agarrou a cintura de Taehyung, logo os dois estavam descendo pela tirolesa.

O Yoongi está apaixonado pelo meu cunhado?

- Bom... Aconteceu algumas coisas e nós concordamos em não nos ver mais...

- Eu estive com o General, ele disse que está pensando em casar Taehyung em breve, - Sua feição mudou para uma quase que desesperada. - ainda mais agora que os três irmãos já estão casados e ele está sozinho naquele apartamento, ele teme pela segurança dele. - Realmente não é algo bom, alguém como Taehyung morando sozinho.

Tudo bem que ele pode se proteger, mas ainda é um ômega.

- O senhor não tem com o que se preocupar, Capitão...

- Tem certeza disso, Sargento?

- Sim, eu não estou apaixonado por Park Taehyung - Ele disse, mas parecia inseguro de suas próprias palavras.

Pois, eu já entendi tudo.

Yoongi e Taehyung estão se afastando um do outro, simplesmente para doer menos quando Taehyung tiver que ir embora para a Nova Zelândia com o pai, mesmo esse cabeçudo negando, ele está apaixonado pelo Taehyung.

- Ué, por quê? - Jongho perguntou. - Estou falando com os meninos, príncipe. - O bichinho antissocial sendo carinhoso...

- Ele é quase como um melhor amigo para mim. - Sim, eu acredito, tenho certeza que meu melhor amigo também é o meu esposo. - Então, eu não quero ficar triste quando ele for embora, portanto, optamos por cortar os laços desde agora. - Ah, que pena, se verão hoje e eu não vou falar nada.

Afinal, eu estou sem memória...

- Pequeno Hoseok?

- Eu vou também, assim como o Yoongi, eu estou no tédio.

- Certo, se arrumem e venham para cá.

[...]

Eu estava fechando os botões da minha camisa e por fim apenas passei a mão em meu cabelo jogando-o para trás.

Eu decidi que ia usar uma calça preta, camisa de botões branca e um coturno preto, a camisa estava por dentro da calça e por fim, coloquei um sobretudo curto, preto com alguns detalhes brancos.

Jimin estava usando uma calça branca, e uma camisa preta de mangas longas, com um sapato Nubuck Boots black. O gloss em seus lábios me fazia desejar mais ainda sua boca, a maquiagem dele estava leve, mas o deixou incrivelmente belo mesmo assim.

Como esse homem é bonito...

Com ou sem maquiagem, ele é o homem mais lindo do mundo e, felizmente, é meu esposo.

- Você está lindo.

- Obrigado. - Seu rosto corou. - Você também está lindo. - Não mais que você. - Você pode? - Ele levantou o colar em sua mão e eu assenti.

O peguei em minhas mãos e fui para trás dele.

Coloquei seu colar, ele era prata, com uma pequena borboleta como pingente.

Ele exalava um cheiro tão bom.

Jimin é tão cheiroso.

Eu inspirei seu cheiro e soltei o ar pela boca, coloquei as mãos em volta de sua cintura o abraçando e Jimin apenas inclinou sua cabeça para trás, eu coloquei meu rosto exatamente em seu pescoço.

Como ele pode ser tão lindo e cheiroso desse jeito? Ele com certeza não teve muito esforço para me dominar e eu tenho certeza que eu fazia tudo por esse homem, e quem não faria? Eu faço tudo para mantê-lo ao meu lado.

Segurei seu rosto virando-o para mim, agora estávamos nos encarando de perto.

Muito perto.

Tão perto que o ar que saía de suas narinas batia contra meu rosto.

Eu posso não ser o Jungkook que ele ama, mas ainda sou aquele que ele deseja.

Jimin olhou para baixo e enrugou o cenho.

- Jungkook?

- Sim?

- Aonde está sua aliança? - Na mesma hora eu mexi o dedo anelar e em seguida olhei para baixo também.

Minha mão esquerda que estava em sua cintura, sem minha aliança.

- Eu devo tê-la tirado para tomar banho. - É bem provável.

- Não precisa, ela não vai escurecer, ela é de ouro. - Respondeu.

- Eu não sabia, eu vou pegá-la.

Eu fui até o banheiro e nada da bendita aliança.

Eu procurei em todo o local e nada de eu achá-la, eu não acredito que eu perdi minha aliança.

- Achou? - O ômega perguntou.

- Não. - Eu voltei para o quarto. - Eu acho que a perdi.

Jimin arregalou os olhos.

- Como assim, acha que a perdeu?

- Ué, acontece de perdermos as coisas.

- Você não deveria nem tê-la tirado para início de conversa!

- Eu não sou adivinho para saber que ela é de ouro, e outra, vai me dizer que você nunca perdeu nada? O perfeitinho. - Jimin bufou fortemente.

- Vamos logo, antes que eu desista de ir.

- Se você quiser desistir, não se incomode. - Eu passei por ele para descer as escadas.

Como eu poderia imaginar que fosse perdê-la? Eu não sabia, essas coisas acontecem e ponto, se eu não achá-la apenas mandarei fazer outra, para que tanto estresse por causa de um negócio tão idiota?

Hoseok e Yoongi já haviam chegado, estavam apenas brincando com o Bam.

Yoongi estava com uma camisa branca, um casaco marrom por cima, ele também estava usando sua dog tag, uma calça jeans e cocoturno

O pequeno Hoseok estava com uma camisa branca de botões como eu, a camisa por dentro da calça jeans e como Yoongi, ele também usava coturnos.

- Podemos ir? - O mais velho perguntou e eu neguei.

Na mesma hora, ouvi batidas no portão e o Bam logo correu para lá, afinal, era Taehyung quem estava do outro lado e ele ama os irmãos Park.

Eu fui abri-lo e Bam imediatamente pulou colocando as patas em sua cintura.

O Park mais novo fez carinho no cachorro e sorriu, mas seu sorriso morreu assim que viu Yoongi.

E Yoongi parecia ter esquecido como se respirava.

E digo mais, seus corações estavam mais acelerados que não sei o quê, pareciam que quebrariam a parede torácica.

Taehyung estava usando uma calça preta, blusa cropped preta e um sapato também preto, por fim, um casaco com as mangas brancas com uma listra vermelha.

Yoongi, cuidado com seu coração.

- Agora, podemos ir.

Jimin desceu as escadas com a feição emburrada, abraçou o irmão e todos fomos para o carro, como de costume, eu abri a porta para que ele entrasse, mesmo contra a vontade dele. Yoongi fez o mesmo para Taehyung.

Saí da garagem pronto para pegar a principal.

Eu estava brigado com Jimin, Yoongi com certeza estava com alguma coisa parecida com Taehyung.

O pequeno Hoseok era o única com a mente limpa naquele veículo.

Eu liguei o rádio, coloquei nem tão alto e nem tão baixo, era a única coisa a ser ouvida ali.

Bom, não para mim.

Eu percebi Taehyung aproximar-se de Yoongi e logo estava ouvindo seus sussurros.

- O que você está fazendo aqui? - Taehyung perguntou.

- O mesmo que você, vim para o almoço dos Jeon's

É, ele realmente é meu subordinado.

- Concordamos em ficar longe um do outro.

- Tu acha que eu estaria aqui se soubesse que você viria? - Taehyung respondeu.

- Podemos estar no mesmo carro, mas não significa que precisamos estar perto, vai para lá.

Eu segurei tanto a risada que eu queria dar, eu pressionei os lábios um contra o outro e respirei fundo.

Eu parei meu carro dentro da casa do meu pai, afinal, isso aqui é uma mansão e eu não vou deixar meu carro na rua, mesmo aqui sendo bairro nobre.

Jimin me puxou para o canto.

- Por que você trouxe esses dois juntos? - Ele olhou para Taehyung e Yoongi.

- Não podia?

- Eles estão querendo ficar longe um do outro porque o Taehyung vai embora, daí você acaba de juntá-los de novo.

- Eu não sabia disso, não é como se você tivesse me contado ou eu tivesse lembrado, na verdade, eu descobri isso depois que eu já tinha feito o convite, não tinha como voltar atrás.

Jimin revirou os olhos bufando e foi ao encontro do irmão mais novo.

Ele e Taehyung foram na frente, eu e os dois alfas fomos atrás.

- Por que não me contou que ele viria?

- Eu só fui saber desse negócio de vocês depois e o espaço é enorme, não é como se vocês precisassem ficar grudados um no outro ou se fossem ficar se esbarrando por aí.

Taehyung e Jimin pararam e nós paramos junto com eles.

Estavam todos espalhados pelo grande jardim, haviam algumas mesas no local, a mesa com o bolo, outra com alguns tira gosto, inclusive fizeram um pequeno bar perto da piscina.

Claro, é aniversário do queridinho.

Não vou me impressionar se ele for um bastardo.

- Nada de beber.

Eu me abaixei na altura do seu ouvido.

- Só aceito suas ordens na cama.

Olhei para frente e estavam vindo meu pai e minha mãe.

Me perguntei se eles sabiam da minha perda de memória.

- Oi filho.

- Oi mãe.

Ela me abraçou e eu a abracei de volta, embora não quisesse.

Ela e Jimin se cumprimentaram e se abraçaram, grandes amigos.

Não ligo deles dois serem amigos, acho até bom.

- Jungkook.

- Pai. - Estendi minha mão.

Eu que não vou abraçá-lo.

- Tinha certeza que você não viria.

- Pois é, mas eu pensei, por que não? - Ele apertou minha mão de volta e me puxou.

- Se causar algum alvoroço no aniversário do seu primo, você já sabe o que te aguarda.

Eu tive que rir.

- O quê? Deserdação? - Perguntei sarcástico.

Jimin entrelaçou nossos braços e me puxou para trás enquanto eu ainda mantinha meu sorriso irônico.

- Então, quem são os rapazes? - Minha mãe perguntou.

Percebi que meus amados primos me olhavam com raiva, sim, raiva, e eu estava doidinho para saber do que se tratava toda essa raiva.

Não que algum dia eles tenham me olhado de um jeito bom, mas antes eles pelo menos disfarçavam e a feição era mais enrustida.

- Esse é Park Taehyung. - Apontei para o ômega. - Filho do General Park Seojoon, irmão de Jimin.

Ninguém lembra de ter se visto na droga do casamento?

- É um prazer conhecê-lo, seu pai já falou muito de você. - Meu pai disse enquanto apertava a mão de Taehyung.

- Claro, eu pretendia seguir carreira militar e ele era meu mentor.

Yoongi enrijeceu atrás de mim.

- Tenente Min Yoongi e Sargento Jung Hoseok.

Meu pai olhou para Yoongi.

- Min? Filho de Min Jooheon - Yoongi assentiu. - O conheci, ele era um bom homem. - Yoongi lhe deu um aceno. - Bom, aproveitem a festa e Jungkook, já foi avisado. - Ele nos deu as costas e voltou para sei lá aonde.

Bom, ele vai fazer o que ele já fez? Eu tenho certeza que não é meu nome que está naquele testamento, já posso me considerar deserdado ou preciso esperar ele morrer, e enfim, o dia em que lerão o testamento?

De qualquer forma, talvez eu faça o que ele pediu, não deve ter razões para eu querer...

Nós nos sentamos e na mesma hora veio um beta nos oferecer bebida, eu aceitei de muito bom grado, só em um alto estágio de álcool para suportar essa família sem surtar, Suho e os demais ainda me olhavam e eu apenas lhes dei um sorriso sarcástico.

- Acho que ele quer que eu vá lá falar com ele, eu vou lá.

- Não! - Os quatro gritaram e eu olhei-os com o cenho franzido.

- Fica sossegado aí. - Jimin falou.

- Por quê? O que aconteceu?

- Nada, só fica aí. - Yoongi disse.

Eu vi que Eunbi olhou para nossa mesa, despediu-se de sei lá quem e veio até nós.

Eu semicerrei os olhos na mesma hora.

- Jimin! - Eles se abraçaram enquanto sorriam.

Eunbi e Jimin são amigos? Por que o Jimin é amigo dela?

Ela é culpada tanto quanto o restante dessa família.

- Estou muito feliz em vê-la novamente. - Jimin disse.

Meu esposo apresentou ela a Taehyung, enquanto eu ainda olhava aquilo tudo com um certo desgosto.

Yoongi me deu uma leve cotovelada e eu o olhei sem entender, ele então olhou para o pequeno Hoseok.

Ah, não!

Hoseok estava olhando para Eunbi com a boca entreaberta, eu ouvia seu coração tão rápido quanto o de Yoongi em minha casa, seus olhos levemente arregalados e seu rosto estava ficando um pouco vermelho. Suas mãos inclusive apertavam um pouco forte demais o copo em sua mão.

- É um prazer conhecê-lo Taehyung, sou Bae Eunbi. - Eunbi olhou para Yoongi. - Olá.

- Oi, prazer, Min Yoongi! - Yoongi estendeu a mão para ela e Eunbi a apertou.

- Hoseok.

- Eunbi... - Ouvi seu suspiro.

Ela virou-se para o pequeno Hoseok que parece ter tomado um susto ao perceber que Eunbi estava o olhando.

- Oi. - Eunbi sorriu no final do cumprimento.

O coração de Hoseok até acelerou.

Não acredito nisso, logo meu caçula.

- O-oi. - Ele gaguejou.

JUNG HOSEOK GAGUEJOU FALANDO COM MINHA PRIMA!

- Eunbi.

- J-J-Jung Ho-Hoseok - Eunbi soltou uma risada baixa pelo seu nervosismo e Hoseok corou mais ainda. - Você é muito linda. - Ele a elogiou e foi nesse momento que eu percebi que eu não estou pronto para ter filhotes.

E quando for minha filha sendo cortejada?

A ômega loira sorriu um pouco tímida.

- Obrigado. - Eu neguei com a cabeça. - Você quer ir andar por aí comigo? - Ela perguntou para Hoseok.

- C-claro!

Eu nunca vi esse pestinha tão animado.

Ele se levantou em um salto.

- Permita-me. - Ele estendeu o braço e Eunbi o entrelaçou. - Com licença. - O pequeno alfa disse para nós, embora não tenha nos olhado.

Eu estava pronto para surtar.

Meu bebê... Meu caçula...

- Capitão?

- Sim, Hoseok? - Eu estava colocando uma mira em minha arma.

- Como eu devo fazer para conseguir chegar nos ômegas?

Eu quase senti minha pressão cair, minhas ferramentas foram todas para o chão e, Hoseok me olhava com o cenho franzido, eu me apoiei em minhas mãos em cima da mesa.

- O quê?

- É, eu tenho 17 anos. - Um bebê ainda. - Eu queria saber como faço isso, afinal, eu faço 18 em breve e eu vou entrar pro exército, talvez isso faça eles terem mais interesse em mim, eu até tentei uma vez, mas... Acho que é porque eu sou muito baixinho e tenho esse meu jeito...

- Não! Hey não, relaxe, ok? Não tem porque você se preocupar com isso agora.

- Mas o Yoongi e o Namjoon...

- Jamais siga o exemplo desses dois fora de missão.

Dois depravados.

- Eu já tive meu primeiro beijo e-

- Meu Deus, eu vou desmaiar.

- Eu queria muito fazer de novo, mas eu preciso chegar em alguém e eu não sei fazer isso, o senhor sabe, mesmo já tendo um noivo, eu já o vi flertar com outros ômegas então me ajude?

- O senhor está bem? - Yoongi me perguntou me tocando e eu na mesma hora me desvencilhei de seus toques.

- Saí, não me toque!

Ele começou a rir.

- Ele não é mais uma criança.

- Cala a boca, Yoongi.

- Já se prepare para quando for Jongho.

Acreditem ou não, mas em um ranking de pureza, Jongho fica em primeiro lugar.

Ele até agora não teve seu primeiro beijo, só que agora interessado nesse ômega, não demorará muito para finalmente ter.

A Quinta Divisão cresceu.

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