Chapter thirty five

Tô mimando vocês demais, o que isso significa? Kkkkk

Não revisada.


Jeon Jungkook

- Eu preciso me preparar para tanta coisa... - Eu murmurei bebendo um pouco de minha bebida.

- Eu também, inclusive, acho que seria uma boa ideia eu ir conversar com aqueles ômegas.

Taehyung e Jimin estavam conversando em nossa frente, assim que ouviu isso, Taehyung apenas, APENAS virou o rosto para olhá-lo com uma feição séria.

Eu ri enquanto terminava meu whisky.

Yoongi que estava prestes a levantar, quando olhou para Taehyung, sentou-se novamente e cruzou os braços.

- Eu não queria ir para lugar nenhum mesmo.

- Óbvio que não.

Eu deveria ter ido falar com o aniversariante, mas Jimin não deixou, nem ele nem os meninos, eu estava até rindo com isso imaginando o que poderia ter acontecido.

Meu pai é outro que não para de olhar para cá, Jimin sentou-se ao meu lado após almoçarmos, ele antes estava ao lado de Taehyung, que sumiu, ele e Yoongi sumiram, e eu vou fingir que não sei que sumiram juntos.

Jimin me contou sobre como foi os primeiros dias de nosso casamento, pelo menos os dois primeiros, e eu já tenho a ideia de que eu de fato fiquei paranóico com esse negócio de proteção.

Tudo bem que é super compreensivo conhecendo a família que eu tenho, eu realmente faria de tudo para protegê-lo deles, para que não ocorra com ele nada do que me ocorreu. Não só ele, capaz de eu não querer nem que meus filhotes tenham contato com esse povo e não tem Jimin que me impeça de fazer isso.

Às vezes acho que ele é bipolar, ou nós dois somos, preciso marcar uma terapia de casal.

Ele estava brigando comigo agora pouco por causa da aliança e neste momento, ele está aqui, apoiado em meu ombro, com os braços em volta do meu corpo, eu tombei a cabeça para seu lado, vez ou outra ele me dá um beijo no rosto e está sussurrando uma música em meus ouvidos.

Letter, para ser exato.

Jimin tem uma voz tão hipnotizante, sinto até um pouco de sono apenas por ouvi-lo tão perto.

Além do seu toque em meu rosto ser tão reconfortante e preciso, devem fazer no máximo cinco dias que eu o conheci novamente, mas já posso dizer que não me vejo sem ele.

Eu tenho necessidade do seu toque a cada instante.

Creio que já entendi o que se passou comigo.

Depois da morte do Jonghyun, Jimin foi o único ômega com quem eu tive que me relacionar de fato, seja no amor, seja na paixão e seja na amizade. Os meninos vieram e me fizeram esquecer um pouco daquilo que me afligia, afinal, eu tinha quatro pessoas no meu pé boa parte do tempo, mas quando eu chegava em casa, aquela sensação de solidão, mesmo que apenas um pouco, se fazia presente em meu coração e aquilo doía como o inferno.

Eu entendo exatamente as circunstâncias que atrasaram a vinda de Jimin para minha vida, mas se ele tivesse vindo exatamente naquele instante, talvez, só talvez, não teríamos que passar por tudo o que passamos por conta do meu trabalho.

A verdade é que eu me afundei em trabalho porque era apenas lá que a sensação de solidão não ameaçava nem ao menos aparecer, os meninos simplesmente me faziam esquecer tantas coisas, que eu sentia necessidade de estar lá deixando tudo e qualquer coisa de lado apenas para esquecer a imensa sensação de solidão.

Talvez eu tenha ficado cego, tão cego a ponto de não perceber que com ele em casa e os meninos em meu trabalho, a solidão já não tinha mais como aparecer, afinal, tudo aquilo que eu sentia de vazio em meu peito, havia sido finalmente preenchido por completo.

O problema foi que eu demorei a perceber por estar acostumado com a ideia de que fora do trabalho, eu me sentiria sozinho, mas desde que nos casamos, ou melhor dizendo, desde que o conheci naquele hospital, eu ao menos me lembrei de escrever cartas para o Jonghyun.

Eu escrevo cartas para o Jonghyun, corrigindo, eu escrevia cartas para o Jonghyun porque me dava a falsa sensação de que ele ainda estava ali, de que alguém ainda estaria ouvindo sobre o meu dia, ou simplesmente de eu ainda tinha alguém, mas a verdade era que eu não tinha há mais de quatro anos.

E eu me lembro perfeitamente do meu pedido de Natal.

"Jonghyun, eu não quero mais esse sentimento de solidão, meu desejo de Natal é que eu ache algo que preencha o vazio que você deixou, embora eu ache um pouco impossível isso acontecer, mas a esperança é a última que morre.

Eu quero muito preencher esse vazio de alguma forma... "

O vazio foi literalmente se preenchendo aos poucos.

Primeiro ele começou a ser preenchido por Namjoon e Seokjin, depois pela Quinta Divisão e agora, por fim, foi por Jimin.

Pelo meu marido.

Pelo meu ômega.

Mesmo que eu não quisesse, é impossível negar que mesmo desmemoriado, eu nunca esqueci de amá-lo e eu sempre o verei como a coisa mais importante de toda a minha vida.

Meu amor por Jimin vai além do amor que eu sentia por Jonghyun, e mais uma vez o desgraçado estava certo.

Ele é realmente meu ponto de paz.

- Jimin? - Ele olhou para mim. - Obrigado por tudo. - Claro que ele ficou sem entender.

Eu dei um beijo demorado em sua testa e depois segurei seu rosto com a mão direita, beijando seus lábios, e como sempre, eu senti meu coração acelerar apenas com um simples toque, Jimin segurou minha mão em seu rosto e a apertou de leve.

Quando nos afastamos tínhamos bobos sorrisos em nossos lábios.

- Eu amo você.

Ele disse.

Eu senti meu rosto esquentar, talvez não seja mentira sentir borboletas no estômago, porque aquilo que eu estava sentindo naquele momento, poderia facilmente ser nomeado como "borboletas no estômago".

- Com ou sem memória, eu sempre vou amar você. - Ele sussurrou. - Você pode não ser exatamente aquele por quem me apaixonei, mas você sempre vai acabar me conquistando no final, de um jeito ou de outro.

Sua mão fez um carinho na minha mão e eu sorri.

Era tudo o que eu conseguia fazer.

Sorrir.

Ele me ama, Jonghyun.

- Jimin...

No momento em que ia lhe dizer algo, todo mundo começou a sentar em suas cadeiras, olhei para lá e vi que iam cortar o bolo.

Até que não é algo ruim, poderemos ir embora.

Yoongi e Taehyung voltaram juntos, estavam claramente fingindo que não fizeram nada, mas suas feições eram impagáveis, inclusive tem uma marca vermelha no pescoço do Taehyung e o botão da camisa de Yoongi está aberto.

E ele estava fechadinho antes.

- Você viu?

- Vi. - Sussurrei de volta para Jimin. - Eu deverei fingir surpresa se acontecer algo mais profundo?

- Eu não vou nem dizer o que você deverá sentir para não soar tão mal.

Pois é, eu deverei sentir pena porque lembranças como beijos e abraços já são difíceis de superar, imagine algo mais intenso? E ainda corre o risco do Yoongi morder o Taehyung, o que claramente não é algo tão difícil de se acontecer e ele estava bem perto disso, como eu sei? Às pressas dele ainda estão para fora, por isso ele está com a mão na boca e olhando para o nada.

Ele tem 20 anos, os hormônios estão a mil e claramente se sente atraído por Taehyung, sendo assim, seus instintos estão gritando para marcá-lo como seu e Taehyung não está muito diferente, seu corpo está necessitando por sua marcação, por Yoongi.

Eles podem enganar a si mesmos com palavras, mas não podem enganar seus instintos e desejos.

- Onde está Hoseok? - Perguntei.

- Serve aquele ali, vindo com sua prima? - Taehyung apontou e eu olhei para o local onde ele estava apontando.

Hoseok estava todo saltitante, sorrindo feito bobo, Eunbi estava lhe dizendo alguma coisa que o fez rir ainda mais.

Quando percebeu meu olhar, Jimin na mesma hora me deu um soco em minha barriga.

- Você está ficando maluco?

- Para de olhar desse jeito, está parecendo um psicopata, deixa o garoto ser feliz.

- Aí... - Alisei o local.

Jimin revirou os olhos negando com a cabeça e massageou o local em que bateu.

Hoseok puxou a cadeira sentando-se ao meu lado e Eunbi foi lá para frente.

- O passeio foi ótimo, nem mesmo os vi almoçando. - Jimin cravou as unhas em minha barriga e eu segurei um gemido de dor.

- Almoçamos na cozinha, lá estava um pouco mais quieto e o senhor sabe que eu não gosto de muito barulho.

Sei?

Que desculpinha mais...

- Gostou, Hoseok? - Yoongi perguntou e ele assentiu.

- Eunbi riu de todas as minhas piadas sem graças e ainda prestou atenção em tudo o que eu dizia, ela é bem quieta, acho que falei demais, mas pelo visto ela não se importou em ficar me ouvindo, na verdade, sempre fazia mais e mais perguntas e pedia que eu continuasse. - Ai meu Deus... - Acho que ela gostou de mim também. - Ele sorriu encostando-se na cadeira e soltando um suspiro apaixonado.

Yoongi sorriu e virou seu copo em sua boca.

- Eu perguntei sobre a comida, mas tudo bem.

Hoseok ficou corado e eu já estava pronto para começar a chorar.

- Obrigado a todos que vieram comemorar meu aniversário comigo! - Suho disse olhando-nos. - Como sempre, eu quero agradecer ao meu tio Jeon Jisub. - Não poderia faltar a homenagem ao titio querido.

Eu virei meu copo de whisky e logo eu peguei outro que passou.

- O senhor é como um pai para mim. - Virei mais uma vez e fechei os olhos fortemente. - Sempre me apoiando e me ajudando no que preciso. - Peguei mais um copo e já sentia o álcool agir em meu organismo. - E eu sou muito grato pelo senhor me tratar como filho, obrigado por tudo o que o senhor faz por mim.

Pra que que eu vim?

Jimin entrelaçou nossas mãos, eu batia meu pé, por nervoso, várias vezes no chão.

Claro que também não poderia faltar as palavras do papai.

- Suho - Ele colocou a mão em seu ombro sorrindo para meu primo.

Ele nunca sorriu para mim.

- Você é um bom homem, sempre foi e sempre será. - Eu apertei o copo em minha mão assim que terminei de beber o líquido. - Eu fico muito feliz em saber que você me vê dessa forma, e mais ainda por também vê-lo como um filho. - Eu respirei fundo. - Eu tenho muito orgulho de você, - Engoli a seco sentindo a raiva passar por todo meu corpo. - você é como um filho que eu nunca tive.

"Como um filho que eu nunca tive."

Na mesma hora eu quebrei o copo em minha mão e por estar todos em silêncio, o barulho ecoou pelo local, todos se viraram para mim, todos.

Minha família toda se virou para me olhar, a raiva dominava todo o meu corpo em um nível inexplicável, minha feição não estava tão diferente.

Eu me levantei, mesmo Jimin tentando me manter ali, eu me desvencilhei de seu toque e caminhei até estar quase que de frente para eles.

Hoshi, Jeongyeon, Jiwon, Daniel e Yuta já logo se puseram ao lado deles com feições nada agradáveis também.

- O que foi que o senhor disse, pai? Como um filho que o senhor nunca teve? O que quis dizer com isso? - Perguntei mesmo sabendo todas as respostas.

- Foi exatamente isso que você entendeu. - Por que aquelas palavras estavam me machucando se eu já sabia que ele diria isso? - Tudo o que você faz é me decepcionar, diferente do seu primo.

Eu forcei uma risada.

- Te decepcionar, pai? Eu servi ao exército como o senhor queria, parei de agir de maneira desrespeitosa como o senhor queria e me casei com Jimin, tudo exatamente como o senhor queria e eu ainda sou visto como uma decepção para você?! - Eu perguntei aos gritos, eu não estava nem me importando com o que poderia acontecer a seguir. - Eu fiz tudo! Tudo porque o senhor queria e mesmo assim...

Minha cabeça já estava doendo e eu mal conseguia manter meus olhos abertos.

Mais uma vez, o vermelho tomou o lugar do castanho em minhas íris.

- Eu sei do que você fez! - Ele disse sério e com o tom frio. - Eu sei exatamente o que você fez, detalhe por detalhe.

- Do que está falando?

- Aquele dia, quando todos estavam machucados, foi culpa dele, ele quem os machucou!

Todos ficaram espantados.

Yoongi segurou meu ombro.

- Capitão, vamos embora. - Ele tentou me puxar.

O que eu fiz?

- Isso é verdade, Jungkook? - Nós olhamos para o lado.

Meu avô.

Ele não estava aqui antes, acabou de chegar.

- Diga-me que isso é mentira, não foi você quem machucou seus primos daquele jeito.

Eu engoli a seco, senti meu corpo tremer.

Por que eu fiz isso? O que deu na minha cabeça? Era por isso que eles não queriam que eu viesse? Por que eu os machuquei durante um surto de raiva e sem motivo?

- Eles disseram que acabaram se envolvendo em uma briga qualquer, mas era mentira, foi o Jungkook quem os machucou e vocês lembram de como eles estavam. - Meu pai disse. - Tivemos que levá-los às pressas para o hospital, houveram ossos quebrados e até mesmo Suho ficou inconsciente.

- Capitão, vamos. - Agora era Hoseok do meu outro lado.

- E-eu não fiz isso... - Murmurei desacreditado. - Eu n-nunca faria isso.

- É claro que faria! - Hoshi quem disse agora. - Você se comporta como um animal selvagem desde que descobrimos que era lúpus, é tão fraco que não controla seus próprios instintos, deveria viver enjaulado. - Eu olhei para baixo. - Tenho pena de Jimin, afinal, ele divide a cama com um monstro como você, correndo o risco de ser machucado.

Eu poderia machucá-lo?

- Eu vou ficar surpreso se ele nos contar que você teve um surto e quase o machucou, afinal, você é assim, é a sua natureza.

Eu olhei para vovô, ele estava com um olhar tão decepcionado para mim, todos à volta estavam.

No que foi que eu me tornei?

- É, Hoshi está certo. - O homem que me concebeu disse. - Você é-

- Cuidado com o que dirá sobre meu esposo a seguir!

Eu olhei para trás, Jimin estava tão sério e com raiva, muita raiva.

- Vocês, - Ele apontou para meus primos. - sabem exatamente o porquê dele ter feito o que fez. Não se façam de sonsos.

- Não se intrometa onde não foi chamado. - Hoshi disse. - Isso é uma discussão de família.

- Então eu tenho mais direito do que você em me intrometer, afinal, eu sou um Jeon.

Hoshi apertou as mãos em um punho.

Jimin aproximou-se de mim, junto com Taehyung e entrelaçou o braço ao meu.

- Nunca mais chame meu esposo dessa forma, ele é mais sã e justo do que vocês seis juntos.

- Você-

- Para você, é senhor. - Taehyung disse. - Está falando com o marido de um Capitão e filho de um General, tenha mais educação.

- Olha aqui seu-

- Só um aviso. Cuidado com suas palavras. - Yoongi falou.

- Você vai fazer o quê?

- Insulte meu ômega e você verá.

Ele forçou uma risada sarcástica.

- Vamos embora, Jungkook. - Jimin pediu puxando meu braço.

Eu me virei, pronto para irmos.

- Isso só prova o que você fez. - Suho riu. - Está tão errado que ao menos disse algo para se defender, é nessas horas que você mais sente falta daquele ômegazinho para defendê-lo, não é?

Quando dei por mim, já havia me soltado das mãos de Jimin, os meninos até tentaram me impedir, mas eu já estava indo com toda minha fúria para cima dele.

Agarrei-o pelo colarinho, o levantei e acertei um soco bem forte em seu rosto.

Senti mãos me puxarem pelos meus ombros afastando-me de Suho, eram meus primos, Jeongyeon foi verificá-lo, estava um roxo enorme, mas deveria estar pior.

- O QUE VOCÊ FEZ? - Meu pai perguntou gritando comigo.

Ele levantou a mão, pronto para me bater, eu apenas fechei os olhos, seria inútil tentar soltar-me, embora eu conseguisse, eu merecia aquilo.

O tapa não veio, mas eu senti aquele cheiro de frutas vermelhas e imediatamente eu abri os olhos.

Jimin estava em minha frente olhando-o seriamente, embora tremesse.

- Você não vai bater no meu marido. - Ele disse firmemente. - Ninguém dessa família vai mais encostar um dedo no meu marido!

E como Wonwoo, disse.

Um gatilho.

Uma memória.

Eu me lembrei de exatamente tudo o que eles fizeram naquele dia, o que me levou a bater em todos eles e principalmente, do desgraçado ter assediado e quase ter estuprado meu esposo.

- Suho... - Ele olhou para mim. - Esse verme assediou meu esposo, estava a ponto de estuprá-lo se eu não tivesse chego a tempo... - Virei-me para Jiwon e Yuta, que eram os que estavam me segurando. - E esses filhos de uma puta sabiam e estavam acobertando Suho! - Eu me livrei de suas mãos.

E os dois foram para perto de Suho, Jeongyeon, Hoshi e Daniel.

- O tanto que bati foi pouco.

- Como pode fazer esse tipo de acusação a nós? - Hoshi perguntou.

Esse teatrinho nunca vai acabar?

- Todo mundo dessa família sabe o quanto você é descontrolado, você nos bateu por pura implicância.

- VOCÊS ME BATIAM POR PURA IMPLICÂNCIA E INVEJA! QUER SABER? JÁ CHEGA! - Coloquei Jimin atrás de mim. - Está mais do que na hora de contar a verdade sobre os netos para o vovô, já passou da hora na verdade. - Eles ficaram pálidos.

O medo era bem visível em suas feições.

- Jungkook.

- NÃO! - Eu gritei.

Meu avô estava com os olhos arregalados.

- Lembra quando eu fui para o hospital, vovô? Há alguns anos atrás, com várias fraturas? Foram eles que me machucaram! - Apontei para os alfas. - Todo mundo sabia que foram eles e ninguém fez porra nenhuma! Eles foram cúmplices desses bando de vagabundos, ninguém falou nada, nem para o senhor e nem para a polícia, eu sofri agressão por parte deles por anos e ninguém fez porra nenhuma! - Eu gritei.

Meu peito subia e descia, eu estava ofegante de ódio.

- O Jonghyun ficou dizendo incansáveis vezes o que eles fizeram e ainda sim, nada mudou. Eles continuaram a tratá-los bem e a mim, tratavam como um lixo. Meu próprio pai sabe disso tudo e ainda diz que tem orgulho desse verme.

Suho se levantou com raiva e avançou em cima de mim, eu caí para o lado com ele em cima de mim, o alfa começou a socar minha cara com os punhos.

Eu só vi seu corpo ser chutado e ele cair par ao lado.

- Você nunca mais irá encostar um dedo nele, se eu ver algum dos seis idiotas baterem nele, se verão comigo! - Taehyung falou apontando para ele.

- Parece que estou tendo um maldito dejavu. - Hoshi disse vindo em nossa direção. - A diferença, é que dessa vez eu não vou sem revidar. - Ele preparou os punhos para acertar Taehyung.

Yoongi puxou Taehyung para trás de si e acertou-lhe um chute na barriga, a ponto de fazê-lo cair de joelhos.

Jimin puxou-me para seu colo, seu olhar preocupado fez meu coração acelerar, ele encostou nossas testas e eu segurei sua mão em meu peito.

- Tudo o que ele disse, é mentira! Sua única testemunha é um morto! - Hoshi ainda estava ajoelhado e com a mão em sua barriga.

Sua expressão de dor era tão prazerosa.

- Não há mais ninguém aqui que possa confirmar essa tua história.

- Tem sim. - Olhamos para o lado. - Tudo o que Jungkook disse é verdade e eu posso confirmar. - Eunbi disse pondo-se em minha frente. - Meu irmão e os outros o machucaram, isso tudo começou naquele dia, em que os brinquedos foram achados quebrados, foram eles que quebraram e acusaram Jungkook. - A ômega contou fazendo-os ficarem com mais raiva ainda. - Eu nunca falei nada porque... Porque eles me ameaçavam e eu sou apenas uma ômega...

- Ora, sua... - Suho tentou agarrá-la.

Só que Hoseok a puxou para trás de si e acertou uma cotovelada no nariz do alfa.

- V-você está bem? - Ele perguntou para a ômega e Eunbi assentiu.

Senti o aperto de Jimin e eu o olhei.

Jimin mais uma vez encostou nossas testas.

- Vamos para casa, por favor.

- Vamos sim. - Beijei sua testa. - Eu não deveria nem ter vindo, mas foi bom dizer tudo o que estava engasgado em minha garganta. - Apoiei-me em Jimin ao me levantar.

Olhei para todos eles.

- Eu nunca mais quero ter contato com nenhum de vocês. - Eu disse. - E fiquem longe de mim e da minha família.

Nos viramos para irmos embora, mas eu ainda precisava dizer mais uma coisa.

- E pai, - Virei para olhá-lo. - tudo o que eu mais queria era ouvi-lo dizer que se orgulhava de mim em alguma coisa, mas pelo visto isso nunca vai acontecer... - Suspirei. - Mas agora, eu vejo que não preciso disso e nem nunca precisei. E mais uma coisa! Obrigado por ter colocado Namjoon no meu caminho, em alguns meses, ele fez um papel paterno melhor do que você em 25 anos e obrigado por ter me dado Jimin como noivo. O restante, eu não tenho o que agradecer, você não fez mais que sua obrigação como "pai".

Dessa vez, nós fomos embora.

Deixei Taehyung e Yoongi no antigo apartamento de Jimin com o irmão, por fim, deixei o pequeno Hoseok no quartel.

Anoiteceu tão rápido quanto amanheceu.

Eu cheguei em casa e coloquei o carro na garagem, Jimin saiu às pressas, nem mesmo eu entendi o porquê.

Eu me sentei no gramado e Bam sentou-se ao meu lado, eu comecei a acariciá-lo.

Eu sentia um cansaço tão grande, tanto mental quanto físico, meu coração batia normalmente, mas eu sentia algo estranho no estômago e um incômodo por todo meu corpo, como se ele estivesse recebendo agulhadas em pontos aleatórios.

Tudo aconteceu de um jeito inexplicável, eu simplesmente surtei e falei tudo aquilo que já devia ter falado há anos, eu não sei como meu avô ou outros ficaram, eu realmente não faço questão de saber de mais nada sobre essa família.

Como ele podia dizer que tem orgulho de alguém que machucou seu próprio filho?

Eu tinha tantas perguntas sem respostas, talvez nem ele soubesse respondê-las.

Subi para o quarto, Jimin estava acabando de sair do banho, eu me sentei na ponta da cama com o olhar para baixo.

O ômega segurou meu rosto levantando-o e limpou o canto dos meus lábios que provavelmente estava sujo de sangue.

Seu cuidado estava me trazendo uma calma imensa, de repente tudo havia ido embora e eu apenas sentia conforto em meu coração.

As palavras dos meus primos e do meu pai, haviam ido junto ao vento, tudo o que eu sentia, era unicamente ele.

Seus dedos acariciaram meu rosto e eu suspirei.

Como ele pode fazer isso tudo comigo?

- Jung-

- Eu quero fazer amor com você. - Eu disse de uma só vez.

Seus olhos pareciam levemente espantados e eu podia ouvir seu coração bater mais rápido, assim como o meu estava.

Eu me levantei, por conta de nossa diferença de tamanho, eu tive que abaixar-me um pouco apenas para encostar nossas testas e segurar seu rosto com ambas mãos mexendo os polegares em sua bochecha.

- Eu quero fazer amor com você. - Eu repeti beijando seu rosto. - Esqueça tudo por agora, podemos conversar depois, mas neste momento, tudo o que eu quero é senti-lo. - Jimin soltou um gemido baixo em meu ouvido. - Vamos fazer amor essa noite. - Ele não precisou me responder nada.

Suas mãos foram para meus ombros empurrando meu casaco para fora deles e em seguida levou-as para minha camisa abrindo os botões.

Eu estava tão ansioso e nervoso para vê-lo.

Eu me livrei da minha camisa, a jogando para qualquer canto daquele quarto e segurei sua cintura a pegando em meu colo, Jimin sorriu com a mão em meu rosto e eu também não segurei meu sorriso.

Seu cheiro estava tão bom, me inclinei para seu pescoço apenas para inspirar fortemente e soltar o ar pela boca.

Jimin puxou meu rosto para cima e juntou nossos lábios, fui deitando-o lentamente em nossa cama, colocando-me entre suas pernas, dessa vez, eu fui mais para frente e Jimin abriu mais a boca permitindo-me finalmente sentir o gosto de sua língua.

No momento em que elas se tocaram, meu corpo se arrepiou e eu soltei um suspiro, apertei sua cintura e ele afastou-se milimetricamente apenas para soltar um gemido sôfrego, logo em seguida voltando a beijar-me.

Seus lábios tinham gosto de cereja.

Nossas línguas estavam em perfeita sincronia, ninguém estava brigando por controle nem nada, apenas estavam sentindo o gosto um do outro, sua língua veio para minha boca e eu desfiz o laço de seu roupão.

Jimin puxava-me pela nuca enquanto minhas mãos desciam por todo seu corpo.

O ar nos fez falta, estávamos ofegantes, eu olhei para baixo contemplando a visão de seu corpo nu sob o meu.

E ele não poderia ser mais lindo.

- Você é o homem mais lindo do mundo, Jimin. - Eu olhei para seus olhos.

Jimin tinha o rosto corado.

Parecia até que era nossa primeira vez, pelo menos para mim, era.

Eu beijei seu pescoço, suas unhas cravaram em minha nuca, ele levantou o rosto soltando alguns gemidos.

Seu corpo parecia ter sido desenhado pelos céus, eu nunca havia visto um homem tão lindo e perfeito, seus mamilos cabiam perfeitamente em minha boca, segurei suas costas trazendo-o mais para mim e o quarto foi tomado pelos seus gemidos.

Eu me sentia tão excitado, mas queria me dedicar unicamente a ele.

Minha língua passava em volta de seu mamilo e eu o chupei fortemente até que ficasse sensível, apertei seu outro mamilo e comecei a chupá-lo como fiz com o outro.

Eu o soltei, mas sem parar de chupá-lo, e desabotoei minha calça, rapidamente a tirando do meu corpo junto com minha cueca.

Eu necessito desse homem.

Estávamos os dois nus, Jimin estava tão molhado que seu cheiro invadia minhas narinas fortemente, como seu cheiro era bom, tudo nesse ômega é bom.

Eu voltei a beijá-lo com intensidade e desejo, posicionei meu membro em sua entrada e fui entrando nele lentamente, eu joguei a cabeça para trás e gemi, Jimin apertou meu membro dentro de si e eu abaixei-me encostando nossas testas enquanto gememos.

Eu entrei por completo.

Procurei suas mãos e entrelacei nossas mãos.

Beijei-o demoradamente e Jimin apertou nossas mãos conforme eu me movimentava dentro dele, suas expressões e seus gemidos de prazer estavam me dando mais prazer do que o ato em si.

Apertei nossas mãos afundando-as um pouco no colchão e Jimin capturou meus lábios em um beijo desajeitado, eu abaixei-me por completo e trabalhei minha língua em seu pescoço, depois seus mamilos, o cheiro que ele emanava me fazia revirar os olhos.

Eu não sabia o que estava acontecendo, meus olhos se acenderam e os dele não estavam diferente, por uma razão desconhecida, minhas presas também desceram e eu senti uma enorme necessidade de mordê-lo.

Jimin já é marcado por mim, por que estou querendo fazê-lo novamente?

Eu estava tão perto e ele também estava, Jimin estava beijando meu pescoço e mordendo meu ombro na tentativa de reprimir seus gemidos, suas unhas cravadas nas costas de minhas mãos.

Seus olhos tão azuis quanto o mar.

Azul definitivamente era minha cor preferida.

Ele atingiu seu ápice e jogou a cabeça para trás em um dos travesseiros, no momento em que meu nó foi feito, eu afundei minhas presas em seu pescoço novamente.

Dessa vez mais fundo, bem mais.

Jimin, que antes apertava minha mão, agora estava segurando minha nuca enquanto eu ainda estava ali, com minhas presas em seu pescoço.

Talvez eu e Jimin tenhamos perdido nossa ligação durante esse tempo, talvez o fato de eu não lembrar dele fez com que ela fosse rompida no momento em que eu não o reconheci, ele ter me rejeitado e eu ter tido aquele surto, com certeza contribuiu para que isso acontecesse.

Mas dessa vez, nada romperia nossa ligação novamente.

Eu o soltei, nós dois estávamos com os olhos cor violeta.

Então somos almas gêmeas...

Nossas almas se tornaram uma só de novo.

E eu não poderia estar mais feliz, eu sentia uma imensa felicidade em meu peito, além da paz que nos cercava.

Nada poderá abalar nossa dinastia.

- Eu posso ter esquecido um monte de coisas, mas eu nunca esqueci de amá-lo, o amor por você sempre esteve aqui e sempre estará. - Eu disse. - Você é meu, Jimin. - Beijei-o. - E eu sou seu.

- Porque eu sou você, e você sou eu.

Nós falamos em uníssono.

- Jimin? - Beijei seu rosto. - Eu quero mais.

- Certas coisas nunca mudam...

- Não mesmo, meu desejo por você sempre será o mesmo. - Mordi sua orelha. - Vamos mais uma vez? - Chupei seu pescoço.

Aliás, Jimin tem várias marcas de mordidas e chupões, ele vai me matar quando acabarmos.

- Você quer, amor? Mais umazinha? - Jimin soltou uma risada nasal.

- Certo, por que não? - Olhei para seus olhos violetas. - Vamos ver do que você é capaz.

- Jimin, eu não estou afim de carregá-lo pela casa, para com isso.

































Vou deixar alguns personagens aqui para vocês imaginarem melhor a fisionomia deles.

Jeon Suho


Jeon Jonghyun

Choi Jongho


Mingi

(Desculpa Yoon, mas me apaixonei)


Kim Mingyu


Wonwoo



No próximo capítulo coloco os que faltaram.

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