Chapter forty nine
NÃO REVISADO ⚠️
Jeon Jungkook
— Mingyu, cuide desses quatro. — Ele assentiu. — Eu não sei quanto tempo vou demorar.
— Não se preocupe. — O mais velho disse.
— Certo, estou indo.
Abri a porta e desci do carro.
Não era de surpreender que uma penitenciária estaria um tanto cheia, não só de policiais trazendo bandidos, mas também de outros fazendo interrogatórios e familiares vindo visitá-los.
Olhei para dois soldados, eram eles quem estavam me esperando.
— Senhor Jeon. — Um disse fazendo continência.
— Levem-me até ele agora mesmo.
Não precisou falar duas vezes.
— Sim, senhor! — Disseram juntos.
Comecei a segui-los até a sala de interrogatório onde Stephan Evans está, pelo vidro, já pude vê-lo sentado com algemas em suas mãos.
Ele não tinha qualquer tipo de ferimento.
— Ali está ele.
— Ok, peço que ninguém me interrompa. — Eles me deram um aceno positivo.
Abri a porta, estava frio por conta do ar-condicionado, puxei a cadeira e sentei-me de frente para ele.
— Stephan.
— Capitão Jeon! — O alfa falou com um sorriso. — Que prazer em revê-lo. — Eu acertei um soco em seu rosto.
Ele começou a rir e em seguida cuspiu sangue.
— Até que seu soco é forte.
— Isso é pouco perto do que eu realmente quero fazer com você. Você se sentenciou no momento em que encostou no meu ômega. Eu já vi pessoas malucas, mas você... — Eu o segurei. — Eu quero matá-lo e dessa vez me certificarei que seu coração não está mais batendo. — Seus lábios se curvaram em um sorriso.
— É, eles tinham razão... — Franzi o cenho. — Era só mexer com seu ômega que você se transformava, é, eu deveria ter encostado em Mingi de novo para não haver intervenções daquele alfa. — Eu acertei outro soco no rosto dele.
Stephan Evans caiu e pressionou os braços contra o próprio abdômen.
— De quem você está falando? — Eu perguntei abaixando-me ao seu lado.
— Somos parecidos, Capitão. — Ele disse rindo. — Sabe, eu não era um cara tão mau assim, você deve saber o quanto ômegas conseguem ter um controle engraçado sobre nós. — Stephan riu enquanto sentava-se novamente com os braços apoiados no joelho. — Estive até mesmo considerando me entregar, se isso significasse tê-las ao meu lado do jeito certo.
Ele fechou a cara e olhou para mim, o ódio estava por trás de seus olhos.
— Mas seu pai e seu amigo as mataram a sangue frio.
Saber daquilo me trouxe um sentimento estranho, foi como se eu tivesse tomado um soco no estômago, não por saber que meu pai fez isso, mas sim que Jonghyun fez.
— O famoso Capitão Jeon Jonghyun, o homem que você mais admirava não passava de um covarde!
— Cala a boca! — O acertei outro soco. — Você não tem nenhum direito de falar assim dele!
— Tenho! — Ele gritou. — Enquanto você estava esperando pela aprovação do papai e ficava se lamentando para o amiguinho, eles estavam matando pessoas inocentes por puro mau-caratismo!
— Você está falando de mau-caráter... — Eu comecei a rir. — Sequestrou crianças inocentes, pessoas inocentes!
— Eu não fazia nada disso antes.
— Então, por que começou a fazer?
— Porque eles tiraram tudo de mim! — Stephan respondeu. — Eles tiraram tudo de mim por pura covardia! Mataram pessoas inocentes que não tinham nada a ver com o que estava acontecendo.
— Do que você está falando?
— Seu pai e Jeon Jonghyun mataram minha mulher e minha filhote!
— Eu não acredito em você!
— Eu não me importo, você acreditar ou não, não muda os fatos! Eles as mataram a sangue frio, nem mesmo tiveram a chance de se defenderem!
— Jonghyun nunca faria isso! — Eu gritei.
— Você conhece apenas a versão que ele queria que você conhecesse, mas você não o conhecia de fato, não conhecia o Capitão impiedoso e frio juntamente com o superior dele. — Eu não estava conseguindo acreditar naquilo. — Por que você acha que eu mesmo queria matá-lo com minhas mãos? Antes eu apenas estava envolvido com tráfico de drogas, eles tentavam me capturar a todo custo, mas quando viram que nunca me pegariam, decidiram ser covardes.
Não...
— Eles atacaram o lugar onde minha esposa e minha filhote estavam, as fizeram de reféns, minha filhote tinha apenas cincos anos! — Ele gritou. — Quando viram que eu não estava lá, simplesmente tacaram fogo no lugar e explodiram tudo com elas dentro. — Agora ele estava chorando. — Eu mal pude reconhecê-las... Você pode não saber, mas a dor de perder seu ômega, sua alma gêmea, é destruidora, é como ter o gosto da morte em vida.
Eu engoli a seco e meu peito doeu apenas por imaginar perder Jimin.
— Eles tiraram tudo de mim! E eu vou tirar tudo deles!
Stephan Evans se livrou das correntes e colocou as mãos em volta do meu pescoço.
Por um momento, eu realmente desejei que ele me matasse.
Jonghyun, por que você fez isso? Como teve coragem?
Stephan Evans não é maluco, é só um homem sedento por vingança e com razão, eu também agiria como ele se isso acontecesse com Jimin e meu filhote.
Ele tem razão.
Jonghyun não era quem dizia ser.
A porta se abriu e quem entrou foi meu pai, ele deu um chute em Stephan e em seguida o apagou com um taser.
— Levem-no para a prisão de segurança máxima, agora! — Alguns soldados apareceram e o pegaram. — Você. — Meu pai apontou para um dos soldados que me trouxeram até aqui. — Levem-no também.
— O quê? Senhor! Por favor, não!
— Você receberá todo o tratamento que um traidor merece receber. — Ele disse e o socou. — Levem!
— Por favor, senhor, eu não tive escolha! Tenha piedade! — Ouvimos ele gritar.
Eu coloquei a mão em volta do meu pescoço.
— Você está bem? — Meu pai tentou me tocar, mas eu desviei rapidamente.
— NÃO ME TOQUE!
— Jungkook.
— ENTÃO ERA ISSO! VOCÊS MATARAM PESSOAS INOCENTES POR NADA, ERA ESSE SEU SEGREDINHO SUJO?
— Você não sabe d-
— ENTÃO ME CONTE, GENERAL! ME FAÇA SABER O QUE ACONTECEU!
— Stephan Evans MATOU A PRÓPRIA FAMÍLIA E NOS CULPA POR ISSO. — Ele respondeu-me.
O quê?
— Ele explodiu a própria casa. — Meu pai disse. — Depois que o fogo foi apagado, vimos os corpos delas totalmente queimados, quase que irreconhecíveis. — Eu neguei com a cabeça. — Ele explodiu a própria casa e se convenceu de que fomos nós.
Nada daquilo fazia sentido.
O laço, o amor e a paixão entre almas gêmeas supera qualquer resquício de loucura.
Ele nunca mataria sua própria família.
— Jungkook, acredite em mim. — O alfa mais velho disse e eu neguei com a cabeça.
— Como eu vou acreditar em alguém como o senhor? — Eu perguntei e sua expressão caiu. — Se foi capaz de me fazer mal durante toda minha vida, eu não tenho dúvidas de que também seria capaz de matar pessoas inocentes por pura covardia. — Eu forcei uma risada nasal.
Sem dizer mais nada, eu saí e fui para meu carro.
Já era de esperar que eles estivessem lá.
— Capitão?
— Vamos embora. — Eu disse. — Deixarei você em casa. — Falei em direção a Eunbi.
— Jungkook...
— Eu sinto muito, mas você não é problema meu, Eunbi, e eu não quero mais estar envolvida com nenhum problema dessa família, eu quero distância.
Ela abaixou a cabeça e não disse mais nada.
Entramos no carro e eu a levei, como havia dito, em seguida, fui até o quartel deixá-los.
— Vão, eu vou para casa.
Minha Divisão me conhece o suficiente para saber que eu não estava com humor para brincadeiras e piadinhas.
— Aqui estão os arquivos que pegamos lá, dê uma olhada depois. — Mingyu disse e eu assenti.
O caminho de volta para casa foi rápido.
Eu guardei meu carro na garagem e saí.
Era visível meu estresse e raiva, eu estava tão estressado...
Chateado e decepcionado.
Eu estava me recusando a acreditar nas palavras de Stephan Evans, mas meu pai ao menos negou.
Eu não sabia o que sentir ao certo, mas parecia que eu estava sendo atingido por uma grande onda e eu estava me afogando com aquele enorme misto de sentimentos.
Se tivesse que ser sincero, eu queria gritar, gritar o mais alto que eu pudesse.
Parecia uma boa saída para aliviar aquilo que eu sentia.
Eu passei pela porta.
— Jung-
— Jimin, por favor, agora não... — Eu pedi. — Só me deixe, eu... — Suspirei pesadamente.
Coloquei de novo a mão no meu pescoço e senti algo que não havia sentido antes, o cordão.
Segurei o pingente, o olhei e dei apenas um puxão, jogando-o para qualquer direção.
Eu respirei fundo.
Eu odiava quando aquilo ocorria, quando parecia que a raiva e o estresse pareciam me cercar como uma neblina.
Coloquei as mãos em meu rosto.
Meu coração estava tão acelerado, eu sentia meu corpo tão pesado, minhas pernas pareciam querer começar a falhar e meus olhos estavam queimando por irritação.
Jimin segurou meus pulsos, eu o encarei, ele colocou meus braços em volta de sua cintura e abraçou meu pescoço, não só isso, Jimin colocou a mão em minha nuca fazendo-me deitar minha cabeça em seu ombro.
— Está tudo bem.
— Não, Jimin. — Eu disse entre lágrimas. — Não está nada bem! — O apertei mais ainda contra meu corpo.
— Você quer me contar o porquê de você estar assim?
— Eu estou cansado.
— Por que não vai tomar banho? — Ele perguntou-me. — Pedi comida italiana há alguns minutos.
Eu assenti.
Por um lado, eu não queria soltá-lo para ir, embora devesse.
— Vá... — Ele disse fazendo carinho em minha nuca.
(...)
Eu estava deitado praticamente em cima de Jimin, abraçando sua cintura enquanto ele mexia em meus cabelos, levantei meu rosto para cheirar seu pescoço.
E a única coisa que segue sendo verdadeira, é ele.
— Eu não sei o que faria da minha vida sem você. — Jimin nada disse, apenas continuou com seus carinhos. — Você é tudo o que eu tenho, Jimin. Se tirarem você de mim, eu não serei capaz de continuar. — Deixei um beijo em seu pescoço. — Eu amo muito você.
— Eu também amo muito você. — Ele murmurou e beijou meus cabelos.
— Stephan Evans tentou nos matar porque meu pai e Jonghyun mataram sua esposa e filhote. — Ouvi Jimin respirar fundo.
— Você tem certeza disso?
— Ele foi capturado, eu o interroguei e ele disse isso. Já meu pai disse que ele quem matou a própria família e se convenceu de que foram eles. — Eu disse. — Eu estou me sentindo tão iludido. — Abracei mais ainda o corpo de Jimin. — Ele era meu melhor amigo, eu o tinha quase como um irmão, por anos, admirei Jonghyun e sonhava em ser como ele. Saber de tudo isso é tão decepcionante.
Jimin nada dizia, estava apenas me deixando desabafar.
— Você acha mesmo que deve acreditar em Stephan Evans?
— Eu não vejo razão para que ele esteja mentindo, eu nunca mataria você e nosso filhote. — Jimin respirou fundo. — Nós alfas somos naturalmente super protetores, vocês tornam-se tudo para nós, ainda mais sendo almas gêmeas, nenhum alfa nunca mataria sua alma gêmea. É algo muito forte.
— Certo, mas eu estive pensando em uma coisa.
— Me conta. — Pedi.
— Não sei dizer, sei lá...
— Jimin.
Ele respirou fundo.
— Amor, o que realmente aconteceu para que você chegasse machucado aquele dia? Na sua missão, um dia depois do nosso casamento.
O que aconteceu?
Claro, aquele italiano ameaçou matar Jimin.
— Te ameaçaram, mas por que está me perguntando isso?
— Eu li o relatório daquele dia. — Franzi o cenho. — Jungkook, como eles sabiam que você está casado comigo? Depois que fui no quartel, até entendo saberem que sou seu marido, mas naquele dia? Literalmente um dia depois de nos casarmos? — Eu respirei fundo. — Stephan Evans disse claramente que o disseram que você é do tipo que surta quando é algo relacionado a minha segurança. Como ele saberia disso?
— Com certeza ele pôs homens para nos vigiar.
— Não, não... Esse tipo de informação, só se sabe alguém bem próximo de nós.— Eu o olhei. — E se seu pai sempre esteve nos vigiando, como que estavam nos vigiando e souberam o momento exato para me capturar?
— A menos que também haja infiltrados na equipe dele. — Jimin afirmou com a cabeça. — Na verdade, ele prendeu um hoje mesmo.
— Nada garante que não haja outros, deve haver um monte deles.
— Amanhã eu vou interrogá-lo.
(...)
— Abram. — Eles assentiram e abriram a porta para mim.
O soldado em questão que foi preso ontem chama-se Derek Simon, ele é jovem, tem 22 anos, é um sargento e é da minha Quinta Companhia, ou seja, é meu subordinado.
— Derek... — Sentei-me de frente para ele.
— Capitão Park, eu peço que me perdoe.
— Meu perdão não valerá de nada, Sargento. — Eu disse cruzando os braços. — Já está praticamente sentenciado, não há nada que eu possa fazer e se pudesse também não faria, não passa de um traidorzinho de merda.
O alfa começou a chorar.
Sim, ele começou a chorar na minha frente.
— Eu não tive escolha.
— Todo mundo tem uma escolha, Derek. E você escolheu se corromper.
— Não senhor, eu realmente não tive escolha. — Ele disse enquanto chorava.
— Me conte o que aconteceu então, saiba que dependendo do que você me disser, sua pena poderá diminuir ou até mesmo ficar livre da prisão.
— Eu não posso! — O alfa continuava a chorar.
Eu já estava cansado de ouvir aquilo.
— Não pode? — Perguntei forçando uma risada. — Por que não?
— Porque ele está escutando tudo.
— Só tem eu e você aqui, Sargento Simon.
— Não importa, ele ouve tudo. — Eu franzi o cenho. — Acontece que eu contrai uma enorme dívida com alguns traficantes e eles ameaçaram me matar, então, ele disse que se eu fizesse tudo o que ele mandasse, minha dívida seria paga. — Ele quem?
— Ele quem? Preciso de nomes! — Eu perguntei alto.
— Senhor, eu não posso, ele irá me matar! — O mais novo disse chorando.
Eu já estava sem paciência.
Agarrei o colarinho dele.
— QUEM?
No exato momento em que ele abriu a boca para me responder.
Um tiro atravessou a janela e em seguida sua cabeça.
Ele estava morto em minhas mãos, eu olhei para o lado e era uma enorme floresta.
Os soldados entraram na sala com o barulho do tiro.
— O que aconteceu, Capitão?
Os empurrei para o lado e sai correndo.
— Você não vai escapar.
Usei todos os meus sentidos aguçados para ouvi-lo, até que ouvi os passos não muito longe dali.
Corri o mais rápido que pude, e enfim ele entrou em meu campo de visão.
Eu precisava achar um atalho.
Desviei o caminho, indo pelo canto, eu estaria em um lugar mais alto e poderia impedi-lo.
E foi isso que eu fiz.
Corri e saltei, agarrei seu corpo de lado e ele caiu com tudo no chão.
Era um alfa, ele estava com uma roupa toda preta e uma máscara.
Nós dois estávamos parcialmente machucados pela queda, ele se levantou e jogou a arma no chão, antes que ele começasse a correr novamente, eu acertei um chute em seu estômago.
— Você não vai fugir.
— É o que veremos. — Ele tirou do bolso uma bomba de fumaça.
Droga!
O alfa tirou o pino, levantou a alavanca, a jogou no chão e correu.
Prendi a respiração até estar bem longe daquela fumaça toda.
Espera, a arma!
Voltei para lá, a fumaça já estava bem espalhada, além de eu estar impedido de respirar, minha visão também estava comprometida.
Fui passando o pé, em seguida abaixei-me para tentar achá-la.
Eu estava quase morrendo sem ar, mas finalmente a achei, a coloquei ao redor do meu corpo e quis sair dali o mais rápido possível, só que outra coisa também chamou minha atenção.
Um brilho dourado.
Cheguei mais perto, peguei o item em minha mão e o coloquei em meu bolso, imediatamente eu corri para longe daquela fumaça.
Puxei o ar fortemente e respirei fundo
Quando voltei para a prisão, o corpo do alfa já estava sendo levado.
Eu coloquei a arma no meu carro e voltei para dentro da prisão, não tiveram que me interrogar nem nada do tipo, afinal, era óbvio que o tiro veio pela janela e também havia uma câmera dentro da sala.
Eu não precisei dizer nada.
Entretanto, algo ainda me intrigava, ele disse que "ele" ouvia tudo.
Eu comecei a vasculhar a sala em busca de escutas, ou qualquer coisa que fosse suspeita, mas não achei nada.
Nada.
Eu suspirei pesadamente, até que a luz começou a falhar e eu olhei para a lâmpada.
A lâmpada.
Peguei minha pistola em minha cintura e atirei contra ela, além dos cacos de vidro, caiu também um pequeno cartucho, como um cartão de memória, ele estava piscando, sinal que estava ligando.
O desativei.
Eu precisava ir para casa o mais rápido possível.
Se eu tivesse que sentir os sintomas das toxinas novamente, será em algumas horas, mas eu não quero pagar para ver.
— Jimin? — O chamei assim que cheguei.
— O que aconteceu com você? — Eu estava com um pouco de barro em minha farda e com certeza havia algum machucado em meu rosto.
— Faça-me um chá de acônito, agora.
— De novo? — Ele perguntou quase que desesperado.
— Depois eu te explico. — Eu larguei a arma na mesa e desci para meu escritório.
Eu preciso ler esse maldito relatório, tem algo me incomodando.
Peguei as pastas que Mingyu havia me entregado e comecei folheá-las.
03 de agosto de 2010
Missão 3-8-1.1
Responsável: Capitão Jeon Jisub.
Subordinados presentes: Primeiro-Tenente Jeon Jonghyun.
Relatório escrito por Jeon Jonghyun.
Nós recebemos a informação de um de nossos colegas de que Stephan Evans estaria em *endereço* .
Stephan Evans é chefe de um tráfico localizado na região sul, ele e seus homens já mataram diversos de nossos soldados. Também soubemos que ele esteve fazendo alguns roubos pela cidade, além de matar civis e promover festas clandestinas onde bebidas e drogas eram totalmente liberadas, até mesmo para menores de idade.
Muitos moradores estiveram insatisfeitos com isso, mas quem ousa reclamar de algo, Stephan manda seus homens matarem sem dó nem piedade.
Já estávamos atrás dele há tempos.
Eu, junto com minha Divisão, fomos até o local e percebemos que havíamos sido enganados, afinal, ele não estava lá, apenas havia uma mulher e uma criança, a qual descobrirmos ser esposa e filha de Stephan Evans.
Apenas eu, Jeon Jonghyun, e o Capitão Jeon Jisub permanecemos no local.
Fizemos um pequeno interrogatório, mas ainda que ela, a esposa, soubesse de algo, não nos contaria facilmente e também não tínhamos permissão para interrogá-la, além disso, a ômega não sabia onde ele, Stephan Evans, estava nos últimos três dias.
Ela disse que ele nunca revelava para aonde iria.
Acontece que começamos a ouvir barulhos no sótão da casa, como se alguém estivesse lá, e fomos verificar.
Realmente tinha, era Stephan Evans, ele conseguiu escapar por uma porta, eu não faço ideia de onde ela dava, mas ele a trancou por fora, então tivemos que subir para que pudéssemos ir atrás dele. Acreditamos que elas haviam escapado conforme descemos para o sótão. Nós saímos da casa e em seguida houve uma explosão.
A casa foi completamente explodida.
Acionamos o corpo de bombeiros e após apagarem o fogo, descobrimos que elas não haviam escapado.
Elas estavam no andar de cima.
A explosão aconteceu, pois tinham bombas no sótão e algumas espalhadas pela casa.
Não encontramos Stephan Evans, ele está foragido desde então.
— Isso não faz sentido...
— Aqui está. — Jimin estava segurando uma xícara. — Tome.
— Obrigado. — O peguei. — Eu não sei se inalei muita BLP, mas melhor prevenir do que remediar. — Ele franziu o cenho.
— Como assim? Por que diabos você esteve em contato com essa bomba de novo?
Eu virei o chá em minha boca.
Não tinha um gosto ruim, mas também não era bom.
Fiz uma leve careta e deixei a xícara de lado.
— Vem cá. — O chamei e Jimin sentou-se em meu colo. — Só um instante. — Eu inspirei seu cheiro e deixei um beijo em seu pescoço. — Você pode me beijar?
— O que está fazendo?
— Eu quero um beijo, só isso. — Coloquei os braços em volta de seu corpo abraçando-o. — Não sei, Jimin, de repente você é a solução para todos os meus problemas. — Beijei seu rosto e apoiei meu queixo em seu ombro.
— Além desse problema, qual é o problema agora? — Ele perguntou.
— Eu li esse relatório de 2010, ele fala sobre o caso da família do Stephan Evans. — Jimin pegou a pasta em cima da mesa e começou a lê-lo.
Enquanto ele o fazia, eu ficava cheirando seu pescoço e apertando-o mais a mim, Jimin relaxou o corpo e praticamente deitou-se em meu ombro.
Eu continuei com minhas carícias, vendo-o fazer expressões sérias e confusas enquanto lia.
Beijo seu ombro, sua nuca, seus cabelos, sua bochecha demoradamente e por fim o apertei mais, isso o fez liberar alguns feromônios.
— Eu amo seu cheiro. — Mordi sua orelha.
Jimin já está até acostumado, nem liga mais pelo visto, não que minha intenção fosse excitá-lo.
— Uau.
— Pois é, não? Esse é o problema!
— Antes de entrarmos nesse assunto. — Ele apontou para a pasta. — Conte-me sobre a BLP.
— Bem, eu estava interrogando aquele soldado, ele tomou um tiro na cabeça, daquela arma lá em cima da mesa. — Jimin arregalou os olhos. — Como eu sei que foi ela? Eu olhei para o local de onde o tiro havia vindo e fui para lá, consegui me encontrar com o atirador e o derrubei, fiz aquela cena de "Você não vai escapar!", daí ele disse "Vamos ver então." e então ele explodiu uma BLP.
Jimin me olhou como se tivesse vendo a coisa mais estranha do mundo.
Ele colocou a mão em meu rosto.
Eu jurei que o beijinho viria, mas Jimin me iludiu completamente.
Suas mãos estavam em meu rosto, ele me puxou fortemente para mais perto e na mesma hora meus olhos ficaram vermelhos.
Os olhos dele ficaram azuis.
Por fim, estavam roxos e Jimin estava vendo minhas memórias.
Eu precisava achar um atalho.
Desviei o caminho, indo pelo canto, eu estaria em um lugar mais alto e poderia impedi-lo.
E foi isso que eu fiz.
Corri e saltei, agarrei seu corpo de lado e ele caiu com tudo no chão.
Era um alfa, ele estava com uma roupa toda preta e uma máscara.
Nós dois estávamos parcialmente machucados pela queda, ele se levantou e jogou a arma no chão, antes que ele começasse a correr novamente, eu acertei um chute em seu estômago.
— Você não vai fugir.
— É o que veremos. — Ele tirou do bolso uma bomba de fumaça.
Droga!
O alfa tirou o pino, levantou a alavanca, a jogou no chão e correu.
Prendi a respiração até estar bem longe daquela fumaça toda.
Espera, a arma!
Voltei para lá, a fumaça já estava bem espalhada, além de eu estar impedido de respirar, minha visão também estava comprometida.
— Quando eu penso que sua saúde mental está melhorando, você só me mostra que está piorando, você é maluco?! — Ele me deu um peteleco na testa.
— Aí, Jimin!
— A fumaça lá e você ainda volta? Pior, prende a respiração e quase morre sem ar, Jungkook se você morresse assim, eu mesmo te ressuscitaria para matá-lo de novo por tanta estupidez!
— Amor, a arma pode ser uma boa peça.
— Eu sei. — Eu comecei a rir. — E eu ainda quero ter filhotes com você...
— E vamos ter logo logo. — Selo nossos lábios. — Engraçado, eu disse que talvez não teria tempo para você, mas aqui estamos nós. — Suas mãos acariciaram minhas bochechas. — É, eu não conseguiria ficar muito tempo longe de você nem se eu quisesse. — Jimin beija minha testa. — Eu achei uma escuta na sala onde eu estava interrogando aquele soldado e Stephan Evans.
A peguei e mostrei para Jimin.
— Chamarei a Quinta Divisão, eles podem me ajudar com essas coisas.
Jimin estava analisando a escuta.
— Cuidado para não ativá-la sem querer. — Ele assentiu. Peguei meu walkie-talkie. — Quinta Divisão?
— Estamos aqui! — Disseram juntos.
— Venham aqui em casa, por favor.
— Estamos indo!
Eu ri.
— O que acha de uma rapidinha? — Perguntei a Jimin e ele bateu em meu ombro. — Aí! — Doeu.
— Por que você só pensa em sexo?
— Eu tenho minhas necessidades de alfa, além do mais se estivesse no meu lugar entenderia o porquê. — Ele franziu o cenho. — Você é gostoso demais... — Beijo seu pescoço. — Com certeza deve se olhar no espelho e pensar "Como o Jungkook tem sorte de me ter como marido", pois eu digo que tens total razão, porque eu tenho mesmo muita sorte.
— Se não tivéssemos nos casado de repente, gostaria de vê-lo tentando me conquistar. — Jimin disse rindo baixinho.
— Eu gostaria de tentar conquistá-lo. — Digo.
— Bom, não fizemos do modo tradicional, mas você consegue me conquistar todos os dias.
— Mesmo?
— Sim, amor. — Ele me beija. — Mas realmente seria engraçado vê-lo tentando me conquistar totalmente do zero, hoje eu penso que deveria ter dificultado mais para o seu lado. — Aperto-o e ele grita enquanto ri. — Eu fui muito bobo e fácil.
— Não acho que tenha sido fácil.
— Ah não?
— Não, olha, sexo eu conseguia em qualquer lugar. — Jimin revirou os olhos. — Se estiver falando sobre isso, claro... Enfim, você facilitou um pouco nesse lado, mas dificultou para mim em outros sentidos, não que dificultou, mas eu tive que me esforçar para agir de outro jeito.
— Hm... E por quê?
— Porque vê-lo feliz é a melhor coisa do mundo! — Mordi seu pescoço de leve. — Eu posso ter me estressado um pouquinho ali e aqui enquanto fazia algo para deixá-lo feliz, mas ver que você ficou feliz com aquilo, também me fazia feliz, então tornou-se meio que um vício. — Jimin e eu rimos — Estou viciado em sua felicidade, Jeon Jimin. — Ele quem me mordeu de leve dessa vez. — Eu reclamo, mas no fim eu faço tudo porque gosto de vê-lo feliz e satisfeito.
Meu ômega beijou meu rosto.
— Até porque, no fim a recompensa é ótima! — Apertei seus mamilos e ele deu um saltinho enquanto eu ria.
— Quando foi que suas mãos foram parar dentro da minha blusa?
— Mãos mágicas, amor... — Eu sussurrei.
— Estamos aqui fora.
— Pega para mim. — Ele pegou. — Estou indo. — Apertei mais uma vez e ele gemeu em surpresa.
— Tira suas mãos daí.
— É tão quentinho...
— Anda.
— Que saco, homem tóxico! — Eu tirei minhas mãos de lá.
Levantei-me com Jimin em meu colo.
— Vou carregá-lo.
— Ah claro, Superman. — Jimin colocou os braços em volta do meu pescoço.
— Sobre aquele assunto.
— Eu acho que seu pai e Jonghyun estão certos, mas ao mesmo tempo não acho que Stephan esteja errado, alguma coisa não está batendo.
— Depois me explique isso direito.
Bam pulou em mim, fui até o portão, com Jimin em meu colo, e ele o abriu.
Os meninos nos olharam de forma estranha.
O que será que está acontecendo comigo? Será que estou perdendo a moral com meus subordinados?
— Vocês nem ao menos disfarçam. — Yoongi comentou.
Se bem que essa praga nunca teve um pingo de respeito por mim... AINDA MAIS AGORA CASADO COM PARK TAEHYUNG!
— Não seja idiota! — Jimin ficou rindo e eu lhes dei passagem. — Pequeno Hobi.
— Sim, Capitão? — Ele olhou para mim.
— Lá no meu escritório, em cima da mesa, está uma escuta. Quero que localize o ouvinte dela.
— Sim, senhor! — Ele e Yoongi foram para lá.
— Jongho, preciso te fazer algumas perguntas. — O mais novo me deu um simples aceno positivo.
Mingyu e Jimin ficaram brincando com Bam, e pude ouvi-los conversando sobre a gravidez de Wonwoo.
— Do que precisa? — Eu o levei até a mesa. — Uau.
— O que foi? — Perguntei.
— O que foi? — Ele repetiu minha pergunta. — Essa arma é meu rim! — Ele a pegou. — A mira é tão limpa, o zoom dela é surreal. — Jongho disse com o olho na mira. — O pente estendido e duplo, o tiro dessa arma é capaz de explodir um carro, Capitão. Mesmo com silenciador.
O alfa ainda estava impressionado com a arma.
Eu não entendo muito de armas de precisão, apenas fuzis e pistolas, por isso não sei de tudo isso.
— Eu até pesquisei pelo preço dela, mas como disse, vale meu rim, exceto por quem é de família importante. o senhor sabe...
Pessoas de famílias influentes no mundo militar consegue preços bem baixos para armas.
— O dono dela deve ser de família influente.
— Com certeza, ou só seja um filhinho de papai bem rico. — Ele disse. — Espera, o senhor não sabe de quem é? — Neguei com a cabeça.
— Atiraram na cabeça de um soldado hoje, eu fui até o local onde o tiro foi supostamente disparado, achei o responsável, enfim, ele escapou e deixou a arma cair.
— Ora, então ele não é só um filhinho de papai bem rico.
— Como assim?
— Se a usaram para matar um soldado, significa que ela é de outro soldado, ou pelo menos de alguém que tenha tido um treino de sniper tão árduo quanto o meu. — Jongho é novo, mas tem talento com armas de precisão, afinal, ele também recebeu um treino especial.
E digo mais, usar uma sniper não é algo tão fácil. Quem a usa, precisa ter calma, controle de si por completo, é como um cirurgião, não pode tremer as mãos e tem que ter um ótimo controle respiratório, além de ter força para manter-se no lugar após o disparo, afinal, é um disparo daqueles...
— Você sabe quem são os snipers da nossa Companhia? — Perguntei e ele pareceu pensar por alguns instantes.
— Sim, mas...
— Quem são?
Ele começou a listá-los.
— Mas nenhum deles têm condições e são de famílias influentes para ter essa arma, nem mesmo eles têm as habilidades necessárias para usá-la, eu sou o melhor de lá.
É, Jongho tem razão, ele é o melhor.
Nenhum outro soldado chegou em seu nível ainda.
— Bom, consegui ultrapassá-lo, então sou o melhor. — Ele disse e riu em seguida, eu franzi o cenho. — O Major Seong Hoon era o melhor, ele foi meu mentor por um tempo, ouvi diversas histórias de como ele esteve na espreita como franco atirador quando era da Divisão que seu pai era responsável.
Espera aí.
— O cara era sensacional! Mas não acho que seja ele também, ele não vem de família influente e é o Major Seong Hoon.
— Aí, Capitão. — Olhei para o lado e Yoongi estava vindo com uma pasta em mãos.
Eu não tinha visto aquela.
— Saca só quem também participava junto com o General do projeto da BLP. — Ele mostrou-me uma foto.
Era claramente meu pai e o Major Seong Hoon olhando alguma coisa no frasco químico.
— Yoongi, vem aqui. — Ele chegou mais perto e eu peguei a pasta de suas mãos. — Não pode ser.
Era idêntica a pasta que o Major Seong Hoon deixou cair ontem.
— Eu já vi essa pasta. — Eu disse. — Estava com o Major Seong Hoon, ontem mesmo estava com ele!
— Como ela está aqui então? — Yoongi perguntou-me.
Eu mexi em meu bolso.
— Não é possível. — Eu o peguei e levantei minha mão.
Jimin levantou-se e veio até mim.
— É a insígnia Jeon. — Ele disse. — Foi isso que o atirador deixou cair!
— Como ele tinha a insígnia Jeon?
— Antes de virmos, nós vimos o Major Seong Hoon chegar... — Mingyu disse. — Ele estava furioso e também parecia um pouco machucado.
— Então... — Jongho murmurou. — O Major Seong Hoon atirou contra aquele soldado.
— E também está tentando recriar a BLP. — Yoongi completou.
— Mas porque ele estaria fazendo isso tudo? — Eu perguntei.
— Não é óbvio? — Olhei para Jimin. — É ele quem está desviando armas do quartel, ele soube que você percebeu tudo e estava procurando um jeito de matá-lo sem deixar rastro. — Ele disse.
— E qual a ligação dele com Stephan Evans? — Mingyu perguntou. — Por que Stephan Evans ajudaria ele e como ele fez Stephan Evans ajudá-lo?
Eu fechei os olhos por alguns instantes.
O que está faltando? O que eu estou deixando passar?
Pense Jungkook, pense!
— Meu pai.
— O quê? — Jimin franziu o cenho.
Peguei meu telefone o mais rápido possível e liguei para ele.
— Atende... Atende logo...
— Jungkook? — Ele atendeu instantes depois.
— Pai, eu preciso te perguntar uma coisa!
— Agora não Jungkook, isso tem que esperar.
— NÃO, NÃO PODE ESPERAR!
— Jungkook, Stephan Evans escapou de novo. — Não pode ser. — Eu preciso capturá-lo sozinho agora, olha, eu falhei com você e eu realmente espero que algum dia você possa me perdoar, sei que fui um pai horrível... — Neguei com a cabeça. — Eu deveria ter feito tudo de outra maneira, eu realmente queria poder mudar isso, mas não posso, apenas posso fazer diferente daqui para frente. — Eu suspirei. — Eu vou capturá-lo pela sua segurança e do Jimin, não se preocupe. Vamos por ali, Seong Hoon.
— Por favor, não me diga que é o Major Seong Hoon...
— É ele mesmo, como você sabe?
"Tudo bem por aí?"
Meu corpo gelou.
— Sim, não se preocupe, Seong Hoon, só o Jungkook que está me ligando.
"Ok."
Eu mal percebi quando fiquei ofegante e meus olhos encheram d'água.
— Pai...
— O que está acontecendo? Você não me chama assim desde que nos encontramos de novo, estou preocupado.
Eu engoli.
— Eu li o relatório... daquela missão... — Disse gaguejando. — Eu li o relatório, eu acredito no senhor.
— Fico feliz e aliviado por isso, filho, eu tenho que desligar.
— Por favor, só uma pergunta.
— Seja rápido.
"Ele está ali, General."
— Estou vendo Stephan Evans, vamos pegá-lo agora. — Eu estava ficando sem ar pelo choro que queria cortar minha garganta.
— Quem disse que Stephan Evans estava naquela casa?
— O quê? — Ele perguntou e eu ouvi os ruídos do outro lado.
— Está escrito que receberam a informação de um colega sobre aonde Stephan Evans estaria. — Respirei fundo. — Quem foi que disse? — Perguntei.
— Foi o Major Seong Hoon. — Meu peito doeu. — Foi ele, por que filho?
— Papai, corre daí agora! — Eu gritei.
— Jung-
— PAI! — Eu gritei ao ouvir um barulho de pancada do outro lado. — PAI, FALA COMIGO! — Eu gritava para o aparelho e nada.
Ele armou tudo...
O Major Seong Hoon fez com que Stephan Evans visse Jonghyun e meu pai lá naquela casa, ou pelo menos soubesse que eles estiveram lá e o fez acreditar que eles quem mataram elas, quando na verdade, ele armou tudo para que Stephan Evans quisesse se vingar de nós e consequentemente se livrar de nós para que ele continuasse com seus planos.
Ele estava manipulando Stephan Evans desde então.
O telefone desligou.
E Jimin me abraçou enquanto eu chorava.
— Eles vão matá-lo! — Eu disse em meio às lágrimas. — Como eu pude ter sido tão cego?
— Não fique se culpando, não tinha como você saber disso!
— Capitão, eu consegui localizar o lugar de onde essa escuta vem.
Eu limpei o canto dos olhos.
— De onde?
— Da Divisão de Comunicações, quem está lhe ouvindo é de lá, mas não sei quem possa ser.
Bam foi correndo para o portão e eu estranhei sua atitude repentina, logo ouvi batidas no portão e corri para atendê-lo.
Eu não podia estar mais surpresa.
— Kibum? — Eu franzi o cenho.
— Temos assuntos a tratar. — Ele disse. — Preciso conversar com você sobre Jeon Jonghyun. — Kibum me mostrou uma foto deles juntos.
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