Chapter five
Essa história é igual uma montanha russa, uma hora esta tudo tranquilo e em outra está um caos, e assim vai indo.
Vocês vai acompanhar o amadurecimento de ambos personagens, vocês vão julgar, vão sentir raiva, vão chorar, vão sorrir e por aí vai, mas vocês vão amar.
Todos os personagens principais irão passar pelo banquinho da disciplina.
É bom também prestarem atenção em tudo, mas se não entenderem eu vou tá colocando o que cada capítulo passa, e alguns detalhes que vocês não perceberem.
Não desistam dessa história, ela é linda. É não pensem que ela é puro drama, porque se fosse só drama eu não estaria nem adaptando, porque nem de drama eu gosto.
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Autora
- Toma, esse é o meu número. - O Capitāo estendeu o telefone em direção a Jimin para que ele o anotasse. - Agora você concorda comigo em pedir demissão? - Jimin o olhou e estalou a língua. - Jimin!
- Eu não vou pedir nada, eu posso lidar com ele.
- É, eu vi bem o quanto você pode. - Os dois bufaram e Jungkook cruzou os braços na altura do peitoral. - Talvez depois que eu te morder, aí sim você lidará com ele sem esse problema de submissão e mesmo que seja assim, eu não quero que você trabalhe nem lá e nem em qualquer lugar. - Mais uma vez o neozelandês o olhou desacreditado.
- Vamos nos casar na próxima semana, já que você será a pessoa que eu mais vou ver depois do casamento, que tal ficarmos de hoje até o casamento longe um do outro? Pro enjoo não começar e a cogitação de divórcio não vir tão cedo.
O moreno deu uma risada enquanto negava com a cabeça.
"Esse homem me tira tanto do sério, que às vezes eu tenho dúvida se é de propósito ou é algo inconsciente."
Pensou Jungkook parando o carro para Jimin descer e ir para seu apartamento.
Jimin estava o provocando de todos os jeitos que podia, queria saber qual era o limite de seu noivo e ele estava bem perto de atingi-lo mas ao mesmo tempo Jungkook controlava-se em silêncio. Ele não perde por esperar quando o coreano de fato devolver toda a provocação. Falando nele, Jimin quis que ele tocasse nesse assunto na intenção de saber se ele tinha ouvido ou não sua conversa e para sua surpresa a resposta foi "Não".
Jungkook não perderia a oportunidade de dizer que ele fez muito bem em escutá-lo ao se demitir e como ele falou como se Jimin ainda estivesse querendo trabalhar lá, então Jimin chegou a conclusão que ele respeitou seu pedido para que não ouvisse mais suas conversas. O Capitão apenas soube que seu noivo precisava dele por conta de algumas expressões de Jimin, além de Taemin também ter o puxado.
Mesmo que a situação não fosse o que parecia, Jungkook nunca permitiria uma coisa daquelas.
O ex-namorado de Jimin com o corpo colado ao dele, nunca.
De qualquer forma, eles teriam sido afastados um do outro pelo alfa lúpus.
- Meu irmão quer conhecê-lo - O moreno revirou os olhos. - Vocês vão se dar muito bem.
-É, com certeza, vamos.
-Então, tchau, vou indo! - Jimin abriu a porta e saiu sem esperar pela resposta do alfa.
- Tchau...
Jungkook ligou o carro e dirigiu até sua casa.
Jimin subiu as escadas do apartamento e destrancou a porta de sua casa, que era a porta número 20.
Taehyung que estava na janela, virou-se para o irmão e sorriu um tanto sarcástico.
- Bom, feio ele não é........
- É verdade. - Os dois riram. -- Eu disse a ele que você quer conhecê-lo, acredito que essa semana ele irá finalizar alguns detalhes da missão de infiltração então melhor deixar para semana que vem.
- Por quê?
- Semana que vem, farei a mudança e eu vou precisar estar lá com ele, além de que no dia ele só vai trabalhar até 12h, você pode ir comigo, que tal?
-Eu vou ficar lá vendo vocês guardarem suas coisas?
- Sim, porque aí eu terei pretexto para tê-lo longe de mim.
- Afinal, o que você fez hoje?
- Eu fui conversar com Taemin para pedir demissão. - Taehyung arregalou os olhos em direção ao irmão.
Taehyung sabia que no fundo, o irmão gostava de seu trabalho, mas trabalhar com um ex-namorado como Taemin e estando casado com outro realmente não daria certo.
- Você pediu porque quis ou... - Ele deixou no ar e Jimin suspirou.
- Bem, essa foi uma das primeiras coisas que o Jungkook me disse para fazer quando nos conhecemos oficialmente e eu não posso trabalhar com Taemin no estado em que ele se encontra em relação a mim. - Respondeu fazendo Taehyung franzir o cenho.
- Como assim? Seu esposo não quer que você trabalhe? - Jimin negou com a cabeça.
- Pelo visto, não.
- Por que eu estou querendo quebrar a cara dele agora? - O mais velho riu. - É sério! Ele não tinha cara de ser do tipo que proíbe o marido de trabalhar, em que mundo ele vive? - Taehyung não gostou nada de saber disso e isso fez seu futuro cunhado perder pontos com o neozelandês.
- Agora que você falou, ele não pediu de um jeito educado, ele praticamente mandou que eu pedisse demissão.
- E você obedeceu. - Ele disse fazendo com que Jimin revirasse os olhos. - O que aconteceu com você em dois dias?
-Eu quero viver em paz com ele.
-Viver em paz, não precisa ser necessariamente abrir mão daquilo que gosta de fazer apenas para agradar ao outro, isso vai fazer falta para você também. - Jimin sabia disso, e como ele sabia... - Sabe que daqui há um tempo viverá totalmente dependente dele em questões financeiras, vai ser aquele inferno de "Eu posso?", "Ai, eu bem que queria isso, mas meu marido vai brigar comigo", "Amor, me dá dinheiro para isso, isso e isso?" porque eles ainda querem que você diga exatamente onde e com o que você vai gastar.
- Pare de me deixar pensativo e me fazer se arrepender do que fiz. - Jimin falou com as mãos no rosto e Taehyung riu negando com a cabeça. - Taemin me aceitaria de volta rapidinho, mas vale a pena isso e ter dores de cabeça em casa?
- Vale a pena depender de alguém só para não ter pequenas dores de cabeça?
- Em pouco tempo, eu já posso dizer que conheço bem aquele alfa e ele não vai me dar só pequenas dores de cabeça por não seguir o que ele mandou. - Respondeu certo de sua resposta. - Aquele ali, tem pavio curto, precisaria urgentemente viver a base de calmante, talvez eu comece a dopá-lo quando nos casarmos. - Jimin suspirou mais uma vez.
Taehyung fez uma expressão pensativa, Jungkook parecia ser tão paciente baseado em sua aparência.
"Por que será que é tão estressado assim? Seria genética ou o quê?"
Perguntou-se Taehyung.
- Voltando ao assunto principal sobre conhecê-lo, ele aparenta ser do tipo que segue uma linha e quando precisa sair dela sua vida entra em colapso. Agora eu fui incluído nessa linha, então como após o casamento todas as suas decisões irão me afetar e vice-versa, eu também preciso começar a seguir sua linha para não haver tantas desavenças entre nós. - Nem mesmo Jimin sabia se aquilo havia feito sentido para que o irmão mais novo entendesse. - Para um casamento se manter de pé, precisam ser feitos sacrifícios em ambas partes e esse está sendo o meu, a minha parte eu estou fazendo, agora veremos a dele.
De todo jeito, Jimin queria que o irmão entendesse que ele não queria ter que lidar com Jungkook mal-humorado e estressado por conta de um motivo besta.
Besta em partes, porque Jimin gostava de seu trabalho e de poder comprar o que quiser sem dar satisfações a ninguém.
Uma semana havia se passado desde a conversa entre os irmãos Park, durante esse período, o alfa e o ômega trocaram pequenas mensagens sobre o dia um do outro. Jimin continuava a fingir que estava em seu trabalho, ele não tinha ideia de quando diria para Jungkook que pediu demissão, estava esperando a hora em que ele mereceria aquela informação.
Falando no Capitão Jeon, ele e sua Divisão treinaram bastante com os novos recrutas e com os soldados de patente baixas.
Jungkook não era Capitão apenas da Quinta Divisão, ele também era Capitão da Quinta Companhia, embora sua vida girava em torno de Mingyu, Yoongi, Jongho e Hoseok, ele também tinha responsabilidades com os abaixo dele principalmente quando eles estavam treinando. O comando é inteiramente dele, mas permitiu que alguns Tenentes comandassem algumas pequenas divisões. Tenentes de sua extrema confiança ali dentro.
Ele estava prestes a terminar seu expediente quando lembrou-se que Jimin ia levar suas coisas hoje, eles se casam no dia seguinte, domingo.
- Mingyu?
- Sim, Capitão?
- Você tem alguma coisa para fazer agora de tarde?
- Sim, eu tenho que resolver alguns problemas no banco. - Ele suspirou. - Eu odeio vida adulta. - Jungkook riu.
- Então só me resta o Yoongi mesmo. - O alfa disse fazendo com que o mais novo franzisse o cenho. - Preciso de alguém para me ajudar com algumas coisas lá em casa, Jongho vai treinar o dia todo e Hoseok está revendo o mapeamento da área de infiltração. - O sargento assentiu entendendo.
- O Yoongi é prestativo quando quer.
- Ele é super prestativo quando não está me irritando. - Mingyu quem riu agora. - Yoongi. - Mingyu o chamou pelo rádio.
- Na escuta.
- Vai fazer alguma coisa hoje de tarde?
- Descansar. Isso que eu vou fazer.
- Não vai não, quero que vá para minha casa me ajudar com umas coisas.
- Não é como se eu tivesse escolha mesmo... Embora seja crime me forçar a fazer hora extra e eu não ganhar nada com isso.
- Considere estar vivo um ganho. - Revirou os olhos e Mingyu riu mais uma vez. - Bem, agora eu vou embora, preciso passar no apartamento de Jimin para buscá-lo e ajudá-lo com as coisas. - Ambos deram um aceno com a cabeça um para o outro.
Jungkook saiu do vestiário do quartel, com suas chaves em mãos e foi até seu carro.
Não demorou muito para chegar ao apartamento dos irmãos Park, Jimin já o esperava com suas roupas em suas três malas grandes e algumas outras coisas em caixas.
Jeon Jungkook
Assim que cheguei ao apartamento dele, passei pela recepção e subi as escadas até a porta com número 20.
Dei algumas batidas e logo ouvi sua voz dizendo "Já vai!", eu senti meu coração dar um solavanco quando o vi em minha frente.
Jimin estava vestido com uma calça preta da Adidas, blusa preta da Adidas e destaca seus mamilos por ser justa e tênis preto também da Adidas, enfim, vestindo completamente Adidas.
É sobre isso.
- Adidas está te pagando quanto?
- Ah, fica quieto! - Eu ri e ele me deu passagern. - Meu Deus, tanta coisa. - Como alguém pode ter tanta roupa assim? Duvido muito que ele use tudo isso.
- Pois é, e você ainda quer casar comigo? - Olho para ele que tem um sorriso provocativo.
Eu rio negando com a cabeça.
- Se eu tivesse escolha, com toda certeza do mundo, eu não casaria com você.
- Sei.
- Que bom que sabe. - Pego suas duas malas. - Vou levá-las para o carro. - Jimin se abaixa para pegar uma caixa e eu não posso deixar de reparar em sua bunda empinada. - Jesus... - Murmuro baixo entre um suspiro.
- O que você disse?
- Não disse nada. - Respondi rápido. - Vamos passar em um restaurante antes de irmos, eu estou morrendo de fome. - Ele assentiu e eu deixei ele passar em minha frente.
Abro o porta-malas do meu carro e coloco sua mala lá.
- Melhor colocar as caixas por cima. - Eu sugeri e ele concordou
Peguei suas outras duas malas e as coloquei deitada, depois ajudei Jimin a pegar as quatro caixas e as coloquei por cima das malas como sugeri, ele me ofereceu água pois estava um pouco quente mas eu neguei.
Eu realmente queria ir comer logo.
Pegou sua bolsa, trancou a porta e nós descemos pela última vez para entrarmos no carro e irmos almoçar.
Escolhi o restaurante mais próximo, era um lugar que eu vinha algumas vezes quando estava com preguiça de cozinhar ou não quando não queria almoçar no quartel, acontece às vezes, querer sair do ambiente para respirar um pouco.
Fomos o caminho inteiro sem falar nada, mas não era exatamente um silêncio ruim ou desagradável, um vento confortável vinha pelas janelas abertas e a forma como seu cabelo se mexia deixava-me hipnotizado. Às vezes, até quase me esquecia que estava dirigindo, mas alguém de trás sempre buzinava e eu acordava.
Não me importo em ser flagrado enquanto o olho, Jimin é um homem lindo e ele sabe disso, e eu sei que ele gosta do meu olhar de admiração sobre si.
Eu desci do carro e parei para esperá-lo, vocês acreditam que ele ficou sentado de braços cruzados enquanto me encarava pelo vidro? Pois é, ele ficou.
Fui até sua porta e a abri estendendo o braço em sua direção a qual ele se apoiou para descer.
- Está voltando a seguir os costumes militares? - Perguntei provocativo e ele revirou os olhos.
- Cala a boca. - Deixo escapar uma risada e bato a porta do carro.
Tranco-o apertando o botão da chave.
-Eu já vim aqui nos meus horários de almoço. - Eu que revirei os olhos agora.
Ele ainda não fez o que eu pedi educadamente, lê-se mandei, e isso tem me dado uns nervos toda vez que ele toca no assunto.
Porque eu sei que ele faz isso para me provocar.
- Bom para você.
- Hey, não seja rude comigo assim!
- Você não viu nada, ainda. - Passamos pela entrada.
Nos sentamos em uma mesa perto do vidro, onde dava uma visão melhor da rua.
Logo fomos atendidos e fizemos nossos pedidos, pedi que trouxessem apenas uma taça de vinho para mim e Jimin optou por beber suco maracujá
Ele sentou de frente para mim, estava com o cotovelo apoiado na mesa e a mão no queixo enquanto olhava o telefone. Levei a taça até meus lábios saboreando o gosto doce do vinho, até mesmo fechei os olhos para apreciá-lo melhor.
Quase não notei que Jimin estava me observando, sua expressão estava indecifrável para mim, entretanto, eu estava gostando dele estar me olhando com tanta atenção. Me pergunto o que se passa em sua mente neste momento, gostaria que fossem pensamentos bons ao meu respeito. No mínimo.
Uma das coisas pela qual sou grato ao meu pai, é tê-lo me dado como noivo, só de saber que amanhã ele será meu marido me dá um certo tremor, um frio na barriga, e eu também estou ansioso para poder finalmente explorar todo aquele corpo.
- No que está pensando? - Ele me perguntou.
Eu poderia fingir pensamentos aleatórios, coisas banais, mas eu queria ver sua reação.
Coloquei a taça na mesa, já vazia, e segurei sua mão por cima da mesa a beijando.
- No quanto eu quero você em cima, ou embaixo de mim. - Seu rosto corou rapidamente.- Sabe, se eu pudesse, agora mesmo, eu estaria rasgando suas roupas e explorando todo seu corpo com minha boca.
Continuei a beijar sua mão enquanto ouvia seu suspiro e vi seus olhos se fecharem lentamente.
Como eu disse, se eu pudesse, mas eu não podia.
Nossa comida chegou e eu tive que soltar sua mão para que tivesse espaço para nossos pratos. Eu pedi uma macarronada italiana e ele um frango a parmegiana com batatas fritas. Nós terminamos de comer e ficamos ali por mais alguns minutos
Chamei a moça que nos atendeu e pedi a conta.
- Aqui está. - Ela me estendeu a máquina de cartão e eu o coloquei.
A moça é uma ômega, e como eu chamo atenção de todos com essa não foi diferente mas não é como se eu me importasse, a pessoa com quem me importo, eu vou casar amanhã.
- Obrigado. - Guardei meu cartão em minha carteira e a coloquei em meu bolso. - Vamos, Jimin.
Coloquei a mão em suas costas enquanto andávamos.
Aquele cheiro familiar veio em minhas narinas, não só isso como também sentia um olhar sobre mim. Olhei para todos os cantos e foquei meus olhos em uma mesa, não muito longe de onde eu estava e eu o reconheci imediatamente.
Eu queria muito rir de sua expressão de raiva e inveja, felizmente Jimin não o viu ou se viu soube disfarçar muito bem.
Mas acredito que não tenha visto mesmo.
Abri a porta do carro para que ele entrasse e dei a volta.
- Aquela atendente estava interessada em você.
- É, eu percebi. - Ligo o carro e dou ré para sair. - Não é a primeira vez que ela me atende, Já vim aqui muitas vezes, acha que devo investir? - Perguntei provocando-o e ele revirou os olhos.
- Boa sorte,
- O que devo dizer? Obrigado?
-Me erra.
- Impossível.
Parei o carro em frente ao meu portão mesmo e saímos, eu abri o portão com a chave, não demorou nem um segundo e o Bam apareceu pulando em Jimin de novo.
Esse cachorro realmente gostou desse homem.
- Eu quem te criou, cachorro ingrato. - Murmuro vendo-o lamber o rosto de Jimin enquanto ele o acaricia.
Não é surpresa alguns vizinhos estarem olhando espantados para o Bam todo carinhoso com o Jimin, sendo que uns dias atrás ele quase avançou na senhora Liang, foi para isso que eu o treinei mesmo. Então está tudo bem.
Ele se levanta e nós entramos com Bam em seu encalço, certeza que se esse cachorro pudesse ele se fundia à ele porque não é possível tanto grude. Jimin sentou-se no sofá e Bam logo deitou em seu colo, abusado é pouco para esse cão.
- Vou tomar banho e tirar essa farda, acho que o Yoongi está vindo então se ouvir alguma batida no portão é ele.
Jimin assentiu.
Park Jimin
Mandei mensagem para Taehyung com o endereço de Jungkook e ele respondeu que viria em alguns minutos, Taehyung tinha ido passar um tempo com nossos pais e eu não pude ir por conta do meu compromisso.
Falando no tal compromisso...
Ele sabe muito bem o efeito que causa em mim. Com certeza sabe que eu o quero tanto quanto ele me quer.
Seus lábios contra a pele de minha mão, me fez imaginar se fosse em outra situação, eu realmente não sei como não tivemos nenhum contato até agora, falta de oportunidade não foi. Na verdade eu sei, estamos falando do Jungkook, ele quer fazer tudo conforme manda o figurino.
E além de que ele não vai querer apenas me beijar, nem mesmo eu vou querer só isso.
Eu realmente não reclamaria se ele o fizesse.
Por um lado, parando para pensar agora, só nos vemos de novo hoje depois daquele dia, apenas trocamos vagas mensagens e nada demais. No máximo realmente teria acontecido um beijo, mas se já esperamos até aqui, o que é esperar até amanhã? Eu estou falando como se tivéssemos nos conhecido há tempos e desde então estamos em um namoro evangélico.
Ok, essa foi boa...
Eu rio de meus pensamentos enquanto faço carinho no Dobermann em meu colo.
- Sabe, Bam... - Ele me olhou. - Você é muito fofinho. - Bam passava sua cabeça em minha barriga como se pedisse por mais carinho. - E carente, muito carente, seu outro dono não te dá carinho, não?
-Não tanto assim. - Jungkook estava descendo as escadas. - Não o criei com esse propósito.
-Mesmo assim, deveria dar mais carinho para ele, aí, aparece alguém como eu, ele logo se derrete então valerá de nada todo o treino. - Ouvi sua gargalhada e finalmente o olhei.
Se ele pode ouvir meu coração nesse momento, então ele sabe o que fez comigo, ele iria ter uma certa noção.
Jungkook está usando um short preto, é uma camiseta branca e um casaco leve por cima, a conclusão que cheguei foi que ele mora na academia ou faz bastante exercício físico.
Talvez seja as duas coisas.
- Ele só é assim com você, a razão ainda é um mistério para mim. - Ele disse. - Quase que o Ban morde e avança na senhora Liang, sorte dela que eu o segurei e ele me obedeceu. - Bam foi para o lado dele e pulou em seu colo. - Ele não se dá muito bem com desconhecidos, mas parece que ele já o conhecia, na verdade, aparentemente ele foi atrás de você aquele dia. - Eu arregalei um pouco os olhos.
Como que ele simplesmente foi atrás de mim?
- Vem, vou te mostrar onde é o closet. - Ele segurou minha mão de repente e começou a me levar até lá.
- Espero que seja no quarto vazio.
- É lá mesmo, mas o que teria se não fosse?
- Os outros não são quartos de hóspedes? - Jungkook soltou uma risada baixa que me fez encará-lo. - O quê?
- Qualquer pretexto que eu tiver para não deixar nenhum familiar dormir aqui, eu vou usar, parente é igual montanha, MUITO linda de longe. - Frisou o "muito" e eu tive que rir. - Só os tenho porque vieram mobiliados, troquei alguns móveis dos cômodos que eu usava conforme o tempo, nesses quartos ainda não fiz questão de mudar nada.
-Eu não acho, gosto da minha família, gosto de estar com eles.
- Que bom para você... O máximo que eu puder me distanciar dos meus, eu vou.
- Não deve ser tão ruim assim. - Eu falei.
- Diz isso porque não sabe o que faziam. - O ouvi murmurar mas antes que eu pudesse perguntar algo, ele me cortou. - Aqui está! - Jungkook abriu a porta do quarto onde ele fez o closet.
No chão ele colocou carpete, tinha um recamier no centro, cada lado algumas prateleiras e gavetas, abaixo da janela que é de frente para a porta tem outras pequenas prateleiras no chão e no teto um lustre. Ele comprou um lustre para um closet!
Pelo visto ele já pendurou os casacos e outras roupas dele aqui, tem até a farda de gala militar e eu me perguntei porque ele tinha isso.
Essas fardas são mais utilizadas em casamentos militares.
Também tinha outra que provavelmente ele usou para buscar meu pai no aeroporto.
Seus calçados, tinha até alguns sapatos sociais e eu me senti curioso para vê-lo usá-lo alguma vez.
Sentei-me no recamier e ele sentou-se ao meu lado enquanto eu ainda reparava em alguns detalhes.
-Gostou? Quer que eu mude alguma coisa? - Eu neguei com a cabeça.
- Está ideal. - Ele soltou um suspiro de alívio e eu quase ri de reação.
- Sua penteadeira com escrivaninha, o Yoongi está vindo aqui para "me ajudar". - Fez aspas com os dedos. - Nas aspas porque eu conseguiria fazer isso sozinho, mas também tem que ter alguém para ajudá-lo com suas coisas.
- O Taehyung está vindo aqui para me ajudar.
- Eu não sabia que ele viria hoje, por isso chamei o Yoongi.
Assenti ao entender.
Um silêncio instalou-se entre nós
Não era exatamente incômodo, mas eu estava ficando agoniado.
Cá entre nós, ambientes muito silenciosos me dão agonia por eu ser bastante agitado na maioria das vezes.
E eu estava prestes a fazer qualquer pergunta aleatória apenas para acabar com aquilo, mas quando eu virei o rosto para olhá-lo, Jungkook estava perto, perto até demais. Tão perto que nossas respirações se misturavam uma com a outra e eu senti um arrepio percorrer todo meu corpo.
Seus olhos estavam focados em meus lábios, suas mãos tocaram meu rosto e ele colocou uma mecha de cabelo minha para trás de minha orelha. Por puro reflexo, passei a língua entre meus lábios e o vi ofegar.
Jungkook foi se aproximando com sutilidade e eu fechei os olhos esperando pelo contato de seus lábios sobre os meus.
E ele veio.
Seus lábios eram tão macios que eu senti meu corpo até mesmo ficar mais relaxado, o silêncio já não era um incômodo, até porque acabamos suspirando. Os dedos dele faziam um carinho em minhas bochechas e como eu queria prolongar aquele "beljo", até mesmo me inclinei para frente nessa intenção, mas um vento forte bateu contra a janela e ela se abriu o que o fez separar-se de mim rapidamente.
Não que ele tenha me afastado ou algo do tipo, ele simplesmente virou o rosto na direção da janela em uma velocidade surreal e eu reparei que sua mão foi para a própria cintura.
Detalhe, ele não estava com a própria arma, então foi puro reflexo, agora por que ele teve esse reflexo tão rápido me deixou curioso.
- O vento aqui às vezes é muito forte, devo ter esquecido de fechar melhor a janela. - Ele disse ainda olhando para lá.
E eu ainda nem sei quem sou.
Seus olhos encontraram-se com os meus e eu me lembrei quem sou, eu despertei.
Não que eu estivesse com vergonha, eu realmente não senti nem mesmo meu rosto esquentar, na verdade, eu queria mais..
De algum jeito, ele soube disso e se aproximou com mais rapidez, intercalando o olhar entre meus lábios e meus olhos, mais uma vez ele me beijaria e eu fechei os olhos, estranhei por sua demora e acabei abrindo os olhos.
Jungkook estava com o rosto abaixado para o lado e eu franzi o cenho.
- Esse cheiro... - Ele inspirou. - Esse cheiro é do Yoongi. - Agora Jungkook quem franziu o cenho. - Será que não ouvimos ele nos chamar? - Eu fiz como ele e também inspirei o ar.
Além do cheiro dele, tinha outros dois e um deles era muito familiar, não um pouco, MUITO FAMILIAR!
- É o cheiro do Taehyung. - Nos levantamos e fomos até a janela para olhar o que nem mesmo nós sabíamos que veríamos ao certo. - Ele teria me ligado, por que não ligou? - Jungkook foi o primeiro a chegar lá.
Sua expressão era de desacreditado, ele soltou uma risada e levou a mão até a boca.
- Meu Deus... Yoongi do céu...
Quando eu olhei, eu pude entender o porquê de sua reação.
- Gente... - Jungkook parecia rir tanto de nervoso quanto por achar a cena engraçada.
- Você está rindo de que? - Eu perguntei perplexo e ele só soube negar com a cabeça.
Yoongi simplesmente estava com uma faca no pescoço de Taehyung.
Simplesmente.
- Seu idiota, você sabe de quem o Taehyung é filho?
- Pois é, né? - Sua risada aumentou e eu estava a ponto de bater nele. - Vamos logo entender o que se passa lá embaixo. - Eu fui na frente, estava desesperado.
Preocupado.
Essa situação não chegou nesse estado do nada, eu sei que não foi fácil para aquele garoto prender Taehyung daquela forma, eu conheço meu irmão.
E agora me pergunto como esse garoto conseguiu isso? Taehyung sabe artes marciais, defesa pessoal e ainda tem habilidade com armas.
Eu não estava exagerando quando disse que ele estava sendo preparado para ser militar.
Esse garoto pode facilmente ser uma máquina de matar, basta ele querer.
Com certeza, ele ainda trouxe a arma dele, sim ele tem porte de arma.
Olhe só como tudo está melhorando...
-Eu vou acabar com você quando eu me soltar. - Ouvi-o dizer conforme nos aproximávamos do portão, Bam apenas nos seguia.
- Você pode tentar na sorte, eu sou mais forte que você. - Jungkook estava meio controlado, meio porque ele ainda tinha a expressão de quem estava prestes a morrer de tanto rir.
Eu que abri o portão e os dois olharam para nós, Taehyung estava com uma expressão de fúria e Yoongi parecia se divertir com isso.
-Me solta, agora! - Taehyung gritou se debatendo.
NEM PARECE QUE TEM UMA FACA NO PESCOÇO DELE!
- Pelo amor de Deus, abaixa essa faca, Yoongi. - Eu pedi e ele enrugou o cenho.
- Eu vou levá-lo preso. - Jungkook ria baixinho atrás de mim.
Dei uma cotovelada na barriga do meu querido noivo e ele inclinou-se para frente com uma leve expressão de dor.
Nos olhamos e ele forçou uma tosse.
- Yoongi, se você ama sua carreira, solta esse garoto.
- Com ou sem amor, ele vai pagar por isso. - Taehyung disse virando o rosto para olhar para Yoongi.
- Sargento, solte o filho do General Park, agora! - Não precisou pedir duas vezes, Yoongi abaixou a faca e o medo tomou completamente seu rosto.
Taehyung quando viu que estava solto de fato, completamente movido pelo ódio e pela raiva, ele segurou o braço direito de Yoongi com a mão direita trazendo-o para cima de seu corpo e com o braço esquerdo ele deu uma cotovelada no nariz de Yoongi que logo caiu com a mão na frente do rosto.
- Taehyung!
- Encosta em mim de novo só para você ver!
- Jungkook, vai ajudar o garoto. - Ele ajudou Yoongi a se levantar, mas ainda tinha um semblante risonho.
- Yoongi, quebrou alguma coisa? - Seu tom... Jungkook estava fazendo de tudo para não rir.
Yoongi estava com a mão no nariz e olhos fechados.
- Não.
- Pois eu deveria! - Taehyung rebateu com os braços cruzados.
Yoongi olhou para Taehyung.
- Me desculpa.
- Desculpa, coisa nenhuma! Você imobilizou o filho de um General, é só uma ligação pro meu pai e eu acabo com sua vida.
- Então liga! - Jungkook segurou Yoongi com mais força. - Vai, liga e acaba com minha vida, principezinho mimado! - Taehyung o olhou com mais ódio ainda.
Chame Taehyung de tudo, menos de mimado.
Mesmo ele sendo, ele não gosta que o chamem assim... Vai entender esse garoto...
Eu segurei Taehyung o impedindo de chegar em Yoongi.
- Parem vocês dois. - Eu pedi.
- Quem você pensa que é para me chamar de "principezinho mimado"? Uma cotovelada foi pouco!
- Vem aqui e tenta fazer pior então!
Aquilo estava me deixando maluco e tenso, eu odiava esse tipo de ambiente.
- Já chega vocês dois! - Jungkook disse usando sua voz de alfa.
Como ele é um lúpus, sua voz é mais grave e autoritária que a dos outros alfas, eu como um ômega lúpus senti uma pequena dor em meu ouvido e fiz um semblante de dor.
Jungkook soltou Yoongi e me abraçou colocando sua mão em minha cabeça para que eu a deitasse em seu peito, e eu fiz. Seus dedos fizeram um leve carinho em meu cabelo, ele depositou um beijo em meus cabelos e fez uma leve massagem em minhas orelhas.
-Me desculpa... - Ele sussurrou e eu assenti, senti-me melhor.
Os dois pararam de gritar um com o outro, mas a raiva ainda era nítida em seus rostos.
Estar em seus braços era aconchegante, confortável e me dava uma sensação de estar protegido, além de também me trazer alívio.
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