Chapter fifty-four
NÃO REVISADO!
No capítulo anterior:
Lembrando que O Pequeno Hoseok conseguiu descobrir de onde vinha a escuta que o Capitão pegou, mas por conta de tudo o que estava rolando, ele não mandou ninguém para lá verificar. A escuta vinha diretamente da Divisão de Comunicações que, onde podemos ver no capítulo 14 e no 15, é aonde o Min-Hyuk trabalha.
Ou seja, ele é o tal amigo que ouve tudo que o Suho citou no capítulo 48.
Compreenderam?
No capítulo de hoje, é o fim desse ciclo
💚
Jeon Jungkook
Eu estava sentado nas cadeiras da frente ao lado de Namjoon.
— Já que esta audiência está sendo feito sob circunstâncias especiais, descartamos a presença do júri que normalmente participa de julgamentos comuns. — A alfa disse. — Apenas haverão promotores e advogados. — Claro que ele contratou um advogado, mas até parece que adiantará de algo. — Promotor?
— Sim, Excelência.
— Faça sua declaração. — Ela mandou.
O beta levantou-se e fez uma continência.
— O réu, Kim Seong-Hoon , fez incontáveis vítimas durante seus experimentos na tentativa de criar uma bomba, a qual chamamos de BLP. Foi culpado de causar acidentes disfarçados. — Seong-Hoon estava com algemas e com uma feição indescritível. — E além disso, ele abusou de sua autoridade e cometeu inúmeros crimes como desvio de armas, tráfico de drogas e roubo. Peço que avalie as provas que lhe enviei. — A alfa olhou para baixo.
— Como conseguiu essas provas? — Ela o perguntou.
— O Capitão Jeon Jungkook, ele quem fez a denúncia.
A alfa olhou para mim.
— Venha para o banco de testemunhas.
Eu me levantei e me coloquei diante dela.
— Como conseguiu essas provas? — Repetiu a pergunta.
— O falecido Capitão Jeon Jonghyun, que também foi uma de suas vítimas, tinha reunido todas essas provas, ele estava prestes a entregá-lo, mas Seong-Hoon -
— Excelência! — Ele gritou. — Ele está tentando me caluniar com acusações falsas de que fiz experimentos ilegais e que matei pessoas inocentes disfarçando-as com acidentes. — Seong-Hoon disse.
— Há alguma prova de que ele realmente esteve envolvido com tudo isso? — Perguntou-me e eu assenti.
— Se a senhora olhar as provas que enviei, verá que Seong-Hoon participava do projeto iniciado pelo falecido General Jeon. — Ela abriu os arquivos. — Tirando o General, Seong-Hoon foi o único que participou desse projeto que estava conosco até hoje e recentemente encontramos bombas semelhantes a BLP, o que significa que estiveram tentando recriá-la, mas esconderam e queimaram qualquer arquivo relacionado ao projeto. — Olhei para Suho. — Exceto as cópias que o General guardava em seu cofre e, como todos sabemos, o cofre só pode ser aberto com a insígnia da família Jeon.
Suho não tem advogado, até porque todos viraram as costas para ele e ele também parece que desistiu de tentar defender-se.
— Jeon Suho lhe deu a insígnia Jeon, Seong-Hoon achou os arquivos e ele começou a refazer os experimentos. Só que mesmo em dez anos, ele nunca conseguiu atingir a criação idêntica à que foi feita pelo General Jeon, sendo assim, ele insistiu com os testes por um tempo até que decidiu parar com eles, mas manteve as bombas variadas da BLP.
— Excelência!
— Eu e minha Divisão fomos prejudicados por uma de suas variações, mas o General conseguiu nos ajudar a tempo.
— Excelência, ele está dando falso testemunho!
— Quieto! — A alfa ordenou. — Depois de tudo o que li, cheguei a um veredito. — Seong-Hoon estava desacreditado. — Começarei com Jeon Suho. — O alfa nem mesmo se mexeu. — Jeon Suho seus crimes cometidos foram assassinato, roubo, corrupção passiva e tentativas de estupro. — Agora ele olhou para ela.
— Estupro?
Hoshi o olhava com raiva e nojo.
— Assassinou o General Jeon Jisub roubou a insígnia de sua casa, aceitava subornos do Major e tentou estuprar Jeon Jimin e Lee Eunbi. — Ela disse. — Temos ambas gravações, além dos testemunhos das vítimas. Também está sendo condenado por sequestro. — Meu pai tinha câmeras por toda a casa.
O pequeno Hoseok conseguiu acessá-las e achou o vídeo de Suho tentando levá-la à força para o quarto, também as imagens de quando ele a dopou e a levou para o porão daquela casa.
— Eu o condeno a 35 anos de prisão, sem direito a liberdade condicional. — Ela bateu o martelo.
— O quê? Não, a senhora não pode fazer isso! — O policial o segurou, pois ele levantou-se. — Eu sou um Jeon, sou neto de um Marechal!
— Seu sobrenome e sua ligação familiar com o Marechal não te livrarão de sua sentença. — A alfa rebateu. — Levem.
— Não!
Ele foi levado à força por dois alfas enquanto tentava se soltar e gritava por não querer aceitar sua sentença.
— Agora, Kim Seong-Hoon . — Eles se olhavam. — Você será condenado por assassinatos, intervenções realizadas sem o consentimento das vítimas, corrupção, tráfico e tentativas de assassinatos. — Seus olhos estavam arregalados. — Eu o condeno a prisão perpétua e não terá o direito de recorrer a nada, será mandado para prisão máxima e ficará lá até o fim de seus dias. — O martelo foi batido.
Seong-Hoon olhou para mim e levantou-se vindo em minha direção.
Ele segurou minha farda e me puxou, mas também foi puxado pelos outros policiais que estavam o afastando de mim.
— Eu vou atrás de você, não pense que acabou! — Ele gritou antes de passarem com ele pela porta.
É um iludido.
Namjoon colocou a mão em meu ombro e eu olhei para ele.
— Acabou.
— Jonghyun pode descansar em paz agora.
— Onde conseguiu aquelas provas?
— Min-Hyuk. — Respondi.
— Ele e Jonghyun eram bons amigos, faz sentido essas provas estarem com ele. — Assenti.
— Você tem razão.
Não tem porque contar a outra parte, já aconteceu.
— Jungkook. — Olhei para trás e era Hoshi.
— Vejo-o por aí, obrigado por ter vindo. — Namjoon me deu um aceno positivo e depois retirou-se do tribunal.
Dei um aceno para Hoshi e fomos até a sala onde Suho estava sendo mantido para depois ser levado.
— Capitão Jeon. — O soldado fez uma continência.
Eu odeio ter que fazer isso.
— Bem, acho que nós nunca estivemos aqui, não é Hoshi? — Eu disse tirando uma nota de 100 do meu bolso.
— Não mesmo. — Ele também está fazendo o mesmo.
Estendemos as notas para ele, a princípio ele parece hesitar, mas ele as pega.
— Podem ir.
— Estarei te esperando aqui fora. — Hoshi assente e entra na sala.
Suho está algemado, apenas esperando um pequeno comboio que o levará até a prisão para o cumprimento de sua pena.
— O que foi? Veio se despedir? — Perguntou em um tom raivoso e sarcástico.
— Eu quero e espero que você arda no fogo do inferno. — Hoshi acertou um soco em seu rosto.
Ficou a marca.
Suho voltou a encará-lo enquanto ria.
— Você é patético, não pense que ele vai te aceitar depois de tudo o que você fez, Jungkook te odeia e isso nunca vai mudar.
— Pouco me importa se talvez ele esteja sendo falso ou não, se for, tudo bem, eu mereço esse castigo. — Hoshi disse. — Bem, eu só vim aqui lhe agradecer.
— Me agradecer? Claro, eu mereço agradecimentos por ter te dado atenção quando ninguém mais o fez.
O mais novo forçou uma risada nasal.
— Não não, vim agradecer por ter levado algumas pessoas para meu restaurante por achar que lá era "seguro" para seus crimes. — Ele fez aspas com as mãos. — Sabe, mesmo que sejam pessoas ruins, criminosos, eles gostavam do meu restaurante e consequentemente gostaram do dono também, por isso acabei fazendo uma certa amizade com eles. — Suho ainda não tinha entendido.
Eu quem estava rindo agora.
— Como você deve saber, eles foram presos e pelo visto estão na mesma prisão que você.
— Ora ora, pelo menos terei amigos lá.
Os lábios de Hoshi curvaram-se em um sorriso e ele colocou a mão no ombro de Suho.
— Suho, você deve saber o que fazem com estupradores na cadeia... — Agora sim a alma de Suho parecia ter saído de seu corpo, ele arregalou os olhos e fez expressão de medo. — Agora imagine o que farão com o estuprador da irmã do cara que eles gostam.
— EU NÃO FIZ NADA!
— Não é o que eles pensam. — Hoshi sorriu. — Não se preocupe, também é gostoso ser fodido por um alfa, confie em mim. Bom, por um sim e eu nunca experimentei mais de um, depois me diga como foi. — Ele deu alguns tapinhas no rosto do Suho que estava claramente em desespero. — Adeus, Suho. — Hoshi virou-se para sair.
— Hoshi, VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO! EU NÃO TENHO CULPA SE A VADIA DA SUA IRMÃ ME SEDUZIU.
— Aí, meu pai do céu! — Eu exclamei enquanto negava com a cabeça. — Uh, que vacilo... Fala errada, Suho.
A resposta de Hoshi veio em formato de soco em seu queixo, Hoshi segurou seu ombro e por fim deu um soco no nariz dele, quebrando-o.
Suho colocou as mãos no nariz e o sangue já manchava suas roupas.
O soldado entrou na sala.
— Você precisa ir. — Hoshi deu-lhe as costas e saiu da sala.
— Você fez isso mesmo?
— Oh sim, ainda acho que deveria ter dito que Eunbi tinha 10 anos para pesar ainda mais pro lado dele.
Eu soltei uma risada.
(...)
Jimin e eu viajaremos amanhã, ele estava arrumando nossas coisas durante a audiência, não contarei para ele o que houve, pelo menos não em detalhes.
— Como foi lá? — Ele me perguntou.
Eu fiz carinho no topo da cabeça de Bam.
— Seong-Hoon foi condenado à prisão perpétua e Suho 35 anos, ambos sem liberdade condicional.
— E como você está se sentindo?
Eu suspirei e olhei para ele.
— Um sentimento de dever cumprido. — Jimin colocou a mão em meu rosto e eu a beijei. — Vou tomar um banho. — Ele assentiu.
Eu subi as escadas, caminhei até meu quarto e fechei a porta.
Tanto Jonghyun quanto meu pai foram vingados, a justiça foi feita e eu não poderia estar melhor.
Eu nunca suspeitei que a morte dele havia sido planejada, Jonghyun era um soldado tão amado e querido que eu nunca imaginaria alguém lhe odiar dessa forma simplesmente por causa de um projeto ridículo.
Mas está tudo bem agora, é está.
E estará por muito tempo.
Depois que saí do banho, eu olhei para o meu lado e vi o gravador que Min-Hyuk havia me dado, eu ainda não tinha ouvido nada do que tinha nele.
O peguei e sentei-me na ponta da cama, apertei o botão e a gravação começou a soar.
— Quem é esse? — Era uma voz desconhecida por mim.
— Pare de mexer nas minhas coisas, seu intrometido! — Ouvi uma risada. — Esse? É Jeon Jungkook, filho do Major Jeon. — Ele disse. — Ele é como um irmãozinho para mim, sempre vou amá-lo e protegê-lo.
— Vocês são parecidos.
— É, talvez sejamos irmãos em outra vida. — Eles riram. — Eu me orgulho muito dele, sério, ele vai ser uma pessoa incrível, na verdade, ele já é. — Ouvi seu suspiro. — Sempre será meu pequeno Kookie.
— Kookie?
— É um apelido que dei para ele porque nos conhecemos em um jardim e ele estava comendo alguns Cookies. — Respondeu em um tom nostálgico. — Espero que ele seja muito feliz porque ele merece tudo de bom que há nesse mundo, inclusive, você acredita que ele acabou de entrar pro ensino médio?
— É, o menino é um prodígio mesmo. — Eles riram e em seguida ouviu-se ao menino é um prodígio mesmo. batida.
— Jonghyun...
Eu não conseguia mais controlar as lágrimas que segurei durante todo esse tempo. Parece que tudo o que estava acumulado dentro de mim, estava saindo naquele momento e eu sentia uma imensa tristeza em meu coração. A única coisa que me parecia viável era chorar, e somente isso, pois se algum dia eu tive a chance de salvá-lo ou mudar todo esse quadro, essa chance foi há dez anos.
Jimin entrou no nosso quarto, sem dizer ou questionar nada, ele simplesmente me abraçou e eu comecei a chorar em seu colo.
Tudo o que eu precisava naquele momento era apenas sua presença e seu conforto, e Jimin sabia disso, ele entendia isso.
Eu tinha 14 anos quando meu melhor amigo foi morto em um acidente de carro, por anos eu estive sozinho após sua ida, pois ele era o único amigo que eu tinha. A única pessoa que verdadeiramente mostrava me amar e se importar com meus pensamentos mais inúteis, não importava quais eram, ele estava ali para me ouvir.
Aos 25 anos, eu descobri que ele, na verdade, foi assassinado por aquele que deveria ser seu amigo, seu companheiro de equipe, e eu ainda convivi com seu assassino por sete anos sem suspeitar de nada. Além de ter seu cúmplice em minha própria família, quem diria que ele também seria o assassino do meu pai.
Se eu não tivesse você ao meu lado, eu não teria forças para passar por essa fase.
Obrigado por existir, Jimin.
Algumas semanas depois...
— Amanhã, eles virão para cá. — Jimin murmurou.
Eu estava entre suas pernas enquanto beijava e chupava a pele de seu pescoço, algumas vezes também mordia.
— Sim, Ação de Graças, é?
— Meu pai nos chamou para irmos para a Nova Zelândia no Natal. — Balancei a cabeça positivamente e Jimin afundou suas unhas em minha nuca. — Nós vamos? — Afastei-me apenas para encará-lo.
Jimin estava com o rosto um pouco vermelho e também ofegante, além dos seus mamilos estarem totalmente desnudos sob meus olhos e minhas mãos em volta de seu corpo, apertando sua cintura.
— Jungkook? — Ele estalou o dedo na frente dos meus olhos e eu voltei a olhá-lo.
Jimin ergueu as sobrancelhas.
— Vamos ou não?
— Jimin?
— Diga.
— Você quem sabe, meu amor. — Mordi seu queixo e desci os beijos para seu pescoço. — Você é dono de tudo o que é meu, inclusive eu. Então, se você quer, nós vamos. — Ele soltou uma risada e eu o beijei.
E onde estamos? Bem, eu tive que adiar nossa viagem por mais um dia, por quê? Simples, eu descobri que meu pai deixou tudo para mim e para minha mãe, eu realmente acreditava não estar mais em seu testamento desde 2015, porém ele mais uma vez me surpreendeu.
Claro que não fez mais do que o mínimo, afinal, eu sou seu herdeiro.
Uma das coisas que ele deixou para mim, além de 50% de toda sua conta bancária e outras propriedades, foi uma casa que eu gostava muito de vim quando mais novo, mas fazia anos que eu não pisava aqui e nem fazia ideia de como está a estrutura.
É uma casa rústica, literalmente no meio do mato, mas não tão distante da civilização e também não poderia faltar as câmeras e um sistema de segurança daqueles. Como podemos ver, meu pai levava bem a sério esse lance de segurança e eu não o julgo, mas não faria isso na área interna da minha casa por motivos óbvios.
Tem um total de cinco quartos, um no andar debaixo e quatro no andar de cima, todos os quatro com sacadas e banheiro próprio, felizmente há uma empresa que contratamos para a limpeza da casa semanalmente.
E por fim, mas não menos importante, também tem um lago e eu já estou nos meus planejamentos vingativos contra um certo alguém com sobrenome Min.
Essas últimas semanas, eu literalmente me desliguei de tudo que envolvia trabalho, ou qualquer coisa do tipo.
Mais uma coisa, Jimin me disse que o General Park ficou arrasado com a morte do meu pai, eles eram amigos, eu já imaginava uma reação dessas vinda dele e falando da minha mãe. Estamos nos aproximando, aos poucos, mas estamos. Eu falo continuamente com ela pelo telefone e ela já está marcando um almoço para quando eu e Jimin voltarmos.
Às vezes eu me esqueço, mas Jimin aparece do nada e pergunta: "Você já ligou para sua mãe?", daí eu tenho que ligar e ficamos conversando por longos minutos.
De fato há males que vêm para o bem.
— Amor?
— Hm?
— Você está ouvindo isso? — Ele perguntou e eu franzi o cenho.
— Ouvindo, o quê? — Perguntei levantando-me.
Ah, não...
— Você não disse que eles viriam amanhã?
— Foi o que o Taehyung me disse.
— E você ainda confia nessa criatura do mal? — Jimin soltou uma risada enquanto eu soltava um suspiro.
Estavam nos chamando.
— Vamos?
— Não estamos nem vestidos, eu estava pronto para a segunda. — Disse cabisbaixo e Jimin revirou os olhos.
— Sem reclamar, Jungkook, além do mais, seu cio foi esses dias, você não enjoa?
— De você? Nunca!
O beijei e mais uma vez os ouvi chamar.
— Isso está me fazendo desistir da ideia de termos filhotes.
— É, porque eles vão atrapalhar muito nossa vida sexual, mais do que eles estão.
Nós nos levantamos, contra nossa vontade, e nos vestimos para descermos.
Como já esperado, tinha um total de três carros parados, quatro contando o meu que já estava, e as oito pessoas também paradas nos esperando.
— Quem convidou vocês?
— Eu não preciso ser convidado, meu querido! — Taehyung exclamou.
— Amor, amor! Vamos ficar com aquele quarto? — Yoongi apontou para o quarto que ficava no andar debaixo, a sacada dele é literalmente de frente para o lago. — Ele é perto do lago, dá para tirar umas fotos suas muito lindas, vamos? — Pediu como uma criança.
— Tá bom, podemos ir.
— Uhul! — O alfa levantou os braços e fez uma dancinha em comemoração
Eu revirei os olhos.
— Vocês não viriam amanhã?
— Mudanças de plano, ah, qual seria a diferença entre vim hoje e amanhã? — Mingyu perguntou.
— Eu não vou nem respondê-lo... — Ele escondeu-se atrás de Wonwoo.
Aliás, a barriga dele já estava com um certo volume e eu estava encantado com aquilo, ele estava na décima quinta semana, três meses e algumas semanas, sendo assim, Wonwoo já pôde confirmar que será um alfa.
Não só ele como Jin também, ainda um alfa lúpus.
Jimin e eu não teremos escapatória, independente da raça e do sexo, ele será um lúpus puro.
— Como o Yoongi já escolheu o debaixo, só restaram para vocês os quartos de cima.
Eu os ajudei a levar as malas para os quartos de cima, claro que Eunbi já conhecia a casa muito bem.
Só faltava a mala dela, então eu disse para Hoseok deixar que eu levaria, eu subi carregando a mala e a encontrei encostada no muro da sacada, observando o local.
Assim como com Hoshi, eu também estava me esforçando para criarmos nosso laço de amizade e até que estava dando certo, além disso, eu tive um pequeno surto interno quando soube que ela e Hoseok estavam juntos.
Não que eles já estejam namorando, mas eles estão juntos, só falta o pedido.
— Aqui está. — Eu disse colocando a mala no chão.
Eunbi olhou para mim e sorriu em agradecimento.
— Obrigado.
— Não há de quê.
Fui até a sacada e também apoiei ali.
— Então, por que Hoshi não veio com você? — Perguntei para puxar assunto.
— Ele passará com nossa família, pelo menos o que restou dela. — Ah claro, houve mais e mais brigas nessa família nesses últimos dias.
Principalmente porque Suho foi parar no hospital por conta de uma fissura anal e outros diversos machucados em seu corpo.
Eu rio disso toda vez que lembro.
Sabe aqueles policiais amados? Era meu pai, não sei porque, mas eles o amavam, sendo assim, estão adorando se vingar do cara que matou o General.
— Sério, ele não veio porque queria ficar com eles?
— Não, ele mandou uma mensagem perguntando ao Woozi se ele vinha, como ele respondeu que não, Hoshi decidiu não vim. — Contou-me.
— E como você está com Hoseok? — Perguntei e ela soltou uma risadinha seguida de um suspiro.
Ok, talvez eu tenha finalmente me libertado de todas as dores de cabeça que eu estava tendo com esses meninos crescendo.
Não tem mais o que me surpreender, não mesmo.
— Bem, eu estava pensando... — Olhei para ela. — Em chamá-lo para morar comigo depois que Jongho for embora, afinal, ele vai ficar sozinho lá, então não seria uma má ideia.
Eu já tinha entendido porque Eunbi queria fazer aquilo.
Acontece que nós nos afastamos quando éramos mais novos e isso a fez sentir-se tão sozinha quanto eu, mas eu ainda tinha Jonghyun, e eu acredito que ela não tenha tido ninguém além de Hoshi que não era a mesma coisa que eu ter Jonghyun. Ainda mais que ele vivia com Suho, com certeza a deixava bastante de lado e ela provavelmente se sentia abandonada.
Sendo assim, Eunbi está prevenindo que Hoseok não se sinta sozinho e abandonado, como ela se sentiu.
— Por que já não providencia os papéis do casamento? — Eunbi riu. — Olha, eu aprovo sua ideia, isso fará bem a ele, você faz bem a ele, Hoseok gosta de você.
Eunbi olhou para mim.
— E eu também gosto dele, não sei dizer, mas com ele parece que tudo é tão mais leve e confortável, totalmente diferente de quando eu estava com Suho. — Ela disse. — Hoshi também gosta dele, é legal, sabe, você poder estar publicamente com alguém. Eu e Suho nunca saímos juntos como um casal, nem nada do tipo, não sei como eu aceitava esse pouco que ele me dava.
Bem, era apenas Eunbi que era seu lance escondido, pois já o vi diversas vezes com outras mulheres em jantares e outras saídas casuais.
Com certeza ela sabe disso.
— É, você tem razão, é muito bom.
Sorrimos um para o outro.
Com o cair da noite, após o jantar, nós ficamos ao redor da lareira na sala, conversando sobre qualquer assunto que citassem.
Yoongi estava sentado em uma poltrona e Taehyung estava em seu colo, o alfa abraçava sua cintura e estava com o queixo apoiado no ombro dele.
No sofá, Mingyu estava deitado com Wonwoo em seu peito, no outro estavam Jongho e Mingi, o ômega já estava até dormindo, mas como podemos constatar, ele tem um sono pesado e nem mesmo se mexe quando algum de nós ri alto.
Jimin está entre minhas pernas encostado em meu ombro e meus braços estão em volta do seu corpo, agora no caso de Hoseok e Eunbi, estão como nós, a diferença é que Eunbi quem está abraçando o corpo do alfa que parece estar lutando contra o sono.
Já compramos todas as coisas para fazermos amanhã para o almoço de Ação de Graças, como todos estão cansados por conta da viagem e amanhã será um dia um tanto cheio, nós decidirmos nos dar boa-noite e irmos dormir.
Felizmente, o dia amanheceu um pouco mais quente, ou seja, daria para talvez entrarmos no lago.
Eu e Jimin acordamos juntos, eu me levantei primeiro e rapidamente fiz minha higiene matinal, Jimin entrou no banheiro depois e eu fui trocar de roupa, logo eu saí do quarto e me encostei no pequeno cercado para observar a cena que estava acontecendo na sala.
Do andar de cima, dá para ver a sala abaixo.
— O que foi? — Jimin perguntou.
Eu coloquei o dedo na boca, em sinal para que ele ficasse quieto e o chamei.
Abracei o corpo de Jimin e ele também olhou para baixo.
"Olhe só isso."
Yoongi estava fazendo algumas flexões, até aí tudo bem, mas do outro lado, estava Taehyung.
Olhando-o com uma cara de quem quer muito aprontar, Taehyung mordeu o lábio e sorriu maldoso, ele negou com a cabeça e virou-se de costas como quem quisesse deixar sua ideia de lado.
Ele virou-se para olhar Yoongi de novo e respirou fundo, Taehyung estava rindo silenciosamente de sua imaginação.
O ômega foi para frente do alfa, Yoongi nem mesmo levantou a cabeça para olhá-lo, ele também estava de fone e um pouco suado.
"Eu disse que ele era uma criatura do mal."
Taehyung riu maldoso.
Yoongi começou a fazer flexão com uma mão e foi nessa que Taehyung chutou sua mão fazendo-o cair de cara no chão.
— Seu filho da-
Antes que ele pudesse terminar, Taehyung estava correndo para fugir e Yoongi estava atrás dele como um tigre perseguindo sua presa.
Eu e Jimin começamos a rir e a negarmos com a cabeça.
— Viu, eu amo o entretenimento que esses dois me dão!
E como isso terminou? Bem, Taehyung começou a correr próximo ao lago, Yoongi acabou tropeçando em seus próprios pés e caiu na água gelada.
Taehyung levou a mão até a boca e arregalou os olhos.
Eu estava chorando de rir junto com Jimin.
Yoongi ficou completamente encharcado, o ódio em sua feição era nítido, ele queria matar Taehyung, exatamente como queria matar naquele dia no dojô ou como quando Taehyung ameaçou acabar com a carreira dele.
O ômega até tentou ajudá-lo, mas Yoongi o afastou dizendo que não queria sua ajuda.
Mesmo que isso tenha acontecido, Taehyung não conseguia parar de rir.
(...)
Nós nos sentamos na grande mesa, Jimin sentou-se ao meu lado, seguido de Wonwoo, Mingyu e Yoongi.
Do outro lado estavam Eunbi, Hoseok, Jongho, Mingi e Taehyung.
Yoongi ainda estava bravo com Taehyung, ninguém, além de nós quatro, sabia o que tinha acontecido e nem mesmo eles sabiam que eu e Jimin tínhamos visto tudo.
Por isso, Yoongi não viu problema em sentar de frente para ele e não do lado dele, Taehyung agora estava sentindo a dor do gelo, porque Yoongi simplesmente o ignorava. Não que ele estivesse começando a sentir aquela dor da rejeição que bem conhecemos, mas Taehyung tentou de tudo para conseguir a atenção de Yoongi e nada funcionou, o alfa apenas o olhava com cara de bravo.
Taehyung que lute para conseguir o perdão de Yoongi.
Até mesmo na hora da oração em agradecimento, Yoongi não quis pegar na mão do marido e ele não pegou, Yoongi quando quer pode ser bem orgulhoso.
Eu nem precisava mais me "vingar" depois disso, Taehyung fez todo o trabalho por mim e eu estava me sentindo adorável.
Mais uma vez fomos para a sala e mesmo não querendo, Yoongi deixou que Taehyung sentasse em seu colo novamente.
— O que aconteceu com vocês? — Wonwoo perguntou.
Eu e Jimin reprimimos uma risada.
— Ele nasceu, isso que aconteceu.
— Que bom, não? Sou o amor da sua vida. — Yoongi respirou fundo.
— E aí, Wonwoo? Já o sentiu mexer alguma vez? — Jimin perguntou e o ômega assentiu.
— Inclusive, ele está bem agitado hoje, felizmente a fase de enjoos passou. — Wonwoo disse. — Quer sentir? — Perguntou, meu marido imediatamente levantou-se e foi até lá.
Não só ele como os outros três ômegas também, Taehyung, Eunbi e Mingi.
Mingyu decidiu sair de lá, eram tantas perguntas que nem mesmo ele conseguia acompanhar.
Nem mesmo eu.
Eu sou muito lerdo com certas coisas, prefiro me abster.
Mingyu nos contou que a primeira vez que sentiu Yoshi mexer, foi quando ele estava conversando com o filhote enquanto segurava a barriga de Wonwoo e logo o ômega sentiu um chute. Ele ficou assustado, mas depois que entendeu, continuou a manter a conversa com Yoshi e descobriram que o alfinha adora a voz do papai.
Agora descobriram que ele também gosta da voz de Eunbi.
Eu fiquei olhando-os e nem percebi que estava sorrindo enquanto os observava.
— É, o Natal será com o sogrão. — Yoongi comentou e riu.
— Está preparado, Yoongi? — Perguntei provocativo.
— Bem, ele não pode me separar de Taehyung, mas com certeza falará algumas coisas e eu não sei se terei paciência para ouvi-lo falar de mim ou de Taehyung.
— Você terá eu e Jackson para ajudá-lo.
— O problema é que Taehyung ainda tem essa coisa de achar que decepcionou o pai, nós tivemos uma briga anteontem quando ele disse que nosso Natal seria lá, eu realmente não acho que serei bem-vindo.
— Creio que isso tudo sumiria caso ele soubesse da verdade. — Yoongi olhou para mim. — Se ele soubesse que você nunca o desonrou.
— Eu não, vai que ele dá um jeito maluco de desfazer meu casamento. — Eu ri e neguei com a cabeça. — Está tudo bem, eu só preciso ser mais paciente quando se tratar desses assuntos, pois para ele, a opinião dele é tudo. — O alfa revirou os olhos.
Ainda bem que essas brigas eu não tenho com Jimin.
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