Chapter fifty
NÃO REVISADO ⚠️
Jeon Jungkook
— Kibum? — Eu franzi o cenho.
— Temos assuntos a tratar. — Ele disse. — Preciso conversar com você sobre Jeon Jonghyun. — Kibum me mostrou uma foto deles juntos.
Eu franzi o cenho.
— Como você o conhece? — Perguntei.
— Ele foi meu namorado.
Então era ele.
— Você tem sorte, não é um lúpus, poderá amar de novo, Kibum. — Eu disse olhando em seus olhos e de alguma forma, eu senti que o reconfortou. — Se você quiser e estiver disposto, claro. — Ele deu uma risada nasal.
Bebeu mais uma vez.
— Eu não sei, sinto como se ainda estivesse em dívida com ele.
— Como assim?
— Nós brigamos um dia antes dele morrer e nós também brigávamos muito.
— Por quê? Se me permite perguntar.
Kibum terminou de beber o vinho e bufou fortemente.
— Tinha um alfa constantemente dando em cima dele e eles já tinham tido algo, portanto eu me incomodava, ainda mais que era praticamente um relacionamento a distância, por isso que eu também decidi não marcá-lo até que pudéssemos estar juntos de fato.
Um alfa e um ômega quando se unem através da mordida não podem ficar muito tempo afastados, ainda mais nesse caso que havia uma certa "ameaça", aí que o Kibum poderia ficar até mesmo pior do que eu fiquei.
— Ele também estava estranho, não sei, com umas teorias totalmente fora do comum, enquanto eu queria apenas conversar sobre coisas banais, ele vinha sempre com o mesmo assunto, que estava se sentindo observado e seguido. — O alfa encheu o copo com a garrafa.
— E ele morreu um tempo depois de dizer isso?
— Por isso eu me sinto culpado, eu deveria ter feito alguma coisa...
Mais um suspiro triste.
Eu não me acho protetor demais com Jimin, ainda acho que sou pouco, nunca se sabe quem está te observando, todo cuidado é pouco se tratando dessas situações.
Já houveram casos em que os ômegas parentes de militares foram sequestrados durante percursos que eles faziam diariamente como ir a escola, trabalho, faculdade, academia... Volto a dizer, todo cuidado e atenção é pouco, até Taehyung foi incluído em meus planos de proteção e eu sempre os protegerei como eu puder.
Não só eu, como a Quinta Divisão também.
Desde que salvamos Wonwoo, sempre mantemos contato para saber se está tudo bem, ele entrou para nosso círculo, sendo assim também é um dos protegidos.
Se algum dia o Jimin sumir, eu coloco esse mundo de ponta cabeça, mas eu acho meu ômega e faço o desgraçado se arrepender amargamente do que fez. Qualquer pequena ameaça que seja direcionada diretamente ou indiretamente a ele, eu não terei um pingo de piedade com o indivíduo.
— A culpa não foi sua, Kibum, você não poderia imaginar que isso fosse acontecer.
— Eu fui egoísta.
— Eu quero saber tudo agora.
Kibum passou por mim e eu fechei o portão.
Jimin olhou-o e estava tão surpreso quanto eu estava, eles se abraçaram.
— O que veio fazer aqui? — Jimin perguntou com o cenho enrugado.
— Eu precisei vir o mais rápido possível depois que descobri uma coisa.
— Do que está falando? — Ele perguntou.
Kibum olhou para mim.
— Aquele seu colar. — Ele disse. — Eu sabia que tinha visto ele em algum lugar, mas deixei isso de lado por um tempo, até que recebi nossas fotos no casamento de Taehyung, no momento em que a coloquei em meu escritório a do Jonghyun estava ao lado e tudo ficou claro. — Kibum respirou fundo.
Meu Deus, eram tantas informações ao mesmo tempo.
— O que exatamente você tem para me contar sobre o Jonghyun? — Perguntei. — Meu pai está em apuros, preciso que seja rápido, não acho que eu tenha tempo para baboseiras.
— Não é baboseira! — Kibum disse. — É algo importante, algo que na época eu não dei atenção, mas pode explicar muitas coisas agora.
— Então fale de uma vez!
— Jungkook. — Jimin segurou meu braço. — Fique calmo.
— Jimin, não tem como ficar calmo, eu tenho que fazer alguma coisa.
— Você nem mesmo sabe onde eles estão. — Eu suspirei.
Meu telefone começou a tocar e eu o atendi.
— Capitão Jeon Jungkook.
— Capitão... — Era o Woozi.
— Seja rápido, Cabo Lee.
— O Coronel foi capturado. — Eu suspirei pesadamente.
— Como isso aconteceu? — Perguntei.
— Vi pelas câmeras, foram soldados infiltrados, mas não faço ideia de onde possam tê-lo levado, quais são suas ordens?
Meu pai foi capturado e agora Namjoon foi capturado.
Não é preciso muito esforço para saber que o Seong também o capturou.
— Fique no aguardo. — Desliguei. — Vocês. — Olhei para a Quinta Divisão. — Vão atrás de Byun Baekhyun, digam que eu os mandei e peçam para que ele procure pelo meu pai, em seguida me informem, pois iremos atrás dele. — Eu mandei e eles fizeram continência.
— Sim senhor!
Os quatro saíram e ficamos apenas nós três, eu me sentei no sofá e Jimin continuou abraçando meu braço e eu estava com a mão em sua perna.
— Conte.
Kibum respirou fundo e coçou a nuca.
— Há alguns anos, eles estavam com um projeto de criar uma bomba capaz de intoxicar uma raça em específico, decidiram que seria para alfas lúpus, pois como você sabe, eles são naturalmente mais fortes e mais ages, uma arma como essa seria de grande ajuda.
— Eu sei disso tudo, soube recentemente.
— Ele me contou que o projeto foi encerrado após você ter sido intoxicado pela bomba. — Assenti. — Acontece que o parceiro de equipe dele, Seong Hoon, não estava feliz com o encerramento do projeto. — Jimin apertou-se mais ao meu braço justamente para me passar calma e controle.
— E por quê?
— Eu não faço ideia. — Kibum respondeu. — Mas ele estava mesmo assim. — Continuou. — Jonghyun percebeu o descontentamento de Seong Hoon, mas não deu muita atenção e logo eles receberam uma missão...
— Que missão? — Perguntei.
— Jonghyun a chamava de "Missão 3811", foi a missão em que ele e o General quase morreram por conta da explosão que houve.
— Eu sei sobre essa missão, li o relatório.
— É, deve também ter lido que quem a sugeriu foi Seong Hoon .
— Não, eu descobri isso depois.
— Pois é... Ele quem disse que Stephan Evans estaria naquela casa, mas como sabemos, ele não estava e sim sua família. — Assenti. — Jonghyun ficou intrigado e sentindo-se culpado pelo o que aconteceu, por noites ele teve pesadelos. — Eu não posso nem imaginar o que se passou com Jonghyun naquela época. — Ele dizia que vê-lo era o que lhe dava motivação para continuar, até porque por um tempo ele se convenceu de que havia sido tudo culpa dele.
Éramos tão iguais.
— Um dia, ele pegou-se relendo o relatório da missão novamente e lembrou-se que seu parceiro havia lhe dado essa missão, então foi questioná-lo do porquê ele havia dito que Stephan estava lá e tê-los mandado, ele deveria ter tido ao menos certeza de que ele estava lá antes de tudo.
— Deveria ter tido uma verificação. — Jimin disse e ele assentiu.
— Seong respondeu-lhe que erros aconteciam.
— Erro que tirou vidas de pessoas... — Murmurei.
— Jonghyun não se convenceu de sua resposta e começou a observá-lo. — Franzi o cenho. — Ele descobriu que Seong Hoon tinha contato com pessoas de famílias importantes e foi aí que nossas brigas começaram, afinal, para que ele tivesse um pouco de conhecimento do que estava acontecendo, ele precisaria falar com o ex-namorado, ou melhor, seduzi-lo para que ele lhe contasse algo. — Kibum revirou os olhos.
Jonghyun tentava seduzir Hoshi para saber de algo...
— Funcionou, pouco, mas deu certo. — Ele disse. — Ele descobriu que Seong Hoon estava encontrando-se com esse alfa de família influente.
— Para quê? — Perguntei.
— Ele queria a insígnia Jeon para ter acesso ao cofre. — Ele suspirou. — Seu pai mandou que encerrassem todo o projeto, mas manteve todas as informações sobre o progresso que tiveram no cofre da família Jeon.
Por isso ele estava com a insígnia. Para acessar o cofre, pegar os papéis que continham as informações para a criação da BLP e de algum modo ele voltou lá para colocá-los de volta, ou talvez tirou copias e deixou os papéis originais no cofre.
— Como foi um projeto cancelado, ele teria que fazer tudo sem que o quartel ou qualquer pessoa soubesse, e é aí que o Stephan Evans entra, como ele estava envolvido com tráfico de pessoas, Jonghyun descobriu que Seong Hoon usava algumas pessoas trazidas por Stephan para fazer seus testes com a BLP.
— Mas por que Stephan Evans estaria ajudando ele? — Jimin perguntou.
— Se a recriação da BLP desse certo, provavelmente ele o entregaria para Stephan Evans se vingar da minha família sem deixar rastros por ser uma morte lenta e dolorosa. — Kibum assentiu minha fala. — E ele sabia disso tudo...
— Quem?
— Meu primo. — Respondi Kibum. — Ele sabia que Seong Hoon queria se vingar de nós, Suho quem entregou a insígnia Jeon para o Major Seong Hoon.
— Ele recebia uma boa porcentagem dos lucros do Major, afinal, para que Stephan e outras pessoas lhe ajudassem em seu projeto, ele desviava armas e as vendia, com o dinheiro provavelmente ele pagava a todos para que a aliança continuasse. — Kibum disse por fim. — Jonghyun estava prestes a entregá-los, estava apenas unindo mais algumas provas, mas o acidente aconteceu, ele tinha todas as provas contra Seong Hoon e os ajudantes dele, tinha uma lista imensa com todos os nomes. Entretanto, eu não faço ideia de onde ele as colocou.
— Sem essas provas não podemos acusar Seong Hoon de todos esses crimes. — Jimin disse aflito.
— Achamos o General. — Era Mingyu.
— Venham para cá e tragam o Woozi com vocês. — Eu disse ao comunicador.
— Sim, senhor!
— Ele pode não ser preso por tudo o que fez, mas será preso por tentar contra a vida do General do Exército Coreano.
Olhei para Jimin.
— Eu vou atrás dele.
— Eu vou com você. — Kibum disse e eu assenti.
— Jungkook... — Jimin murmurou.
— Kibum, ligue para Taehyung e peça para que ele busque, Kang Wonwoo, Song Mingi e Kim Seokjin, por fim que venha aqui. — Ele me deu um aceno positivo e foi até o lado de fora para ligar para Taehyung.
Deixando-nos a sós.
— Eu preciso ir.
— É perigoso.
— Eu sei, mas é meu pai, não posso deixá-lo correr perigo e não fazer nada. — Eu segurei seu rosto com ambas mãos e encostei nossas testas.
— Você promete que vai voltar? — Ele perguntou com a voz chorosa.
Eu neguei com a cabeça.
— Eu não posso te prometer uma coisa dessas, amor...
— Por favor, me prometa que você vai voltar.
— Amor.
— Não, Jungkook! — Ele bateu em meu ombro. — Eu quero que você volte, não importa como, eu não quero perder você, então por favor, me prometa que você vai voltar. — Jimin disse em meio às lágrimas. — Me prometa que nos veremos de novo. — Eu engoli a seco.
Respirei profundamente.
— Eu prometo. — Eu disse por fim.
Jimin colocou os braços em volta do meu pescoço e me abraçou fortemente, eu também abracei fortemente seu corpo contra o meu.
Inspirei seu cheiro.
Beijei seu rosto.
Eu não queria que aquilo acabasse.
Nunca.
— Eu amo você. — Sussurrei. — Sempre amei e sempre vou amar. — Alisei suas costas.
— Para de dizer isso em tom de despedida, você já prometeu que vai voltar...
Ficamos naquele abraço por longos minutos.
Talvez a cogitação de ser a última vez tenha feito com que eu o aproveitasse mais.
Abraçá-lo é literalmente estar com meu mundo em meus braços, seu calor não me incomoda, seus lábios pressionados contra meu rosto não me incomodam e suas mãos em minha nuca não me incomodam, nada disso me incomoda.
Na verdade, eu nunca estive desejando tanto que pudesse senti-lo novamente.
Jimin ia beijar meu rosto mais uma vez, porém eu virei o rosto e nossos lábios se colidiram.
— Eu também amo você. — Ele disse em um sussurro.
Nós ficamos com nossas testas coladas e Jimin ficou fazendo carinho em minha bochecha.
Ouvimos o barulho dos carros chegarem, mas ainda sim, não nos afastamos nem nada.
Jimin ficou com o rosto na curva do meu pescoço.
Logo, todos estavam ali em minha sala.
— Temos a localização. — Mingyu disse. — Por que eles estão aqui? — Perguntou.
— Acontece que meu pai e Namjoon foram capturados. — Eu disse e olhei para Seokjin.
Seokjin não gritou ou se desesperou, afinal, isso não é de agora, já fazem anos que eles estão juntos e de certa forma ele se acostumou com o marido estar correndo perigo, mas o sentimento de preocupação e medo ainda lhe cercava.
Só que agora com o filhote, ele teria que controlar ainda mais a si mesmo.
— Eu temo que possam tentar capturá-los, ou algo pior, portanto pedi que viessem. — Jimin apertou-se ainda mais a mim. — Woozi irá com vocês para uma casa que meu pai comprou, ela é um tanto escondida, mas lá estarão protegidos até que voltemos.
Suspirei.
— Eu não vou mentir, essa deve ser a missão mais perigosa que teremos que fazer, há chances enormes de não voltarmos... — Eles estavam com feições cabisbaixas e preocupadas, eu alisei as costas de Jimin e beijei seu rosto. — Sairemos em quinze minutos. — Assentiram.
Sentei-me com Jimin em meu colo.
Continuei a beijar seus cabelos e a abraçá-lo.
Yoongi estava segurando o rosto de Taehyung, eles estavam com as testas encostadas e olhos fechados enquanto o alfa fazia um leve carinho com os polegares em seu rosto.
Mingyu tinha suas mãos na barriga de Wonwoo, os braços do ômega estavam em volta do pescoço dele, ambos estavam com os rostos abaixados, apenas olhando para a barriga de Wonwoo.
Jongho e Mingi estavam do lado de fora e não me surpreendi por estarem se beijando, depois que lhes faltou ar, Mingi apenas ficou com os braços em volta do pescoço dele enquanto conversavam aos sussurros.
Hoseok estava com Seokjin.
Hoseok é literalmente o bebê de todos nós.
Eu estava sentindo um aperto no coração.
Bam subiu no sofá e apoiou-se em meu ombro, eu estiquei a mão e acariciei o topo de sua cabeça.
— Cuide do nosso garoto, Bam. — Eu disse. — Preciso ir, amor. — Beijo sua testa. — Eu preciso ir...
Jimin me encarou.
Eu tive que beijá-lo mais uma vez.
— Eu vou voltar para você.
Eu tenho que voltar.
(...)
Eles foram com Woozi e nós estamos indo até a localização que conseguimos com o Baekhyun, inclusive eu já os solicitei ajuda e eles também estão indo para lá.
Eu não posso deixar que eles façam isso...
Mingyu vai ser pai, Yoongi acabou de se casar, Jongho e Hoseok estão novos demais para morrer, ainda que eles tenham feito um juramento, não posso deixar que eles se arrisquem por isso.
Eu nunca me perdoaria se o filhote de Mingyu tivesse que crescer sem ele, se eu visse Taehyung e Mingi sofrerem pelas mortes de Yoongi e Jongho, ou Hoseok ter morrido porque eu não pude protegê-lo.
Kibum, Baekyung e Chanyeol já estavam cientes do meu plano.
Assim que saímos de nossos carros, chamei Kibum para escolher uma arma.
— Ficarei com esse fuzil mesmo. — Ele disse pegando uma M4A1.
— Certo. — Eles estavam pegando as próprias coisas no carro deles.
Chanyeol e Baekhyun chegaram.
— Namjoon também foi capturado? — O ômega perguntou e eu assenti tristemente. — Eu nunca gostei daquele desgraçado, viu, eu ainda falava para vocês! — Ele bateu no Chanyeol.
Pior que ele falava mesmo.
— Por que está me batendo, seu idiota? — Perguntou o alfa alisando o local do tapa.
— Vamos conversar sobre o plano, ok? — Eu disse e eles assentiram vindo até nós.
Cada um já sabia o que fazer, então só faltava pôr em prática.
Puxamos as seringas de nossos bolsos, cada um e aplicamos no pescoço dos quatro.
— Me desculpem... — Eu dopei Mingyu.
Kibum dopou Yoongi.
Chanyeol dopou Jongho e Baekhyun dopou Hoseok.
Fomos deitando seus corpos no chão lentamente.
— Vamos prendê-los.
— Você acha que eles virão atrás de nós depois de acordarem?
— Eu conheço minha Divisão, Chanyeol, eles são imprevisíveis.
Pegamos as cordas e os prendemos no tronco das árvores.
— Kibum, certifique-se que Yoongi não está com nenhuma faca.
— Uau, como alguém consegue andar com tantas facas assim? — Ele perguntou surpreso.
Depois de amarrarmos os quatro e tirarmos todas as armas deles, finalmente entramos no local, eu assumo que estava com um certo receio, ainda mais que a aparência do local era assustadora e o que já aconteceu ali com certeza foi assustador também.
Afinal, aonde estávamos? Em uma espécie de hospício abandonado.
Que ironia, não?
— Devo fingir surpresa se aparecer um cara maluco dizendo que é meu noivo? Um querendo arrancar meus membros e me comer, talvez outro gigante querendo me partir ao meio... — Baekhyun disse tremendo enquanto andava apontando sua arma.
— Esteve jogando muito Outlast, só pode. — Eu disse.
Nem poderia julgá-lo, também estava com medo, só não estava tremendo.
Ouvimos um barulho e todos nós apontamos para baixo.
Era um rato.
— Puta que pariu. — Baekhyun murmurou com a mão no peito. — Eu não tenho mais coração para essas coisas não.
Eu estava ouvindo algumas risadinhas, olhei para trás e eu juro que vi uma criança correndo.
— Me digam que não foi só eu que vi aquilo.
— Caralho, não passa nem sinal de wi-fi... — Chanyeol disse todo se tremendo. — Quem que vai lá? — Ele perguntou virando-se para nós.
— Eu não. — Respondi eu e Baekhyun.
— Muito menos eu. — Chanyeol disse e nós olhamos para Kibum. — Vai você.
— Eu sou um Major, não tenho que obedecer vocês!
— São três contra um, você não tem escolha. — Baekyung respondeu. — Vai logo, porra! — O ômega simplesmente o empurrou.
Kibum tropeçou nos próprios pés, não caiu, ele respirou fundo e foi verificar a sala.
Ele ainda estava inseguro se olhava ou não, mas finalmente olhou e enrugou o cenho.
— Não tem ninguém aqui. — O mais velho disse virando-se para nós.
— Puta que pariu, caralho... — Chanyeol não parava de tremer.
— Estamos alucinando. — Eles olharam para mim. — Todo esse ar deve ser tóxico e nos fará alucinar, deveríamos ter vindo com máscaras.
— Vamos voltar pro carro e pegá-las. — Baekhyun foi o primeiro a correr.
As portas se fecharam antes mesmo que ele passasse por ela.
— Mas que merda, abre esse caralho logo! — Ele bateu desesperadamente nas portas. — Universo, quando eu disse que queria viver um filme, eu não estava falando de Invocação do Mal... — Acreditem ou não, Baekhyun estava chorando e Chanyeol não estava diferente.
— Porra, você não consegue falar dez palavras sem onze serem palavrões? — Eu perguntei.
— Como que eu vou ficar sem xingar, caralho? — Baekhyun perguntou chorando nos braços de Chanyeol. — Eu nunca mais atendo nenhum chamado seu! — O alfa alisava as costas dele.
Os dois estavam chorando juntos.
— Chorar não fará com que essas portas se abram! — Eu fui até eles e dei um tapa na nuca de ambos. — Vamos galera, somos a Quinta Divisão.
— Nosso Capitão foi sequestrado por um maluco sem noção que ficou putinho porque o projeto que ele iniciou teve que ser encerrado. — Chanyeol limpou o canto dos olhos.
O quê?
— Espera, espera! Você disse que foi o Seong Hoon quem iniciou o projeto?
— Sim, Baekhyun e eu ouvimos ele reclamar sobre isso quando dormíamos no quartel com você. — Ele contou. — Na verdade, ele estava contando para alguém ao telefone o quanto ficou com raiva quando o General Jeon mandou que ele parasse com tudo.
— Ele disse: Aquele imbecil... Só porque o filhinho dele quase morreu...
— Ele deve conhecer bastante de toxinas. — Eu olhei para trás, o corredor completamente escuro.
Afinal, já havia escurecido e nós quatro estávamos na droga de um hospício abandonado.
Nossas armas felizmente tinham lanternas.
— Olha, teremos ainda mais alucinações daqui para frente, por sorte tivemos uma igual, mas pode ser que tenhamos alucinações únicas então fiquem atentos e saibam diferenciar a realidade da ilusão. — Eles me deram um aceno positivo. — Eu vou com o Kibum, não se separem, ok?
— Nem precisa pedir duas vezes. — Baekhyun grudou no esposo.
Eu poderia usar minha audição, mas até isso poderia ser afetado pela ilusão e eu ouvir coisas que não são reais.
Nós continuamos a caminhar, haviam duas escadas que davam no mesmo local, cada dupla foi por uma.
Para o lado esquerdo, havia mais quartos e para o direito a mesma coisa.
— Vamos por aqui e vocês por aí, falem conosco pelo comunicador. — Eles me deram um aceno positivo.
Eu e Kibum seguimos pelo corredor verificando uma sala por uma.
A energia daquele lugar era pesada, além de algumas salas estarem com sangue, o cheiro era horrível e me causava arrepios.
— Você também está sentindo.
— Aconteceu alguma coisa muito ruim aqui... — Eu disse quase sem voz.
Ouvimos um barulho atrás de nós novamente.
No mesmo instante viramos para trás com as armas apontadas.
Era a mesma criança.
— Kibum...
— Eu estou vendo...
Nós dois estávamos tremendo de medo, eu nunca pensei que fosse sentir tanto medo de algo.
— Jungkook, está vendo aquilo? — Ele perguntou.
— Puta merda...
Eram olhos dourados, eles brilhavam no escuro como vagalumes.
Os olhos pareciam chegar mais perto da criança e eu vi o lobo com pelo avermelhado.
— É o Jonghyun.
— O quê?
— É ele, eu sei que é.
— Por que estaríamos alucinando com ele em forma de lobo?
Eu não faço ideia.
A criança correu para o lado direito e o lobo olhou para ela, depois voltou a nos olhar e em seguida andou atrás dela.
— Deveríamos segui-lo? — Perguntei para o mais velho.
— Temos escolha? — Neguei com a cabeça. — Vai você.
— Por que eu? Era seu namorado!
— Você era o melhor amigo! E além do mais é um lúpus.
— Você acha que ser lúpus tem alguma vantagem contra espíritos?!
Antes que ele pudesse me responder, ouvimos um rosnado e ele estava ali de novo.
Ele estava nos chamando mesmo, Kibum me empurrou e eu quase cai.
Não tinha jeito.
Nós começamos a segui-lo, preciso dizer que Kibum grudou no meu pescoço?
— Nem Jimin é tão medroso assim.
— Não é ele que está vendo espíritos.
O lobo rosnou para nós de novo e demos um saltinho pelo susto.
— Olhe só, eles não gostam de serem chamados assim, cala a boca. — Eu disse entre os dentes para Kibum.
A criança estava parada na porta da última sala.
Nós fomos até lá, eles entraram.
Eu já estava na décima oração, se Jesus voltasse naquele momento, eu ia pro céu por estar orando tanto em pouco tempo.
Eu tomei coragem e me coloquei na entrada da sala.
— Meu Deus. — Eu estava com o coração acelerado.
O lobo, Jonghyun, sei lá como me referir a ele, estava sentado, a criança estava com a mão no topo de sua cabeça enquanto eles encaravam o nada.
— Eles nos trouxeram aqui para encararmos o nada, isso não poderia ser mais parecido com Outlast.
Estávamos morrendo de medo, mas ainda sim rimos e quase choramos.
— Só faltou a televisão em branco. — Kibum comentou e eu senti meus olhos lacrimejarem.
Eles viraram-se para nós.
O lobo pulou em nós e como Kibum estava atrás de mim, ele caiu junto comigo, eu cai literalmente em cima do idiota.
Estávamos encarando seus olhos dourados de perto.
Kibum parecia querer levantar a mão e fazer alguma coisa.
— O que você está fazendo, seu idiota?
— Eu não sei, é como se...
A criança apareceu atrás de nós do nada e segurou nossas mãos.
Eu não sentia seu toque, era como se minha mão flutuasse.
Ela as colocou no rosto do lobo, uma em cada lado.
E nossos olhos ficaram vermelhos.
Eu e Kibum olhamos um para o outro, estávamos com os olhos da cor laranja...
Como?
— Nossas almas... — Eu murmurei com dificuldade e olhamos para Jonghyun que agora também estava com os olhos laranjas.
— Kookie! — Ele pulou em minha costas e beijou meu rosto.
— Eca! — Jonghyun lambeu meu rosto e eu comecei a correr atrás dele para socá-lo.
Nossas lembranças.
— Kim Kibum. — Jonghyun estava olhando para o alfa. — Você é insuportável. — O ômega estava com a mão no rosto dele.
— Mas você me ama. — Kibum respondeu e em seguida lambeu seu rosto.
Jonghyun afastou-se com nojo.
— Seu nojento! — Ele correu atrás de Kibum.
Eram lembranças deles dois juntos.
— Eu vou achá-los! — Jonghyun disse firmemente. — Min Hyuk, eu tenho que fazer algo para impedir o Seong Hoon. — Ele disse para o alfa.
— Eu sei, Jonghyun, mas pode ser perigoso, não acha melhor avisar Namjoon ou o Coronel Jeon? — Min Hyuk sugeriu e ele negou com a cabeça. — Jonghyun, não seja imprudente!
— Não quero comprometê-los, eu posso cuidar disso, confie em mim. — Jonghyun disse para o amigo que suspirou. — Eu preciso resolver isso o quanto antes, se essa bomba evoluir, Jungkook correrá perigo. — Ele colocou a mão no ombro dele.
— Faça o que você achar melhor, mas tome cuidado e me avise, por favor, eu me preocupo com você.
— Pode deixar! E como está o seu filhote? — Perguntou sobre o filho de Min Hyuk.
— Ele está bem, passe lá para vê-lo.
Foi como se ele acelerasse tudo.
Jonghyun estava aqui.
Sim, ele estava aqui.
Era exatamente a sala em que estivemos, mas ele estava escondido.
Seu coração estava acelerado, ele estava assustado e desacreditado com o que via.
Seong Hoon estava torturando uma criança, usando-a para seus testes.
Ele estava testando aquelas coisas em crianças...
A criança estava chorando, era possível sentir sua dor, seus gritos eram altos, mas ninguém a ajudaria aqui, afinal estavam todos usando-a para testes.
— Como ele pôde... — Jonghyun sussurrou chorando.
Estavam todos de máscara, mas claro que Jonghyun não estava com máscara nenhuma, ele começou a querer tossir, mas segurava a todo custo.
Quando percebeu que não poderia mais segurar, ele deixou que ela viesse e no mesmo instante todos o ouviram, mas ele correu para longe dali.
A criança.
Olhei para cima.
Era ela.
— Era aqui que ele fazia os testes. — Eu disse. — Por isso todo esse ar tóxico e essa energia. — Eu e Kibum conseguimos nos sentar. — Muitas pessoas morreram aqui, morreram de formas dolorosas.
Eu pude ter um gostinho do que é a BLP, portanto, sei do que elas passaram e diferente de mim não sobreviveram.
— Ele vai pagar por tudo que fez, por cada inocente que matou.
— Jungkook? — Era Baekhyun. — Encontramos eles, estamos na ala leste, sala B.
— Vamos, Kibum. — Nos entreolhamos e quando olhamos para frente de novo, eles já não estavam mais lá. — Isso aqui está parecendo mais Five Night At Freddy's. — Kibum me deu um soco no ombro enquanto ríamos.
— Eu tinha uma piada pronta, mas eu tenho medo do que pode acontecer a seguir se eu contá-la.
— Melhor ficar quieto mesmo.
— É.
— Eu vou ter trilhões de pesadelos depois dessa missão.
Eu e Kibum andamos em passos rápidos até Chanyeol e Baekhyun, quando chegamos lá, de fato eles estavam lá.
Amarrados na cadeira, ambos estavam suando e não pareciam nada bem.
Vi que Namjoon tinha um corte em seu pescoço e meu pai tinha um em seu braço.
— Vamos. — Eu disse e nós quatro descemos. — Pai. — O chamei ao colocar a mão em seu ombro. — Eu vim salvá-lo.
— Jungkook, vai embora daqui rápido! — Ele disse se debatendo.
— Eu vou soltá-lo. — Peguei minha faca e quando estava prestes a cortar as cordas.
As luzes foram ligadas, nós fechamos os olhos pois estávamos acostumados apenas com a escuridão.
Eu ouvi barulho de taser e logo corpos caídos.
Chanyeol, Kibum e Baekhyun caíram.
— Meninos!
— Se eu fosse você, eu ficaria no mesmo lugar. — Meus olhos se focaram no alfa em minha frente.
Ele estava com um sorriso de lado.
Ao seu lado estavam o Sargento Kim Jooheon, Tenente Park Shownu e o Tenente Do Hyungwon.
Traidores.
Todos estavam apontando armas para mim, exceto o Major.
— Capitão Jeon.
— Você nem mesmo merece ser chamado de Major, Seong Hoon, seu traidor.
Jooheon veio para acertar um soco em mim, porém eu fui mais rápido e acertei um chute em sua barriga.
— Achou mesmo que seria fácil pegar seu Capitão? — Perguntei. — Eu sou a faísca que acendeu o seu fogo, não se esqueça quem te colocou onde você está hoje. — Eu dei acertei um chute em suas costas.
No momento seguinte, Shownu apontou o taser gun em minha direção e o choque veio com tudo, eu caí de joelhos, mas não fiquei totalmente paralisado como os outros.
Doeu como um inferno.
Hyungwon veio atrás e deu uma cotovelada em meu ombro fazendo-me cair para o lado.
Seong Hoon aproximou-se em passos lentos, abaixou-se e me encarou com um sorriso que eu estava doido para tirar de seu rosto.
— Sabe, eu até gostava de você... — Ele mexeu em meus cabelos. — Mas aí, você decidiu interferir nos meus planos... — Seong Hoon soltou uma risada. — Vocês são muito iguais um ao outro.
— Por que fez isso tudo? — Eu perguntei com um pouco de dificuldade.
— Ninguém melhor do que você para entender minhas razões, até porque — Ele pareceu olhar para meu pai. — fomos rejeitados pela mesma pessoa. — Do que ele estava falando?
— Seong Hoon.
— Ora, seu querido pai sempre aceitou Jonghyun e Namjoon, eram os subordinados preferidos, viviam ao redor do Capitão, ouvindo seus conselhos e isso e aquilo, blá blá blá... — O alfa revirou os olhos. — Sempre depois de uma missão ele dizia o quanto estava orgulhoso dos dois, enquanto eu só ouvia insultos, não precisamos fingir, eu sei que você sabe como é isso. — Ele disse. — Tudo o que eu mais queria era impressionar o Capitão.
— Você não era franco atirador?
— Pois é, seu pai nunca valorizou minhas habilidades e me deixava para escanteio, eu apenas observava e quando tentava ajudar... — Ele deixou no ar. — Então houve uma missão em que tivemos que enfrentar um alfa lúpus, foi difícil, daí eu fiquei pensando e se houvesse algum jeito de derrubarmos alfas lúpus com mais facilidade. — Seong Hoon contava. — Foi aí que eu tive a ideia da BLP, mas como já sabe, o papai parou todo meu projeto porque você se feriu no processo, estava ocorrendo tudo bem, sério, eu até estava ouvindo elogios pela primeira vez e me sentia um máximo.
Seong Hoon fez tudo o que fez porque meu pai não lhe dava o devido valor?
— Eu fiquei possesso, até porque, eu ouvi bastante coisas ruins, sendo que antes eu estava sendo parabenizado. — Riu sem humor. — Eu lembro de ser visto como um monstro, minhas intenções eram das melhores, eu estava fazendo aquilo para ajudar-nos contra nossos inimigos e fui esculachado daquele jeito.
Ele negou com a cabeça.
— Então eu decidi que iria me vingar do seu pai, mas não apenas o matando, não não... Mas fazê-lo sofrer bastante antes disso.
— E para chegar até aqui você fez coisas piores do que ele fez!
— Tudo tem um preço a se pagar e eu não me importo de tê-lo pago, não mesmo... — Seong Hoon pegou sua arma. — Se tivesse o Jonghyun aqui seria incrível, os dois prediletos do Capitão, ia ser incrível demais! — O alfa revirou os olhos.
— Eu ainda não entendi porque trouxe Namjoon para isso. — Chanyeol disse encarando-o.
— Te digo o porquê, Park . — Respondeu. — Acontece que eu deveria ser o Coronel, mas pela indicação do General, ele quem é o Coronel, ou seja, ele está ocupando um lugar que deveria ser meu. — Namjoon forçou uma risada.
— Está provando que nunca teve capacidade para ser um Coronel. — Ele socou seu rosto.
— Capitão! — Eu e os meninos gritamos.
Ele estava com um roxo perto do olho por conta do soco.
— Ninguém nasce ruim, eu fui corrompido.
— Seja um alfa de verdade e assuma seus erros, você foi fraco demais! — Kibum olhou para ele. — Receber insultos deveria fazê-lo querer avançar ainda mais e não desejar se corromper simplesmente por uma vingança boba. — O alfa riu. — Você é patético! — Kibum recebeu um chute na barriga.
Eu já estava ficando irritado com tudo aquilo.
Fui eletrocutado mais uma vez.
Eles parecem ter lido meus pensamentos.
— Como um lúpus, sei que se cura rápido, por isso outra carga.
— Gentil da sua parte querer explicar tudo. — Respondi sarcástico.
— Pois é, não é? — Riu mais uma vez. — Levantem-no.
Hyungwon e Jooheon seguraram-me pelo braço e me levantaram.
— Agora, terá que fazer uma escolha Capitão Jeon. — Franzi o cenho.
Shownu foi para trás de Namjoon e colocou uma faca no pescoço dele, Stephan Evans apareceu atrás do meu pai e colocou uma faca no pescoço dele.
— Olá, Capitão Jeon.
— Irá escolher, seu pai ou seu Coronel. — Não pode ser. — Ou melhor ainda, seu pai ou seu pai de consideração.
Não.
— Se não escolher um, eu mato os dois. — Ele sussurrou. — Tique-taque, Capitão.
Como eu poderia escolher entre eles?
— Escolha o General. — Namjoon disse. — Ele é seu pai.
— Eu não posso escolher entre vocês!
— Jungkook, você já sabe o que deve fazer. — Meu pai disse. — Não seja fraco e faça de uma vez.
Meu coração batia tão rápido.
— Quem devemos matar, Capitão? Seu pai de sangue ou seu pai de consideração? Tique-taque, tique-taque...
— Jungkook, está tudo bem. — Namjoon disse olhando para mim e sorriu. — Você sempre será meu filhote rebelde. — Ele estava chorando e minha visão começou a embaçar pelas lágrimas. — Só cuide deles, ok?
Namjoon...
— Cuide de Seokjin e de seu irmão.
— Então é isso, será o seu antigo Capitão. — Seong Hoon disse.
Namjoon fechou os olhos e respirou fundo.
— Eu nunca pensei que fosse vê-lo escolher alguém de sua família que não fosse seu esposo, estou realmente impressionado.
Eu vi Shownu prestes a afundar a adaga no pescoço de Namjoon.
Eu não posso deixar isso acontecer.
Namjoon...
É o Namjoon, Kim Namjoon, o meu Capitão e o meu Coronel.
Ele vai ser um pai incrível, ele esperou tanto por esse momento, ele desejou tanto isso, não posso tirar isso dele.
Meu pai...
Eu imagino o quanto ele deve estar querendo se reconciliar comigo, eu também estava desejando isso, seríamos uma dupla incrível... Ainda que seja um pouco tarde, eu realmente estava desejando ouvir algum conselho de pai vindo dele, só que eu não preciso disso...
Pois os conselhos de pai, quem me deu foi Namjoon.
Namjoon estava lá quando ele não estava, ele quem supriu o vazio que ele deixou.
Eu os amo, mas vai me doer muito mais perder Namjoon do que perdê-lo.
— Pai. — Olhei para ele. — Eu sinto muito. — Eu disse.
Eu consegui me livrar dos dois idiotas que estavam segurando meus braços, peguei minha pistola e acertei um tiro no ombro de Shownu.
Na mesma hora, um tiro acertou Stephan Evans e não precisa ser um gênio para saber que foi Jongho.
Eu cheguei perto de Shownu e acertei um soco forte em seu rosto fazendo-o cair desmaiado.
Rapidamente cortei as cordas que prendiam Namjoon e Kibum soltou meu pai.
— Qual é? Achou mesmo que eu escolheria ele? — Eu perguntei chorando por estar indignado com o que ele achou. — Seu idiota, é você! Sempre foi você! — Namjoon me abraçou fazendo com que minha cabeça deitasse em seu peito.
— Você me perdoa? — Ele perguntou limpando meu rosto.
— Você já perdoou tanta burrada minha... — Namjoon riu negando com a cabeça.
— Vamos sair daqui logo!
FIM DO CAPÍTULO
Beijinhos e até logo
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