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𓏲 . CAPITAL LETTERS . .៹♡
CAPÍTULO CINQUENTA
─── EM TROCA DE OLHOS NAS GARRAS

ACONTECEU RÁPIDO. Muito rápido. Ele deveria ter sido capaz de senti-lo, deveria ter percebido seu cheiro. Eli sabia disso perfeitamente agora, mas ele se acostumou a não ter isso constantemente ao seu redor nos últimos meses. Ele estava bem de novo, estava se entendendo, não estava nervoso porque não sabia o que havia acontecido com ele. Eli estava bem de novo, ele estava indo bem. Então, com duas simples palavras, seu coração pareceu tentar saltar de dentro das paredes do peito.

Ei, Eli.

Ele se foi, indo embora. A porta se abriu, eles lhe deram espaço para ir. Malia atacou Theo após suas palavras, depois que ele saiu correndo em estado de medo e pânico. Liam seguiu Eli rapidamente. — Ei, Eli. Espere.

— Você o trouxe de volta? — o menino Foxx virou-se incrédulo enquanto olhava para ele. — Liam, sério?

— Eu precisava da ajuda dele. Tenho que confiar nele. — Liam afirmou, olhando para ele.

— Bem, estou feliz que você tenha feito isso. — ele falou amargamente em resposta. Era estranho para eles brigarem, eles nunca brigavam, a menos que fosse por causa de videogames. Eli olhou para ele, com dor nos olhos. — Você tem alguma ideia...

— Eu já o informei. Se ele te machucar, ele vai voltar. — Liam tentou raciocinar, balançando a cabeça. — Você não precisa confiar em Theo. Você apenas precisa confiar em mim.

— Eu confio em você. — ele repetiu, olhando em sua direção. Seus olhos estavam tristes, Liam podia ouvir seus batimentos cardíacos altos bem na sua frente. — Mas você ao menos levou em consideração o que isso faria comigo?

— Claro que sim. Mas... — Liam procurou uma explicação.

— Mas o quê? Mas você simplesmente não se importou? Mas você achou que era mais importante trazê-lo de volta? — ele listou, respirando fundo. — O que quer que você tenha planejado, espero que corra bem. Mas não posso me separar se isso acontecer. Não com ele. Não depois do que ele fez comigo.

— Eli. — Liam franziu a testa enquanto se afastava. — Eli, sinto muito. Volte. Podemos conversar sobre isso.

Pare, ele não queria conversar, queria ir embora. Ir para longe daqui. Longe de Theo Reaken e de todo o trauma que ele trouxe consigo.

— Mãe? — Eli entrou em sua casa naquela noite, olhando boquiaberto para o cabelo loiro avermelhado na mesa da cozinha. — Mamãe?

Ela se virou para olhar para ele. Havia uma garrafa cheia de vodca em uma das mãos e uma caixa na outra. Eli assentiu. — Tomando uma bebida?

— Não. — ela afirmou, a garrafa ainda cheia. — É uma aliança de casamento.

Eli piscou. — O que?

Ela abriu a pequena caixa, o diamante brilhante brilhando. — Não é meu, mas estava no meu dedo quando acordei.

Eli piscou, aproximando-se dela. Ele então viu as sacolas apoiadas perto da porta. — Onde está o papai?

— Ele está indo embora. — ela afirmou, voltando-se para a mesa. — Eli...

— Mãe. — ele se ajoelhou na altura dela para que ela pudesse olhar para ele. — O que quer que você esteja pensando, aposto que já ouvi coisas muito piores.

— Eu acho... — ela tentou. — Acho que amei alguém... Agora esqueci.

Eli apertou a mão dela. Os olhos dela encontraram os dele. — Acho que estava noiva.

Ele acenou com a cabeça. — Tenho que explicar uma coisa para você. Algo que nem entendo completamente, mas que pode responder às suas perguntas.

Quando ela assentiu, Eli respirou fundo. — Havia um menino. Stiles. Eu sei que ele era meu irmão, mas ele foi levado e minha memória foi apagada.

Adeline deixou que isso acontecesse, esperando que ele continuasse. Sua mãe olhou para ele. — Ele era filho do xerife Stilinski.

— Ele tem queimaduras de terceiro grau em 90% do corpo. — Melissa conversou com o casal depois que Malia insistiu que Eli fosse com ela ao hospital. — Eu deveria estar dizendo para você se despedir.

— Por mim tudo bem. — Eli cantarolou.

Malia lhe deu uma cotovelada. — É Peter. Não preciso me despedir. Preciso que você o conserte para que possamos descobrir o que ele sabe sobre a Caçada Selvagem.

— E assim posso ter uma boa discussão sobre como ele é um pai horrível. — Eli assentiu com a cabeça. — Não é tão divertido se ele não contestar.

— Lembre-se com quem estamos lidando. — Melissa avisou a dupla. — Seu pai é um vigarista implacável que tem um plano tortuoso para machucar todos ao seu redor.

Eli e Malia trocaram um olhar. — Parece o nosso Peter.

— O que acontece quando ele se levanta daquela cama? — Melissa deu uma expressão de descrença. — Você tem um plano próprio?

— Psh, é claro. — Eli acenou para ela.

— Temos um plano. — Malia confirmou. — Não sei se é desonesto, mas estou com ele.

— Pelo menos é um plano. — Melissa assentiu, olhando para Eli. — E você a pegou.

— E ela me pegou. — ele confirmou com um aceno de cabeça.

O trio voltou para a sala em que Peter estava, protegido por um filme plástico. Melissa olhou para a dupla. — Não posso prometer que isso funcionará.

Malia encolheu os ombros. — Você disse que ele estava morrendo de qualquer maneira. O que ele tem a perder?

— Eu posso arrancar os olhos dele. — Eli sacudiu suas garras.

— Talvez não. — Melissa puxou a mão dele para baixo.

— Eu posso ouvir você. — Peter zombou de dentro do envoltório.

— Eu esperava que sim. — Eli assentiu com a cabeça.

— Não perdi isso. — Peter exalou em descrença. O trio caminhou pelo plástico. — Acho que eles colocaram isso lá para me proteger.

— Vou precisar de mais do que uma fina folha de plástico para protegê-lo, Peter. — Eli cantarolou, dando tapinhas em seu braço sem pele enquanto soltava um grito alto de dor.

— Sua filha me pediu para tratar de você. — Melissa olhou para ele com as mãos nos quadris.

Peter olhou para Malia. — Em troca de quê?

Melissa olhou para trás. — Eu disse que você precisava de um plano.

— Em troca de nenhum olho nas garras? — Eli ofereceu, sacudindo as garras mais uma vez enquanto Melissa puxava sua mão para baixo.

— Ela ajuda você, você me ajuda. — Malia olhou para o pai.

— Isso é um pouco exagerado. — ele cantarolou. — E se eu não concordar com suas condições? Seu namorado vai arrancar meus olhos?

— Alegremente. — Eli assentiu com um sorriso.

— E então eu deixo você para morrer. — Melissa concordou.

— Somos uma equipe mortal. — Eli assentiu com a cabeça. — Procurado em cinquenta países.

— Então, o que exatamente você sabe sobre o nosso tipo de remédio? — Pedro zombou dela.

Melissa ergueu uma agulha grande com um olhar estúpido. — Eu sei sobre as nove ervas.

Erguendo a mão, ela esfaqueou Peter com a agulha quando ele começou a convulsionar, espumando verde pela boca. Malia assentiu. — Acha que está funcionando?

— Espero que não. — Eli encolheu os ombros.

— Deveria estar. — Melissa apontou. — Parece bastante doloroso.

— Sabe, eu estava muito mal quando você me encontrou. Não tenho uma ideia clara de onde estava. — Peter ligou do carro depois que Malia os levou até a floresta, o casal saindo do carro.

— Eu marquei o território. — Malia ligou de volta, Peter lançou um olhar grosseiro. — Visualmente. Eu marquei visualmente.

— Mesmo que ainda cheire a lobisomem assado. — Eli exclamou, passando por cima da corrente enquanto estendia a mão para Malia. — Doença?

— É uma fenda sobrenatural, Malia, não é a ponte dourada. — Peter zombou enquanto os seguia.

— Peter? — Eli estendeu a mão para ajudá-lo. Ao agarrá-lo para passar por cima, Eli libertou a mão quando Peter caiu no chão. — Opa. Dedos de manteiga.

— Duvido que possamos ver, muito menos passar. — Peter continuou enquanto se levantava, seguindo os dois para dentro da floresta. — Isso é uma terrível perda de tempo.

— Você me prometeu. — ela zombou em troca. — No seu leito de morte.

— Acabei de ver uma criança sendo queimada viva tentando escapar da Caçada. — ele apontou enquanto Malia se aproximava para pegar a mão de Eli nas suas. — Você tenta salvar Stiles, ele vai morrer da mesma maneira. Os humanos não conseguem passar.

— Cale a boca, Peter. — Eli zombou dele.

— Encontraremos outra maneira de tirá-lo. — Malia revirou os olhos. — Mas, primeiro temos que entrar.

— Você não tem instintos de autopreservação. — Peter zombou dela alguns metros atrás. — Como você está minha filha?

— Me pergunte a mesma coisa a cada segundo. — Eli balançou a cabeça, apertando a mão dela. — Vá com ela, eu fico para garantir que nenhum Ghost Rider venha atrás de nós.

— Tenha cuidado. — Malia beijou sua bochecha.

Peter sorriu para ele. — Quer um de mim também?

Eli deu um soco no rosto dele.

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