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CAPÍTULO TRINTA E SETE
─── OS ALFAS QUEREM SEUS BETAS PERTO, NÃO É?

ELI FICOU ATRÁS de Malia enquanto eles se arrastavam pelos veículos militares, Braeden e Theo logo atrás deles. Malia fez uma pausa. — Tem alguma coisa errada.

Eli cheirou o ar enquanto Braeden falava. — É um perfume?

— Não sei. — ela sussurrou de volta.

— Eu não acho. — Eli balançou a cabeça ligeiramente. — Theo?

— Oh, você está falando comigo agora? — ele sussurrou do seu jeito, ganhando um revirar de olhos em troca. Malia continuou, o trio logo atrás dela enquanto saíam de trás do tanque.

— Deaton. — Eli sussurrou. — Eu tenho o cheiro dele.

— Eu t... — Malia começou, parando quando eles viraram a esquina e estavam olhando cara a cara com Deaton, que estava amarrado e amordaçado em uma cadeira.

Eli percebeu o salto do coração de Braeden, virando-se no momento em que ela tentava disparar sua arma contra Theo, ele a agarrou pelos braços. Eli puxou Malia de volta da luta que estava acontecendo diante deles, Theo puxando a arma para longe e empurrando Braeden para o lado. Ele se virou, disparando a arma.

— Malia! — Eli gritou quando a atingiu bem no abdômen, caindo para trás quando Eli a pegou rapidamente. Eles caíram enquanto ele tremia em pânico. — As balas podem matar você? O que podemos curar disso? Você pode?

— Eli... — Malia tentou avisá-lo através da dor, tarde demais quando Theo passou o braço em volta do pescoço de Eli, puxando-o para trás. O menino Foxx soltou um rosnado, tentando puxar o braço para longe dele.

— Fui eu, não foi? Um sinal de quimioterapia? — Theo perguntou, estremecendo ao sentir uma injeção aguda em seu pescoço. — Provavelmente me arrependo. Porque eu não queria fazer isso.

— E... — Malia tentou, mas quando ela se mexeu doeu.

— Theo. — Eli falou baixinho, porque estava ficando inconsciente. Sua visão começou a ficar turva, mas Theo o pegou quando sua perna cedeu. Sua voz veio como um sussurro. — Malia.

Escuridão.

★

— Theo, por favor. — Eli implorou, ele estava amarrado a uma semente. — Me deixar ir!

— Eu não posso deixar você ir. Eu tentei te dar uma escolha e você não aceitou! — ele gritou de volta para ele. — Eu preciso de você do meu lado!

— Por quê? O que é tão importante que você não quer me contar? — Eli perguntou incrédulo, olhando para ele com um aceno de cabeça. — Você quer me matar, é isso? Tomar meu poder também?

— Não sou eu quem quer você, Eli. Eu só preciso de você. — Theo disse de volta com um olhar conhecedor. — Você deveria ter me pego agora. Olhe para Scott e Liam.

Eli estava além de confuso, balançando a cabeça. — Scott e Liam? Do que você está falando?

— Os alfas querem que seus betas perto, não é? — Theo deu um sorriso malicioso para ele. — Você quer saber quem te morde tanto? Agora é hora de conhecê-lo.

Theo agarrou a nuca de Eli, libertando-o das amarras e puxando-o. Eli estremeceu, mas sabia que se lutasse, entre Theo e Tracy, nunca conseguiria. O menino Reaken deu um forte empurrão em Eli quando eles viraram a esquina, pararam diante de Tracy e um homem no chão. Eli engoliu em seco olhando para ele. — O que há de errado com os olhos dele?

— Cego. — o homem falou do chão. — Mas meus ouvidos funcionam muito bem.

— Eu trouxe você para ele antes de colocar os pratos. — Theo falou, apoiando-se na porta enquanto Eli olhava para ele. — Foi assim que eu soube onde ele estaria para poder capturá-lo.

— Capturá-lo? Para quê? — Eli balançou a cabeça.

Theo riu enquanto avançava. — Você não esteve ouvindo esse tempo todo, Eli? Alfa! Poder! Estou fazendo tudo isso pelo que você tão graciosamente não se importa!

— Não se importa? — ele parecia incrédulo. — Deixe-me lembrá-lo de que você já me levou várias vezes! Acho que me importo muito, muito obrigado.

O homem riu do chão. — Você nunca disse que era tão encantador.

— Sim, com uma boca grande. — Theo bateu no ombro de Eli com força quando ele passou. — Você o pegou agora. Você é a vez de me ajudar.

Eli olhou para Tracy, ele sabia que era forte o suficiente para tomá-la, mas Theo era o problema. Ele era mais forte e mais rápido do que Eli, o que significa que, quando ele matasse Tracy, Theo o teria derrotado. Ele ficou parado, olhando para seu alfa. Não foi tão bom conhecê-lo quanto ele esperava.

★

— Eu não entendo. — Eli falou enquanto Theo o drogava na biblioteca da escola. — O que é que foi isso?

— Eu disse a você, não sou eu quem queria você. — Theo falou, segurando seu braço com força enquanto continuava a puxá-lo. — Deucalion queria conhecê-lo para me ajudar. Ele o fez. Agora, tenho que garantir que você volte para as mãos certas.

— Em que Deucalion deveria ajudá-lo? — Eli perguntou, Theo empurrou-o para a estante de livros para soltá-lo um pouco. — Você poderia apenas falar comigo? Estou extremamente confuso agora.

— Eu te salvei porque gostei de você. Para te salvar, Deucalion precisava te transformar caso a cirurgia não saísse como planejado. — Theo olhou para ele com aborrecimento enquanto Eli piscava. — Ele queria conhecê-lo para me dar o que eu quero. Você ignora implacavelmente minha generosa oferta de se juntar a mim, o que significa que tenho que roubá-lo com um sedativo.

Eli piscou. — Você gostou de mim?

— Por que mais eu salvaria você? — Theo revirou os olhos para ele. — Estou começando a repensar isso.

— Mas eu pensei que você estava fazendo tudo isso porque você me queria em seu bando. — o menino Foxx balançou a cabeça ligeiramente.

— Sim. — Theo pegou o livro na estante. — Mas isso não é algo que eu possa forçá-lo a fazer como acabei de fazer. A escolha é sua se você quiser ver Deucalion novamente, tenho certeza que você tem muitas perguntas.

Eli ergueu mais a cabeça. — Eu pensei que conhecer meu alfa seria melhor do que isso.

— Não é tão bom para todos nós. — Theo folheou o livro. — É melhor você ir. Malia provavelmente já está planejando meu assassinato.

Eli podia ouvir seu batimento cardíaco no corredor. Ele olhou para Theo novamente. — Theo?

Ele cantarolava, mantendo os olhos no livro. Eli suspirou. — Desculpe por não querer ser seu Stiles.

Theo olhou para ele estranhamente quando Eli se virou, indo embora enquanto começava a correr pelo corredor. Ele sentiu o cheiro de Kira e Malia no laboratório de ciências, virando-se para seguir pelo corredor, correndo rápido.

Ele perdeu o equilíbrio e caiu no chão com um grito.

Eli se sentou com um gemido de dor, ficando de pé enquanto empurrava as portas. — Malia!

Ela disparou, um par de óculos no rosto. — Eli?

— Oh! Graças a deus. — Kira suspirou aliviada.

— Onde ele levou você? — Malia o abraçou com força, cambaleando para trás. — Não consegui sentir seu cheiro. Pensávamos que você estava em Eichen com Lydia.

— Theo me teve. — Eli a abraçou de volta. — Então ele simplesmente me deixou ir.

Malia parecia confusa. — Ele simplesmente deixou você ir?

— Ele queria me mostrar uma coisa. — Eli suspirou, porque não queria falar sobre conhecer seu alfa por um momento. — Espere, Lydia está onde?

— Eichen House. Estamos tentando encontrar uma maneira de salvá-la. — Kira falou, as lâmpadas quebradas ao redor deles. — Claramente, estou lutando.

— Oh meu Deus. — Eli ficou boquiaberto em descrença. — Temos que salvar nossa garota!

— Você é bom nisso, ajude Kira. — Malia o incentivou a fazê-lo. — Faça a coisa do molusco. O coração esfrega.

— O quê? — Kira perguntou incrédula, Malia arrancou os óculos. — Por que você tirou os óculos?

— Porque desta vez você vai fazer isso. — Malia disse com confiança enquanto olhava em sua direção. — E vai funcionar. Eli sabe o que está fazendo. Ele é minha âncora, não é?

Eli deu um sorriso tímido para ela.

Kira olhou esperançosa quando Eli assentiu, agarrando seu pulso. — Lembre-se de que você está no controle aqui. Ninguém mais. Você é o centro de tudo.

— Não é esse o problema? — Kira perguntou, deixando Eli colocar a mão em seu coração.

— Não. — ele disse de volta, segurando o ombro dela e virando-a para a lâmpada. — Você sabe como se manter calmo, como se concentrar e estar no controle. Seja uma raposa alfa, ok?

Malia deu um pequeno sorriso, recebendo um sorriso atrevido de Eli.

Kira fechou os olhos com uma inspiração, sua mão lentamente envolvendo o fio enquanto a luz começava a diminuir, mas não apagava completamente. Eli sorriu, olhando para Malia enquanto ela assentia. — Kira, está funcionando.

Ela sorriu de alegria, a lâmpada acendendo e explodindo, as luzes acima deles se apagando também. O trio compartilhou um olhar de pânico, Eli encontrou os olhos de Malia. — Nós devemos ir.

— Devemos ir agora mesmo. — Eli concordou, circulando a mesa rapidamente e incitando Kira a continuar, colocando a mão nas costas de Malia para empurrá-la porta afora.

★

— Ela acabou com a escola inteira? — Scott perguntou incrédulo, afastando-se de um abraço de alívio de Eli. — Eu estou contente que você esteja bem.

— Sim, eu quase tive que contar ao meu pai. — Stiles o acertou na cabeça. — Sua mãe preocupada e meu pai preocupado? Seu cabeça de merda.

— Ai. — Eli o atingiu na cabeça. — Eu não pedi para ser sequestrado de novo, de novo, de novo.

— Vamos torcer para que nunca mais haja outro. — Liam suspirou, apertando seu ombro.

— Ela tirou toda a grade. — Malia corrigiu a declaração anterior de Scott.

Kira suspirou. — Eu falhei em todas as tentativas de prática. A única vez que estava quase tudo bem foi quando Eli estava projetando em mim. Isso não vai funcionar.

— Até onde podemos chegar sem a queda de energia? — Liam olhou para Scott, Malia puxou Eli de volta para ficar com ela e Kira.

— A porta da frente. — Stiles ergueu as sobrancelhas.

— Estavam indo. — Scott confirmou com um aceno de mão.

— Scott, revisamos caixas de lâmpadas. — Kira a sacudiu à sua maneira.

— Não importa. — ele se aproximou dela com um aceno de cabeça. — Você consegue fazer isso.

Eli olhou para Malia.

— O cartão-chave não funcionará a menos que haja uma reinicialização. — apontou Kira. — E não há reinicialização sem uma queda de energia.

— Eu sei que você pode fazer isso. — Scott prometeu a ela, inclinando-se um pouco em seu nível. — Alguém aqui acha que ela não pode?

Todos eles puxaram olhares semelhantes, inseguros, de concordância. Eli assentiu, franzindo os lábios. — Tenho toda a fé do mundo.

— Eu não. Ela pode fazer isso. — Liam concordou com ele.

— Fui eu quem te colocou no plano. — Stiles apontou com um aceno de cabeça.

Todos olharam para Malia agora. Eli deu a ela um olhar compreensivo. Ela suspirou levemente. — O que?

— Acho que sou você também, Kira. — Stiles a encorajou.

— Sou eu quem vai ficar trancada em uma sala elétrica com ela. — Malia apontou.

— Você disse que Eli ajudou, certo? — Scott olhou para Kira.

— Sim, parecia que ele tinha algum tipo de controle sobre mim. — Kira acenou com a cabeça, recebendo um sorriso suave de Eli. — Não, tipo, sério.

— Ok, não seja dramática. — Malia acenou para ela. — Ele é bom com as palavras.

— Extremamente. — Liam teve que apontar. — Me faz passar por luas cheias difíceis apenas falando.

— Também relaxou minha ansiedade quando ele não está me estressando. — Stiles apontou.

Scott franziu as sobrancelhas. — Tipo, de uma forma mais teórica?

— Às vezes. — Liam concordou. — Achei que era toda a coisa beta.

Eli olhou para Scott alarmado. — Por favor, não diga nada agora. Já estou me estressando o suficiente!

— Ok, vamos nos concentrar em conseguir Lydia. — Scott acenou com a cabeça, mas o que todos disseram o lembrou de algo que ele ainda não conseguia identificar. — Você fica com as meninas e ajuda a Kira com o blecaute.

— Entendi. — Eli assentiu, olhando para Malia com um pigarro. — Sim, vá EKM, nós temos isso. Vamos, Malia, isso é tudo.

Ela suspirou, percebendo que todos estavam esperando que ela desse algum tipo de palavra encorajadora. — V-você pode fazer isso.

Eli cantarolava, acenando para ela com um sorriso orgulhoso, com a mão nas costas.

Kira balançou a cabeça. — Vocês são todos loucos. Nós vamos morrer.

Eli cantarolou, dando um sorriso de lábios apertados. — Extremamente reconfortante, Kira.