dezessete
Isla nem se mexeu, ao invés disso olhou para os lados para se certificar de que Sally e ela estavam mesmo sozinhas e aquilo não era algum tipo de pegadinha da turma popular da ilha. Não que eles fossem conhecidos por serem babacas com outras pessoas, mas, ao levar em conta o absurdo de toda a situação, ela podia esperar qualquer coisa.
Mas Isla estava desesperada. E só uma situação absurda parecia ser capaz de ajudá-la no momento.
— Que tipo de acordo?
Sally sorriu e se aproximou diante da pergunta dela.
— O tipo de acordo que eu dou o que você quer e você faz o mesmo por mim.
— O que eu preciso é de um barco.
— E eu tenho um.
Sally apontou para a lancha luxuosa atracada ali por perto, aquela que ela usava quase todos os dias para beber e dançar com os amigos. A reputação daquele barco o precedia, e Isla jamais imaginou que seria o tipo de pessoa convidada a entrar nele.
— Eu te levo para Malibu, Isla — Sally disse. — O dia e a hora que quiser. Pode me chamar de seu táxi aquático.
Isla não entendia. Não podia nem começar a entender. Mas ela pelo menos podia ser sincera.
— Sally, eu não consigo nem imaginar o que eu tenho para te fazer oferecer algo assim quando a gente mal se conhece.
— Isla, senta comigo.
Sally se sentou na beirada do cais, balançando as pernas despreocupadamente sobre a água. Isla ficou de pé por alguns segundos, mas depois seguiu a garota e se sentou perto dela. Mas não perto o suficiente.
— Eu vi você em Malibu — Sally confessou. — Meus amigos também viram.
Isla se lembrou de quando Apollo 18 passou praticamente ao lado da lancha dos Lopez. E também se deu conta, tarde demais, que o grupo de amigos de Sally vivia em Malibu. Não era mesmo difícil de acreditar que alguém a tivesse visto por lá.
— Vocês não... — Isla começou, quando uma ideia a ocorreu.
— Eu não espalhei fofoca nenhuma — Sally afirmou, e olhou bem nos olhos de Isla quando disse aquilo. — Não comentei com ninguém sobre te ver por lá, e, mesmo se tivesse feito isso, não seria minha culpa o que o seu pai fez. Como eu podia saber que ele é do tipo superprotetor psicótico?
Isla gemeu e quis se encolher até desaparecer.
— O quanto da discussão você ouviu?
— O bastante — Sally deu de ombros. — Como disse, eu estava por perto.
Droga, aquilo era tão constrangedor.
Talvez Isla pudesse mesmo ter controlado sua raiva só um pouquinho para discutir com o pai dentro de casa, não em um cais lotado.
— Tá bom — ela disse, se empertigando. — Eu preciso de um barco. Preciso voltar para Malibu e dessa vez meu pai não pode desconfiar. Eu aceito o trato, seja lá qual for.
— Você não quer nem ouvir o que eu quero em troca?
— Eu faço o que for preciso. — Isla pensou nos amigos que tinha feito, nos lugares que precisava – que queria – visitar. — Pode dizer.
— Que bom — Sally falou, e, verdade seja dita, parecia radiante. — Porque o que eu quero é bem simples. Juro que não vai te custar nada.
— E o que é?
Sally olhou direto para ela quando disse:
— Quero me aproximar de Luke Mosheyev.
Isla ficou por algum tempo olhando para Sally como se não tivesse entendido muito bem. Quer dizer, ela tinha entendido, só não estava acreditando mesmo.
Então Sally estalou os dedos em frente ao seu rosto e Isla piscou assustada.
— Luke? Você quer se aproximar do Luke?
— É.
— Mas como você sabe que...
— Eu tenho muitos amigos, Isla — Sally a interrompeu, jogando um cacho do cabelo escuro para trás do ombro. — Muitos mesmo. Eles te viram em Malibu há alguns dias e te viram ontem também. E, nessas duas vezes, você estava com Luke.
Isla quis se amaldiçoar pelo modo como tinha pensado que Malibu era grande e longe o suficiente da ilha para que ninguém a visse e a reconhecesse por lá. Ela só esperava que o fato de estar andando para baixo e para cima com um grupo de três garotos desconhecidos mais Lino não tivesse chegado aos ouvidos do pai. Pelo menos aquilo ela merecia.
— Vocês são amigos? — Sally perguntou. — Você e o Luke?
— Você conhece o Luke? — Isla não conseguiu disfarçar o espanto na voz.
Sally se remexeu no cais e desviou os olhos para longe.
— Há alguns anos. A gente se via bastante quando ele passava o verão em Malibu. Meus pais tinham uma casa perto de Carbon Beach.
— Vocês eram amigos, então?
Isla não sabia por que estava fazendo tantas perguntas, mas precisava entender aquilo direito. Em algum lugar entre se aproximar de Sally Lopez, fazer um trato maluco com ela e descobrir que Luke e ela se conheciam há muito tempo, Isla estava perdendo total o senso de realidade.
Ela encarou Sally, buscando uma resposta, mas a garota nem olhava para ela.
— Nós éramos mais que amigos. Sempre fomos — ela confessou, e algo no peito de Isla se remexeu, provocando um incômodo esquisito. — Mas isso já faz muito tempo. Nós nos afastamos.
— Por quê?
Só então Sally voltou a olhar para ela. E aquele queixo levantado e olhos azuis frios deixavam claro o que ela queria dizer:
Não é da sua conta.
Bem, Isla achava que era sim. Mas, como ainda precisava entender direito os termos daquele acordo, deixou a pergunta passar.
— Olha, tudo o que eu quero é que você arranje um jeito de me inserir nesse seu grupinho — Sally falou, tentando resumir as coisas. — Você, seu amigo de óculos, Luke, Dean Garcia e aquele esquisitão gótico que eu ainda não sei o nome, mas que é uma gracinha.
— Zack?
— Ah, então é esse o nome dele? É com ele que você tem um rolo?
Isla corou até os dedos dos pés.
— Eu não tenho rolo com ninguém — ela disse, então balançou a cabeça e escondeu o rosto nas mãos. — Deixa eu ver se entendi: você me empresta seu barco em troca de eu ser sua porta de entrada para se aproximar de Luke de novo.
— É.
— Você quer uma chance com ele, é isso?
Sally não respondeu, mas estava óbvio na cara dela.
— Não é mais fácil só chegar e conversar? — Isla perguntou.
— Não. Luke... Ele me afastou. Eu tentei, por muito tempo eu tentei, mas não consegui me aproximar dele de novo. Mas agora pode ser diferente. Eu só quero conversar e ter uma chance de... consertar as coisas.
Aquilo era tão confuso. Isla não sabia da história dos dois, por isso era difícil confiar em Sally. E será que fazer aquele acordo com ela não seria uma traição direta a amizade que estava construindo com Luke? Porque ele parecia ter motivos para não querer ficar perto dela, e se Isla, sabendo disso, inserisse Sally na vida dele de novo...
Isso sem contar o trato que tinha com Luke, sobre o namoro falso. Sally nunca poderia saber daquilo, porque se queria ter uma chance com ele, não podia achar que Isla e Luke tinham alguma coisa, mesmo que fosse só um fingimento. E Luke, por sua vez, não poderia saber do acordo com Sally por motivos óbvios.
Era mentira atrás de mentira, acordos que Isla não sabia ser capaz de cumprir.
Ela não tinha certeza do quão longe iria para cumprir com a lista da mãe e sair daquela maldita ilha por mais algum tempo, mas sentia que estava prestes a descobrir.
— Tudo bem — ela disse então, antes que perdesse a coragem. — A gente pode se ajudar.
Sally sorriu.
— Ótimo.
— Mas, escuta, não vai dar para eu te levar comigo toda vez. Vai ter que ser aos poucos, ou você quer que Luke acabe desconfiando? — Sally fez que não com a cabeça. — Então o negócio é o seguinte: eu preciso ir para Malibu na terça, você me deixa lá e eu te ligo quando tiver resolvido o que eu preciso resolver. Vou tentar me encontrar com o Luke e comentar sobre ter uma amiga próxima que pode começar a aparecer comigo e Lino em Malibu, não vou dizer seu nome.
— Quem é Lino? — Sally interrompeu. Isla tentou não revirar os olhos.
O menino que é apaixonado por você desde o fundamental.
— Meu amigo de óculos — ela disse ao invés, então respirou fundo. — Você entendeu o plano?
Sally ergueu uma sobrancelha.
— Odiei sem tom autoritário.
— Como é um acordo que envolve igualmente ambas as partes, acho que eu também posso fazer algumas exigências.
Sally estreitou os olhos em sua direção e Isla tentou não se intimidar. Ainda não acreditava que estava falando com Sally Lopez daquele jeito, que estava se aproximando dela daquele jeito. Aquela garota cheirava a encrenca, todos sabiam, mas aquele fato nunca tinha impedido ninguém de cair aos pés dela.
Isla pretendia não cometer o mesmo erro.
— Feito — Sally falou, depois de parecer analisar todas as variantes. Então ela estendeu a mão cheia de anéis de ouro, pulseiras e com unhas roxas perfeitamente pintadas. — Temos um trato, Isla Maciel?
Isla apertou a mão de Sally, mas seu aperto não era nem de longe tão firme quanto o da outra.
Ela engoliu em seco.
— Temos.
O acordo selou algo que Isla ainda não podia ao certo prever, mas que fazia seu estômago embrulhar.
Em silêncio, ela pediu a Deus que não se arrependesse daquilo mais tarde.
Na terça-feira, Isla acordou pensando que se aquele não era o dia da sua morte, nenhum outro seria.
Poucos dias tinham se passado desde toda a confusão com Apollo 18, mas parecia que tudo tinha mudado desde então. O pai tentara se aproximar dela diversas vezes, mas, pela primeira vez, Isla o repelira.
Não tinha mais abraços e beijos e nem refeições compartilhadas. Ela não conseguia esquecer que era por causa dele que perdera seu barco e, consequentemente, quase tudo que estava tentando construir fora dali.
Rodrigo tentava não demonstrar o quanto aquilo o magoava, mas Isla já o tinha ouvido dizer que aquilo era só uma fase, que logo a raiva dela passaria e eles deixariam aquele episódio no passado.
Isla não tinha tanta certeza.
Ela conversava com Luke por mensagens quase todos os dias, juntos, eles planejaram tudo o que falariam no almoço com os pais dele na terça, para que não acabassem sendo pegos se contradizendo. Isla conversou com Hali e a irmã disse que a encobriria durante o dia todo. Rodrigo sempre perguntava à sexta filha sobre o paradeiro de Isla durante o dia, quando as duas supostamente deveriam trabalhar juntas na floricultura, e, pela primeira vez, Hali mentiria para ele.
— Eu espero que você não esteja só saindo por aí — Hali disse naquela manhã, enquanto as duas caminhavam juntas para o trabalho. — Não quero ficar mentindo enquanto você fica vagabundeando.
— Não estou vagabundeando! — Isla suspirou, nervosa. — Olha, se quer mesmo saber, eu te conto o que ando fazendo. Mas você não pode contar para as outras.
Hali ergueu uma sobrancelha ruiva e Isla esperou que elas chegassem até à floricultura para tirar o caderninho de couro da bolsa.
Devagar, Isla explicou sobre a lista da mãe, os lugares que já tinha conseguido visitar e o que tinha descoberto neles. Ela pegou o celular e mostrou fotos para a irmã.
— Viu? Essas podem ser as iniciais do papai e da mamãe, em El Matador Beach. E aqui foi onde eles se casaram.
Hali olhava as fotos e relia as palavras da mãe em silêncio. Quando Isla finalmente terminou, a irmã tentou em vão enxugar as lágrimas.
— Não acredito que o papai nunca nem tentou levar a gente para algum desses lugares — ela disse. — Não acredito que ele nunca falou sobre isso.
Hali e Isla eram as irmãs mais próximas em idade depois das gêmeas, que tinham nascido com cinco minutos de intervalo uma da outra. Justamente por serem as mais novas, mal tinham lembranças da mãe e de como o pai era antes da morte dela. Elas não se lembravam do modo como Rodrigo reverenciava o chão em que Michelle pisava, como ele era aventureiro e livre, como vivia falando para as mais velhas cada detalhe da história de amor dos dois.
— Tô tentando cumprir essa lista, Hali. Não é fácil, e vai levar tempo, mas eu não vou desistir. — Isla piscou depressa para afastar as próprias lágrimas. — A mamãe queria que a gente fosse livre. Não acho que ela ficaria feliz em nos ver presas aqui para sempre.
Hali assentiu e fechou o caderno com cuidado, o levando até o peito.
— Você pode tentar vir comigo, se quiser — Isla sugeriu, se ajoelhando ao lado dela.
— Não, alguém tem que ficar aqui e garantir que você faça isso — Hali disse, acariciando o cabelo da irmã. — E eu... Eu não estou pronta para isso. Não por enquanto.
Isla assentiu. Não a forçaria a ir com ela se não quisesse.
— Mas você pode me contar tudo — Hali continuou. — Cada detalhe de cada coisa que descobrir. Por favor, me conte todas as suas histórias.
Isla sorriu e encostou a testa na da irmã.
— Eu conto. Conto tudo para você.
Naquele momento o celular de Isla começou a apitar. Eram três mensagens de três pessoas diferentes.
Sally: Tô te esperando na baía, dá pra andar logo??
Lino: Eu não tô nem aí que eu não posso participar do seu almoço em família com os Mosheyev. Nada no mundo vai me impedir de entrar no barco de Sally Lopez e acompanhar você até Malibu, pelo menos. Isla, ainda não acredito que você fez esse acordo. Sério, nem sei como te agradecer por isso!!!
Luke: Quase tudo pronto por aqui. Meus pais estão ansiosos para te conhecer. Eu tô ansioso também, mas não quero te deixar ansiosa. Já disse que vai ficar tudo bem, né? Vou estar bem do seu lado e Zack vai ajudar a aliviar a tensão. Tô te esperando (:
Isla tentou não vomitar no chão de tanto nervosismo.
Oi, Deus, então, eu sei que a gente não conversa muito, mas por favor, por favor, me faça sobreviver a esse dia.
— Preciso ir — Isla disse para Hali, se levantando do chão. — Qualquer coisa, me liga. E não esquece: se alguma das meninas aparecer e perguntar por mim, diz que tô com dor de barriga trancada no banheiro.
Hali gargalhou.
— Pode deixar.
Isla então se despediu e já estava chegando na esquina quando deu um encontrão com Lino.
— Você não sai mesmo do meu pé, hein?
Lino fez uma careta e Isla o arrastou para as ruas afastadas do centro. Dessa vez, garantiria que ninguém a veria entrar em um barco.
— Você fez um trato com Sally — Lino disse pela centésima vez em poucos dias. — Você é maluca e eu te amo por isso.
— Não vai ficando todo animado — Isla alertou, se esgueirando pelo cais com um boné escondendo os cabelos que estavam amarrados em um coque. — Você sabe o que Sally pediu em troca. Ela gosta do Luke.
Lino deu de ombros, mas Isla sabia que parecia um tanto incomodado.
— Bem, como eu vivo dizendo, é só um crush bobo. Só tô feliz de poder ficar perto dela.
— Dá para ver, já que você tem zero motivos para vir comigo hoje e mesmo assim está aqui, só para passar um tempo sozinho com ela quando eu for para a casa dos Mosheyev. Vem cá, você não trabalha mais não?
— Hoje eu vou na parte da tarde, sua chata.
Isla andou depressa pelo cais até parar perto da lancha de Sally Lopez. Ela estava deitada em uma das espreguiçadeiras da proa, bebendo água de coco. Quando eles se aproximaram, ela ergueu os óculos de sol.
— Achei que não vinham mais.
Sally estendeu a mão e ajudou Isla a embarcar, Lino vindo logo atrás. A lancha não era maior que Apollo 18, mas era mil vezes mais moderna e luxuosa. Além do espaço na proa, um patamar acima da cabine de comando podia ser usado como espaço de lazer, onde mais espreguiçadeiras estavam dispostas. Havia um cooler por ali, e quando Sally os conduziu para a parte interna do barco, Isla se deparou com nada menos que uma cozinha perfeitamente arquiteta em tons de creme, uma TV de tela plana e sofás fofinhos.
— Vocês querem beber alguma coisa? Cerveja? Vodka?
Isla franziu as sobrancelhas quando Sally abriu o pequeno freezer entre o balcão com um fogão embutido e uma pia de mármore.
— Você não tem água, não?
Sally a olhou por cima do ombro.
— É sério?
Antes que Isla pudesse responder, ouviu um baque e um palavrão atrás de si.
Ela se virou a tempo de ver Lino segurar um dos banquinhos altos que ficavam de frente para uma bancada que servia como divisória da cozinha e da sala de estar.
— Desculpa — ele disse, gaguejando. — Eu não vi isso aqui.
Sally estreitou os olhos para o melhor amigo de Isla.
— Por que você veio mesmo? Pensei que Isla tivesse dito que precisava ir para Malibu sozinha hoje.
Sally não pareceu querer soar rude, mas foi rude do mesmo jeito.
— Lino queria... conhecer seu barco — ela tentou explicar. — Espero que você não se incomode.
Sally deu de ombros e tirou uma latinha de energético do freezer, abrindo o lacre com a unha comprida e dando um longo gole.
— Tudo bem. Contanto que ele não quebre nada.
Lino assentiu depressa, jurando que ficaria quieto daquela vez. Então Sally passou por ele e riu, sussurrando baixinho:
— Eu tô brincando. Odeio metade da decoração desse barco. Você faria um grande favor se jogasse pela barricada algumas das estátuas de onças e elefantes que a minha mãe espalhou por aí. — E com um sorrisinho completou: — Você, por outro lado, parece ficar muito bem em qualquer lugar.
E ela piscou para Lino.
— Por favor, se isso for um sonho, eu não quero acordar nunca — ele disse quando Sally se afastou, despreocupada.
Juntos, eles a seguiram até a cabine de comando. Isla observou o moderno painel de controle do barco, as telas embutidas, o sistema de comunicação avançado e a poltrona de couro para o piloto. Sendo sincera consigo mesma, ela não sabia se conseguiria pilotar uma coisa daquelas.
— Rumo a Malibu então — Sally disse quando o barco deu um arranco suave e tomou impulso para longe do cais da Ilha da Rocha. Ela comandava os controles com uma graça e segurança natos. — Droga, espero não me arrepender disso. Eu tinha uma festa irada para ir hoje. Ainda não tenho certeza se vocês são uma boa companhia.
Eu posso dizer o mesmo de você.
Lino estava com o nariz praticamente grudado na janelinha redonda que dava para fora da cabine. Quando o barco se inclinou um pouco para estibordo, ele bateu com o nariz no vidro.
Sally gargalhou.
— Bom, pelo menos o seu amigo é engraçado.
Isla se sentou em um cantinho da cabine e olhou para o teto.
Ela estava a caminho de um almoço com os pais de Luke, sentada na cabine de controle da lancha de Sally Lopez e com mais mentiras e acordos guardados dentro de si do que era capaz de contar.
E pensar que tudo tinha começado com um caderninho guardado em um baú...
Não, ela se corrigiu assim que o pensamento veio. Toda aquela loucura não tinha começado com o caderno da mãe.
Tinha começado com um garoto no meio de uma tempestade.
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Dedicado a: debyfanfiqueira
e
Oii gente!!! Como vocês estão??
Espero dms que tenham gostado do capítulo de hoje! Eu amei escrever a interação da Sally e da Isla e tô doida pra saber o que vocês acharam desse acordo delas!!
E estão ansiosos para o almoço com os pais do Luke? A Isla está, mas não de um jeito bom... Mas quem disse que um namoro de mentirinha é fácil de manter?
Vejo vcs em breve!
Ceci.
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