Soneto de Brevidade

Por mais intensa que seja esta alegria,
Há de passar como tudo passa.
As coisas logo hão de se tornar nada,
Em atra noite converter-se-ão os dias…

Isso importa e não o percamos de vista.
Guie-nos, todavia, a doçura do cuidado!
Para que, por mais breve que seja a vida,
Não sejamos no fim por ela condenados.

Tudo é breve! — Colhamos logo que viscejar!
Importemo-nos com sua brevidade,
Mas não ao ponto extremo de desesperar.

O que urge não é o fim desta viagem,
Mas se no curso dos dias se soube amar
Como se amor mais do que bastasse…

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