Tudo é mistério e só depois é o fim…
Percorremos a estrada a reparar na paisagem:
As flores abrem porque o mundo é um jardim
E assim ele existe para ti desde a eternidade…

Chorei as lágrimas da primavera em chamas,
Sorri o sol de brasa e fúria todo meio dia,
Cantei cantigas cinzentas por melancolia
Calei na tarde deitado sob a fria campa.

E tudo permaneceu mistério sob o selo,
Não havia guia nem lanterna nesta estrada,
Segui por ela, porque era mister fazê-lo

E segui cioso de saber o que me reservava…
Assim vivi e o destino revelou-me seu segredo:
No fim, nunca nada há de surgir do Nada!