Salvo-conduto
Não tenho neste mundo nenhum lugar
E por isso, ando à margem da ordem,
Onde o caos está sempre a ameaçar
E todo desejo é flerte com a morte…
Não há salvação para os dessa natureza,
Senão se resignar por haver na carne
Quem a carne ainda nos conceda
Por conta de nos aliviar da vã verdade.
Quem dera estar neste limite extremo,
Tensionando a força vital até o fim
E mais nos aproximarmos do bom termo
Em que a carne se tensiona no existir.
E quiçá seja esta resignação que ainda temos
— Salvo-conduto para transpormos este mundo.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top