Asteroide

Esta solidão, tão ampla solidão que é estar no mundo
E haver tantos e tantas razões para estarmos separados.
Que melhor seria estar-se só num vazio de tudo,
Perdido num asteroide nas profundezas do espaço…

Que ver vagar diante de ti quem, por
ter semelhança contigo,
Não compreenda haver diferenças e  te odeie sem perdão.
Como não aceitasse que ambos podem
seguir seus caminhos,
Preferindo morrer sozinho a estender-te a mão…

E esta solidão é de haver em vão lábios para declarações de amor,
De havê-los para o beijo também, por que não?
De termos em vão mãos que trazem o alívio da dor…
E que selariam múltiplas formas de nossa união…

Mãos e lábios com que transmitiríamos calor:
O único poder que haveria de amenizar a solidão…

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