No começo deste novo ciclo, há necessidade de se falar sobre o fim de seu predecessor: Prelúdio às Visões chegou ao seu termo no ducentésimo poema, limite permitido pela plataforma.
Desse modo, não que haja uma ruptura de fato, para havê-la teria de ter existido uma unidade mínima antes. No entanto, Prelúdio às Ilusões nunca foi uma coisa só, mas nele estão contidas todas as fases da poesia que tentei trazer à tona ao longo de mais de 20 anos.
Mesmo assim, é difícil me despedir, embora também não seja uma despedida, nem uma ruptura, apenas uma retomada para mais 200 poemas, quem sabe?
Esse é o sentimento que me anima a continuar. A poesia que eu aspiro como ideal não pode ser alcançada, mas isso não é a resignação em razão de um sentimento de impotência, mas a admissão da infinitude da poesia diante de minha finitude. Desse modo, pretendo seguir aspirando por esta Arte, como se tratasse de um exercício de devoção a ela.
Não desistam de mim! Mas vamos em frente! Entoemos este cântico em meio a escuridão e nela encontremos a redenção que só a poesia pode proporcionar.