Filho de Apolo, pega a lira,
Toca sua bela melodia,
E com música e ousadia
Acalma onde quem rege é a ira.

Faça novas poesias,
Harmonias, fantasias...
Contagia com esse som bom,
Com rimas que o poeta tem por dom.

Toca a canção filho de Apolo,
E com o som se livra do trauma
Do sertenejo com um seco solo,
E liberta da agonia essa alma.

Com a música tira deles o tormento
De viver num mundo sedento
Em busca daquilo que o destruirá.

Nunca param para respirar
E nem percebem que acabou o ar.
Nem morto ou vivo aqui ficará.

Filho de Apolo, toca tua canção,
Coloca o homem para sonhar
Com o som das ondas do mar.
Purifica então o seu coração.

E não olha para trás Orfeu.

Escreve um poema,
Trasforma em música,
Harmonia e Acústica.
Orfeu renasce sob nova forma.

Dessa vez a rima acerta,
E ordenou Apolo assim,
E Orfeu renasceu sob forma de poeta.
Nem o perfume do Jasmim
Não chega perto do que está em mim.
A poesia é a escolha certa.

Filho de Apolo, toca tua canção,
Coloca o homem para sonhar
Com o som das ondas do mar.
Purifica então o seu coração.

Por que olhaste para trás Orfeu?