A majestade de supremo poder terreno, vislumbra seu aprisco dourado, de profundo júbilo e pompa, permanecendo em si com espírito inalterado.
Encarando o mundo em desarranjo com a miséria alheia, vive um sonho fúnebre e tedioso de dias contados e ao mesmo tempo sentindo-se de varias formas embriagado.
Poderia ter o melhor da terra, mas prefere o que no fim retornará à ela.
Poderia ser influenciado de luz e sabedoria, contudo a posse e ambição transforma sua vida dia a dia em uma grande nostalgia. De ver o soro vital se esvair, do vazio não preencher, dos sonhos nunca chegar a realmente entender e a intuição da juventude que um dia veio a lhe mostrar parte da sabedoria plena, o verdadeiro sentido da vida, sufocar-se pelo zelo inútil de sua própria barriga.
Tamanho egoísmo e covardia, não se tem com o discípulo de um certo sábio, que deixou tudo para trás, sem pestanejar ou ser enganado por pensamentos fugaz.
Dono de sua vida, não entregou a seus membros ou instintos a guia da caminhada, porém, com cuidado e inteligência, tomou as rédeas da carruagem antes abandonada.
Converteu diariamente seus impulsos naturais em raciocínio de iluminação, não dançando conforme o mundo, pois nobre era a sua canção. Que o levou do cosmo distante, a sua humilde, mas nobre alma pequenina. Que dicerniu o pequeno punhado de areia, dos altos pensamentos que o Eterno sempre o permeia.
Instigando a sua imaginação, guiando-o por caminhos agrestes mesmo na escuridão, pois a jornada difícil daquele que escolhe a retidão, é regada por lágrimas, abandono e desilusão.
Para os que vêem o mundo como ele realmente é, não basta apenas o estudo ou a dedicação. Todavia a renúncia aos prazeres transitórios e o desapego ao que mais ama, faz parte deste caminho difícil, mas que transforma aqueles que os querem seguir em verdadeiras majestades em mansidão, reis em compreensão e imperadores da fé, de tamanho amor que cobre ao seu redor uma multidão de homens sedentos por nada, sendo o nada tudo que se perde com a desencarnação.

Jb brown