você está me enlouquecendo!

Vamos inventar uma palavra. Qual o problema do dicionário? Por que não existe sinônimo de amar? Estou cansado de repeti-la, repeti-la, repeti-la, repeti-la... isso não tem fim? Vamos, criemos outras palavras similares, estou fatigado desta. Às vezes, quando encosto a cabeça no peitoril da janela, percebo quão patético sou em exatamente tudo por conta dessa maldita palavra. Amor. Que ridículo. O amor é ridículo.

Talvez ele seja aquele carro importado dobrando a esquina, a buzina estranha e o sorriso surgindo enquanto o vidro da janela desliza vagarosamente. Talvez seja o aceno que recebo ao vê-lo encostar o carro no acostamento. Não sei. Eu realmente não sei.

— Vem, princesa! — ele grita.

Pensei que ele iria subir pra vir me buscar, me dar um beijo como cumprimento, trazer-me flores ou sei lá o quê. Mas eu sorrio pela sua imagem solta saindo do carro, afasto-me da janela, olho-me no espelho e saio do apartamento com pressa e ânsia. Desço de escada, pulo dois ou três degraus. Sinto o frio da noite usurpar a temperatura do meu corpo e, diante disso, aperto-me contra a jaqueta de couro que estou usando.

— Boa noite — sorrio, encantado com o fato de ele ser lindo até sob a luz prateada do luar e uma rua parcialmente escura.

Bonne nuit — seus lábios fazem um pequeno beicinho quando observo-os ao falar. O bom do francês é ver seus lábios se moverem.

— O que já falamos sobre você me chamar de princesa, dama, garota e coisas mais? — resmungo cruzando os braços.

— Nada. Não me lembro de nada disso — ele faz a egípcia, mas eu percebo pelo seu sorriso que Ten está se divertindo. Desgraçado. — Você está parecendo a coisa que mais abomino.

— Quê?

— Homem hétero cis — Ten entorta o nariz como se realmente detestasse alguém do tipo. — Eu vou te chamar do jeito que eu quiser, não me importa a sua masculinidade frágil.

— Eu não tenho masculinidade frágil — resmungo enquanto rodeio o carro. Ten solta um palavrão quando abro a porta e entro, claramente se opondo a mim.

— Então você é minha princesa — diz, enfim, batendo a porta do carro ao entrar.

— Você é meu príncipe?

— Príncipes são chatos.

— E o que você é?

— A torre.

— Ui, isso quer dizer que estou dentro de você? — automaticamente já formo uma expressão maliciosa. Ten ri por um par de segundos, depois alui.

— Não — a chave é posta na ignição. — Significa que eu te prendo. Te prendo a mim.

Fico em silêncio por um tempo, aguardando o motor ligar e a velocidade encorpar-se com o tempo. Viro-me para Ten, que me aconselha usar o cinto de segurança.

— Mesmo assim, eu não tenho masculinidade frágil — retomo o assunto.

— Você tem um pouco, confesse.

— Tenho não. A não ser que eu esteja bêbado.

— Você está bêbado?

— Talvez.

— Acha que me engana, né?

— Às vezes — rio.

— Então confesse.

— Quê?

— Sua masculinidade frágil, idiota.

— E eu tenho?

Ten revira os olhos, desistindo da discussão. Eu sorrio feliz, como sempre faço quando estou com ele. Encosto a cabeça no banco e fico contemplando as luzes das ruas. Queria dirigir, mas sei que ele não irá me deixar. Na verdade, acho que tenho minha carteira de motorista de enfeite mesmo. Nem sonho em ter um carro, quão utópico isso é?

— Chittaphon — chamo-o. — Você realmente quer ir pra esse show?

— Por que você está perguntando isso agora? — rapidamente seu olhar bate-se com o meu. Eu gosto de quando ele dirige e divide atenção comigo e trânsito. É perigoso, sei, mas demonstra que ele se importa comigo nem que seja um pouco.

— Não sei. É porque é um festival e, como todos festivais, sempre tem algum cantor que a gente não gosta muito.

— Dane-se. Vai ter r&b e é isso o que importa! — ele dá de ombros. É, Ten realmente gosta de r&b. Não é por nada que vive cantando Khalid pelos cantos.

Sorrio. Queria que fôssemos infinitos. Enquanto os semáforos surgem e desaparecem, queria que a luz verde fosse eterna. Queria que a luz verde de Ten fosse eterna, para que não houvesse hesitações, não houvesse mentiras. Percebo que estou observando-o sem querer. Isso sempre acontece.

Não queria que acontecesse, queria gostar dele apenas como um amigo. Amigos que viajam sem se pegar no meio do caminho. Amigos que desfrutam da companhia do outro sem precisar dizer ou fazer coisas românticas. Amigos que vão à shows e não se beijam. Que não se beijam. Então por que a primeira coisa que fazemos quando chegamos aqui é nos beijar? Somos um tipo esquisito de amigos. O mais esquisito de todos.

Compramos cerveja porque detestamos e eu pergunto-o por que será que irá beber se o carro dele está aqui. Ten ri e diz que vai contratar um motorista, então está tudo bem. Eu amo sua cara quando ele bebe cerveja, porque ele detesta o gosto mas o álcool é irresistível. Dou um gole na minha garrafa, então nos juntamos à multidão. Eu não gosto de multidões. Sabe, muita luz, muita gente, muitos toques, muitos gritos. Mas aqui está Ten me guiando, puxando-me pela mão. Acabo tropeçando e derramo um pouco da minha cerveja, então ele arranca a garrafa da minha mão.

— Me dê isso — é o que diz ao pegá-la revirando os olhos.

Ele volta a me levar para um lugar legal. Chegamos tarde, então tem bastante gente. Com a mão na sua cintura, vou sendo puxado pelo seu corpo. Gosto disso, de quando parecemos um casal. Acho que ele não se importa em fazer essas coisas em público. Também não acho que alguém vá perceber isso. Mas eu sou bobinho mesmo.

— Aqui está perfeito — ele para logo quando eu já estou gostando de estar com a mão na sua cintura. — Toma. Vê se não derrama em ninguém.

Pego minha cerveja da sua mão e, uma vez que Ten não se prontificou contra, rodeio meu braço na sua cintura e assim fico.

— Acho que no fundo a gente gosta de cerveja, Ten — sussurro no seu ouvido, já que a introdução começou e o som está terrivelmente alto. Chegamos, literalmente, na exata hora.

— Eu só gosto de beber cerveja quando estou com você, porque você é o único que conheço que detesta cerveja. Então podemos criticar à vontade, né? — vira o rosto para mim e sem querer seu cabelo bate no meu rosto. Que cheiro bom, senhor. Obrigado por ter criado a perfeição em forma humana.

— Inclusive, essa marca é uma merda — ergo a garrafa para tentar enxergar de que buraco é essa cerveja.

— Exato! — ele ri e joga a cabeça para trás. Meu Deus, seu pescoço é tão lindo com esses exagerados rojões de luzes coloridas. — Depois compramos algo que preste, tá bom?

— Vou cobrar.

Surpreendentemente, ele estica-se para me dar um selinho e depois vira-se para o palco. Abraço-o por trás, confortável com esse nosso contato e a evolução mais que notória que estamos tendo. Estou feliz. Digo, felicidade é o que estou sentindo agora. Talvez mais tarde eu não sinta, mas agora está tudo tão claro para mim que nem sei o que pensar.

Ten desiste da cerveja dele e entrega-me para que eu beba. Com cara de nojo, bebo a minha e a sua. Depois disso, tudo passa muito rápido. Tudo está passando muito rápido, ou é o álcool? Sinto tudo se agitar, eu me animar, o sono ir embora. Começa com uma banda que nem sei o nome, mas a vibe é boa e o ritmo é saltitante. Ten dança comigo porque ele é mais solto e não tem vergonha. Demoro trezentos anos para dançar com ele de verdade. Mas quando eu faço-o, de repente toda minha vergonha vai embora e aqui estou eu movendo meu corpo junto ao seu. Sinto meu corpo queimar, o calor incendiar. Não sei se sou eu, Ten ou a música. Tudo está em sintonia.

Ele gira, acompanho-o com a mão na sua cintura. Quando puxo-o para perto, nossas bocas encontram-se por si só e o resto já é esperado. Eu acho incrível o modo como mal encosto meus lábios e ele já está encostando a língua em mim. Eu sorrio em meio ao beijo, porque estou putamente animado com essa noite. Ten. Ten sendo meu par hoje. Só uma noite tendo Ten como par. Mesmo que ele me dê patadas amanhã ou me trate da forma que condizer com seu humor, saberei que pelo menos tive o hoje à noite para tê-lo de uma maneira tão carinhosa e única como está sendo.

Seu quadril... Nossa, seu quadril parece ter vida própria. Eu amo como ele dança, pois me faz sentir tudo o que faz e isso é espetacular. Joga a cabeça para trás, ri de algum comentário ridículo que faço e ainda sacode esse cabelo maravilhoso. Acho que ele sabia que ia suar, por isso veio com uma camisa sem manga alguma. E, claro, como sempre, muitos botões abertos. Consigo ver, pelos feixes luminosos contornando-o, o suor desaguando pelo seu peitoral e perdendo-se sob a camisa fina e branca.

Todas as minhas dores foram entorpecidas. Me sinto mal, confesso, por ter deixado tudo se tornar isso. Não dou valor ao que sinto, apenas que ele está com meu coração e faz dele cubo mágico. Gira, gira, gira... Ainda não está satisfeito, vai tornando-o do jeito que quer. E, enquanto isso, eu rio e despejo mais álcool no meu estômago. Bebo água, pois ele me força. Eu sorrio, meus neurônios me forçam. Teu suor esfrega-se com o meu, o atrito decai, o som estoura e estou rindo sem parar. Que estamos falando? Eu nem consigo me escutar. Quando paro e percebo o que Ten está falando, grito um sim tão grande que nem acredito no meu próprio desespero.

— Ali, atrás do banheiro! — aponta ele, afastando a franja molhada da testa. Puxa-me pelo braço, faz-me teu brinquedo, teu fantoche. Eu rio e sigo-o obediente.

Detesto esses banheiros, mas passamos direto por eles. Quando estamos atrás, de repente a banda muda de ritmo. Quando estamos atrás, de repente sinto a parede nas minhas costas. Quando estamos atrás... De repente, quando estamos atrás, tudo fica rápido e quente demais entre nós dois. É suor, saliva, é mordida e agonia. Não posso tirar minha jaqueta e jogá-la em qualquer lugar, mas está muito quente. Quente demais para eu suportar. Quero sair daqui, mas meu quadril é empurrado para trás. Sabemos quem está no controle, então me derreto. Derreto e ele me suga, com seus róseos lábios puxando-me para dentro de si como se precisasse de mim para viver. Ele não precisa. Mas ele me quer. E eu me dou. Eu sempre me dou.

Enfia a coxa entre minhas pernas — tão despretensioso! A ironia do seu ato faz jorrar animação dentro de mim. Acho que bebemos demais, mas isso não importa. Não importa, porque não somos mais que dois idiotas que não conseguem parar de beijar nem mesmo quando falta o ar. E quando falta o ar, sinto sua coxa esfregar-se em mim. É uma merda. É uma merda, sério. O gélido do metal do seu anel assusta-me quando sua mão puxa-me pela nuca. Morde meu lábio, sua mania.

— Ten... Ten... A gente vai perder o show — resmungo, fugindo de mais uma temporada da sua série de beijos.

— Não, só mais um pouco... — agora seus braços enlaçam meu corpo e teu queixo erguido é rapidamente beijado por mim.

— A gente pode fazer isso qualquer hora.

— Mas agora estou com vontade — faz um beicinho. Sorrio com o fato de ele estar esticado para estarmos na mesma altura e ajeito seu cabelo com paciência.

— Garoto chato — é o que resmungo antes de beijá-lo outra vez.

Sua coxa permanece no mesmo lugar: entre minhas pernas. Meu coração permanece no mesmo lugar: entre seus dedos. Não me recordo de quando foi que mudou-se a música outra vez, a melodia tornou-se lenta e um tanto triste. Mas ainda continuo com as costas na parede, continuo sentindo o álcool no granulado da sua língua inebriando-me. Quando sua cabeça inclina, seu cabelo tomba para o lado. Agarro seu pescoço com delicadeza, sentido seu suor contra o meu numa batalha de quem é que mais toma conta do corpo do outro. E que bom que estamos fazendo do seu jeito, acho que ser lento às vezes cai bem. É mais gostoso, aproveita-se mais. E Ten não tem pressa, sabe?

Segundos são o suficiente para que sua coxa seja substituída pela sua mão. Eu tremo por dentro, mas rio por fora. Sua ousadia não cansa de me surpreender. Não mesmo. Mesmo assim, puxo-o mais perto para que seu corpo esconda o que ele está fazendo comigo. Não quero que ninguém nos veja assim, seria muito desconfortável.

— Você está me enlouquecendo, Chittaphon — sussurro perto do seu ouvido, uma vez que a gritaria e o volume dos instrumentos estão sobrepondo quaisquer onda sonora que houver.

Ele sorri e olha-me nos olhos. Eu ficaria de joelhos para agradecer aos deuses por proporcionar-me todo e qualquer momento com esse anjo; mas ele se ajoelharia para outra coisa neste momento — e nisso concluo apenas com uma simples deslizada travessa da sua mão em mim. Hora de acabar com isso e voltar para a dança. Estou elétrico demais para tentar controlar o fogo de Ten.

— Eu vou dançar — aviso, tentando fugir dos seus contatos.

— Vamos ao banheiro, então. Bem rapidinho — me impede de sair, aperta de mansinho a mão em mim e sinto meu coração errar as batidas.

Amado? Que seria esse "bem rapidinho"? Sério, que raios seria isso? Eu não quero saber, eu absolutamente não quero saber. Sei do que pode se tratar, então claro que vou negar. Num banheiro de show, Ten? Sério? Deixo que me toque por mais alguns segundos, depois afasto todo o seu corpo de mim e abano a cabeça.

— Não sei do que se trata, amor — respondo com calma. — Mas você sabe que não se faz isso "bem rapidinho". Não se pode fazer isso assim rapidinho.

— Você sabe que não gosto desse negócio de "amor" — Ten revira os olhos, mas vem me abraçar. É, com certeza é a bebida. O grude dele está me deixando incomodado. Ele não é assim.

— Eu sei disso — confirmo. — Só queria dizer que você e eu merecemos mais que isso. Mais que um banheiro. Mais que "rapidinho".

— Mas...

— Te amo — beijo-o tão rapidamente que quase não existiu o tal. — Vamos dançar.

E o que fazemos? Vamos dançar. Voltamos como se nada tivesse acontecido e gosto muito disso. A banda muda, o ritmo muda, as luzes estão mais intensas agora ou é só impressão? Três garrafas inteiras de soju para que eu caia aos tropeços vomitando. Eu choramingo para que Ten me carregue e ele me põe sobre suas costas como um macaquinho. Não sei o porquê da comparação, só estou me sentindo bem aqui em cima. Mordo sua orelha, mesmo que esteja com um brinco. Ele rosna de raiva, mas me segura firme.

Ten sacode-se para que eu possa me divertir também, mas isso me traz enjoo e ponho mais uma remessa de vômito para fora. Assustado, pois quase chegou a agarrar nele, insiste em dizer que vai me deixar andar só e eu que me vire para não morrer por escorregar no meu próprio vômito.

— Vai nada, idiota — reclamo. — Ali, um lugar melhor para ficarmos. Vai lá, cavalinho! — deixo uma palmada na sua bunda, mas acaba sendo tão forte que as pessoas ao nosso redor conseguem escutar, mesmo com o som estrondoso vindo do palco. Ten me dá cerca de cinco segundos para que eu repense sobre minha existência, mas uso este tempo para pular e sair correndo para longe dele.

— Filho da... — ele grita ao afagar a própria bunda. Ele está bem puto. Eu rio, pois pensava que ele talvez pudesse gostar disso. Não é ele que gosta disso? — Vou foder contigo, desgraçado!

Honestamente, o lado bom de termos chegado num horário extremamente ruim para um show — migalhas de minutos para começar o entretenimento —, foi que ficamos no fundo e atrás da multidão, então é fácil sair do meio dela e tentar correr por espaços mais vazios. E que estou fazendo agora? Isso mesmo, correndo de Ten porque somos bestas e não temos medo de tropeçar e cair com a cara no chão.

— Eu achei essa ideia interessante — minha expressão maliciosa é tudo o que Ten vê antes que eu me estabaque no chão em frente a uma barraquinha de odeng.

Ten tropeça nas minhas pernas e também cai, mas não deixa de me bater enquanto pede à moça quatro espetinhos quentes. Diz que devo sentir a mesma dor que ele sente e, enquanto o cantor grita "me ame mais, beije-me mais", Chittaphon reclama sobre como eu fico exagerado depois de beber e que isso é repugnante. Olha a palavra que ele acabou de usar: repugnante. Repugnante. Hahaha, que palavra engraçada. Não sabia que ele sabia esse tipo de palavra. Palavras como repugnante.

— Repugnante, repugnante, repugnante — repito, enchendo seu saco enquanto mastigo o odeng de boca cheia para completar o pacote de pessoa irritante como vingança por ele ter estapeado minha bunda enquanto estive no chão sofrendo pela queda.

Ten tira o celular do bolso e decide gravar um vídeo para pôr no Instagram. Era para ser do show, mas eu roubo a cena chamando-o de repugnante outra vez. Ele tenta até apagar o vídeo, mas meu dedinho indicador acaba entrando em contato com a tela do celular e acaba enviando como um story. Ten me olha com aquele típico olhar de eu-vou-te-chutar-até-você-não-puder-mais-gritar. É, sim. E isso significa que tenho cinco segundos para correr. Mas não quero cair outra vez, então dou uma mordida no meu espetinho e rio para ele, chacoalhando os ombros até. Ele alivia a expressão e sorri para mim todo bobinho. Isso é um bom sinal?

— Eu te odeio, Lee Taeyong. Te odeio muito — diz-me e finjo acreditar, concordando com a cabeça. Ten segura minha mão e aperta-a. Está suada. — Vou te chutar até você não puder mais gritar.

— Pode fazer isso lá no meu quarto? É que isso é meio íntimo demais...

Ten estava olhando para as nossas mãos entrelaçadas, mas ergue o olhar e gruda-o ao meu ao me escutar falar.

— Você está muito ousado.

— Você também, amor.

Ten faz uma cara de nojo e finge um vômito tão bem que a moça ao seu lado afasta-se toda assustada com a cena. Gargalho alto e abraço-o de lado.

— Você é incrível, sabia? Você, Ten, é incrível! — grito perto do seu ouvido e, mesmo que ele reclame por eu estar apertando-o, gritando perto demais e bagunçando seu cabelo, ele está sorrindo e isso já é o suficiente para mim.

Porque no final de tudo, se o amor é realmente egoísmo, eu não estou sendo egoísta sozinho. O cantor é egoísta, aquele moço de boné amarelo com a garota de azul é egoísta, o segurança ao lado do palco é egoísta e, por fim, este homem que me puxa para dançar e roça em mim a todo momento também é egoísta. Eu sei que ele é egoísta. Basta saber que tipo de egoísta ele é. Mas, enquanto isso, me perco entre o sorriso que emaranha teu rosto e nos movimentos sutis do seu quadril contra o meu. Ele repete: "dança, Taeyong, dança!", mas eu não sei como dançar. Cheguei ao ponto de parar, ficar estático, admirar e apenas sentir. Ele é arte pura. E eu sou leigo, só sei contemplar, não interpretar. Eu nunca sei interpretar.

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