Capítulo XI
Katie acordou. Quando olhou em volta, viu que James estava sentado na cama, ajeitando as mangas de sua camisa social.
— Bom dia. — Ele disse, quando percebeu que Katie o olhava.
— Bom dia. — Ela o respondeu, enquanto se sentava do outro lado da cama.
— Temos que descer daqui a pouco. — Katie assentiu. Então, levantou-se e James pegou o seu anel no criado mudo para colocá-lo no dedo anelar.
— Tudo bem. Vou ao meu quarto antes. — Ela disse, enquanto se dirigia para a saída. — Até daqui a pouco.
— Irei passar no seu quarto. — James disse. Depois, Katie saiu.
Aproximando-se de seu quarto, ela percebeu que estava do mesmo jeito que havia deixado, portanto suspirou aliviada. Assim que entrou, aproximou-se do outro cômodo do quarto, que era um banheiro. Então, ela entrou e tirou o vestido. Depois, adentrou no boxe e ligou a torneira até que a água estivesse morna, enquanto a deixava escorrer pelo seu corpo. Após, pegou o sabonete, o qual o hotel deixava, e ensaboou o corpo. Assim que deixou a água terminar de tirar todo o sabão, saiu do local e pegou uma toalha. Quando acabou de se enxugar, trajou o seu vestido.
Katie se olhou no espelho e viu que sua roupa estava amassada, então passou a mão em uma tentativa de ajustá-la. Viu também que seu cabelo estava embaraçado, portanto fez de sua mão uma escova e a passou em seus fios.
Depois de sair do banheiro, avistou James sentado na cama e segurando sua chave, parecendo esperá-la. Assim que ele percebeu que Katie saiu, olhou-a e deu um sorriso gentil, o que a fez retribuir. Sentando-se ao seu lado, Katie calçou o sapato. Após se levantar, James a ofereceu seu braço, enquanto ela pegava sua chave. Assim que ela aceitou, eles saíram.
Quando eles se viraram, avistaram Kaleb encostado na parede ao lado de seu quarto e com sua mochila nas costas, enquanto segurava sua chave.
— Vamos. Temos que nos alimentar. — O pai de Katie se dirigiu a ela. Portanto, Katie balançou sua cabeça em confirmação.
Depois, começaram a caminhar em direção ao elevador. Assim que se aproximaram, ela apertou o botão e, após algum tempo, ele se abriu. Avistaram uma mulher alta e branca, com cabelos loiros e olhos castanhos; segurando a mão de uma menina, a qual possuía traços semelhantes à mãe. Quando eles entraram no elevador, começaram a sentir leves solavancos, o que anunciava que estava descendo. Enquanto isso, a menina fitava James, ao mesmo tempo que ele sorria e olhava para frente. Após alguns minutos, o elevador se abriu novamente e eles saíram. Então, Katie, James e Kaleb começaram a caminhar em direção a uma porta que se encontrava na entrada do hotel.
Depois de passarem pela recepção, James parou e desprendeu seu braço de Katie, enquanto dizia.
— Esperem, preciso devolver as nossas chaves. — Então, Katie e o pai dela estenderam suas respectivas chaves e James as pegou. Em um rápido movimento, ele fez o que falou e se aproximou deles.
Assim que passaram pela porta, avistaram poucas mesas retangulares, cobertas por um pano branco e acompanhadas por quatro cadeiras de madeira. Além disso, viram algumas mesas no canto, onde continham diversas comidas, e, ao lado, uma com bandejas, pratos e talheres.
Quando James se dirigiu para uma das poucas mesas, Katie e seu pai se aproximaram da do lado das comidas. Eles pegaram uma bandeja e colocaram um prato e talheres em cima. Passando pelas comidas, ela escolheu dois bolinhos doces fritos e Kaleb pegou um pão e uma fruta, a qual Katie não conhecia. Depois, eles se encaminharam para onde James estava sentado.
Quando depositaram suas respectivas bandejas na mesa, Kaleb tirou sua mochila das costas e eles se sentaram.
— Papanasi, boa escolha. — James disse a Katie e ela o demonstrou um sorriso tímido.
Pegando o garfo e a faca, ela cortou os dois bolinhos ao meio. Depois, pegou um dos pedaços e começou a mordiscar, ao mesmo tempo que Kaleb deu uma mordida na fruta. Após ter dado outra mordida, ele começou a dizer e sussurrou assim que pronunciou a palavra verbena.
— Falando sobre a verbena, tem alguma floresta por perto? — James balançou a cabeça em confirmação.
— Mas teremos que pegar um carro para chegarmos até lá. — Enquanto isso, Katie pegava um outro pedaço do bolinho e o mordiscava, ao mesmo tempo que o pai dela pegou o garfo e a faca e cortou o pão em três fatias. — Com licença, irei fazer uma ligação. — Então, James se levantou e se dirigiu para a porta.
Após algum tempo, Katie e Kaleb terminaram de comer e deixaram a bandeja na mesa. Depois, o pai de Katie pegou sua mochila e eles começaram a caminhar para a saída.
Assim que saíram, dirigiram-se para a sala de espera, no entanto perceberam que James não estava lá. Portanto, Katie se sentou em um dos sofás, enquanto Kaleb, ao seu lado. Após alguns minutos, a porta de correr se abriu e James adentrou no hotel. Então, eles se levantaram e se encaminharam para a saída.
Quando saíram, avistaram um carro estacionado, um Uno vermelho. Depois, saiu um homem pela porta aberta do motorista.
— Posso ajudar com a sua mochila, Senhor? — O motorista perguntou gentilmente para o pai de Katie.
— Ah, pode. — Então, Kaleb tirou a mochila de suas costas. — Cuidado que deve estar pesada.
— Pode deixar que eu pego. — James disse.
Então, ele pegou de sua mão sem o mínimo esforço e estendeu ao motorista. Porém, quando ele ia pegar, enquanto um sorriso gentil estampava em seu rosto, James fixou seu olhar no dele. Portanto, os olhos castanhos do motorista mudaram de tom, do claro para o escuro.
— Quero que você me entregue a chave de seu carro. — O homem apontou para a janela da porta do motorista. — E que fique esperando lá dentro, na sala de espera, e só sairá quando eu chegar. — O motorista assentiu. — Ótimo. — James deu dois tapas em um dos ombros dele com sua mão livre. Então, o homem fez o que foi pedido.
Depois, James se aproximou do porta-malas, enquanto Kaleb entrava no carro pela porta de trás. Assim que guardou a mochila do pai de Katie, James se aproximou da porta do passageiro, pois percebeu que Katie ia abri-la. Então, ele a abriu antes em um rápido movimento e deu um sorriso gentil. Assim que ela entrou, ele fez o mesmo pela porta do motorista. Após, ligou a chave, a qual já estava na ignição, e começou a dirigir, enquanto Katie olhava pela janela.
— Você está bem? — James perguntou à Katie, o que fez despertá-la de seus devaneios. Ela percebeu que os olhos dele estavam preocupados.
— Estou. — Ela balançou a cabeça, condizente com o que falou. — Só estava pensando no dia da coroação. — James arregalou os olhos.
— Katie, eu sinto muito. — Ao mesmo tempo que sussurrou, colocou uma de suas mãos na perna dela.
— Não, tudo bem, James. — Ela o demonstrou um sorriso encorajador. — Devo saber quais eram as suas possíveis intenções na época.
Após algumas horas, Katie olhou pela janela e notou que estavam entrando em uma floresta. Então, James estacionou.
— Sejam bem-vindos a mal assombrada floresta Hoia-Baciu.
— Mal assombrada? — Katie perguntou, ao mesmo tempo que arqueou uma sobrancelha.
— Não se preocupe, é só uma lenda. — James disse após desligar a chave da ignição e colocá-la no bolso de sua calça social. Então, eles saíram pelas suas respectivas portas.
Após, James abriu o porta-malas e Kaleb, sua mochila para pegar duas estacas de madeira e duas adagas. Enquanto isso, ele entregava uma de cada para Katie.
— Vamos. — O pai de Katie começou a dizer. — Temos que encontrar antes do anoitecer. — Assentiram. Então, começaram a adentrar a floresta.
À medida que entravam, notavam que as árvores eram diferentes, pois possuíam troncos tortos e poucas folhas, e havia vegetações rasteiras.
Após alguns minutos de caminhada, Katie percebeu que seus pés começaram a ficar doloridos. Então, ela parou e tirou o sapato. Assim que eles notaram, fizeram o mesmo para que pudessem esperá-la. Depois, Katie caminhou novamente e, assim que os alcançou, começaram a acompanhá-la.
— Pode deixar que eu leve. Não estou carregando nada. — Então, ela entregou o sapato ao James.
— Obrigada. — Demonstrou-lhe um sorriso gentil e ele retribuiu seu sorriso.
Depois de algum tempo de trajeto em silêncio, Kaleb parou e colocou um de seus braços a frente deles, induzindo para que eles fizessem o mesmo.
— Não se mexam. Eu senti algo ou alguém se aproximando. — Então, James franziu o nariz.
— É um lobo. — Katie arregalou seus olhos, assustada.
Assim que olhou em volta, ela viu uma sombra de uma figura de médio porte, a qual estava atrás de uma das árvores. Então, apontou.
— Seria aquele ali? — Então, a figura saiu e revelou ser um lobo de pelagem marrom com seus caninos crescidos, o que parecia que ia atacar.
— Sabe qual é o inimigo natural dos vampiros? — James perguntou, dirigindo-se à Katie.
— Lobos. — Ela sussurrou muito baixo e ele balançou a cabeça em afirmação.
Olhando para o seu pai, Katie viu que ele estava sussurrando algo a James. Assim que terminou de falar, ele assentiu.
— Katie, não se preocupe comigo. — À medida que falava e lhe entregava o sapato, ela fazia uma expressão confusa. — Eu vou ficar bem. — James depositou nela um beijo na bochecha. Depois, ele e Kaleb se entreolharam.
— Katie, preparada? — O pai dela a perguntou, enquanto ela permanecia com sua expressão confusa. Porém, assentiu.
Após, James deu dois passos para frente, ao mesmo tempo que o lobo o imitou. Os olhos dele se tornaram vinhos e os seus caninos cresceram. Em um rápido movimento, James correu em direção ao lobo e, assim que passou por ele, correu atrás quase na mesma velocidade.
— Agora, Katie. Corra. — Então, ela e Kaleb começaram a correr, enquanto Katie o seguia. — Por aqui, cortaremos caminho.
Depois de algum tempo, ele parou e se escondeu em uma das árvores. Portanto, ela fez o mesmo ao lado dele. Por meio de gestos, pediu para que Katie ficasse onde estava e apontou. Quando seguiu o dedo dele, viu James segurando o lobo.
Após suspirar levemente, Kaleb ergueu a sua adaga e, assim que ela percebeu, a arma foi colocada no coração do lobo, que caiu morto no chão. Então, James desprendeu seus braços e o pai de Katie tirou a adaga, que havia ficado coberta com um pouco de sangue, enquanto Katie aparecia detrás da árvore.
— Você está bem? — James a perguntou, assim que se aproximou dela, após perceber que estava ali. Ao mesmo tempo, seus olhos voltaram à cor original e seus caninos diminuíram.
— Estou. — Katie mentiu em partes, pois ainda fitava o corpo morto do lobo. Quando ele pegou novamente o sapato das mãos dela, ela se despertou de seus devaneios.
— Ai. — Assim que encostou sua mão em uma das vegetações rasteiras, James soltou um gemido de dor. — Acho que encontrei. — Ele ergueu sua mão que, por consequência, tinham formado bolhas vermelhas. No entanto, iam se cicatrizando.
Então, Kaleb se aproximou deles. Quando tirou a verbena, eles sentiram que a terra tinha começado a estremecer. Assim que Katie ia quase cair no chão, ela envolveu um de seus braços no ombro de James. Após algum tempo, perceberam que o tremor parou. No entanto, quando viu que os galhos das árvores estavam começando a se movimentar e a crescer, Katie logo os chamou.
— James, pai.
— Temos que sair daqui agora. — Kaleb disse em um tom preocupado. Então, eles começaram a correr em direção ao carro.
Após alguns minutos de trajeto, Katie pisou em um graveto e caiu. Quando percebeu, ela estava presa em uma gaiola de galhos de uma das árvores, ao mesmo tempo que estava sendo erguida.
— James, espere. — O pai de Katie o chamou. Então, ele direcionou seu olhar para Kaleb. — Katie foi pega. — James olhou para cima e fez uma expressão assustada.
— Como que vamos tirá-la?
— Eu jogo a adaga, que irá cortar os galhos, e você a pega quando ela cair. — James assentiu. Entretanto, soltou um outro gemido de dor, assim que um dos galhos tocou seu braço.
— Ai. Essas árvores contêm verbena. Tem que ser rápido. — Então, Kaleb jogou a adaga e os galhos foram cortados.
Assim que Katie percebeu que ia cair, ela fechou seus olhos, porém sentiu braços a envolvendo. Quando voltou a abri-los, notou James demonstrando um sorriso. Então, ela retribuiu seu sorriso.
— Vamos. — Kaleb disse, ao mesmo tempo que pegou a adaga, a qual havia caído no chão. Então, eles começaram a correr novamente, enquanto Katie era levada por James.
Após algum tempo, assim que se aproximaram do carro, ele a colocou no chão e pegou a chave de seu bolso. Quando apertou o botão, o veículo foi ligado.
Então, eles se aproximaram de suas respectivas portas e entraram. Quando James colocou a chave na ignição, começou a dirigir de volta para o hotel.
Após algumas horas de trajeto em silêncio, James estacionou. Quando Katie olhou pela janela, percebeu que estavam em frente ao hotel. Então, eles saíram do carro.
Quando James abriu o porta-malas, o pai de Katie fez o mesmo com sua mochila. Portanto, ela entregou as armas e ele as guardou. Depois, pegou sua bolsa para colocá-la nas costas.
Quando James estendeu seu braço, Katie pegou sua mão e começaram a caminhar para a entrada. Assim que entraram pela porta de vidro de correr, avistaram o motorista sentado em um dos sofás na sala de espera. Portanto, aproximaram-se dele, enquanto o homem direcionava o seu olhar a James. Perceberam que os olhos do motorista mudaram de tom, do claro para o escuro.
— Muito obrigado por esperar. — James o demonstrou um sorriso. — Agora, quero que você pegue sua chave e dirija o mais rápido para longe daqui. — O motorista estendeu sua mão e ele deixou a chave cair. Ele assentiu, portanto James prosseguiu. — Quando você voltar, não se lembrará de nada do que aconteceu.
— Não me lembrarei de nada. — Assim que o motorista terminou de falar, James estalou os dedos disfarçadamente. Após, o homem se levantou e correu em direção à saída.
— Vamos? — O pai de Katie lhes perguntou e eles balançaram a cabeça em confirmação.
Então, caminharam em direção ao campo. Assim que se aproximaram, o jato ainda estava os esperando. Quando chegaram perto da porta, eles subiram os degraus e se dirigiram para os seus respectivos assentos.
Depois da porta se fechar, o jato começou a andar. Assim que decolou, Katie olhou pela janela e começou a cantarolar uma canção em sua cabeça.
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